sábado, 24 de novembro de 2012
Formula 1 2012 - Ronda 20, Interlagos (Qualificação)
E chegamos à última qualificação do ano com o título por decidir. Em Interlagos, São Paulo, com as previsões de chuva para o fim de semana, tudo poderia acontecer nesta corrida onde os dois primeiros estavam separados por meros 13 pontos. Com Ferrari a fazer tudo, bem como a Red Bull, o grande ponto de interrogação tinha a ver com a chuva, do qual se previa que caísse em algumas ocasiões, de modo pontual. Houve uma chuvada meia hora antes da qualificação, o que fez com que todos partissem para a pista com a pista algo molhada.
Contudo, com o inicio da qualificação, a pista estava relativamente seca, e isso fez com que alguns pilotos arriscassem com pneus molhados e intermédios. O primeiro a dar nas vistas foi Kamui Kobayashi, que fez a pole-position, para depois Jean-Eric Vergne fazer melhor. A parte final da Q1 demonstrou que a pista ficava progressivamente seca, excepto a parte final da pista, na zona da Junção. Alonso e Hamilton começaram a fazer tempos, para depois vierem os Red Bull.
Mas a parte final foi complicada. Romain Grosjean e Pedro de la Rosa tocaram-se quando aceleravam para a meta, fazendo com que o nariz do Lotus se quebrasse. Apesar de ter tido tempo para trocar o nariz e fazer mais umas voltas, não foi o suficiente para conseguir passar para a Q2, sendo o tal carro, para além dos três do costume (Caterham, Marussia e HRT) a ver o resto da qualificação nas boxes.
Com a Q2, a pista tende a secar cada vez mais, e com essa pista totalmente seca, os Red Bull e os McLaren fizeram os seus melhores tempos. Sebastian Vettel acabou por fazer o seu melhor tempo, seguido por Lewis Hamilton e Jenson Button. Mas se para as duas primeiras equipas as coisas andavam bem, na Ferrari, andavam mal. Fernando Alonso e Felipe Massa acabaam apenas em nono e décimo, muito pouco para quem queria lutar pelo campeonato e mais um motivo de preocupação para a Scuderia.
Com o Q3 já mesmo em seco, o primeiro a mostrar-se foi Lewis Hamilton, mas depois foi a vez dos Red Bull. Com o aproximar dos momentos finais, os pilotos deram o seu melhor e a primeira posição foi trocada por duas vezes: primeiro Mark Webber, depois Lewis Hamilton, que conseguiu a sua última pole-position do ano e a última na sua passagem pela McLaren. Jenson Button faz o segundo melhor tempo, fazendo com que McLaren ficasse com o monopólio da primeira fila. Sebastian Vettel ficou apenas com o quarto melhor tempo, mas na frente dos Ferrari, o que faria com que o piloto alemão ainda tivesse a vantagem na luta pelo título.
Quanto aos Ferrari, Felipe Massa ultrapassou Fernando Alonso pela segunda vez consecutiva na qualificação. Mas numa altura dessas, muito provavelmente pode ter sido um resultado inútil pois o quinto lugar do piloto brasileiro, apesar de estar longe do oitavo posto do piloto espanhol, poderá significar que a Ferrari faça mais um dos seus truques. Mas como ele está mesmo por trás de Vettel, ainda pode ser que ajude Alonso de outra maneira...
Em suma: domingo promete ser emocionante. Especialmente quando se sabe que a chance de chuva começa a ser superior a 80 por cento.
Youtube Formula 1 Classic: Os títulos da Red Bull
A Red Bull só anda na Formula 1 desde 2005, mas na semana passada, em Austin, conquistou o seu terceiro título mundial de Construtores, um grande feito em muito pouco tempo - pelo menos em termos de Formula 1. Graças às maquinas desenhadas por Adrian Newey e à pilotagem de Mark Webber e Sebastian Vettel (já repararam que a Red Bull mantêm a mesma dupla desde... 2009?), a equipa já alançou um feito apenas ao alcance de Ferrari, Williams e McLaren, as três equipas mais tradicionais na Formula 1.
Para relatar a "era Red Bull", nada como um video de um minuto feito pela BBC, onde coloca os melhores momentos da temporada da equipa de Salzburgo. Domingo ver-se-á se também haverá um terceiro titulo consecutivo de pilotos.
O último fim de semana da HRT
Domingo, acaba tudo em 2012: comemoraremos um título mundial, um campeão do mundo. Os seus adeptos comemorarão a vitória, o perdedor amargará a derrota. Depois disso, vencedores e derrotados, bem como os seus membros, sairão de São Paulo para umas merecidas férias, depois de mais de nove meses de viagem, em vinte lugares diferentes. Alguns voltarão para a fria Europa, preparando os carros para 2013, que irão circular nas pistas europeias a partir de fevereiro.
Muito provavelmente, quando máquinas e pilotos - novas caras, novos chassis, novas esperanças - aparecerão perante nós, jornalistas e fãs, alguns dos quais estarão a ressacar da depressão pós-temporada, sentiremos a falta de uma equipa: a HRT. Muito provavelmente, aqui em Interlagos, estaremos a ver o seu último fim de semana da sua curta carreira, de três temporadas.
