segunda-feira, 21 de setembro de 2020

WRC 2020 - Rali da Turquia (Final)


Que reviravolta! É verdade que as classificativas turcas são conhecidas por serem demolidoras, mas não esperava que fossem assim desta maneira. É que no final, em quatro especiais, Elfyn Evans, o quarto classificado no final do segundo dia, deu uma volta espectacular e acabou como vencedor, triunfando pela terceira vez na sua carreira, a segunda a bordo do seu Toyota nesta temporada, depois do Rali da Suécia, e tornou-se no candidato ao título mundial.

No final do rali, o piloto galês disse o que se sentia, após terminar um rali duro como este.

Foi um fim de semana difícil. Estivemos lá ou lá quase todo o fim de semana e pensamos que ontem à tarde tínhamos perdido a nossa chance de vitória. Nós realmente tentamos dirigir bem e ficar no meio da estrada. Estou bem ciente de que há um pouco de sorte para seguir seu caminho e eu nunca gosto de herdar posições de outros dessa forma. Essa é a natureza do Rally da Turquia, e sabíamos disso [quando] chegamos ao fim de semana. Fiquei muito feliz - não é a vitória mais doce quando você sabe que talvez tenha sido um pouco mais conservador, mas esse é o objetivo do jogo."

Com Neuville na frente, e os Sebastiões igualados no segundo posto, o último dia, com quatro especiais, prometia alguma coisa interessante, especialmente com as suas passagem por Çetibeli, com 38,15 quilómetros cada. Logo na primeira passagem, Evans arrasou, vencendo-a com 31,6 segundos de vantagem sobre Ott Tanak, 1.14,5 sobre Ogier, o quarto, na frente de Gus Greensmith, e 1.20,0 sobre Loeb, o quinto, que tivera um furo no pneu frente-direito. Com isso, Evans deu o pulo para a liderança, 46,9 segundos de avanço sobre Ogier, deiando Neuville, apenas sexto na especial, a quase dois minutos do piloto galês. 

Começava a revolução na classificação, pois entre os que ficavam para trás, estava Teemu Suninen, que perdera uma roda, e Pierre Loubet, que tivera problemas mecânicos e acabava por desistir.

Neuville venceu na primeira passagem por Marmaris, 4,5 segundos na frente de Loeb, e 4,8 sobre Ogier, o suficiente para ascender à segunda posição. Evans perdeu 5,5 segundos e fora quinto, mas mantinha calmamente a sua liderança.

Na segunda passagem por Çetibeli, Neuville acabou por ser o vencedor, mas Evans tinha tudo controlado, sendo 5,3 segundos mais lento e 9,4 segundos sobre Loeb. Ogier viu o seu motor explodir e ficar-se pelo caminho, numa altura em que tal não pode acontecer, porque este é um campeonato muito mais pequeno, e qualquer problema é sinónimo de fim de campeonato. 

Neuville acabou por vencer na Power Stage, na frente de Tanak e Evans, mas estava tudo controlado. Com Evans, Neuville e Loeb no pódio, ambos estavam bem longe de Kalle Rovanpera, quarto a 2.35,9, na frente de Gus Greensmith, a 4.08,9, na sua melhor classificação de sempre. Esapekka Lappi foi o sexto, a 5.36,2, na frente de Kajetan Kajetanowicz, que consegue aqui os seus primeiros pontos no WRC, e ser o melhor no WRC2, a 12.35,5. Pontus Tidemand foi o oitavo, noutro Skoda Fabia Evo2, a 12.59,7, e a fechar o "top ten" ficaram o francês Adrien Formieux, num Ford Fiesta R5, a 14.42,6, na frente do boliviano Marcio Bulacia Wilkinson, num Citroen C3 R5, a 14.46,4.

O Mundial continua em terras italianas, entre os dias 8 e 11 de outubro.

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