sábado, 16 de fevereiro de 2008
Para combater a chatice, um momento de Humor...
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Falemos de musica: 30 Second to Mars em Portugal
Mas hoje não vou falar tanto da banda (reduzida a um trio depois da saída de Tim Kelleher), falo do seu mais recente videoclip. Depois de terem sido a primeira banda americana a filmar um videoclip na República Popular da China (From Yesterday), desta vez para o videoclip de "A Beautiful Lie", os membros da banda foram à Gronelândia, para fazer o videoclip. Objectivo? A mais recente moda em Hollywood: as alterações climáticas.
Continental Circus, 1º aniversário (XV): O texto de Rodrogo Mattar
Noticias: Portugueses definem as suas carreiras
O piloto do dia - Graham Hill (3ª e ultima parte)
Sendo assim, Hill achou que era tempo de construir a sua própria estrutura. Graças ao apoio dos cigarros Embassy, Hill compra um chassis Shadow e vai correr a temporada de 1973. Uma temporada sem resultados. No ano seguinte, tenta um Lola, que se tornou um bom carro, onde consegue pontuar pela última vez na sua carreira, ao terminar em sexto o GP da Suécia.
No final de 1974, decide que o melhor é construir o seu próprio chassis. Contrata Andy Smallwood, da Lola, para construir o GH1, uma evolução do carro do ano anterior, e busca um segundo piloto, o alemão Rolf Stommelen. Contudo, ele tem um acidente grave em Barcelona, e é substituído por um jovem talento britânico: Tony Brise. No Mónaco, com o novo chassis, Graham Hill tenta a qualificação na corrida onde foi mais feliz. Contudo, na última volta, ele bate e não consegue um lugar nos 18 qualificados. Visto isto, os 55 mil espectadores aplaudem-no ruidosamente, durante o percurso que ele faz a pé até às boxes, num sinal de tributo e profundo respeito a aquele homem. Após isso, toma a decisão de se retirar da competição. Terminava assim uma era.
A sua carreira na Formula 1: 176 Grandes Prémios, em 18 temporadas (1958-75), 14 vitórias, 36 pódios, 13 pole-positions e 10 voltas mais rápidas, 270 pontos contabilizados, em 289 conquistados. Bi-Campeão Mundial de Formula 1 em 1962 e 1968, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1966, vencedor, com Henri Pescarolo, das 24 Horas de Le Mans em 1972.
No final de 1975, depois de Graham Hill ter tido uma boa temporada com a sua equipa, onde Tony Brise e o australiano Alan Jones conseguiram três pontos, decidiram projectar o GH2, planeado para 1976, que estava a ser testado no Circuito de Paul Ricard, naquele Sábado, 29 de Novembro de 1975. Após os testes, Hill e a equipa, constituída pelo projectista Andy Smallwood, pelo director de equipa Ray Nimble, pelo piloto Tony Brise, e mais três mecânicos, voltaram para Londres no Piper Aztec de Hill para mais um jantar de angariação de patrocínios. Quando chegaram à zona de Londres, um imenso nevoeiro os recebia. Sem saberem, estavam a sobrevoar a uma muito baixa altitude e embateram numa árvore no campo de golfe de Elstree. Todos morreram. Aos 46 anos, depois de quase 20 a escapar de boa às armadilhas das corridas, e no qual muitos dos seus amigos morreram, tudo acabou num acidente aéreo.
Fontes:
Bandeira da Vitória – Ed. Autosport, Lisboa, 1996
Grand Prix – Ed. Público, Lisboa, 2003
http://en.wikipedia.org/wiki/Graham_Hill
http://www.ddavid.com/formula1/hill_bio.htm
http://www.grandprix.com/gpe/drv-hilgra.html
http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/126/
http://continental-circus.blogspot.com/2007/11/matria-do-dia-ltima-tentativa-de-graham.html
Ronnie Peterson, o Super Sueco
Já agora, como é obvio, não tenho memórias vividas dele, pois tinha dois anos e pouco quando ele morreu, naquele fatídico 11 de Setembro... Biografias, só nessa altura, quando comemorarmos os 30 anos da sua morte. Aí colocarei o meu acervo fotográfico e videográfico. Já encontrei muita coisa que, contado, ninguém acredita.