As causas são mais do que óbvias: o dinheiro, o vil metal, bem como as muitas dívidas que eles provavelmente deverão ter e que ainda não pagaram. Como sabem, a Thesan Capital anunciou há mais de duas semanas que colocou a sua equipa à venda, esperando que apareça alguém suficientemente louco para a comprar. Fala-se de um valor bem baixo para uma equipa de Formula 1: 40 e 50 milhões de euros. E parece que existem interessados, mas... creio que só alguém completamente louco ou com planos a muito longo prazo é que pode pensar em comprar a HRT.
É simples: eles nada têm como propriedade. Estão em Madrid, longe de tudo, numas instalações do qual eles alugaram, e o dinheiro que circula, proveniente dos patrocinios, serve apenas para pagar as despesas e nada mais. E ainda por cima, segundo dizia ontem o jornalista Joe Saward, qualquer pessoa que fique com a HRT, mesmo que a compre pelo preço simbólico de um dólar ou euro, poderá ter de lidar com uma questão legal. Em 2010, HRT - então Hispania - tinha feito um acordo com a Toyota para desenvolver o seu carro para as temporadas seguintes, ao preço de 25 milhões de euros por temporada. A Toyota desenvolveria o seu carro, a partir to TF110, o carro da marca que nunca correu, e recrutaria algumas pessoas para desenvolver o carro. Contudo, quando no inicio de 2011, José Ramon Carabante, o homem que estava à frente do projeto, começou a falhar nos pagamentos, o acordo foi quebrado, e a marca reclama essa dívida desde então.
Claro, fala-se que poderá haver alguém interessado em correr por lá - as últimas noticias falam do chinês Ma Qinghua - mas não se crê muito que haja alguém ao virar da esquina e diga que queira comprar a equipa.
E com todas estas "más noticias", pode-se pensar que em 2013 só irão existir onze equipas. de uma certa forma, é a admissão do fracasso da ideia de Max Mosley que, antes de sair da FIA em 2009, quis reduzir os orçamentos "partido de cima", e embarcando numa briga com as equipas, que então se tinham unido na FOTA, do qual quase resultou na divisão da Formula 1 em duas partes. Se Caterham e Marussia estão mais ou menos a caminho de conseguirem equilibrar as suas finanças, apesar de nunca terem pontuado até agora, a HRT foi mais uma espécie de "franchise" do qual alguém com muito dinheiro poderia agarrar. Só que nos tempos que correm, ninguém está na disposição de o agarrar, o que até é pena.
Em suma, aproveitemos bem este fim de semana. E que para além de Sebastian Vettel e Fernando Alonso, poderemos estar a ver os últimos momentos de mais uma equipa de Formula 1. Para mim, dá-me pena porque a grelha se reduz a 22 carros. Mas para as equipas, claro: é menos dinheiro para dividir.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Noticias: Caterham e Sauber anunciam pilotos
A sexta-feira de Grande Prémio, no Brasil, tornou-se a altura ideal para alguns anúncios de pilotos. Depois do "lapsus linguae" de ontem por parte de Sergio Perez, a equipa decidiu anunciar que Esteban Gutierrez será piloto titular em 2013, ao lado do alemão Nico Hulkenberg. Mas a equipa também anunciou que o holandês Robin Frijns, campeão deste ano da World Series by Renault, seria o terceiro piloto da marca em 2013. Curiosamente, a diferença de idades de Gutierrez e Frijns é de apenas... dois dias.
“Em 2010 assinamos com ele [Esteban Gutierrez] como piloto afiliado e em 2011 e 2012 foi o nosso piloto de testes e de reserva. Nós preparamo-lo passo a passo para a Formula 1. Esteban tem um enorme talento e está pronto para dar este salto. Não temos dúvidas que teremos uma forte dupla para a temporada de 2013 em Nico Hulkenberg e Esteban Gutierrez.", começou por dizer Monisha Kalterborn, a diretora da Sauber.
No comunicado oficial, a equipa agradeceu os serviços de Kamui Kobayashi, que foi o seu piloto nas últimas três temporadas, e a Sérgio Perez, que vai para a McLaren em 2013. "Queria dizer algumas palavras sobre Kamui Kobayashi. Nas últimas três temporadas Kamui não foi só um temido competidor, mas também uma excelente pessoa e um excelente membro de equipa. Todos nós temos um enorme respeito por ele, e o seu pódio no Japão foi um momento particularmente emocional para todos nós. Não foi uma decisão fácil, mas estamos comprometidos com uma nova direção e o nosso tempo com Kamui tinha chegado ao fim. Desejamo-lhe felicidades para o futuro."
"Também agradecemos a Sérgio Perez, que nos deu três pódios para a equipa até agora e tem na McLaren-Mercedes, uma das equipas mais bem sucedidas da história, a oportunidade de demonstrar o seu enorme talento. Desejamo-lhe também felicidades para o seu futuro competitivo."
