E logo uma corrida simbólica na história da Formula 1: o GP da África do Sul de 1968. Foi simbólico em muitos aspetos.
A primeira é que foi numa segunda-feira. A segunda foi no dia de Ano Novo de 1968. A terceira é que ali, Jim Clark bateu os recordes de pole-positions, com 33, e de vitórias, com 25, este último, pertencente a Juan Manuel Fangio, que o tinha estabelecido onze anos antes. E também foi a primeira corrida com patrocinadores, cortesia... de uma equipa local, a Team Gunston, que pintou os seus carros de castanho e laranja, a cor dos maços de tabaco locais. Semanas antes da Lotus trocar os seus British Racing Green pelo vermelho, branco e dourado da Gold Leaf, que usariam na Tasman Series.
E houve mais coisas, muito mais coisas. Mas em termos de competição... não foi grande coisa. É que Jim Clark, tirando a partida, onde foi superado pelo Matra de Jackie Stewart, o escocês passou-o na segunda volta para não mais largar até cruzar a meta como vencedor. No final, foi uma dobradinha com Graham Hill, e no lugar mais baixo do pódio, uma dissonância: o austríaco Jochen Rindt, no seu Brabham-Repco.
Curiosamente, a Áutria é o país natal da Red Bull. Será ele o elemento dissonante?
E claro, quem conhece esta história, sabe que foi aqui que Clark ganharia o seu último GP na Formula 1. Dali a quatro meses e uma semana, depois de ter triunfado na Tasman Series e a um mês do GP de Espanha, em Jarama, Clark morreria num acidente de Formula 2 em Hockenheim.
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