O Alex Ventura mandou-me isto há uns dias, e como hoje as coisas andaram um pouco "paradas" - a realidade, tou a fazer coisas para colocar nos próximos dias e semanas - achei que seria interessante colocar este video dos vários acidentes que houve por aí durante este mês que está a acabar agora, nas várias categorias de automóveis um pouco por todo o mundo.
sábado, 31 de agosto de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Youtube Movie Trailer: Rush... em Lego
Já não há dúvida que os "petrolheads" andam a contar os dias até irem ver "Rush" no cinema. E para matarem o tempo, até fazem "trailers" do filme... em Lego! Isto já tem uns dois meses, mas vale a pena.
Vi isto no WTF1.co.uk.
O fundo de verdade no rumor de Felipe Nasr na Toro Rosso
Mais de vinte e quatro horas após ter surgido o rumor de que Felipe Nasr poderia ser uma forte hipótese para o lugar de Daniel Ricciardo na Scuderia Toro Rosso, é tempo de dissecar um pouco sobre o tema, e sobre o fundo de verdade que têm tais coisas. E a razão porque é que um piloto da GP2 possa estar interessado em entrar "de paraquedas" na estrutura da Red Bull. Algumas têm fundamento, outras quase roçam a "teoria da conspiração", mas têm o seu interesse.
Primeiro que tudo: ontem tive umas conversas interessantes por aí, e posso dizer de fonte segura que Nasr têm pelo menos dez milhões de euros prontos para investir num lugar na Toro Rosso, dos tais patrocínios que foram referidos na imprensa: Banco do Brasil e da Sky TV. Aí, o piloto de Brasilia - que recentemente comemorou o seu 21º aniversário - não têm quaisquer problemas, para além da sua boa capacidade de pilotagem, pois é o segundo classificado na GP2 deste ano, apesar de em duas temporadas na categoria... ainda têm de vencer uma corrida.
Para além disso, Nasr já passou pela estrutura da Red Bull, e têm um bom manager na figura de Steve Robertson (o mesmo que Kimi Raikkonen), que o assinou nos tempos da Formula 3 britânica. E desde o fim de semana da Bélgica que se soube da intenção de Bernie Ecclestone em ajudar a arranjar um lugar para ele, no sentido de evitar que o Brasil não fique sem pilotos para 2014, visto que este é o maior mercado para a Formula 1.
Curiosamente, esta intenção foi anunciada apenas duas semanas depois de se descobrir que ele foi passar férias na cidade croata de Dubrovnik... acompanhado por Christian Horner, o diretor desportivo da Red Bull. Acontecer isto agora pode ser visto como uma maneira de Horner agradar ao "anãozinho tenebroso". Uma troca de favores. Mas Horner também têm outro objetivo, que é suceder a Bernie Ecclestone no comando da Formula 1, e as suas atitudes recentes, como explicou no inicio do mês o Luis Fernando Ramos, mostra que ele está mais permeável a um favor do octogenário "manda chuva" da Formula 1.
E então, as pessoas na Red Bull vão aceitar calmamente um "paraquedista" na equipa B da Red Bull? Há dois motivos para que sim. O primeiro têm a ver com o próprio António Félix da Costa. Depois dos feitos do final de 2012, com cinco vitórias na World Series by Renault (WSR) e no GP de Macau, as pessoas acreditaram que ele era "o cara" ideal para substituir Sebastian Vettel, e esperava-se que em 2013 ele iria arrasar na WSR. Só que as coisas andam difíceis para o piloto de Cascais. Somente venceu uma vez nesta temporada e é copiosamente batido pelo estreante belga Stoffel Vandoorne e pelo dinamarquês Kevin Magnussen, que está ligado à McLaren graças ao seu pai, Jan Magnussen. E as pessoas dentro de Milton Keynes não andam muito felizes com essas performances, embora acredite que o carro da Arden Caterham - curiosamente, propriedade de... Christian Horner - não esteja a colaborar tão bem como esperavam.
É certo que isso pode ser resolvido se o piloto português trazer mais algum dinheiro para a equipa. Não os dez milhões de euros que Nasr têm, mas basta que os seus patrocinadores atuais abram um pouco mais os cordões à bolsa para ele garantir o lugar. E até é mais fácil do que pensa, pois ele têm patrocinadores que o acompanham desde tenra idade e a familia sabe mexer bem nesse campo.