Entretanto, também esta manhã, a Caterham anunciou esta manhã que o francês Charles Pic vai ser o seu piloto para a temporada de 2013, substituindo o russo Vitaly Petrov, que ficou sem dinheiro para poder continuar na próxima temporada. Pic, de 22 anos, correu nesta temporada ao serviço da Marussia e tem assim uma oportunidade para evoluir, nesta que vai ser a sua segunda temporada na categoria máxima do automobilismo.
“Estamos ansiosos para trabalhar com um jovem piloto que mostrou ter talento, ritmo e capacidade para nos ajudar a alcançar os nossos objetivos", começou por dizer Cyril Abiteboul, o diretor da Caterham. no seu comunicado oficial.
"Ao longo desta temporada estivemos a seguir os progressos que Charles fez, desafiando-nos em algumas das qualificações que aconteceram nesta temporada, e é mais do que claro que tem um talento especial. Ficamos impressionados com o seu talento contra um companheiro de equipa muito experiente e estamos ansiosos para vê-lo e evoluir dentro da nossa equipa em 2013 e nas temporadas seguintes.", concluiu.
O anuncio da entrada de Charles Pic na Caterham significa uma vaga na Marussia, que pode muito bem ser preenchida pelo britânico Max Chilton, tem tem o gordo patrocínio familiar da seguradora AON.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Um "lapsus linguae" a antecipar uma decisão
Toda a gente já sabe mais ou menos, que a Sauber irá anunciar neste fim de semana o seu segundo piloto, a acompanhar o alemão Nico Hulkenberg. E que não iriam ficar com o japonês Kamui Kobayashi, apesar de ter tido uma boa temporada, culminado com um pódio em Suzuka.
Só que não esperavam que Sérgio Perez, que está de saída da Sauber para a McLaren, tivesse um "lapsus linguae" e dissesse que Estaban Gutierrez fosse o seu sucessor na equipa. Esta tarde, numa conferência de imprensa, afirmou aos jornalistas presentes que: “O carro será forte, pois as regras não mudam muito. A equipe terá um piloto experiente em Nico, e ele terá um companheiro forte em Esteban”.
Contudo, a chefe de equipa, Monisha Kaltenborn, manteve firme o seu discurso: “Nós sempre dissemos que será ‘durante a temporada’. Então, será antes do Brasil, no Brasil ou algumas horas depois da corrida”, afirmou, em declarações à Autosport britânica.
Graças ao grande apoio dado por Carlos Slim, o gigante das telecomunicações, através da Telmex, a equipa suiça colocou os dois melhores pilotos do seu país. Primeiro "Checo" Perez, de 22 anos, e que graças aos seus bons resultados, vai correr na McLaren em 2013, e agora Esteban Gutierrez, de 21 anos e terceiro classificado na GP2 deste ano. Com ou sem "lapsus linguae" já sabemos quem estará na equipa na próxima temporada.
5ª Coluna: a subjectividade dos rankings
Esta semana, na minha 5ª Coluna, escrevo sobre o mais recente ranking publicado, neste caso, na cadeia britânica BBC, sobre os melhores pilotos de Formula 1 de sempre, e no qual Ayrton Senna foi votado como o melhor de todos os tempos, na frente de Juan Manuel Fangio e Jim Clark. A eleição e o ranking valem o que valem, mas sobre este tipo de sondagens em geral, tenho uma opinião:
"Para mim, estes rankings, da maneira como são feitos, venham eles da BBC, CNN, Al Jazeera ou pela página da esquina no Facebook, só criam discussões e nunca consensos, e quem os faz sabe a razão pelo qual as faz, e sabe as consequências disso. O problema é que qualquer discussão sobre "rankings" e sondagens sobre quem foi o melhor piloto de sempre quase me fazem lembrar as discussões sobre o "sexo do anjos". E é o que acho sobre isto: servem para iniciar discussões inúteis sobre porque é que "piloto A" é melhor sobre "piloto B", porque é que este é o 15º do ranking quando poderia ser o sexto, etc, etc, etc. E por isso que detesto estes rankings: só serve para discutir com os teus amigos e por vezes, as discussões podem ser tão duras e severas que até chegam a um extremo." (...)
Para lerem o resto da história, basta irem ao site Formula 1 Portugal, a partir deste link, onde explico as razões pelo qual os rankings me fazem lembrar as discussões sobre o "sexo dos anjos"
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
O regresso do Autosport semanal
Como é sabido, a Autosport mudou de gerência a meio do mês passado, e a nova gerência já disse que a revista vai regressar às origens. E o prometido é cumprido: a partir do dia 28 de novembro, a revista voltará a ser jornal, e será semanal, saindo todas as quartas-feiras, o que dá tempo para fazer com calma todos os eventos do fim de semana automobilístico.
E pelo que se vê, haverá bons motivos para ler a nova encarnação da Autosport: a vitória de António Félix da Costa em Macau, uma entrevista ao Tiago Monteiro, uma antevisão do Dakar 2013 e a decisão do Mundial de Formula 1. Para começo, não está mau...