Dois exemplos, só para adoçar a vossa curiosidade: este video de tributo de Peterson, com a musica "Faster", composta pelo ex-Beatle George Harrison (1943-2001), fã de Formula 1 e grande amigo de Peterson. A segunda coisa é este post que o Ico (Luiz Fernando Ramos) colocou no passado dia 11 de Setembro. Acredite se quiser...
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Continental Circus, 1º Aniversário (XIV): O texto do 16 Valvulas
Obrigado por tudo, João!
Noticias: FIA decide combater o racismo
Extra - Campeonato: O Dia dos Namorados
O piloto do dia - Graham Hill (2ª parte)
Em 1964, o Mundial começava no Mónaco. Jim Clark partia da pole-position, mas um problema de motor perto do final fez com que ganhasse a mítica corrida pela segunda vez. Contudo, apesar de ter lutado pelo título até à última corrida, no México, e de ter ganho na prova anterior, em Watkins Glen, John Surtees e a Ferrari levaram a melhor. Assim sendo, Hill foi vice-campeão com 39 pontos contabilizados (em 41 conquistados)
Em 1965, Jim Clark e a Lotus arrasam o campeonato, e agora, Graham Hill tem a companhia de um jovem novato de seu nome Jackie Stewart. Vence de novo no Mónaco e em Watkins Glen, mas isso é insuficiente para as seis vitórias alcançadas por Clark nesse ano. E pelo terceiro ano consecutivo, Hill é vice-campeão, com 40 pontos contabilizados em 47 conquistados.
O ano de 1966 vai ser mais penoso na Formula 1 para Hill. Primeiro, por causa da alteração na cilindrada dos motores (era o primeiro ano dos motores de 3 Litros), e a BRM não era capaz de ter um bom motor, pois o H16 revelou-se um fracasso. Sem vitórias, o melhor que conseguiu foi um segundo lugar em Zandvoort. No final da temporada, Hill foi quinto com 17 pontos.
Mas também foi nesse ano que Graham Hill conseguiu um dos seus grandes feitos, ao ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, perante os americanos… e a Lotus de Jim Clark! Nesse ano, a Lola elabora um chassis, onde alberga o motor Ford, e convida Graham Hill e Jackie Stewart a correrem na prova rainha do automobilismo americano. Nos treinos, Hill conseguiu o 15º tempo, mas na corrida aproveitou bem as várias carambolas e herdou o comando a 10 voltas do fim, quando o seu companheiro Jackie Stewart desistiu com problemas de motor. Hill tornou-se no segundo “rookie” a ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, depois de Frank Lockhart o ter conseguido em 1927, Depois dele, só o colombiano Juan Pablo Montoya repetiu o feito, em 2000.
No final do ano, frustrado com o novo motor H16, Hill sai da BRM, e junta-se a Colin Chapman e a Jim Clark na Lotus para a temporada de 1967. Era a dupla de sonho, e Chapman desenhou um carro à essa medida: o Lotus 49. O carro estreou-se em Zandvoort, com motores Cosworth, e foi um sucesso. Mas nesse ano, Hill não iria alcançar qualquer vitória, e o máximo que conseguiu foram dois segundos lugares, no Mónaco e em Watkins Glen. No classificação final, Hill ficou com 15 pontos e o sétimo lugar da geral. Quanto às 500 Milhas de Indianápolis, já com a Lotus, Hill não passou da volta 23, quando um pistão do seu motor quebrou.
Tudo indicava que o ano de 1968 seria o ano da consagração para a Lotus 49, para os motores Cosworth e para Jim Clark. As coisas na Africa do Sul indicavam nesse sentido, mas a 7 de Abril desse ano, Clark e Hill estavam em Hockenheim para uma prova de Formula 2. Na volta 5, um furo lento causou o despiste mortal de Jim Clark, e um destroçado Hill teve que recolher os destroços do carro no final da corrida. Chapman, destroçado, ainda pensou em abandonar a competição, mas foi Graham Hill que juntou os cacos e quis aproveitar o carro que tinha. Ganhou em Jarama e no Mónaco. Foi segundo em Nurbrugring, atrás de um imparável Jackie Stewart, e ganhou a prova final na Cidade do México, tornando-se assim bi-campeão do Mundo, batendo Jackie Stewart e o neozelandês Dennis Hulme. Finalmente, o Lotus 49 era um chassis vencedor, e Graham Hill demonstrou-o.
