Hoje, Michael Schumacher comemora o seu 41º aniversário natalício. E neste ano de 2010, essa data tem um significado especial para os afficionados da Formula 1, pois será marcado pelo seu regresso à Formula 1, quatro anos e meio depois da sua última corrida. ainda por cima, esse regresso vai ser a primeira sem ser ao serviço da Ferrari, quinze anos depois de encerrar a sua fase na Benetton.
Schumacher vai voltar para cobrar uma dívida antiga, pois foi a Mercedes que lhe pagou os cerca de 500 mil dólares que Schumacher pediu para correr na vaga deixada aberta por Bertrand Gachot após ter sido preso devido a um incidente de trânsito em Londres, no final de 1990. E enquanto se via ao longo da pista de Spa-Francochamps dizeres como “Free Gachot”, como se fosse um preso político (na altura, corria com licença belga), Schumacher demonstrava a sua rápida adaptabilidade à pista e ao carro, arrancando o oitavo tempo da grelha.
Hoje, 18 anos e meio depois dos primeiros passos perto da sua terra natal, Kerpen, Schumacher volta a correr pela equipa que lhe deu um lugar na Júnior Team da Mercedes, no mundial de Sport-Protótipos (e venceu algumas corridas, em 1990 e 91). Vai reencontrar Ross Brawn, o homem que o ajudou a conseguir os seus maiores feitos, primeiro na Benetton e depois na Ferrari. E muitos, à volta do mundo, vão torcer para ver de volta o Schumacher dos bons velhos tempos. Se calhar vão tê-lo, mas também vão achar estranho ver o “Barão Vermelho” ao volante de uma “Flecha de Prata”…
Esta segunda vinda de Schumacher para a categoria máxima do automobilismo vai ser outro dos grandes motivos de interesse nesta temporada de 2010. Muitos julgam que a equipa vai toda trabalhar à volta dele. Talvez, mas então espero que saibam que Nico Rosberg não vai ficar a olhar a assumir o facto como consumado. Vai lutar, e já demonstrou isso pelas suas últimas declarações à imprensa, quando o acusou de ter o seu passado manchado com atitudes desportivas. Nada novo, é certo, mas estas declarações do filho de Keke dão razão ao post que o Luiz Fernando Ramos, o Ico, escreveu sobre a dupla tedesca no dia 22 do mês passado, ainda antes da confirmação oficial:
“Esqueçam Massa versus Alonso ou Button versus Hamilton. A combinação mais imbuída de nitroglicerina no paddock estará nos boxes da Mercedes, com Michael Schumacher e Nico Rosberg. O heptacampeão, cujo retorno às pistas é certo e só falta ser oficializado (pode ser daqui a pouquinho), que não espere encontrar um 'irmãozinho' como o Felipe Massa da Ferrari de 2006. O duelo interno será intenso.
Basta pensarmos o quanto estará em jogo. De um lado, o conceito de Schumacher – que sairá chamuscado se sofrer nas mãos de um novato. Do outro, a carreira de Rosberg – que irá para o lixo se apanhar de um pensionista nesta que é sua primeira e decisiva chance em uma equipe de ponta. Pode procurar: são valores muito mais altos que os postos à mesa na Ferrari ou na McLaren.
E tem mais: não é preciso ser versado em alemão para antever um grande choque de personalidades lá dentro. Michael é a estrela da província, um gênio de origem simples que curte uma boa pelada, torce pro FC Köln, se veste mal e pode às vezes ser um tanto ranheta quanto sente invadida sua esfera privada. Já Nico é o cidadão do mundo, criado em Mônaco, versado em um punhado de idiomas e apreciador de moda e culinária.
Água e óleo, enfim." (...)
Sim, o regresso de Schumacher causa anticorpos em muitas pessoas, bem como causava durante a sua carreira, principalmente nos anos em que dominava o campeonato pela equipa do Cavalino Rampante, com Brawn e Jean Todt a seu lado. E isto parece ser completamente anti-natura na tendência que a Formula 1 teve nestes últimos anos, onde as equipas preferiram pilotos cada vez mais jovens, quase a saírem do berço. O caso mais extremo, claro, é o de Jaime Alguersuari. Caso a Toro Rosso o confirme para mais uma temporada, o piloto, que fará 20 anos no próximo dia 23 de Março, terá idade para ser o filho de Schumacher, já que a diferença entre eles é tão só… de 21 anos. Aliás, no fim-de-semana de estreia do piloto alemão, naquele longínquo Agosto de 1991, Alguersuari muito provavelmente estaria mais preocupado em dizer as suas primeiras frases aos seus pais...
Não sou daqueles que apostam num regresso em grande de Schumacher. Mas também não acho que se “espalhe ao comprido”. Vai ser meio a meio. Apesar de trabalhar de novo com Ross Brawn, o homem que criou o magnífico e dominador chassis BGP001, e deu ambos os campeonatos de 2009, nem sempre se consegue construir dois excelentes chassis. Pode ser que Brawn tenha tido tempo para aproveitar os novos regulamentos, onde terá de construir um depósito maior de combustível, pois o reabastecimento volta a ser proibido, mas o chassis e génio do seu criador não são tudo. No máximo, contam dois terços para o sucesso. Aquele que está entre o banco e o volante também conta. E por muito que tenha vontade de correr e bater os seus adversários, e muito do seu instinto vencedor esteja lá, ele já não tem mais 25 anos.
Mas uma coisa é certa: vamos ter um 2010 muito interessante na Formula 1. E neste dia, em que comemora o seu 41º aniversário, digo: seja bem-vindo de volta, Herr Schumacher!
