Sobre o infortunado piloto austriaco, acho que toda a gente mais "die harder" sobre o automobbilismo e que viveu intensamente aqueles Três Dias de Imola, seja na pista ou na televisão, conhece a história dele. De como para alcançar o seu sonho, teve de ir para o outro lado do Mundo como era o Japão, onde correu todo o tipo de carros, desde os de Formula Nippon até aos de Endurance, e como aos 33 anos, para aproveitar a chance da sua vida, teve de vender tudo: a sua casa e o seu amado Carocha (Fusca) amarelo.
Já escrevi muito sobre ele, a sua carreira e as aventuras da Simtek, uma equipa novata que lutava para evitar as não-qualficações, e como - essa conta originalmente o Alexandre Carvalho, do Almanaque da Formula 1 - o Zé do Caixão "abençoou" o carro de Roland Ratzenberger. O chassis era uma "bomba", era verdade, mas a coisa pegou...
A sua tumba, em Salzburgo, tem inscrita uma frase em alemão: "Viveu para o seu sonho". E para terem uma ideia de o que isso significa para cada piloto que começa a sua carreira, eis algo que Emerson Fittipaldi disse há 40 anos, quando alinhou no seu primeiro Grande Prémio da carreira, em Brands Hatch: "Alinhei na última fila, ao lado de Graham Hill, meu ídolo de infância. Se morresse nesse momento, morria feliz. Tinha atingido o meu sonho - alinhar num Grand Prix de Formula 1".
Se quiserem ler sobre o sonho de Roland, podem ler algo que escrevi há precisamente um ano. E sobre o Zé do Caixão, também podem vir aqui, e não esquecendo para que também leiam os posts sobre os eventos de Imola.
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