Entretanto, Graham Hill e a Lotus voltaram a Indianápolis com um novo tipo de carro: o carro turbina. O Lotus 56, desenhado para Indianápolis, era uma resposta ao Parnelli a turbina que tinha aparecido um ano antes, e que quase tinha ganho a corrida. Para além de Hill, Colin Chapman levou Mike Spence para correr na equipa, em substituição de Jim Clark. A 7 de Maio desse ano, após uma sessão de treinos, Spence perdeu o controlo do carro, bateu no muro e um dos pneus atingiu-o fatalmente. Desolado, Chapman voltou para a Europa, e Hill andou a comandar as operações, com os americanos Joe Leonard e Art Pollard (1927-1973). Na corrida, Hill andou nos lugares da frente até à volta 112, altura em que bateu na Curva 2, sem consequências de maior.
No ano seguinte, Colin Chapman contrata o jovem austríaco Jochen Rindt, ex-Brabham. O Lotus 49 tinha a sua evolução B, e os aerofólios eram reis. A liberdade total tinha os seus perigos, e a prová-lo foram os acidentes que tiveram ambos os carros em Barcelona. Hill safou-se, e viu que a causa do problema tinha sido a asa traseira ter cedido devido às enormes pressões ao qual estava sujeito. Quando tentou avisar a boxe do perigo iminente que o seu companheiro de equipa sofria, Rindt despistou-se, partindo o nariz.
Contudo, o pior estava para vir: na penultima prova do ano, em Watkins Glen, o carro de Hill sofreu um pião a meio da corrida, e deixou o motor ir abaixo. Querendo voltar, saiu do carro e empurrou-o até o motor voltar a pegar. Contudo, esqueceu de apertar os cintos de segurança, e quando o carro sofreu novo despiste, causado por um furo lento, Hill partiu ambas as pernas.
O piloto inglês teve uma longa convalescença, e muito julvavam que ele não voltaria a competir. Contudo, quando o Mundial de 1970 começou, na Africa do Sul, Graham Hill lá estava, com um Lotus 49B inscrito por Rob Walker. Ainda sem estar completamente curado, era colocado e retirado do habitáculo pelos seus mecânicos. Essa manifestação de coragem e força de vontade foi compensada com um sexto lugar final. No final, conseguiu mais seis pontos e o 13º lugar final.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
My Mini City, vou me meter num sarilho...
Danica, de fato de banho
Continental Circus, 1º Aniversário (XIII): o texto do Octeto
Pois bem, em função disto, eu, Ludmila, estou aqui hoje, em nome de minhas outras companheiras desta “brincadeira séria” (Tatiana, Vivian e Luane) para parabenizar Paulo pelo seu blog, um lugar cheio de excelentes informações, divertimento e espaço para aprendizado constante sobre o mundo do automobilismo e além.
Que este primeiro ano de comemorações do “Continental Circus” seja somente o princípio de uma longa e prazerosa jornada por este mundão da Internet e é claro pelo globo, porque só uma ferramenta como esta para unir países tão distantes geograficamente, porém tão ligados historicamente.
Parabéns Paulo por seu “Continental Circus” e por nos dar sempre tantos motivos para retornar ao seu blog e nos divertirmos e emocionarmos com suas histórias e comentários diretamente da terrinha.
Beijinhos carinhosos do Brasil, enviados pelas das integrantes do Octeto e fãs de carteirinha do seu querido blog.
Ludy Coimbra, em nome de Tati Coimbra, Vick Zorzim e Lu Magalhães."
ChampCar pode estar à beira da falência
Pergunra-se agora: será que isto está a acontecer por mera insustentabilidade ou faz parte de um acordo de fusão secretamente negociado? É que ver a ChampCar falir de propósito para que a IRL recolher os restos não cai lá muito bem...
O piloto do dia - Graham Hill (1ª parte)
Este homem teve uma carreira longa e variada no automobilismo. Foi piloto, e depois proprietário de uma equipa, correu durante muito tempo, numa altura em que correr mais de cinco épocas sem desastres era um feito, e deteve o “record” de Grandes Prémios disputados, com 176 corridas. O primeiro “Rei do Mónaco”, que conseguiu após ganhar nas difíceis ruas do principado por cinco vezes, correu até aos 46 anos, como Juan Manuel Fângio, tornou-se também numa lenda, ao ganhar a “Tripla Coroa”: Mundial de Formula 1, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans. Hoje falo de Graham Hill.
