Depois do Mónaco, máquinas e pilotos rumaram para o Norte da Europa, onde iriam correr na Scandidavian Raceway, perto da localidade de Anderstorp, na Suécia. O mês de junho, onde se poderia ver o sol da meia noite, caso andassem um pouco mais para o Norte, era naquele momento um acontecimento secundário, dada a presença da Formula 1 naquele pais.
No pelotão, havia algumas modificações. Mario Andretti estava de volta, após ter se ausentado da corrida monegasca para participar as 500 Milhas de Indianápolis. Entretanto, a RAM estava de volta, com dois Brabham BT44 nas mãos do suiço Loris Kessel e do dinamarquês Jac Nellman, que iriam tentar a sua sorte no fim de semana. Enquanto isso, na Penske, o novo chassis PC4 estava pronto para John Watson e prometia dar ao piloto um salto de qualidade. Na Wolf-Williams, Jacky Ickx estava ausente, pois estava a disputar (e a tentar ganhar) as 24 Horas de Le Mans daquele ano, ao serviço da Porsche, e na Surtees, um novo carro estava pronto para o americano Brett Lunger.
Na qualificação, a Tyrrell mostrou o potencial do seu carro de seis rodas com Jody Scheckter a conseguir a pole-position. Mario Andretti foi o segundo, no seu Lotus, e atrás estava um surpreendente Chris Amon, que com a sua experiência, conseguia levar o Ensign ao terceiro posto. Patrick Depailler, no segundo Tyrrell, ficava na quarta posição, na frente do Ferrari de Niki Lauda e do segundo Lotus de Gunnar Nilsson. Jacques Laffite, no Ligier-Matra, e James Hunt, no McLaren-Cosworth, ocupavam a quarta fila, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o March-Cosworth de Ronnie Peterson e o Brabham-Alfa Romeo de José Carlos Pace.
A corrida decorreu sob céu azul, e na partida, Andretti levou a melhor sobre Scheckter e ficou com o comando da corrida. Mas os comissários depois verificaram que a sua partida tinha sido antecipada e penalizaram-no em um minuto por isso. Mais atrás, Depailler pulou para o terceiro posto, conseguindo passar Amon, que era quarto e a segurar Lauda. Atrás, Watson via o seu acelerador preso e o seu carro a entrar em despiste. Na volta a seguir, era a vez de Nilsson fazer um pião e abandonar.
Na frente, Andretti continuava, mas quando foi informado pelas boxes do sucedido com a sua partida, decidiu acelerar o ritmo para abrir a diferença o mais possivel para chegar ao minuto em falta, pois tal como estava, eram os Tyrrell que ficavam com as duas primeiras posições. As coisas não se modificaram muito até à volta 39, quando a suspensão do Ensign de Amon cedeu e sofreu um despiste. Cinco voltas depois, o motor do Lotus de Andretti explode e o domínio dos carros de seis rodas tornou-se ainda maior, pois Lauda estava num distante terceiro posto.
E foi nesta ordem que terminou a corrida sueca, com a Tyrrell a repetir a dobradinha que tinha alcançado dois anos antes, e na mesma ordem. Mas ao contrário do que aconteceu nessa altura, esta era uma vitória para a História, pois era a primeira - e depois se tornou na unica - vez em que um carro de seis rodas vencia uma corrida de Formula 1, demonstrando que esta formula inovadora também era vencedora. Lauda fechava o pódio e conseguia ampliar a sua liderança, pois James Hunt tinha sido o quinto. Entre eles ficava o Ligier de Jacques Laffite, no quarto posto, enquanto que Clay Regazzoni fechava os lugares pontuáveis.
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr271.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1976_Swedish_Grand_Prix
1 comentário:
Uma ótima lembrança em mais um excelente post. Acho que essa Tyrrel é o carro mais querido da Fórmula 1. Acho que, nunca veremos nada igual!
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