Quinze dias depois de Imola, máquinas e pilotos estavam presentes na pista belga de Spa-Francochamps para a terceira prova do ano. Nelson Piquet já estava recuperado do seu acidente nos treinos de Imola, que o impedira de alinhar nessa corrida, enquanto que na Zakspeed, que comemorava os seus primeiros pontos na Formula 1, tinha por fim dois chassis para os seus pilotos, Martin Brundle e Christian Danner. Quem também estava por fim totalmente em forma eram os Ligier, que tinham caros em condições para René Arnoux e Piercarlo Ghinzani.
Após as duas sessões de qualificação, os Williams-Honda dominaram, com Nigel Mansell a ser melhor do que Nelson Piquet. Ayrton Senna era o terceiro, no seu Lotus-Honda, seguindo pelo Ferrari de Gerhard Berger. Michele Alboreto, o seu companheiro de equipa, vinha a seguir, na quinta posição, enquanto que o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost era o sexto. Thierry Boutsen, o herói local, foi o sétimo, seguido pelo Brabham-BMW de Riccardo Patrese. A fechar o "top ten" estavam o segundo Benetton-Ford de Teo Fabi e o segundo McLaren-TAG Porsche de Stefan Johansson.
A corrida decorreu sob céu limpo, algo relevante numa zona instável por natureza como as Ardenas belgas. Na largada, Mansell foi o melhor, seguido por Senna, Piquet, Alboreto e Prost. Mas no inicio da segunda volta, houve uma forte pancada com o Tyrrell de Philippe Streiff na reta Kemmel, que o fez dividir o carro em dois. O seu companheiro, Jonathan Palmer, tentou fugir aos destroços, mas envolveu-se no acidente, fazendo com que esta se enchesse de peças e obrigando à interrupção da corrida.
Retirados os destroços, esta recomeçou pouco depois com Senna a largara bastante melhor que os Williams e a saltar para a liderança, com Mansell atrás, a persegui-lo. O britânico tentou passar por fora na zona de Pouhon, mas ambos tocaram-se, com o brasileiro a ficar na gravilha. Mansell voltou, mas muito atrasado. Com isso, Piquet herdou a liderança, seguido por Alboreto e Prost, com Berger a abandonar na segunda volta, depois de ter sofrido problemas com o seu Turbo. Atrás, Mansell procurava recuperar o tempo perdido, mas iria ser complicado.
Na frente, as coisas andavam voláteis. Na volta nove, Alboreto tem problemas numa junta e abandona a corrida, quando seguia na segunda posição. E duas voltas depois, na 11º, o turbo de Piquet falha e é obrigado a abandonar a corrida. E na volta 17, o fundo do seu carro de Mansell começou a soltar-se, obrigando-o a ir às boxes de vez. Com isto tudo, o novo lider era agora Alain Prost, seguido pelo Benetton de Boutsen, agora o novo herói local, e pelo McLaren de Johansson, que tinha passado o outro Benetton de Teo Fabi. Andrea de Cesaris era quinto, no seu Brabham, mas o seu ritmo era elevado.
Parecia que Boutsen estava em posição de desafiar Prost, mas na volta 18, a junta da cabeça do seu motor Ford explode e este encosta à berma. O segundo classificado era agora Andrea de Cesaris, que imprimia um ritmo diabólico, tendo conseguido passar Stefan Johansson. A partir de então, as coisas começaram a acalmar, mas parecia que Prost ia a caminho de mais uma vitória, a segunda para ele no campeonato.
E após 44 voltas, assim aconteceu, com o piloto francês a cortar a meta como vencedor. Stefan Johansson ficou com o segundo posto, conseguindo passar um Andrea de Cesaris que estava a ficar sem gasolina nos metros finais, mas tinha conseguido salvar o lugar mais baixo do pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Arrows-Megatron de Eddie Cheever, o Lotus-Honda de Satoru Nakajima e o Ligier-Megatron de René Arnoux.
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