Os crescentes problemas de Bernie Ecclestone
As consequências do "caso Gribowsky", onde Bernie Ecclestone pagou quase 15 milhões de euros ao banqueiro alemão Gerhard Gribowsky há dez anos para assegurar os direitos da Formula 1, continuam a escalar a cada dia que passa. Com a Procuradoria de Munique a elaborar um caso contra ele, pois o querem ouvir sobre a sua parte, surgiram ontem noticias de que um tribunal de Nova Iorque aceitou a queixa de um fundo de investimento, a Bluewaters Comunication Holdings, que pede uma indemnização de 650 milhões de dólares a Ecclestone, devido ao negócio da compra do negócio da Formula 1 pela CVC Capital Partners, em 2005.
A CVC, o fundo de investimento, pagou cerca de 1.6 mil mihões de dólares à BayernLB, quando Gribowsky ainda trabalhava no banco, num concurso onde a Bluewaters estava também interessada no negócio. A companhia de investimento reclama que tinha a proposta mais elevada e nela, estava disposto a pagar o equivalente a dez por cento de qualquer proposta concorrente. Contudo, a sua proposta não foi considerada e os seus responsáveis afirmam que isso se deveu ao acordo feito entre Ecclestone e Gribowsky.
Recorde-se que Gribowsky, o financeiro alemão, foi condenado no final de junho a oito anos de prisão devido a fraude fiscal, do qual Bernie Ecclestone admitiu ter subornado Gribowsky, com o objetivo "de o fazer calar", afirmando que "estava a ser chantageado". Devido a isso, a Procuradoria Geral de Munique decidiu investigar o envolvimento do patrão da Formula 1, atualmente com 82 anos, neste negócio de suborno que terá acontecido em 2002.
Noticias: Coreia do Sul deu prejuízo em 2012
Mesmo com o "rapper" Psy nas bancadas, e mesmo com os pilotos a fazerem o Gagnam Style, a musica do momento na Net, o GP da Coreia do Sul em 2012 deu prejuízo. Segundo o site GPUpdate.com, os organizadores tiveram um prejuízo de 22,8 milhões de libras, ou pouco mais de 22 milhões de euros num evento que vão receber até 2016, com possível prolongamento até 2021, caso este evento seja bem sucedido.
“É complicado afirmar que tipo de impacto estas perdas terão na edição do próximo ano." afirmou um responsável do circuito à agência Reuters. “Apesar da existência destas perdas pelo terceiro ano consecutivo, acreditamos que o seu impacto é apenas a curto prazo. No longo prazo, a Formula 1 irá trazer mais benefícios ao nosso país, pois poderá abrir caminho para a industria automóvel coreana, e poderá também ajudar a desenvolver novas industrias nesta área", concluíram.
A Formula 1 está na Coreia do Sul desde 2010, no circuito de Yeongam, situado no oeste do país, numa área classificada como "o meio de nenhures", e onde muitos dos que acompanham o circo da Formula 1 costumam estar em motéis de duvidosa qualidade... isto, porque o projeto imobiliário que deveria acompanhar o circuito de Yeongam, ainda está a ser construido.
Formula 1 em Cartoons - Pré-Brasil (Pilotoons)
O Bruno Mantovani decidiu fazer um cartoon de antecipação do GP do Brasil e do título mundial de 2012. Red Bull contra Ferrari, ou no caso em concreto, os pilotos - leia-se, manha - da Scuderia contra a superioridade da máquina de Sebastian Vettel.
Domingo à tarde, teremos a resposta. Até lá, eis a mais recente caricatura dos Pilotoons.
Youtube Dakar Rally: a apresentação do Buggy de Sainz e Al-Attiyah
Com o final das temporadas de Formula 1, Endurance e ralis, e isso indica, em termos de calendário, a aproximação do Rally Dakar. Em 2013, a prova irá sair de Lima, a capital do Peru, e vai viajar por Argentina e Chile, até acabar na capital, em Santiago do Chile, depois das passagens pelo deserto do Atacama, por exemplo.
E agora, começam as apresentações das equipas. Neste caso em particular, trata-se do Buggy que Carlos Sainz e Nasser Al-Attiyah irão correr na próxima edição do maior "rally-raid" do mundo.
Revista Speed - edição de novembro
Já está disponível em termos virtuais a edição de novembro da revista Speed. Nesta edição, temos uma longa entrevista com Bruno Andrade, o piloto brasileiro de Formula 3 que recorreu aos tribunais para que lhe dessem o título na categoria, que venceu em... 2010. Ali, para além do que aconteceu, fala também da sua carreira automobilistica.
Também se fala nesta edição sobre os 25 anos do tricampeonato de Nelson Piquet, bem como as duas aposentadorias de Michael Schumacher e o que mudou de 2006 em relação a 2012. Falamos sobre a IndyCar, e sobre o despedimento de Randy Bernard, o responsável pela categoria, bem como falamos sobre a temporada da Moto GP.
Para finalizar, falamos sobre a antevisão do GP do Brasil de Formula 1, que vai acontecer neste final de semana. Tudo isso e muito mais está disponivel no site da revista, que podem ir através deste link.