Nascido a 15 de Fevereiro de 1929 sob o nome de baptismo Norman Graham Hill, em Hampsted, um subúrbio de Londres, não teve uma infância fácil. Saiu da escola aos 16 anos, para ir trabalhar como aprendiz na Smiths Instruments. Aos 21 anos serviu durante dois anos na Royal Navy, como marinheiro. Quando o seu tempo acabou, voltou para a Smiths, e nos tempos livres, praticava remo na London Rowing Club. Mais tarde, iria adoptar o seu símbolo no capacete.
Um dia, viu um anúncio de uma escola de pilotagem, onde qualquer um podia conduzir, desde que pagasse cinco xelins por volta. Hill pagou o suficiente para dar quatro e ficou viciado na velocidade. Convenceu o dono da escola de condução que o empregasse como mecânico, desde que pudesse pilotar um dos seus carros. O dono concordou, mas nunca cumpriu a sua parte do acordo. Desiludido, foi para outra escola de condução, com o mesmo esquema, e cedo participou em corridas, conseguindo bons resultados.
Em 1957, depois de participar numa corrida em Londres, deu boleia a outro concorrente, de seu nome Colin Chapman. Na altura, ele já tinha fundado a Lotus, mas ainda pilotava os carros que fabricava. Hill tentou convencer Chapman para que o empregasse como mecânico, o que aceitou. Algum tempo depois, Hill convenceu Chapman para que o escolhesse como piloto da equipa, na sua estreia na Formula 1 em 1958. Hill estreou-se no GP do Mónaco com um Lotus 12, onde não terminou. Aliás, nesse ano, o seu melhor resultado foi um sexto lugar em Monza, mas como nessa altura, os pontos eram dados até ao quinto posto, Hill terminou a época sem pontuar.
Em 1959, Hill continua na Lotus, mas esta era uma equipa nos seus começos, e os resultados eram escassos, e acabou de novo sem conseguir pontos. Desiludido, foi para a BRM na época de 1960, onde as coisas começaram a mudar, com um terceiro lugar na Holanda. Esses quatro pontos deram-lhe o 15º lugar final. Em 1961, a época foi de luta, com poucos resultados de relevo. Aliás, a BRM, que estava na Formula 1 desde a sua época inicial, em 1950, só tinha ganho uma corrida…
Contudo, em 1962, as coisas mudaram: Sir Alfred Owen, o proprietário, lançou um ultimato à equipa: “ou ganham, ou retiro a equipa”. O chassis foi redesenhado por Tony Rudd, e o motor foi aperfeiçoado para dar uma potência de 190 cavalos. As alterações surtiram efeito: antes do GP da Holanda, prova inaugural do Campeonato do Mundo, Graham Hill ganhou três provas extra-campeonato, entre os quais o Richmond Trophy, em Goodwood, e o International Trophy, em Silverstone, batendo o Lotus 24 de Jim Clark.
Em Zandvoort, primeira prova do campeonato, Hill foi terceiro nos treinos, atrás de Jim Clark, no seu novo Lotus 25 de chassis monocoque e John Sutrees, num Lola. Na corrida, Clark partiu na frente, mas cedo, problemas na caixa de velocidades fizeram com que fosse apanhado por Hill. No final, o piloto britânico ganhava a corrida com 30 segundos de avanço sobre o segundo classificado, o Lotus de Trevor Taylor. Finalmente, a sua primeira vitória oficial, e o enguiço da BRM parecia estar quebrado.
Hill e a BRM iriam lutar pelo título, contra Clark e a Lotus. O homem da BRM ganhou em Nurburgring e em Monza, enquanto que o homem da Lotus ganhou em Spa-Francochamps e em Watkins Glen. Parecia que o título era de Hill, mas as coisas ainda tinham que ser resolvidas na prova final do calendário, na Africa do Sul. Nessa corrida, Clark fez a pole-position e liderou durante muito tempo, mas um problema com a pressão de óleo fez com que Clark desistisse e entregasse o título mundial da Graham Hill. Aos 33 anos, Hill e a BRM tinham chegado ao auge, com o piloto a validar 42 pontos (em 52 conseguidos).