A segunda grande razão tem a ver com as pessoas que estão por trás do desenho do carro. A Toro Rosso vai ter motores Renault na próxima época, largando os motores Ferrari que têm acompanhado desde 2007. Para além das mudanças que vão acontecer em termos de motores e de aerodinâmica, eles contrataram no inicio do ano o projetista James Key - vindo da Sauber - para desenhar os projetos da equipa. E esta têm revelado um salto na performance que, apesar de não mostrar muitos resultados na tabela final, está a dar uma oportunidade aos pilotos de brilharem. E isso pode ser importante para um futuro próximo, ou seja para Jean-Eric Vergne, por exemplo, e quem o acompanhar a partir da próxima temporada.
Em suma: ao proporcionar melhores condições, a Toro Rosso tornou-se num local mais interessante para mais gente. Mesmo os que vêm do lado de fora. E pode ser que uma combinação de favores e de interesses façam com que o resultado seja diferente daquele que muitos esperavam. Mas nada está ainda decidido.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Noticias: Carlos Tavares sai da Renault
Uma das noticias interessantes deste dia - a outra é saber que Jean Todt vai ter concorrência na candidatura à presidência da FIA - é a partida do português Carlos Tavares do lugar de "numero 2" da Renault-Nissan. Oficialmente, é para perseguir "um projeto pessoal", mas há quem fale que já existiam tensões entre ele e Carlos Ghosn, o CEO de origem brasileira.
Interessante é o "timing" da saída: acontece a pouco mais de seis meses do final do mandato de Ghosn (que está na Nissan desde 1996), e falava-se muito que o Tavares poderia ser a pessoa ideal para lhe suceder. Mas há duas semanas, numa entrevista à Bloomberg, ele não estava inclinado a continuar por muito tempo na empresa: "A minha experiência serviria qualquer companhia", disse na altura. "Porque não a General Motors? Seria uma honra gerir uma companhia como a GM", concluiu.
Embora a GM não tenha comentado, a Ford está nesta altura a planear a sucessão dos seus dirigentes de topo, que andam a rondar os setenta anos. Allan Mulaly, o presidente executivo, têm agora 68 anos.
Mas o mais interessante disto tudo é que com a saída de Carlos Tavares da Renault, o grupo que defende um maior envolvimento da marca na competição perde um grande aliado. Tavares chegou a ser um "gentleman driver", tripulando atualmente alguns carros históricos da marca (foi um dos impulsionadores do regresso da Alpine, por exemplo), e Ghosn nunca gostou muito dessa parte. Por estes dias se falava no rumor de um possível regresso da marca a Enstone, e no retomar de parte da estrutura accionista que a marca abandonou em 2011 a favor da Genii Capital. A razão? Maior visibilidade da marca na Formula 1, algo que não consegue com a Red Bull, que costuma "colar" o autocolante da Infiniti nos seus flancos, algo que a marca de Viry-Chatillon não gosta muito.
Veremos o que os próximos tempos irão dizer a este respeito e qual vai ser o futuro da marca na competição.
Mas o mais interessante disto tudo é que com a saída de Carlos Tavares da Renault, o grupo que defende um maior envolvimento da marca na competição perde um grande aliado. Tavares chegou a ser um "gentleman driver", tripulando atualmente alguns carros históricos da marca (foi um dos impulsionadores do regresso da Alpine, por exemplo), e Ghosn nunca gostou muito dessa parte. Por estes dias se falava no rumor de um possível regresso da marca a Enstone, e no retomar de parte da estrutura accionista que a marca abandonou em 2011 a favor da Genii Capital. A razão? Maior visibilidade da marca na Formula 1, algo que não consegue com a Red Bull, que costuma "colar" o autocolante da Infiniti nos seus flancos, algo que a marca de Viry-Chatillon não gosta muito.
Veremos o que os próximos tempos irão dizer a este respeito e qual vai ser o futuro da marca na competição.
Noticias: David Ward vai se candidatar à presidência da FIA
Jean Todt vai ter oposição à sua recandidatura à presidência da FIA: o britânico David Ward será o seu adversário. Depois de se ter anunciado esta manhã que se tinha demitido da FIA Foundation, pouco depois, afirmava que iria concorrer à presidência, contra Jean Todt.
