domingo, 19 de maio de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 7, Imola (Corrida)


Depois de seis corridas e dois meses e meio desde o começo da temporada, a Formula 1 chegava à Europa. E num lugar tradicional, onde durante mais de 30 anos, costumava ser a corrida de entrada da competição no Velho Continente, Imola - ou se preferirem, o Autódromo Enzo e Dino Ferrari - recebia a fina flor da Formula 1, um ano depois da corrida ter sido cancelada por causa das inundações que afetaram aquela região no ano passado. E este ano, o tempo colaborou no sentido de terem um tempo de primavera a esperá-los no domingo de corrida.  

E no ano onde se lembram Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, 30 anos depois das suas mortes, a Formula 1 fez a homenagem que acha apropriada. Não tanto pela Liberty Media, mas pelas ações... de um ex-piloto. E não um qualquer, porque falamos de Sebastian Vettel, quatro vezes campeão do mundo. Que praticamente... lançou os foguetes e apanhou as canas. Desde um passeio pela pista, com paragem na Tamburello, até hoje, com ele a dar uma volta no McLaren MP4/9 de 1993, que é dele.

Apesar de tudo, é sentido e é bom recordar a ambos. E deve ser assim sempre. 


Debaixo de sol primaveril, a partida começou normalmente, com Max a sair bem, seguido por Norris, Leclerc e o pelotão. Nas voltas seguintes, o piloto da Red Bull tratou de se afastar dos pilotos que os perseguiram, mas demorou. No final da 15ª volta, ele tinha quase cinco segundos de vantagem. Atrás, Leclerc tentava apanhar Norris e tentar passá-lo, para poder perseguir Max, mas não era capaz. Ainda mais atrás, Carlos Sainz Jr tentava escapar de Oscar Piastri, numa luta pelo quarto lugar. 

Por esta altura, tinham começado as trocas de pneus. Se os primeiros começaram na volta 13, com os Alpha Tauri, mas volta 22, George Russell parou, para trocar médios para duros, a seguir foi Lando Norris, que saiu atrás de Sérgio Pérez. Piastri parou na volta 24, na mesma altura em que Norris passou Pérez para ficar com o quinto posto. Max foi a seguir, na volta 25, colocando duros. Nesta altura, os Ferrari estavam nos dois primeiros lugares.

Mas durou pouco. Leclerc, na volta 26, e Sainz Jr, na 28, trocaram para duros, como toda a gente, enquanto atrás, quer Leclerc, quer Piastri passaram o mexicano, que era pouco mais que um obstáculo para ver se perdem tempo e deixar que Max escapasse. No final, por alturas da volta 30, com todos os da frente a trocar naquilo que poderá ser a sua única troca de pneus desta corrida, Leclerc era terceiro, mas pressionado por Piastri, mostrando que os McLaren pareciam ser mais rápidos e melhores que os Ferrari, por exemplo. Mas não apanhavam Max, que tinha um avanço de 6,3 segundos sobre Norris no final da volta 36.

Por essa altura, Hamilton passava Pérez para ser sétimo. É importante falar disso porque o mexicano partiu com os duros, e estes agora começavam a degradar-se. na volta 38, ele foi às boxes para colocar médios e começou a recuperar posições. Primeiro Ricciardo, depois Hulkenberg e logo depois, perseguiu Tsunoda para o passar na volta 42, para ser oitavo.

Na parte final da corrida, os Ferrari pareciam trabalhar melhor que os McLaren. Leclerc estava a menos de um segundo na volta 45, enquanto Piastri perdia sete décimos para o espanhol, e via o seu quarto posto ameaçado. Mas depois, o britânico começou a ganhar tempo ao monegasco e começou a aproximar-se de Max, que na volta 52, via a sua diferença diminuída para 4,2 segundos. Parecia ser uma imitação do que tinha acontecido em Miami, mas sem danos no fundo do carro...  

E claro, tinha-se de saber se isso era consistente, e se haveria tempo para o apanhar. Se calhar... não. 


Na parte final, George Russell foi novamente às boxes no sentido de conseguir a melhor volta, enquanto na frente, Norris começou a aumentar o ritmo para apanhar o piloto da Red Bull, diminuindo cerca de um segundo e meio em três voltas. As coisas chegaram ao ponto de ficarem a menos de um segundo, na região do DRS, mas no final, Max aguentou bem e ficou com o primeiro lugar, pela quinta ocasião em sete corridas. Norris foi segundo e Leclerc o terceiro, mas todos ficaram com a ideia que o piloto da McLaren deu tudo que tinha a dar, e prendeu todos na pista para saber se ia conseguir ou não. 

Afinal de contas, não foi tão chato assim. E também foi uma boa entrada da Formula 1 no continente europeu.     

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