Schumacher vai voltar para cobrar uma dívida antiga, pois foi a Mercedes que lhe pagou os cerca de 500 mil dólares que Schumacher pediu para correr na vaga deixada aberta por Bertrand Gachot após ter sido preso devido a um incidente de trânsito em Londres, no final de 1990. E enquanto se via ao longo da pista de Spa-Francochamps dizeres como “Free Gachot”, como se fosse um preso político (na altura, corria com licença belga), Schumacher demonstrava a sua rápida adaptabilidade à pista e ao carro, arrancando o oitavo tempo da grelha.
Hoje, 18 anos e meio depois dos primeiros passos perto da sua terra natal, Kerpen, Schumacher volta a correr pela equipa que lhe deu um lugar na Júnior Team da Mercedes, no mundial de Sport-Protótipos (e venceu algumas corridas, em 1990 e 91). Vai reencontrar Ross Brawn, o homem que o ajudou a conseguir os seus maiores feitos, primeiro na Benetton e depois na Ferrari. E muitos, à volta do mundo, vão torcer para ver de volta o Schumacher dos bons velhos tempos. Se calhar vão tê-lo, mas também vão achar estranho ver o “Barão Vermelho” ao volante de uma “Flecha de Prata”…
Esta segunda vinda de Schumacher para a categoria máxima do automobilismo vai ser outro dos grandes motivos de interesse nesta temporada de 2010. Muitos julgam que a equipa vai toda trabalhar à volta dele. Talvez, mas então espero que saibam que Nico Rosberg não vai ficar a olhar a assumir o facto como consumado. Vai lutar, e já demonstrou isso pelas suas últimas declarações à imprensa, quando o acusou de ter o seu passado manchado com atitudes desportivas. Nada novo, é certo, mas estas declarações do filho de Keke dão razão ao post que o Luiz Fernando Ramos, o Ico, escreveu sobre a dupla tedesca no dia 22 do mês passado, ainda antes da confirmação oficial:
“Esqueçam Massa versus Alonso ou Button versus Hamilton. A combinação mais imbuída de nitroglicerina no paddock estará nos boxes da Mercedes, com Michael Schumacher e Nico Rosberg. O heptacampeão, cujo retorno às pistas é certo e só falta ser oficializado (pode ser daqui a pouquinho), que não espere encontrar um 'irmãozinho' como o Felipe Massa da Ferrari de 2006. O duelo interno será intenso.
Basta pensarmos o quanto estará em jogo. De um lado, o conceito de Schumacher – que sairá chamuscado se sofrer nas mãos de um novato. Do outro, a carreira de Rosberg – que irá para o lixo se apanhar de um pensionista nesta que é sua primeira e decisiva chance em uma equipe de ponta. Pode procurar: são valores muito mais altos que os postos à mesa na Ferrari ou na McLaren.
E tem mais: não é preciso ser versado em alemão para antever um grande choque de personalidades lá dentro. Michael é a estrela da província, um gênio de origem simples que curte uma boa pelada, torce pro FC Köln, se veste mal e pode às vezes ser um tanto ranheta quanto sente invadida sua esfera privada. Já Nico é o cidadão do mundo, criado em Mônaco, versado em um punhado de idiomas e apreciador de moda e culinária.
Água e óleo, enfim." (...)
Sim, o regresso de Schumacher causa anticorpos em muitas pessoas, bem como causava durante a sua carreira, principalmente nos anos em que dominava o campeonato pela equipa do Cavalino Rampante, com Brawn e Jean Todt a seu lado. E isto parece ser completamente anti-natura na tendência que a Formula 1 teve nestes últimos anos, onde as equipas preferiram pilotos cada vez mais jovens, quase a saírem do berço. O caso mais extremo, claro, é o de Jaime Alguersuari. Caso a Toro Rosso o confirme para mais uma temporada, o piloto, que fará 20 anos no próximo dia 23 de Março, terá idade para ser o filho de Schumacher, já que a diferença entre eles é tão só… de 21 anos. Aliás, no fim-de-semana de estreia do piloto alemão, naquele longínquo Agosto de 1991, Alguersuari muito provavelmente estaria mais preocupado em dizer as suas primeiras frases aos seus pais...
Não sou daqueles que apostam num regresso em grande de Schumacher. Mas também não acho que se “espalhe ao comprido”. Vai ser meio a meio. Apesar de trabalhar de novo com Ross Brawn, o homem que criou o magnífico e dominador chassis BGP001, e deu ambos os campeonatos de 2009, nem sempre se consegue construir dois excelentes chassis. Pode ser que Brawn tenha tido tempo para aproveitar os novos regulamentos, onde terá de construir um depósito maior de combustível, pois o reabastecimento volta a ser proibido, mas o chassis e génio do seu criador não são tudo. No máximo, contam dois terços para o sucesso. Aquele que está entre o banco e o volante também conta. E por muito que tenha vontade de correr e bater os seus adversários, e muito do seu instinto vencedor esteja lá, ele já não tem mais 25 anos.
Mas uma coisa é certa: vamos ter um 2010 muito interessante na Formula 1. E neste dia, em que comemora o seu 41º aniversário, digo: seja bem-vindo de volta, Herr Schumacher!
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ResponderEliminarte agradeceria si puedes cambair la direccion de mi blog por la nueva.
ResponderEliminarVai ser um ano de intensa observação em todo o grid. Nos nomes famosos e nos menos famosos tbm !!
ResponderEliminarEu não espero o Schumacher como aquele dos tempos áureos. Mas tomar pau do Rosberg é duro de aguentar no caso de um automobilista do porte dele. Pode até ser uma briga apertada, mas é bom o alemão-mor dar um jeito de levar a melhor nessa. O Nico não parece ter a metade do talento de Michael - mas a metade da idade deve ter...
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