Em 1966 faz uma temporada mais consistente na Formula 2, a bordo do Brabham BT6 de Charles Voegler. Numa das provas, em Nurbrugring, participa na corrida de Formula 1, mas o carro tinha problemas irresoluveis que não permitiram alinhar na corrida. No ano seguinte, começa o ano na Temporada Argentina de Formula 2, sem resultados de relevo. Quando chegou à Europa, vence em Hockenheim, e Voegle adquiriu um chassis Cooper, com motor ATS, para competir em algumas provas de Formula 1. Foi sexto em Siracusa, numa prova extra-campeonato, e entreou oficialmente em Silverstone, para o GP de Inglaterra. Partindo do último posto da grelha, abandonou na volta 29 com uma fuga de óleo.
No ano seguinte, Voegler decide comprar um Brabham BT20 Repco, ex-carro de fábrica, para Moser, e usou o carro a partir do GP do Mónaco, onde não conseguiu qualificar. Mas na Holanda, Moser leva o carro para a sétima posição da grelha e termina a corrida na quinta posição, a três voltas do vencedor. No final do ano, foi 23º classificado, com dois pontos. Em 1969, Voegler decidiu comprar um Brabham BT24, ex Hulme e que pertencia a Frank Williams, que corria com Piers Courage na Tasman Series.
Foi-lhe colocado um motor Cosworth no chassis e tanques extra para tentar matar a sede do motor de 3 Litros, que consumia mais do que os Repco instalados anteriormente. Tinha asas dianteiras e traseiras, e correu em sete das onze provas do campeonato. Acabou em sétimo em Rouen e em sexto no circuito de Watkins Glen, conseguindo o melhor resultado do ano. Esse ponto conquistado deu-lhe o 16º lugar final.
Em 1970, Moser ambicionou um pouco mais e pediu a Gugliermo Bellasi, um construtor suiço de chassis, que tinha tido algum sucesso na Formula 3, para construir um carro baseado no Brabham BT24, com motor Cosworth. O Bellasi era um carro original em termos de chassis, mas o resto tinha como base o Brabham BT24, como a caixa de velocidades, jantes e suspensões. O carro só ficou pronto em Junho, por alturas do GP da Holanda, mas moser não conseguiu qualificar-se. A mesma coisa aconteceu em França, no GP de Charade, e na Alemanha, em Hockenheim. Somente na Austria, no recém-inaugurado circuito de Zeltweg, é que Moser levou o seu carro para a grelha (no último lugar), mas somente cumpriu treze voltas, devido ao sobreaquecimento do motor. Não tinham um radiador suplente, rachado devido a um acidente no warm-up, e este teve de aguentar até onde pode...
Tentaram de novo em Monza, uma corrida marcada pelo acidente mortal de Jochen Rindt, e a equipa, com pouco dinheiro, não correu nas últimas corridas do ano. No ano seguinte, correu no GP da Argentina, então uma prova extra-campeonato. Moser foi 11º e desistiu na segunda manga da corrida. O Bellasi correu mais uma prova, em Itália, onde apesar de se ter qualificado, não terminou a corrida.
Desiludido com a Formula 1, virou-se para a Formula 2, onde conseguiu algumas boas prestações, incluindo uma boa prestação em Monza. Aliás, o circuito italiano sempre foi a sua "casa" automobilistica, tendo uma atracção por ela. Que o destino se revelou fatal...
Fontes:
http://www.silviomoser.ch/
http://en.wikipedia.org/wiki/Silvio_Moser
http://www.grandprix.com/gpe/drv-mossil.html
http://forix.autosport.com/8w/bellasi.html (Bellasi)
2 comentários:
Esse Speeder....ótima homenagem, eu mesmo sempre simpatizei com os pilotos independentes da Formula 1 e Moser certamente teria tido muito mais sucesso de dispusesse de um carro competitivo.
abraço
Caro César:
Agradeço a homenagem. Quando tiver tempo para analisar com mais calma os meus posts passados, verá que tenho dezenas de biografias semelhantes a essa, pois acredito que a Formula 1 é muito mais do que campeões do mundo e vencedores, pois esses, para chegarem onde chegaram, tiveram que superar alguém... a História também é escrita por eles.
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