Youtube Motorsport Crash: o momento do acidente fatal de Luis Carreira
O acidente fatal de Luis Carreira, piloto português de motos, morto na passada quinta-feira, durante a qualificação do GP de Macau em motociclismo, foi um dos dois acidentes fatais que marcaram o fim de semana na antiga possessão portuguesa, agora uma região especial da China.
Contudo, este video do acidente do piloto de 35 anos, que este ano tinha emigrado para Angola, é absolutamente novo, pois mostra o momento do embate do piloto contra o muro de proteção, captado por um videoamador. E pelos vistos, o piloto vinha em excesso de velocidade na curva, provavelmente por alguma falha nos travões ou por ter escorregado naquela parte da pista. O que importa ver é que a violência do embate contra o muro é muito forte.
Já agora, este domingo, no Autódromo do Estoril, milhares de fãs e amigos do piloto fizeram um tributo ao piloto, tricampeão nacional da categoria Superstock, e que as autoridades macaenses estão a tratar das despesas da trasladação do corpo para Portugal, que deverá chegar no final desta semana.
Agradeço ao Pedro Mendes, o meu companheiro no Fibra de Carbono, por ter enviado o link.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Vai chover em Interlagos!
As previsões meteorológicas do próximo fim de semana, em Interlagos, poderão ser decisivas na atribuição do título mundial deste ano. Isto porque as chances de chuva no sábado e domingo são superiores a 50 por cento. Segundo a Accuwheather.com, irá chover quer no sábado, quer no domingo, enquanto que a Wheather.com fala que existe a possibilidade de 60 por cento de chuva em São Paulo no domingo.
As possibilidades de chuva podem baralhar as contas do campeonato, pois quer Fernando Alonso, quer Sebastian Vettel dão se bem em condições extremas. A vitória do piloto espanhol, em Silverstone, foi num fim de semana marcado pela chuva, onde Fernando Alonso aproveitou bem as condições sempre mutáveis da pista britânica. Já Sebastian Vettel tem a seu favor que as suas primeiras duas vitórias - Monza 2008, pela Toro Rosso e Xangai 2009, pela Red Bull - terem sido à chuva.
Em suma, a chuva poderá baralhar e voltar a dar, colocando até outros fatores mais inesperados na briga pelo título...
Recordando Stefan Bellof, no dia em que faria 55 anos
Ao longo da história deste blog, fiz muitos tributos a Stefan Bellof, o piloto alemão extremamente veloz e que se foi embora demasiadamente cedo, no 1º de setembro de 1985, ao volante de um Porsche 956 da Brun, quando tentava uma ultrapassagem "impossivel" na Eau Rouge sobre o Porsche 956 oficial (ou será que era o 962?) de Jacky Ickx. Uma ultrapassagem impossível do qual ele pagou o preço pela ousadia.
Horas antes de morrer, explicava a uma câmara de televisão como era abordada aquela curva. Sabendo todos nós como ele acabou, não deixa de nos passar um arrepio pela espinha sobre o facto de ele poder estar a descrever como é que ele iria acabar a sua vida...
Nascido em Giessen a 20 de novembro de 1957 - estaria agora a fazer 55 anos - foi um excelente piloto nas categorias base, mas nunca conquistou um título, apesar de em 1982, quando corria pela Mauer, na Formula 2, ter tido um arranque fabuloso de temporada, vencendo as duas primeiras corridas. Mas depois teve demasiadas desistências e acabou o ano no quarto lugar.
A sua consagração aconteceu no Mundial de Sport-Protótipos. Em 1983, foi contratado para correr ao lado de pilotos veteranos como Jacky Ickx, Jochen Mass e Derek Bell. Foi campeão em 1984, no mesmo ano em que se estreava na Formula 1, ao volante de um Tyrrell absolutamente pouco potente, com menos 220 cavalos do que o resto do pelotão, pois ainda usava os motores Cosworth. Mesmo assim, conseguiu arrancar boas prestações, especialmente no Mónaco, onde terminou no terceiro lugar, bem atrás de Ayrton Senna, no seu Toleman-Hart. Contudo, essas prestações tinham um contra: o Tyrrell era demasiado leve para os regulamentos. Quando descobriram, a FISA foi implacável: desclassificaram a equipa e os seus pilotos.
Contudo, Bellof voltou à equipa em 1985 e conseguiu quatro pontos, seno o seu melhor resultado um quarto lugar em Detroit, antes da equipa mudar para os motores Turbo, resultantes de um acordo com a Renault. Bellof não usou muito esse motor - apenas duas corridas - mas as suas prestações eram mais do que suficientes para atraír a atenção da Ferrari, que o quereria para a temporada de 1986. Havia um pré-acordo com a Scuderia e uma reunião marcada com o Commendatore nos primeiros dias de setembro, antes do GP da Belgica, que iria acontecer uma semana depois de Bellof participar nos 1000 km de Spa-Francochamps.
Por essa altura, Bellof já tinha saído da equipa oficial e entrado para a Brun, que também tinha um modelo 956 à sua disposição. Aliás, era o modelo que todas as grandes equipas usavam no Mundial de Sport-Protótipos. Fazendo dupla com o belga Thierry Boutsen, e partindo de uma má posição na grelha, Bellof galgou posições como um posesso, chegando-se ao pé do líder, o veterano Jacky Ickx, que desta vez fazia dupla com Jochen Mass. No inicio da 77ª volta, Bellof tinha apanhado o veterano piloto belga, vencedor de cinco edições das 24 Horas de Le Mans, no gancho de La Source, e tentou a sua sorte. O resto é conhecido de todos nós.
