Numa temporada onde Max Verstappen arranjou uma vantagem que muito dificilmente será apanhado, o resultado da qualificação de ontem até foi surpreendente, com Charles Leclerc a ser o "poleman" e as duas primeiras filas serem partilhadas entre Ferrari e McLaren, uma espécie de regresso aos bons tempos de há década e meia, parecia que o neerlandês, que partia apenas de sexto, não teria uma corrida fácil e as suas chances de pódio pareciam ser diminutas.
Mas Mónaco é uma corrida longa e imprevisível. Como sempre.
A partida parecia ser natural, com Leclerc a defender-se de Piastri, e Carlos Sainz Jr, aparentemente, a ter problemas. E se não aconteceu grande coisa em Ste. Devote... aconteceu na curva seguinte. Na Beau Rivage, Kevin Magnussen, que queria recuperar os lugares perdidos na secretaria (os Haas foram desclassificados por causa de irregularidades na asa móvel), tentou passar Sérgio Pérez, No meio disto tudo, o outro Haas, de Nico Hulkenberg, também foi tocado e bateu no guard-rail. Três carros eliminados só ali.
Noutro incidente, alguns metros mais adiante, os Alpine... andaram à briga. Esteban Ocon tentava passar alguns lugares quando no Portier, ele tocou no carro de Pierre Gasly, e ele foi para o ar, acabando por parar ao túnel. A sua corrida poderia ter acabado ali, se não fosse a bandeira vermelha.
Em suma, uma enorme confusão. E claro, a corrida tinha mesmo de ser interrompida.
Com isto, os comissários entraram em ação para limpar os destroços, e esperava-se que não iria demorar muito. Acabaram pode demorar mais de 40 minutos para colocar tudo como estava antes, e recomeçar a corrida. E nisto, eles fizeram a troca de pneus que era esperada na corrida tirando os médios para colocar os duros. Resultado? Os pilotos corriam o risco de ficar na pista para o resto das voltas...
O primeiro incidente aconteceu na volta... 50, quando Lance Stroll sofreu um furo na roda traseira-esquerda e teve de ir às boxes. Trocou para moles e caiu para último, tentando recuperar o tempo perdido. Hamilton parou duas voltas depois, trocando para duros, e Max também parou a seguir, colocando duros. Regressou na sexta posição, a mesma que tinha antes, e foi atrás de Russell. Mas até ao final da corrida, apesar de ter ficado na traseria do carro do britânico, com Hamilton atrás dele. Mas ninguém passou ninguém.
Na frente, Leclerc afastou-se, e Piastri passou a ser pressionado por Sainz Jr, que por sua vez, era pressionado por Lando Norris. Apesar disso, com eles a verem-se uns aos outros, outra coisa era passar. Abençoado o tamanho atual dos carros!
No final, um monegasco ganhou a corrida do Mónaco, e com isto, os barcos apitaram fortemente no Porto e o príncipe Alberto estava feliz da vida por ver um dos seus súbditos a ganhar. Tanto que no pódio, pegou no champanhe e foi comemorar! De facto, é mesmo desportista...
No final, não foi sorte, foi mais cérebro, paciência e sangue frio para que o piloto da Ferrari ter conseguido o lugar mais alto do pódio, ainda por cima, ter ganho um duelo que faz lembrar os velhos tempos. Mas em termos de emoção, foi... anti-climático. Para não falar de outra coisa.
Agora é altura de ir atravessar o Atlântico, para correr em terras canadianas.
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