(continua amanhã)
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
A minha imagem do dia
Momento Caras na Formula 1
Continental Circus, 1º aniversário (XII): Hoje é o meu dia!
Durante muito tempo, observei os outros, e vendo essencialmente que a esmagadora maioria dos blogues era sobre coisas pessoais, e honestamente era algo que não me interessava. Sou um homem prático. Fiz colaborações esporádicas em alguns blogues, mas cheguei à conclusão de que este tipo de comunicação tem uma coisa: se não for divulgado, não faz sentido escrever para ninguém. É o que acho.
Depois apareceram as redes sociais, como o Okrut, para os brasileiros, e o Hi5, para nós. Lá, tens uma coisa chamada “diário”. Lá escrevia as minhas charolas todos os dias, mais como um exercício de escrita do que propriamente escrever para alguém. Mas meter-me na Blogosfera? Não.
Então, comecei a pensar na ideia. Tinha amigos meus que me diziam que isso seria bom, não só para praticar, mas também para exprimir as minhas ideias. Mas depois tinha duas grandes dúvidas: escrever sobre o quê e por quanto tempo? Não pensava muito na audiência, isso seria para depois.
O “click” para o começo de tudo foi uma chuvosa e aborrecida noite de Domingo. Nesse dia houve um referendo sobre a despenalização do aborto, e a “pica” eleitoral acabou muito cedo. Sentei-me no computador, pensando no que fazer. Subitamente, decidi que no mínimo, deveria criar a “coisa”. Foi assim que nasceu o Continental Circus. Que não teve esse nome primeiro. Chamava-se Speeder 76, esse mesmo, o meu "nickname". Nesse dia, meti dois ou três posts, para teste, no sentido de saber qual deles é que pegava. E meti lá uma biografia do Piers Courage, amigo pessoal de Frank Williams, morto em Zandvoort, em 1970. Queria ver em que parte me safaria.
Não passaram muitos dias para decidir do que iria escrever. Isso aconteceu quando visitava o blog Engrenagem, do João Pedro Pereira, meu colega da Universidade e actual jornalista do Público. Uma das coisas que dizia, em relação aos blogues, era “para ser original”. E sem querer, tinha descoberto o meu “filão”. E sabia que tinha as ferramentas necessárias para o sucesso da empresa. Tinha capacidade de pesquisa, um bom arquivo fotográfico, um bom acesso às fontes. Quinze dias depois, no final de Fevereiro, apresentei-me ao mundo, mudei o nome do blog e aos poucos e poucos, conquistei o meu espaço.
Agora, passou um ano. Os resultados estão muito para além dos meus sonhos. Consegui algo que queria: ser um blog de referência, com mais de 90 mil "pageviews". Sei que em Portugal, são muito poucos os blogs que falam sobre o automobilismo (85 por cento são sobre futebol…), portanto, sei que tenho a formula para o sucesso. Conheci muitos e bons amigos virtuais, especialmente no Brasil. Sei que tenho imensos admiradores que me visitam todos os dias (conhecem algum blog sem ser de politica ou de sexo que tenha cerca de 500 visitas por dia? Não são muitos…)
Hoje em dia, a minha vontade de escrever sobre automobilismo (e outras coisas mais…) continua viva, como estava em Fevereiro de 2007. Temos um Mundial de Formula 1 para falar, temos um Mundial de Ralies, temos a CART, a IRL, o WTCC, a NASCAR… Temos talento que deve ser seguido atentamente, temos um imenso passado para vasculhar, estórias para contar… e espero conhecer mais amigos virtuais, vindos de vários cantos do mundo. E a todos que querem começar, ou que já começaram, o meu melhor (e único) conselho é este: mantenham vivo o vosso blogue. Uma coisa é criar um blog, outra coisa é mantê-lo, e esse só poucos o conseguem… Para mim, ver este blog chegar ao seu primeiro ano de vida é um feito.
Bruce McLaren tinha razão: a vida conta-se por feitos e não por anos. E este é o meu feito mais recente. Aos meus amigos e admiradores, um sincero muito obrigado. A todos os que têm blogues, continuem a mantê-los vivos, pois sem querer, criam uma legião de admiradores.