Bellof é um dos dois pilotos de Formula 1 que fazem parte do "Clube dos 27", sendo o outro o galês Tom Pryce. Bellof é também dos pilotos do qual existem aqueles "e se?", da mesma forma que existe sobre pilotos como o mesmo Pryce, ou Tony Brise, uma grande esperança britânica morta aos 23 anos no mesmo avião que levava Graham Hill, em 1975, ou então Roger Williamson e de um modo mais famoso, o francês Francois Cevért, treinado para ser o sucessor de Jackie Stewart, mas morto precisamente no momento em que se iria passar o testemunho do escocês para o francês. Sabia-se da Ferrari, mas essa vai ser uma pergunta que nunca terá resposta.
Existe, contudo, outra grande pergunta do qual já tem uma resposta, ao fim destes anos todos. Era se, depois de Wolfgang Von Trips, iria haver um piloto alemão capaz de vencer campeonatos do mundo de Formula 1. Von Trips quase iria conseguir isso, caso não tivesse morrido em Itália, em 1961, ao volante de um Ferrari. Bellof, provavelmente, poderia ter uma chance de um título mundial, na Scuderia, como Von Trips, e caso o conseguisse, teria provavelmente antecipado os títulos de Michael Schumacher e agora, de Sebastian Vettel.
Fibra para vencer, tinha. Só teria de acalmar os seus instintos e ser mais racional. Afinal, foi isso que fez encurtar a sua existência na face da Terra.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Youtube Motorsport: A troca do hino em Macau
A corrida de Formula 3 em Macau, vencida pelo português António Félix da Costa, teve uma polémica no pódio, quando chegou ao momento de se ouvir o hino. Em vez de se ouvir o hino nacional português, dedicado ao piloto vencedor, ouviu-se o hino dedicado... ao segundo classificado. É que se ouviu, por engano, o hino nacional da Suécia e isso causou uma monumental vaia à organização pelo facto de terem cometido essa "gaffe". Especialmente numa antiga possessão... portuguesa.
O erro foi corrigido quinze minutos mais tarde, mas até lá, o público presente decidiu cantar o hino a plenos pulmões, para celebrar o feito do piloto de Cascais, que parece estar a caminho da Formula 1, ao serviço da Red Bull.
A equipa acabou, mas o site funciona!
A Pacific foi uma das muitas equipas "nanicas" que andaram na Formula 1 nos anos 90. Formada por Keith Wiggins, andou nas temporadas de 1994 e 1995, com pilotos como Bertrand Gachot, Paul Belmondo, Andrea Montermini e o lento suiço Jean-Denis Deletraz, e acabou no final dessa época.
Por essa altura, a Internet era a grande novidade do momento, e todas as equipas decidiram fazer o seu site, para o crescente número de internautas que apareciam pelo mundo inteiro. Muito antes das redes sociais, até a Pacific fez o seu site. Mas a equipa acabou e a sua existência remeteu-se aos livros de história... excepto uma coisa: o seu website.
É verdade: após 16 anos - quase 17 - o site da Pacific ainda funciona! Quem falou disso foi o nosso amigo "williamista" Marcos Antônio, no seu blog GP Series. Um belo pedaço da arqueologia desses primórdios da Internet ainda vive. Para ver isso com os seus próprios olhos, basta seguir o link: http://www.pacificgrandprix.com/
Ai... essa Geografia, Caterham!
Eu gosto do pessoal da Caterham, mas acho que existem alguém que, ou não tem noções de Geografia no Brasil, ou então queria uma imagem mais "exótica" para cartão postal da marca. É que o GP do Brasil é em São Paulo, e eles decidiram colocar a zona do Pelourinho, em Salvador, para ilustrar o facto de irem ao Brasil este final de semana, para a jornada de encerramento do campeonato mundial de 2012.
Nada contra, Caterham, mas acho que deveriam corrigir essa imagem o mais possivel, senão viram chacota e irão ter à porta algumas centenas de brasileiros indignados com as vossas noções de Geografia...
domingo, 18 de novembro de 2012
McLaren Tooned - Décimo-primeiro episódio
O 11º episódio do "McLaren Tooned", que aconteceu este domingo à tarde volta a ter Nyck de Vries como convidado. E o piloto holandês ele vai ter, por fim, uma oportunidade para experimentar um carro de Formula 1. Mas não da maneira como ele julgava acontecer...
Formula 1 2012 - Ronda 19, Estados Unidos (Corrida)
O regresso da Formula 1 aos Estados Unidos, após sete anos de ausência, e 32 anos depois de ter corrido pela última vez num circuito permanente, em Watkins Glen, tinha uma motivação adicional devido à luta pelo título entre Sebastian Vettel e Fernando Alonso. Mas após a qualificação, em que se viu que Sebastian Vettel foi o melhor sobre Lewis Hamilton, o problema do "lado sujo e do lado limpo" da pista surgiu em força. Tanto que a Ferrari decidiu esta tarde efetuar uma manobra que, não sendo ilegal, é eticamente inaceitável.
