A primeira grande novidade do dia foi o anuncio do adiamento do ePrix de Roma, que estava previsto para o dia 4 de abril. A decisão foi tomada depois do agravamento da epidemia em terras italianas, onde até hoje tinha confirmado 3858 casos, com 149 mortes. Este adiamento surge um dia depois do governo italiano ter decidido que todos os eventos desportivos do país seriam realizados à porta fechada até dia 3 de abril de forma a conter o surto do vírus CoVid-19, o nome técnico do coronavirus.
“Como consequência de emergência médica em Itália e de acordo com as previsões ministeriais do país, a Fórmula E, em concordância com as autoridades de Roma, o EUR S.p.A, a FIA e o Automobile Club d´Italia, decidiram não correr nesta data e tentar remarcar para data posterior o Roma E-Prix. Todos os portadores de bilhete serão contatados através dos canais apropriados nos próximos dias.”, diz o comunicado oficial.
Agora, com o cancelamento da ronda de Sanya, que estava inicialmente previsto para o dia 21 de março, existe um "buraco" de sete semanas até à ronda de Paris, previsto para o dia 18 de abril, mas mesmo essa corrida, bem como a ronda de Seoul, estão sob ameaça. A Coreia do Sul é o segundo pais com mais casos, depois da China - tem declarados 6593 casos, com 42 mortes confirmadas - e a França já tem neste momento 577 casos e nove mortes, sendo o segundo país com mais casos registados, bem distante da Itália.
Contudo, a organização da Formula E está a pensar em alternativas, como por exemplo a montagem de um circuito em Valencia, numa versão do Ricardo Tormo, local dos testes coletivos anuais.
Entretanto, na Formula 1, Ross Brawn, um dos seus dirigentes, afirma que não estão a correr riscos desnecessários com a decisão de prosseguir o calendário tal qual como foi planeado, afirmado que não vai ser uma epidemia que vai riscar todos os planos previamente delineados.
"É um desafio no momento, e todos estamos enfrentando o desafio do coronavírus", disse Brawn, falando num evento de lançamento do novo parceiro de F1 188Bet.
“Acho que o importante é tentar manter o automobilismo da maneira mais segura possível. Não podemos correr riscos desnecessários, mas não podemos simplesmente desligar completamente. Quero dizer, se toda a economia fechasse completamente, isso teria um impacto muito mais sério do que o coronavírus. Mas ela é uma ameaça muito séria, por isso temos que tomar as reações necessárias.”, concluiu.
Contudo, nesta sexta-feira, a organização do GP do Bahrein anunciou que iria limitar a venda de bilhetes do seu Grande Prémio, previsto para o dia 22 de março, citando razões de segurança e de saúde pública.
No seu comunicado oficial, a organização explicou:
“O Circuito Internacional do Bahrein (BIC) está comprometido em realizar um Grande Prémio seguro e emocionante para fãs locais e internacionais e está trabalhando em estreita colaboração com todos os departamentos governamentais relevantes, incluindo o Ministério da Saúde e o Ministério do Interior, para atenuar a disseminação do coronavírus (COVID-19). À luz da continuação do surto global de CoVid-19, a BIC anunciou que fará uma limitação da venda de ingressos para o Grand Prix para garantir que as diretrizes de distanciamento social sejam cumpridas.", começou por afirmar.
“À medida que novos fatos surgem, a BIC está em estreita comunicação com a gerência da Fórmula 1 e as autoridades de saúde do Reino para avaliar a situação em desenvolvimento e libertar novos bilhetes ou reembolsar o seu valor nominal, dependendo das circunstâncias e do aconselhamento médico atualizado.", continuou.
“Esta etapa de precaução foi introduzida juntamente com várias medidas de saúde pública antes do Grande Prêmio, para garantir a segurança de todos os espectadores, equipes e equipe do circuito. Isso inclui procedimentos de triagem na entrada, instalações médicas especializadas no local, melhor saneamento no circuito, estações de lavagem de mãos adicionais, pontos de informações para ventiladores, bem como protocolos médicos específicos para gerenciar casos suspeitos de CoVid-19.”
Se na China, o pior poderá já ter passado, a Europa parece que está perto do seu auge. Logo, ainda terá mais algumas semanas de inferno até que o pior passe. Até lá, a vida arrisca a paralisar-se...
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