Luca de Montezemolo é um homem que fala pouco, mas sabe o que pensa. Aos 66 anos, o homem que está na Ferrari há cerca de 40 - e por consequência, na Formula 1 - deu ontem à noite uma entrevista à RAI para fazer o balanço da época e falar sobre o que virá no futuro para a Ferrari e para a Formula 1 em geral. O jornalista Joe Saward acompanhou-a e captou as principais declarações do sucessor de Enzo Ferrari, e uma das coisas que disse em público foi que com o novo Acordo da Concórdia, a Ferrari terá direito de veto.
“Alcançamos um acordo com Ecclestone e a FIA e agora posso dizer que somos a única equipa com direito de veto: maior peso politico que este é impossivel! Estamos cientes da nossa posição na Formula 1, que sem nós, seria totalmente diferente. Dito isto, tenho de reconhecer que isso tem de ter correspondência com um carro vencedor, e isso não temos por agora", comentou.
Para além disso, Montezemolo espera que a FIA tenha uma atitude diferente após a próxima eleição presidencial, que tudo indica, será um passeio para a reeleição de Jean Todt. "A Federação têm tido a mesma politica por demasiados anos e agora é necessária uma mudança. E uma forte autoridade desportiva deverá ser sempre uma prioridade para a Ferrari", disse.
E em relação a Bernie Ecclestone, sobre a possibilidade de ser sucedido por Christian Horner, não levou a ideia a sério: "Com o passar dos anos, ele gosta mais de mandar piadas. E fico feliz que ele tenha a vontade de os fazer..."
Em termos desportivos, Montezemolo reconheceu que a temporada de 2013 foi de desilusão, apontando três razões para isso: o mau chassis, a mudança nos pneus, que fez com que o carro não fosse mais eficaz em pista, como era dantes, e a inabilidade de Felipe Massa de marcar mais pontos do que o necessário. E sobre 2014, ele foi claro: voltar a vencer o campeonato.
“O nosso objetivo é de construir um carro vencedor", começou por dizer. "Fizemos uma profunda reorganização e temos conosco engenheiros altamente competentes como [James] Allison. Haverão novos regulamentos que darão mais importância a áreas como os motores, onde somo muitos competentes nessa área. Temos razões para estarmos otimistas e tempos potencial para vencer. Já estivemos demasiado tempo perto do sucesso, e agora temos de vencer. Espero que não haja nenhum aspecto ou pormenor "obscuro" que tenha alguma influência nas coisas", concluiu.
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