Tudo começou quando se viu que o nono lugar de Fernando Alonso na tabela de tempos se tornou no oitavo posto devido à penalização de Romain Grosjean, devido à troca da caixa de velocidades. Com isso, o piloto espanhol iria largar do lado sujo da pista, o que poderia ser prejudicial para as suas aspirações ao título. A Ferrari decidiu pensar um pouco e resolveu mostrar que iria usar todas as armas legais, mesmo as eticamente inaceitáveis. E assim, decidiu quebrar o lacre da caixa de velocidades do carro de Felipe Massa - que ficou à frente de Alonso na qualificação - fazendo-o ser penalizado em cinco lugares, fazendo com que o piloto espanhol subisse para o sétimo posto, colocando-se no lado limpo da pista.
Tudo isso foi mais do que suficiente para causar polémica nas horas e minutos antes da partida para o Grande Prémio e discutir, mais uma vez, a tática de "vencer a todo o custo" por parte da Ferrari. E foram verdadeiros: Stefano Domenicalli não se escondeu por trás de uma justificação qualquer, disse que penalizaram Massa de propósito para ajudar Alonso. Claro que o precedente ficou aberto, e as outras equipas poderão usar isso de futuro, caso queiram. Mas também poderá ter sido mais uma machadada no prestigio da competição...
Passadas as polémicas, os adeptos preparavam-se para a uma corrida que seria a centésima da carreira de Sebastian Vettel na Formula 1 e que poderia ser a mais importante do ano para ele, pois era o primeiro que estaria em linha com a decisão do tricampeonato.
Na partida, não houve toques. Vettel foi para a frente, enquanto que Alonso subiu para o quarto lugar. Com as primeiras voltas, Hamilton tentou aproximar-se de Webber, para o ultrapassar na quinta volta, enquanto que Alonso era quarto, isolado de tudo e todos.
Com as coisas calmas na frente, o grande motivo de atração era no meio do pelotão, com os carros a seguirem uns atrás dos outros, como se fossem uma das caravanas do Velho Oeste, e os pilotos a trocaram facilmente de lugares. Mas aos poucos, Hamilton aproxima-se de Vettel para tentar apanhá-lo e ficar com a liderança. E as coisas pioram para os energéticos quando Webber tem uma falha no seu alternador na volta 18 e fica de fora da corrida.
E à medida que a segunda parte da corrida acontecia, a luta pelo comando aquecia. Lewis Hamilton aproximava-se de Sebastian Vettel, comendo centésimos atrás de centésimos, com Vettel a tentar reagir, fazendo as voltas mais rapidas da corrida. Mas aos poucos, o piloto da McLaren conseguiu apanhá-lo, passando na volta 41. Após a passagem do piloto da McLaren, esperava-se que ele se afastasse de Vettel, mas a diferença nunca foi superior a um segundo e meio, e assim o piloto alemão ainda teve esperanças de recuperar o comando.
Contudo, Vettel foi incapaz de apanhar Hamilton e o piloto da McLaren torna-se no primeiro vencedor de Austin, cinco anos depois de ter vencido pela última vez numa prova americana, em Indianápolis. Apesar de Vettel ter sido segundo classificado, aumentou mais a diferença para um Fernando Alonso, que terminando no lugar mais baixo do pódio, pouco se viu na corrida, na frente de Felipe Massa, o quarto classificado.
Contudo, a Red Bull iria sair de Austin com um titulo: o de Construtores. O terceiro consecutivo, premiando a parte final da temporada. Mas o título de pilotos, que a Red Bull queria que fosse resolvido em Austin, acaba por ser adiado para Interlagos, como os adeptos da Formula 1 queriam. Em termos de campeonato, Sebastian Vettel ainda tem a faca e o queijo na mão e depende dele mesmo para conquistar o título, e Fernando Alonso, mesmo que a equipa esteja totalmente atrás dele, estará dependente de terceiros para conseguir o seu tricampeonato em Interlagos.
WTCC - Macau (Corridas)
O último fim de semana do WTCC nas ruas de Macau era a última oficial da Chevrolet, mas havia uma batalha pelo comando do campeonato, entre Robert Huff e Alain Menu, com Yvan Muller è espreita. O facto de haver 35 pontos de diferença entre primeiro e segundo, com 50 pontos em jogo, poderia significar que tudo poderia acontecer numa pista tão traiçoeira como as ruas da antiga possessão portuguesa.
Na primeira corrida, a prova começou com os Chevrolet na frente e... dez carros a baterem na curva do Hotel Lisboa. Pepe Oriola, Norbert Mischeliz e Mehdi Bennani ficaram logo pelo caminho, enquanto que Stefano D'Aste e Tom Coronel foram às boxes, para tentarem reparar os estragos nos seus carros.
