quinta-feira, 3 de julho de 2025

As hipóteses de Max Verstappen na Mercedes


Ando a ouvir os rumores desde terça-feira, mas abstive-me de comentar sobre elas enquanto não fosse ver alguma coisa com mais fundamento. Afinal de contas, é algo demasiado sério para ser especulado, especialmente sabendo o que virá em 2026. 

Então, uma boa fonte nesse campo é o Joe Saward. Como mais um daqueles que assina a sua newsletter, sempre que ele escreve sobre o "paddock", as coisas tem, normalmente, fundamento. Então, o que escreve é isto, e claro, juntando dois mais dois, é o seguinte: 

Tudo estava a caminho de uma renovação com George Russell. Ele será, eventualmente, assinado no verão, depois de ter sido negociado entre ambas as partes, com o piloto a pedir um determinado valor, com Toto Wolff a responder com uma contra-proposta do qual ambas as partes chegarão a um campo comum. Porque era isso que se pensava em maio. Contudo, desde então para cá, as coisas alteraram-se. E porquê? Max Verstappen não quer ficar na Red Bull. Ele viu o futuro em Milton Keynes e sabe que será sempre a descer. Sem Adrian Newey, o motor Ford, que terão a partir de 2026, é inferior ao da Honda, e numa equipa que é virtualmente um "one man show", quer continuar a ganhar.


Ele falou com Wolff, e sabendo da sua disponibilidade, as coisas alteraram um pouco. E agora, está a pensar: continua ou terá um piloto campeão à sua porta, com desconto, porque muitos falam que "o" carro de 2026 será a Mercedes. E com conhecimento de causa, está no centro das atenções.

Para reforçar essa situação, há uma clausula no contrato de Max Verstappen que, apesar de acabar apenas em 2028, há uma clausula onde, caso a Red Bull esteja abaixo do terceiro posto no campeonato de Construtores, ele poderá estar livre para correr por outra equipa. E neste momento, a Red Bull é quarta, atrás de McLaren, Ferrari e Mercedes. Para reforçar isso, a Mercedes ainda sofre um pouco com o facto de um dos seus pilotos ser ainda um "rookie", na forma de Andrea Kimi Antonelli

Saward reforça a ideia no seu notebook:

"Se a Mercedes acredita que existe a possibilidade de contratar o Max, é necessário concluir que existe uma forma de o fazer e isso dependerá, sem dúvida, de cláusulas de opção que desconhecemos. Tenho perguntado sobre isto há algum tempo e concluí que, se a Red Bull não estiver em terceiro lugar no Campeonato de Construtores até ao final de julho, o Max poderá sair. Se a equipa ficar em terceiro, será automaticamente garantido por mais um ano. No entanto, se ele realmente se for embora, o caos vai instalar-se em Milton Keynes, embora, num cenário destes, seja possível imaginar que a Red Bull abandonaria a ideia de promover jovens — que não estão preparados — e contrataria George.

Claro, George Russell já reagiu a tudo isto afirmando que não tem intenções de ir embora, confiando nas ações e decisões de Toto Wolff:

Cada equipa tem duas vagas disponíveis, e é normal que se considerem opções para o futuro.", começou por afirmar. "E não levo isso para o lado pessoal, porque deixei claro desde o começo que fico feliz em ser companheiro de equipa de qualquer piloto. Quero continuar na Mercedes no futuro. O fato é que o Toto nunca me decepcionou. Ele sempre me deu a sua palavra, mas ele também precisa fazer o que é certo para a equipa dele. Para mim, não é nada com o que se preocupar, porque acho que não vou a lugar algum. E quem quer que seja o meu companheiro de equipa, isso também não me preocupa. Meu foco é pilotar”, concluiu.


Aliás, como está, Russell está a caminho de renovar o seu contrato. Mas as fontes que conheço são de maio, e até agora, claro, depois de lewrem isto tudo, temos de pensar que as coisas poderão ter alterado um pouco.

Mas também tenho outras perguntas. A mais pertinente das quais é esta: 

Sabendo que Max quer que a equipa trabalha só para ele, da mesma maneira como trabalhavam gente como Michael Schumacher e Fernando Alonso, por exemplo, como será que trabalharia em Brackley, caso fosse para a Mercedes? Bem sei que Lewis Hamilton, a certa altura, quis ter um segundo piloto que não fosse muito agressivo, na figura de Valtteri Bottas, depois de ter suado bastante entre 2013 e 2016 com Nico Rosberg

Mas se aceitasse Max, então teria de abandonar a sua aposta em Kimi Antonelli. Pode afirmar que é muito novo, e poderá aprender com Max, mas se ele seca a paisagem à sua volta, o que fará o italiano com os restos que, eventualmente, terá do neerlandês? Será que o melhor não seria continuar com a atual aposta, assinar com Russell e se tudo correr bem, ele poderá fazer um bom trabalho e ganhar corridas e campeonatos, depois dando o bastão a Antonelli, mais tarde na década, quando estiver mais maduro. 

Bem sei que tudo isto é especulativo, mas se as fontes que mais confio dizem estas coisas, então só posso chegar à conclusão que Wolff tem uma chance única que não quer deixar passar. Veremos. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...