Ward, de 56 anos, comunicou a decisão num curto comunicado à imprensa: “Após muita poderação, decidi que iria candidatar-me à eleição presidencial de 2013 da FIA", começou por afirmar. “O período eleitoral começa em setembro e vai ser necessário que eu me aproxime dos membros da FIA para conseguir as indicações necessárias. Nessas circunstâncias, eu creio que a ação mais correta era renunciar. Processos eleitorais, inevitavelmente, envolvem debates robustos e vivos, e enquanto a Fundação é independente e não há nenhuma imposição legal para que eu renuncie, eu acredito que, em nome dos melhores interesses da comunidade, devo fazê-lo”, concluiu.
Apesar do nome de David Ward pouco significar para os adeptos de automobilismo, e do seu trabalho ter sido feito muito nos bastidores, (ele entrou como "lobbista" nos parlamentos britânico e europeu), ele era uma figura importante nos tempos de Max Mosley, o que pode indicar o dedo de Bernie Ecclestone neste caso, já que as relações entre ele e Todt andam algo degradadas.
Todt - que foi eleito em 2009 contra Ari Vatanen - vai tentar o seu segundo mandato, teve como grandes feitos o regresso do Mundial de Endurance, em 2012, e a introdução dos novos motores 1.6 Turbo, que aparecerão em 2014. Contudo, há razões e motivos de polémica na categoria máxima do automobilismo, como o falhanço de um novo Acordo de Concórdia que deveria ter sido assinado no inicio do ano e ainda não foi feito - e as polémicas com os pneus Pirelli, que já fazem com que surjam noticias de que a Michelin esteja a preparar o seu regresso no próximo ano.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Rumor do dia: Felipe Nasr na Toro Rosso?
Normalmente, a Toro Rosso é a "equipa B" da Red Bull, onde coloca os seus pilotos da Junior Team, que correm nas categorias de acesso, como a World Series by Renault, e normalmente eles não se têm de preocupar muito em arranjar dinheiro para conseguir um lugar. Mas isso pode mudar um pouco em 2014. É que hoje, a publicação alemã "Auto Motor und Sport" fala que o brasileiro Felipe Nasr pode ser o grande favorito ao lugar que Daniel Ricciardo vai deixar vago quando for para a Red Bull substituir Mark Webber.
A razão? Dinheiro. E o medo do Brasil ficar sem pilotos de Formula 1. Nasr, que já esteve na organização da Red Bull nos tempos da formula BMW, é atualmente o segundo classificado na GP2, depois de já ter ganho a Formula 3 britânica em 2011. E o piloto de Brasilia têm consigo os apoios do Banco do Brasil e da Sky, que faz parte do universo da Rede Globo. E com Felipe Massa cada vez menos visto como estando na Ferrari em 2014 (apesar do apoio público dado hoje por Stefano Domenicalli), o Brasil arrisca a ficar sem pilotos pela primeira vez desde... 1970.
O facto de já ter pertencido à "cantera" da Red Bull pode ajudar, porque de outra forma, eles não vão buscar ninguém de fora. A única excepção foi o francês Sebastien Bourdais, em 2008, onde apenas pontuou por quatro vezes, sendo cilindrado por um jovem com o mesmo nome: Sebastian Vettel.
Resta saber se isto têm fundamento. É que Franz Tost já admitiu publicamente que prefere António Félix da Costa. A não ser que ele não queira Jean-Eric Vergne ou acha que o piloto português precisa de mais um ano na World Series by Renault, ou então que a "casa-mãe" vai cortar mais o apoio à equipa de Faenza, a hipótese Nasr não se encaixa muito bem neste momento, pois é algo totalmente inesperado.
Youtube Formula 1 Trailer: O documentário sobre Formula 1
Já tinha ouvido falar disto, mas muito por alto. E fiquei com a ideia que isto é um documentário "oficial" da Formula 1, pois tem testemunhos de Bernie Ecclestone e Max Mosley, entre outros, como Jackie Stewart, Eddie Jordan, Jody Scheckter, Emerson Fittipaldi e Michael Schumacher. Mas mesmo assim, este "1" deve ser algo que vale a pena ser visto, porque têm alguns testemunhos impressionantes. Eis o "trailer".
Youtube Formula 1 Documentary: O GP da Belgica de 1958
Se na segunda-feira coloquei um video sobre o GP da Belgica de 1955, feito pela Shell para mostrar o que foi aquele Grande Prémio, hoje dei de caras com um video feito por outra gasolineira, a Castrol, onde falam sobre o GP da Belgica de 1958, vencido pelo Vanwall de Tony Brooks.
