No final da semana teremos o Rali da Sardenha, o sitio onde veremos os Minis em termos competitivos, e onde também a Volkswagen irá amanhã fazer o seu anuncio oficial, como tudo indica. O rali da Sardenha, para além destas novidades e da luta implacável entre os pilotos oficiais da Ford - Jari-Matti Latvala e Mikko Hirvonen - e da Citroen, com Sebastien Löeb e Sebastien Ogier, que lutam encarniçadamente entre si, também terá dois pilotos portugueses para darem o seu melhor, e no caso de Armindo Araujo e Bernardo Sousa, existem altas expectativas.
No caso de Armindo, depois de estrear o Mini John Cooper Works em Portugal, onde deu nas vistas, rodando no sétimo lugar antes do motor avariar, tem por fim o carro nas especificações do WRC, ao mesmo nível dos carros oficiais. Contudo, o piloto de Santo Tirso coloca água na fervura:
"Tal como no Rali de Portugal, não estamos preocupados com o resultado pois, nesta fase, o que verdadeiramente importa é subir um degrau de cada vez até chegarmos aos objetivos que traçamos quando entramos neste projeto. Vamos competir pela primeira vez com o MINI na versão WRC e há naturalmente que fazer uma readaptação à máquina. Estamos confiantes que o faremos progressivamente pois determinação é coisa que não falta no seio da equipa", começa por dizer.
Quanto ao rali propriamente dito, considera-o como muito exigente para as mecânicas dos carros, logo, o piloto de Santo Tirso não espera por isso facilidades. "Este rali não permite grandes excessos e por isso temos que ter muitas cautelas. Logicamente que vamos procurar andar o melhor possível, mas cientes que a dureza das especiais pode trazer algum problema natural de juventude no Mini. Esta prova será a primeira que disputaremos em conjunto com a equipa oficial e isso é também um grande motivo de alento", confessa o piloto.
Já Bernardo Sousa, que corre na classe S2000 a bordo do seu Ford Fiesta, a vitória na Jordânia e consequente ponto no campeonato do mundo, o primeiro da sua carreira, pode-lhe ter injetado um bom grau de confiança nas suas capacidades, mas garante ter os pés assentes em terra à partida do rali sardo:
"Não tenho qualquer pretensão à vitória, esta é uma prova em terra, igualmente muito dura, e onde a gestão do andamento para poupar a mecânica tem uma importância enorme, pois só se pontua chegando ao fim do rali, e quero consolidar a nossa posição no S-WRC, até porque, a Sardenha é um rali que foi nomeado para pontuar por todos os candidatos do campeonato deste ano, portanto, o delinear do sucesso para o resto da época vai seguramente passar por fazer aqui um bom resultado, e não vou arriscar em demasia.", afirmou.
"É tempo de não pensar na vitória que obtivemos na Jordânia, e de centrar a atenção apenas no rali da Sardenha, pois tenho consciência de que os objetivos se renovam em cada rali. Tenho de me manter o mais concentrado possível, sabendo que é imperativo pontuar em todas as sete provas que vamos realizar no S-WRC este ano para podermos sonhar com o pódio no final do Campeonato.", concluiu, em declarações captadas pela Autosport portuguesa.
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