Às vezes, quando quero responder a certas coisas que são inexplicáveis para mim, digo "Vão ser assim para o Vanuatu!". O exotismo do nome indica um país do outro lado do Mundo, nos confins do Pacífico, que até 1980 era conhecido como "Novas Hérbidas".
Trago isto como continuação do "post" de anteontem sobre a mudança de faixa que a Samoa fez esta semana. E a história que se segue justifica de uma certa forma a razão desta expressão. As Novas Hérbidas foram um caso unico nos tempos coloniais. Este arquipélago foi administrado de uma forma unica no mundo: um condominio entre França e Grã Bretanha. Uma potência administrava uma parte do arquipélago, enquanto que a outra fazia a mesma coisa. tinham um tribunal comum, e isso funcionou até perto da independência do país, proclamada oficialmente a 30 de Julho de 1980.
Certamente que um dos problemas que tiveram que lidar foi a circulação nas estradas. Como franceses e britânicos tem a sua faixa de rodagem própria, a maneira como este assunto foi resolvido é no minimo curiosa. Uma assembléia foi convocada e decidiu-se que a próxima pessoa que embarcaria no navio que acostasse no cais do porto, seria usada a faixa no qual ele circularia. O Destino encarregou que a próxima pessoa que saisse do porto fosse um padre francês, e este começou a circular pela direita. E foi assim que até aos dias de hoje, no Vanuatu, a circulação automóvel faz-se à "europeia".
E foi tudo resolvido num simples acordo de cavalheiros...
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