As corridas desta tarde no circuito urbano da Boavista, no centro da cidade do Porto, são sempre marcadas pelos incidentes e toques, muito férteis nesta prova, no qual nem o WTCC, que comemorava aqui a sua centésima prova da sua história, escapou. Na partida da primeira corrida, o BMW privado de Sergio Hernendez foi aperdado pelo Lada do holandês Jaap Van Langen, batendo com grande violência no muro que delimita a pista da recta da meta, com o espanhol a sair algo mal tratado do incidente.
Alguns metros mais à frente, na entrada da recta da Av. da Boavista, o BMW do brasileiro Augusto Farfus, que se defendia de Tiago Monteiro, protelou a travagem e o seu BMW tocou na traseira do Chevrolet Cruze do suiço Alan Menu, que se atravessou, com os dois pilotos a entrarem em pião fazerem de barreira para todos os outros que vinham a seguir, inclusive Tiago Monteiro, que por pouco não se conseguiu 'safar' do incidente. O piloto português tentou desviar-se mas o segundo Cruze, o de Robbie Huff, tocou no Leon do piloto português que entrou em pião e ficou virado ao contrário, com danos significativos no seu carro. Bandeira vermelha, corrida interrompida, e nova partida, que recomeçou cerca de meia hora depois para ser reparado o muro da recta da meta.
No reinício da corrida, o Seat de Gabriele Tarquini partiu na frente, com Robbie Huff a mostrar-se, mas a partir dali tudo se passou, quase como se de uma procissão se tratasse. Yvan Muller foi terceiro na frente de Tiago Monteiro, que na derradeira volta passou Andy Priaulx, que teve problemas no seu BMW, caindo muito na classificação.
Antes disso, a luta pela terceira posição foi algo animada, mas percebia-se que só 'forçando' ou na sequência de um erro, seria possível uma troca de posições. Mas no final, houve polémica: Augusto Farfus, o melhor classificado da BMW no campeonato de pilotos, já tinha sido alvo de um drive through - cortesia do seu toque em Menu – mas vinha a passar por todos os BMW 320si como se estes estivessem parados, alcançando o nono posto com apenas um carro bávaro à sua frente: o de Priaulx que rodava no quarto lugar. Na última volta, o carro do inglês abrandou subitamente, cruzando a linha de meta na nona posição, deixando passar Farfus que, com esta "subida" ao oitavo posto, arrancaria para a segunda corrida do lugar mais apetecivel: a pole-position.
Bart Mampey, o chefe de equipa da BMW Team UK, não gostou muito do gesto vindo "de cima" e foi claro quando respondeu aos joralistas sobre a razão do "subito abrandamento" de Prilaux: "Sem comentários". Assim, as ordens de topo ditaram que Augusto Farfus alcançasse o oitavo lugar, mandando "às malvas" um possivel sétimo lugar para Jörg Muller e um quarto para Andy Priaulx, só para que Farfus tenha hipóteses de título, numa categoria dominada pelos Diesel da Seat. O brasileiro deverá ter agora cada vez menos amigos no entre os pilotos da marca bávara...
Na segunda corrida, foi o que esperava desde o final da primeira: uma luta foi entre Augusto Farfus e os Seat. O piloto brasileiro partiu bem no arranque, passando Rob Huff, mas a corrida teve mais uma vez as habituais confusões. Na terceira volta, um toque entre Gabriele Tarquini e Nicola Larini provocou um incidente entre o holandês Tom Boardman e o marroquino Medl Bennani, dois elementos da Taça dos Independentes, provocando a entrada do Safety Car.
Quando a corrida recomeçou, Farfus continuou imperturbado, mas Muller começou a subir na classificação da corrida depois dos outros pilotos o terem deixado passar, chegando à segunda posição, mas incapaz de apanha Farfus. O sueco Rykard Rydell terminou na terceira posição, enquanto que Tiago Monteiro foi quinto.
e o incidente entre o Engstler e o Menu que motivou a interrupção da corrida
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