sexta-feira, 18 de março de 2011

Um homem multifacetado: a vida e carreira de Mark Donohue

Hoje seria o aniversário do nascimento de um dos homens mais multifacetados do automobilismo americano nos anos 60 e 70. Correu em tudo que era carro e foi o primeiro grande piloto que correu ao serviço de Roger Penske. Mark Donohue, o "Capitain Nice", tinha algo raro: combinava os seus dotes de condução com as suas capacidades mecânicas, já que tirou uma licenciatura em Engenharia Mecânica na Universidade de Cornell.

E ao longo da sua carreira, guiou toda uma série de carros, desde o Porsche 917 na Can-Am até ao Pontiac na Trans-Am Series, passando pelas 500 Milhas de Indianápolis, no qual ganhou em 1972 com um chassis McLaren, para finalizar na Formula 1 em 1975, competição da qual fez retirar Donohue da reforma, algo que tinha decidido fazer no final de 1973.

"(...) no final de 1973, Donohue já tinha 36 anos. Com a Can-Am a modificar as suas regras e vendo que não havia mais nada de relevante a conquistar, decide que é altura de se retirar da competição. Passa grande parte de 1974 a gozar a reforma e a escrever um livro sobre a sua carreira, de seu nome “The Unfair Advantage” (A Vantagem Injusta). Contudo, a meio de desse ano, o seu amigo Roger Penske atrai-o de novo para a competição. E o desafio não era um qualquer: era a Formula 1, competição da qual Donohue tinha tido um pequeno sabor três anos antes. Convencido pelo empresário e piloto suiço Heinz Hofer, Penske decide aventurar-se na Europa e perguntou ao seu amigo Donohue se não queria ser o seu piloto nas duas provas finais da temporada de 1974 e na temporada de 1975. E este aceitou.

S
e na temporada de 1974, não conseguiu mais do que um 12º lugar no Canadá, em 1975, as perspectivas eram melhores. Contudo, Penske decidiu construir o seu próprio chassis (o PC1) e estava a ter problemas com ele, apesar dos esforços de Donohue para o melhorar. Tinha conseguido um quinto lugar em Anderstorp, na Suécia, mas a meio do ano, Roger Penske decide adquirir um March 751 e concentrar os seus esforços para desenhar e testar o chassis do ano seguinte, que esperava ser desenvolvido pelo seu amigo Donohue." (...)

As coisas, infelizmente, iriam acabar mal. Um acidente no "warmup" do GP da Austria o fez bater a cabeça um poste e causar, sem ele próprio saber, uma hemorragia cerebral, do qual só tomou consciência horas depois. Levado ao hospital de Graz para uma operação de emergência, acabou por morrer dois dias depois, aos 38 anos. Se quiserem ler a vida e carreira de Donohue, basta seguirem o link para o ler no site Pódium GP.

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