Mas nesta sexta-feira, Brad Pitt e a sua equipa de filmagens trouxeram uma novidade: o cartaz e o nome do filme que andam a fazer sobre Formula 1. Chama-se... “F1”, e se estreará dentro de um ano. A primeira imagem tem ele mesmo dentro de um capacete da ficcional “Apex Team”, e Pitt – que, recordo-vos, está a caminho dos 61 anos – a o papel do ex-piloto que é chamado para para domar um mais jovem, papel interpretado por Damson Idris.
O filme tem Joseph Kosinski como realizador, Lewis Hamilton como um dos produtores, ao lado de Jerry Bruckheimer, e alegadamente, foram já gastos 300 milhões de dólares nas filmagens. Alegam que está a ser filmado em IMAX e também que estão a ser usadas técnicas cinematográficas inéditas – cheira-me a drones ultra-velozes – e os carros não são mais que dois Formula 2 modificados na Carlin. E claro, pergunto-me: tanta treta, tanto acesso privilegiado para um cartaz tão mau quando o “Lamborghini”, por exemplo?
E claro, existe outra sombra a pairar. O dinheiro. As pessoas já acenderam algumas luxes vermelhas sobre o dinheiro gasto. Segundo esses entendidos, para um filme resultar, tem de ter duas vezes e meia mais dinheiro a entrar que a sair. Ou seja, para um filme destes, tem de ter lucros de 700 milhões de dólares. Menos que isso, é um fracasso. E se conseguirem menos que esses 300 milhões, será um “box-office bomb”. E isso não é bom.
Contudo, os otimistas dirão que eles foram os mesmos que fizeram “Top Gun: Mawerick”, que deu receitas um pouco superiores a mil milhões de dólares, depois de terem gasto mais ou menos o mesmo valor para as despesas. Não há Tom Cruise, mas há Brad Pitt, mas julgam que se montarem a formula de sucesso, todos acabam por ganhar, a começar pela própria Formula 1.
Da minha parte, será mais um motivo para ir à sala de cinema – apesar de ser distribuído pela Apple + - mas mesmo assim, fico um pouco cético. Hollywood não tem grandes ideias sobre como isto funciona, e suspeito que a liderança atual da Formula 1, que está nas mãos da Liberty Media, quer algo que seja o mais simples e “neutro” possível para agradar ao fã que começou a ver isto depois de ter apanhado o “Drive to Survive” na Netflix. Acontece que a Formula 1 é um pouco mais que isso e tenho a impressão que não captaram esse espírito.
Enfim, é esperar até ao próximo verão para saber se acertaram ou não. E se sim, será o suficiente para cobrir as despesas com os lucros que tanto sonham.
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