E a diferença entre estes dois é que este filme... é a cores. E começa com o grande acontecimento daquele ano: a Exposição Mundial de Bruxelas e o seu simbolo, o Atomium.
Vi isto no Flávio Gomes.
Youtube Rally Testing: Hanninen testa na Finlândia com o novo Hyundai
Enquanto que grande parte das máquinas e pilotos descansavam de um exaustivo Rali da Alemanha, surgiram na segunda feira novas imagens dos testes do Hyundai i20 WRC. Desta vez, o teste acontece na Finlândia, com o local Juho Hanninen ao volante, em mais uma fase dos testes com vista à estreia do carro no Mundial de 2014.
As coisas parecem ir de vento em popa. Resta saber como eles estão em relação à concorrência.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A capa do Autosport desta semana
A capa do Autosport desta semana, que sairá amanhã nas bancas, mostra os eventos do fim de semana que passou. Desde a Formula 1, onde Sebastian Vettel em grande plano na Belgica ("Ninguém segura Vettel!"), até ao que aconteceu no Rali da Alemanha ("Dani Sordo, finalmente!"), passando por eventos futuros, como o regresso do campeonato nacional de velocidade em Portimão.
Também há a entrevista a Álvaro Parente, falando sobre a sua experiência nos GT's e com Sebastien Löeb.
Youtube Le Mans Presentation: as imagens do Porsche LMP1
Vi ontem as fotos, e vejo hoje o video da Porsche com o seu LMP1, o seu carro que vai marcar o seu regresso a Le Mans em 2014. As expectativas estão a ficar altas, e com uma equipa interessante a ser montada - Mark Webber, Neel Jani, Timo Bernhard, Romain Dumas - provavelmente eles vão querer fazer como aconteceu 32 anos antes, com o 956: conquistar tudo à primeira.
A concorrência é grande, diga-se. Mas os adeptos estão crescentemente ansiosos pelo confronto.
Este é o melhor filme de sempre?
À medida que nos aproximamos do dia de estreia mundial do filme "Rush", que será a 20 de setembro, as expectativas sobre este filme aumentam bastante. O "hype" é grande e sabe-se, aos poucos, que já houve jornalistas especializados em automobilismo que já tiveram o privilégio de o ver. Um deles foi o britânico Will Buxton, que no passado mês de maio, enquanto estava em Indianápolis a fazer trabalho para as 500 Milhas, teve a oportunidade de ter uma sala inteira somente para ele ver o filme muito antes de nós, meros mortais e entusiastas de automobilismo.
Na semana passada, Buxton decidiu fazer um "top ten" de filmes sobre automobilismo, e apesar da lista ser pequena - nunca foram feitos dezenas de filmes sobre o assunto - a lista tinha qualidade suficiente para deitar fora os realmente maus, e colocar os documentários de fora por serem o que são. Apesar de nós termos visto recentemente filmes sobre o assunto como "Carros", "Talladega Nights: As Corridas Loucas de Ricky Bobby" ou mais recentemente, "Turbo" (deixou de fora o documentário "Senna"), eu pensava que os clássicos iriam perdurar no topo. De facto, foi o que aconteceu, excepto uma coisa: ele colocou "Rush" como o melhor filme de automobilismo sempre.
Eu fico espantado, confesso. Porque razão faria tal coisa? Será que os estúdios pediram a ele para que fizesse publicidade "a torto e direito"? Digo isto porque outros jornalistas, como Joe Saward, que também já viram o filme, alegam que não podem falar disto porque assinaram um acordo de confidencialidade. Mas ao longo dos dias, tenho lido os comentários de outros que já tiveram a oportunidade de ver, e dos especialistas, praticamente não vi ou li qualquer critica negativa. Todos elogiaram o filme. E "elogiar" significa usar palavras de "sensacional" para cima.
Eis as declarações de Buxton sobre este filme:
"Será que enlouqueci ao colocar isto no numero 1? Será que é por trabalhar na NBC, que é detida pela Universal, que está a distribuir este filme? Será que é por moda?
Não.
Simplesmente, porque é o melhor filme de corridas jamais feito. Fiquei espantado e no final, comovi-me até às lágrimas. Este é o filme que os fãs estão à espera há mais de 50 anos... ou talvez ainda mais. Uma hipérbole? Mais uma vez, não. "Rush" é uma obra-prima.
