quarta-feira, 28 de agosto de 2024

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Ontem, Derek Warwick comemorou o seu 70º aniversário. Andando na Formula 1 entre 1981 e 1993, com uma interrupção em 1986 e entre 1991 e 92, andou em equipas como Toleman, Renault, Brabham, Arrows e Lotus, conseguindo quatro pódios, duas voltas mais rápidas e 71 pontos, em 142 Grandes Prémios. 

Apesar do seu palmarés modesto na Formula 1, conseguiu grandes feitos na Endurance, nomeadamente a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1992 e o Mundial de Endurance nesse mesmo ano, pela Peugeot. E depois da Formula 1, ainda correu com algum sucesso no BTCC britânico, ao volante de carros da Alfa Romeo e da Vauxhall, por exemplo. 

Contudo, as coisas poderiam ter acabado numa manhã de domingo de 1993, em Hockenheim. Naquele domingo de agosto, algumas semanas antes do seu 39º aniversário, Warwick corria no seu Footwork-Arrows, a fazer o seu warm-up, preparando-se para a corrida quando bateu fortemente antes da terceira chicane, que depois se viria chamar de Senna. Ficando sem o controlo do seu carro, encolheu e esperou pelo melhor... e pior. Ele acabou na gravilha da chicane, virado de cabeça para baixo e parcialmente enterrado. Imediatamente apareceram os dois pilotos da Ferrari, Gerhard Berger e Jean Alesi, e o seu companheiro de equipa na Arrows, Aguri Suzuki, que ajudaram a levantar o carro e retirá-lo dali.

Na corrida, horas depois, Warwick entrou no carro e acabou a três voltas do vencedor, na 17ª posição. Na corrida seguinte, na Hungria, foi quarto, a sua melhor posição da temporada, e o lugar dos seus últimos pontos na sua longa carreira.

Teria sido um final triste de uma longa carreira, onde escapou algumas vezes a acidentes graves. O primeiro foi em 1989, nos treinos do GP do Canadá, quando o seu Arrows voou na pista, acabando com as rodas no chão. Ano e meio depois, já na Lotus, a sua corrida em Itália acabou no inicio da segunda volta, quando bateu forte à saída da curva Parabólica, destruindo o seu Lotus e acabando de cabeça para baixo. Depois, os espectadores assistiram ele a sair do carro, algo incrédulos, e a correr rumo ás boxes, para entrar no carro de reserva... e voltar a correr, o que assim fez.

Pouco depois, em julho de 1991, sofria um golpe ainda maior. Nesse tempo, o seu irmão mais novo, Paul Warwick, dominava a Formula 3000 britânica, tendo ganho todas as corridas até então. A quinta corrida do campeonato era o Inernational Gold Cup, em Oulton Park, e ele, num carro da Mansell Madgwick Motorsport, liderava a corrida quando se despistou, devido a uma quebra da suspensão e embateu fortemente no guard-rail, desintegrando-se. Warwick, de 22 anos, teve morte imediata, e a corrida foi interrompida de imediato, com ele declarado como vencedor. 

Na altura, tinha ido para a Endurance, ao serviço da Jaguar, mas no ano seguinte, passou para a Peugeot, onde alcançou os sucessos que não tinha conseguido na Formula 1, especialmente depois da má escolha da Renault, a recusa de ter ido para a Williams no inicio de 1985, dando caminho aberto a Nigel Mansell, e o veto de Ayrton Senna a um lugar na Lotus em 1986, e que o impediu de ter uma temporada a tempo inteiro, apenas regressando pela Brabham, após o acidente fatal de Elio de Angelis.  

Depois da sua carreira automobilística, acabou sendo ser o presidente da BRDC, British Racing Drivers Club, que toma conta do circuito de Silverstone, e também se tornou comissário da FIA, em diversos Grandes Prémios.  

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