Com isso, os Chevrolet ficaram com os três primeiros lugares, com o Honda de Tiago Monteiro no quarto posto. Na quarta volta, Huff passa Muller na travagem para o Hotel Lisboa e começa a afastar-se do piloto francês. Mas logo a seguir, Robert Huff bate sozinho na parte sinuosa e cai na classificação. O inglês vai às boxes e fica por ali.
Após isso, Muller e Menu ficam com os dois primeiros lugares, com Tiago Monteiro a aguentar os avanços do Seat de Gabriele Tarquini. Darryl O'Young era quinto, mas aos poucos, perde tempo com os quatro primeiros. Muller e Menu andaram à briga pelo comando, chegando até a tocar um ao outro! Mas no final, Muller consegue aguentar e vencer a sua primeira corrida em Macau e a primeira prova do dia. Tiago Monteiro chega ao terceiro posto, dando o primeiro pódio oficial à Honda.
Na segunda corrida, Huff conseguiu reparar os estragos e partiu no nono posto da grelha. Na frente, Alain Menu passou para a frente depois de superar Alex McDowall, Pepe Oriola e o húngaro Norbert Mischelisz. Mas os incidentes na pista continuaram: McDowall e Muller tiveram um toque, que levou ao aparatoso despiste deste último, e o Safety Car teve de sair para a pista, neutralizando a corrida até à nona volta.
Após isso, a corrida recomeçou, mas... por pouco tempo. Oriola e Mischelisz, que lutavam pelo título na categoria dos Independentes, tocaram-se na curva do Hotel Lisboa, transformando aquele lugar num sitio complicado para os pilotos passarem por ali. Nova entrada do Safety Car, que fez com que a corrida ficasse neutralizada até praticamente o seu final.
Com isso, a Chevrolet conseguiu monopolizar o pódio, com Alain Menu a vencer, mas Robert Huff foi o segundo, seguido por Yvan Muller. Com isso, o piloto britânico tornou-se no campeão do mundo, terminando 12 pontos na frente de Alain Menu e 20 na frente de Yvan Muller. Atrás dos Chevrolet ficou o Honda de Tiago Monteiro, o quarto classificado e a dar à Honda os seus melhores resultados na sua curta carreira no WTCC.
Após isso, a corrida recomeçou, mas... por pouco tempo. Oriola e Mischelisz, que lutavam pelo título na categoria dos Independentes, tocaram-se na curva do Hotel Lisboa, transformando aquele lugar num sitio complicado para os pilotos passarem por ali. Nova entrada do Safety Car, que fez com que a corrida ficasse neutralizada até praticamente o seu final.
Com isso, a Chevrolet conseguiu monopolizar o pódio, com Alain Menu a vencer, mas Robert Huff foi o segundo, seguido por Yvan Muller. Com isso, o piloto britânico tornou-se no campeão do mundo, terminando 12 pontos na frente de Alain Menu e 20 na frente de Yvan Muller. Atrás dos Chevrolet ficou o Honda de Tiago Monteiro, o quarto classificado e a dar à Honda os seus melhores resultados na sua curta carreira no WTCC.
GP Macau: Félix da Costa é o vencedor
Foi mais um grande dia para o automobilismo nacional. Desta vez foi em Macau, com António Félix da Costa a encerrar com chave de ouro a sua temporada, vencendo a "Feature Race" da corrida de Formula 3, depois de ontem ter conseguido vencer a corrida de qualificação.
A corrida foi um duelo entre ele e o sueco Félix Rosenqvist, com o piloto português a aumentar a diferença para o piloto sueco a cada volta, excepto uma ocasião onde teve a sua diferença neutralizada devido à entrada do Safety Car, devido a um acidente na cauda do pelotão. Quando a corrida regressou, o sueco saiu bem, estando lado a lado com Félix da Costa na travagem para a curva do Hotel Lisboa. Contudo, o piloto português a manteve-se por dentro, protelou a travagem até aos limites e manteve a liderança.
A partir dali, a distancia entre ambos os pilotos aumentou a ponto de Félix da Costa fazer a volta mais rápida da corrida e não ser mais incomodado até à penúltima volta, quando outro acidente colocou a corrida em bandeiras amarelas, praticamente sentenciando a decisão a favor do piloto português, tornando-se assim no primeiro piloto português a vencer a corrida de Formula 3 desde André Couto, em 2000. No pódio, um pequeno incidente, com a organização a trocar de hinos, mas o público presente na antiga possesão portuguesa cantou o hino a plenos pulmões, para celebrar a vitória do piloto de Cascais.
Para Félix da Costa, foi uma "corrida muito dura. O Rosenqvist passou-me no arranque mas eu apanhei-lhe o cone de ar e consegui passá-lo outra vez. Felizmente, consegui manter-me na frente após o safety-car e a partir daí consegui sempre ganhar tempo no segundo setor, onde dava uns dois ou três décimos de segundo. Foi difícil manter a concentração, no fim já estava em lágrimas debaixo do capacete. Todas as vitórias são especiais mas esta foi a mais intensa".
No final, o piloto português dedicou a vitória a Trevor Carlin, o dono da equipa com o mesmo nome, e que o tem ajudado bastante na carreira nos últimos anos, na Formula 3 e GP3.