Com máquinas e pilotos a rumarem a Hockenheim, palco do GP alemão, o paddock andava agitado com as noticias da confusão no qual o piloto coqueluche daquele ano, Jean Alesi, se tinha metido. Aparentemente, o piloto de 26 anos tinha assinado um contrato para 1991 pela Williams… e pela Ferrari, enquanto se sabia que tinha um contrato com a Tyrrell para a temporada seguinte! Uma confusão dos diabos do qual ele teria de se safar, sob pena de sanções futuras sobre ele.
Entretanto, uma das equipas nanicas do pelotão, a Coloni, terminava o contrato que tinha com a Subaru, pois o seu motor flat-12, desenhado por Carlo Chiti, se revelava um tremendo fracasso, e a marca japonesa não queria mais estar associada a tamanho “flop”. Assim sendo, Enzo Coloni, que tinha saído da equipa no inicio do ano, voltou à activa e foi buscar moores Ford Cosworth, mantendo o belga Bertrand Gachot no lugar, mas os resultados continuava, a ser os mesmos: não-qualificação.
Por esta altura, as pré-qualificações tinham sofrido a habitual alteração do meio do ano. A Larrousse, graças aos cinco pontos conquistado na primeira metade da temporada, ganhou o direito a subir na classificação, enquanto que a Onyx/Monteverdi, cada fez mais endividada, ficava no lugar da equipa francesa. Mas em Hockenheim, os carros guiados por J.J. Letho e Gregor Foitek passaram sem problemas à segunda fase, acompanhados pelo Osella de Olivier Grouillard e pelo AGS de Yannick Dalmas, que deixou de fora o seu companheiro, o italiano Gabriele Tarquini.
Na qualificação propriamente dita, os McLaren ficaram com a primeira fila, com Ayrton Senna a ficar á frente de Gerhard Berger. Na segunda fila estavam os Ferraris de Alain Prost e Nigel Mansell, e a mesma coisa acontecia na terceira fila, mas com os Williams-Renault, com Riccardo Patrese a ser melhor do que Thierry Boutsen. Nelson Piquet era o sétimo, à frente do Tyrrell de Jean Alesi, e a fechar o "top ten" estavam o segundo Benetton de Alessandro Nannini e o Leyton House de Ivan Capelli. Em claro contraste, os quatro excluidos da corrida alemã, por terem os piores tempos, foram o Osella de Grouillard, o AGS de Dalmas, o Minardi de Paolo Barilla e o Dallara de Andrea de Cesaris.
Na partida, Senna era quase surpreendido por Berger, mas o brasileiro conseguiu corrigir o tiro e manteve a liderança. Mas na outra ponta da grelha, a confusão instala-se quando o Brabham de Stefano Modena fica parado com problemas de embraiagem. O Arrows de Michele Alboreto e o carro de David Brabham tentaram evitá-lo, mas o australiano bateu no Dallara de Emmanuele Pirro, que arrancou um pneu e voou perigosamente perto da cabeça do italiano. Philippe Alliot, no seu Ligier, foi também apanhado na confusão, e foi empurrado pelos comissários para voltar à pista, mas depois foi desclassificado devido a esse gesto.
Entretanto, Senna e Berger abriam uma ligeira vantagem sobre os Ferrari de Prost e Mansell, com Patrese a segui-los e Boutsen, com problemas na sua caixa de velocidades, tinha sido superado pelos Benetton de Piquet e Nannini, bem como o Tyrrell de Alesi e o Leyton House de Capelli. As coisas mantiveram-se mais ou menos assim até à volta onze, quando Piquet, que tentava apanhar Patrese, falha a travagem à primeira chicane e atrasa-se.
Cinco voltas depois, Prost tem dificuldades em passar na Ostkurwe, mas pior aconteceu a Mansell, que saiu para a escapatória. Voltou para a pista, mas os estragos feitos foram demasiado grandes para poder prosseguir em prova.
Aos poucos, os pilotos da frente pararam... excepto Nannini, que tinha pneus duros. Quando Senna parou, ele voltara à corrida exactamente à frente do italiano, que o tentou passar... e conseguiu. Patrese estava atrás de Senna e os três rolaram juntos. Pouco depois, o veterano italiano, que andava a comemorar o seu 200º Grande Prémio, foi também às boxes e dois dois andavam a rolar juntos, com Piquet em terceiro a aguentar o McLaren de Berger. Contudo, pouco depois, o brasileiro desiste, fazendo com que Berger herde o lugar mais baixo do pódio.
Entertanto, os pneus do italiano começam a degradar-se e Senna aproxima-se. A doze voltas do fim, o piloto da McLaren apanha Nannini e o ultrapassa, disparando até à vitória. O piloto da Benetton mesmo assim chega ao segundo lugar, com Berger em terceiro. Alain Prost é um pálido quarto classificado, enquanto aque os Williams de Riccardo Patrese e Thierry Boutsen ficam com os dois últimos lugares pontuáveis.
http://www.grandprix.com/gpe/rr493.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1990_German_Grand_Prix
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