terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

No Nobres do Grid deste mês...


"No momento que estiver a ler estas linhas, o Mundial de Ralis, o WRC, já começou, nas estradas nevadas de Monte Carlo. Entre os dias 25 e 28 de janeiro, máquinas e pilotos andarão o mais rapidamente possível, tentando evitar as armadilhas da neve e gelo, e tentando chegar inteiros a Monte Carlo, para receber o troféu de Albert II e inscrever o nome na lista de vencedores de um rali que existe desde 1911, um dos mais antigos do mundo."

"Contudo, nesta nova temporada, as coisas parecem estar agitadas. Parece que o WRC se encontra numa encruzilhada, de uma modalidade popular na Europa, mas do qual imensas pessoas acreditam que está a perder fãs para a Formula 1, a Endurance e até a Formula E. E a FIA acredita que se calhar está na hora de dar uma chicotada psicológica no sentido de mexer nas coisas, no sentido de embaratecer os custos e atrair construtores e pilotos. Já mexeram no sistema de pontuação e prometem ainda mais, mas esta é uma temporada onde, curiosamente, Kalle Rovanpera, o campeão, decidiu fazer uma pausa na carreira e deixar o plantel sem um “super-homem”, dando à competição o campeonato mais aberto em mais de duas décadas." (...)


(...) "No próximo dia 28 de fevereiro, está marcado uma reunião do Conselho Mundial da FIA, e o que se anda a falar é a extinção, pura e simples, dos Rally1 no final desta temporada e passar, a partir de 2025, para os Rally2, sob outro nome, que poderá ser o de... WRC."

"É certo que os sinais de alarme estão a ser tocados desde há algum tempo, e as alterações no sistema de pontuação neste ano são um primeiro sinal de que querem mexer nas coisas. Mas um grupo de trabalho dentro da comissão de ralis do WRC, chefiado pelo fundador da Prodrive, David Richards, e pelo ex-navegador de Colin McRae, Robert Reid, estão a chegar à conclusão de que este WRC como está, poderá levar à competição a uma decadência irreversível. Os Rally2 Plus - no qual estariam à partida Citroen e Skoda, para além de Toyota, Ford e Hyundai - tem o potencial de serem competitivos, mas os construtores que lá estão tem de ser convencidos de que esta decisão, radical, tem de ser feita, a bem da competição, porque isso significaria o fim prematuro destes Rally1 na estrada, que entraram em ação em 2021. Só que quase ninguém, para além das equipas oficiais, os usa, por causa dos elevados custos." (...)


O Mundial de ralis começa em 2024 sob o signo de mudança. A competividade aumentou por causa da decisão do campeão, Kalle Rovanpera, de correr uma temporada parcial - só entrará em ação no rali da Suécia, que começará no próximo dia 15 - e o resultado do rali de Monte Carlo, onde existiu um duelo a três pela vitória, alcançada por Thierry Neuville, no seu Hyundai, poderá ter lançado as sementes, não só de uma temporada competitiva, como também a de um corte radical com um passado recente, tentando "embaratecer" os custos. 

E sobre isso e muitos mais, pode-se ler neste mês no Nobres do Grid.   

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