Primeiro, as más noticias: se é um "petrolhead" daqueles puros e duros, devo avisar que haverão algumas liberdades artisticas que o irão aborrecer. E haverá momentos em que verá que não estão em sitios como Paul Ricard e Monza... mas se esses pormenores o aborrecerão, está a falhar o objetivo. Olhe para dentro de si e liberte dessas âncoras, e goze o espectáculo fenomenal que é este filme.
Tenho a sensação que os não-fãs de Formula 1 vão para lá ver o Hemsworth. Mas irão sair dali a lembrar-se de Bruhl. Podem estar focados em James Hunt, mas esta é a história de Niki Lauda. Ficaria chocado de Daniel Bruhl não for nomeado para um Oscar para Melhor Ator. Creio que não vi um ator a incarnar tão profundamente uma personagem desde a performence de Tom Hardy em "Bronson". Bruhl não faz o papel de Niki Lauda... ele É Niki Lauda.
A banda sonora de Hans Zimmer é perfeita, o ritmo do filme é veloz, mas proporciona algum espaço para respirar, o argumento é muito bom, o "casting" e as atuações também... tudo parece glorioso. Ron Howard pegou numa história que todos nós conhecemos e um desporto que todos nós amamos e produziu um trabalho brilhante, belo e violento.
Adorei cada minuto do filme... e tenho a sensação que vocês vai adorá-lo também.
Ao ler este e outros elogios, faço para mim mesmo a pergunta: "será que quase 50 anos depois de 'Grand Prix', Hollywood fez um filme que o supera?". Não duvido da capacidade da dupla Ron Howard e Peter Morgan. Afinal, eles fizeram anteriormente outro grande filme, "Frost/Nixon" e deu algumas nomeações para os Óscares, para além de sucessos de bilheteira. E se todos dizem que Daniel Bruhl é Niki Lauda reencarnado, apesar do verdadeiro estar vivo e de boa saúde, sendo agora o diretor desportivo da Mercedes, tenho de acreditar, não é? Buxton, como leram, refere que fala que ele têm uma performance digna de Óscar.
Confesso que a cada dia que passa, fico com mais ânsia de ver o filme. E algum medo também.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
As fotos do acidente fatal no Rali da Alemanha
Quando soube do acidente de sábado que matou o piloto Rob de Vos e navegador Lance Benning (ambos holandeses) no Rali da Alemanha histórico, presumi que iria aparecer videos ou fotos do acidente, dado que aconteceu numa área popular. Afinal de contas, hoje apareceram fotos do acidente, tirados pelo fotógrafo Lance Rutheford, divulgados pelo jornal alemão "Bild" e que vi no Jalopnik.
Pelo impacto causado, custa crer como é que uma coisa daquelas poderia ter tido consequências tão funestas, mas não podemos esquecer que estamos a lidar com um Triumph TR7 de 1980, e apesar dos reforços de segurança, ainda é um carro frágil, em comparação aos carros dos dias de hoje.
Em suma, a grande verdade absoluta é que... é tudo relativo. E mais duas pessoas pagaram o preço mais alto pelo amor ao automobilismo.
Youtube Formula 1 Documentary: O GP da Belgica de 1955
Nos primeiros vinte anos de Formula 1, não existiam - ou eram muito raras - as transmissões televisivas. É certo que a televisão surgiu um pouco antes, mas a massificação acontece apenas no pós-guerra, por alturas do inicio dos anos 60. Até lá, se queríamos ver uma corrida de Formula 1 - mais do que lê-la - ia-se ao cinema para ver as atualidades. E no meio da parafernália de filmes "A" e "B", havia documentários, na maior parte deles feitos pelas empresas.
E no caso da Formula 1, até 1968, as gasolineiras e os fornecedores de pneus eram os únicos patrocinadores das equipas. E eles, muitas das vezes, eram os divulgadores da modalidade. A Shell, quando decidiu que iria patrocinar o GP da Bélgica deste ano (apesar dos protestos da Greenpeace...) decidiu tirar dos seus arquivos - e restaurar - um filme que fez sobre o GP da Bélgica... de 1955. Daí explicar a razão porque na sexta-feira tenha visto Fernando Alonso e Felipe Massa ao lado de um clássico e vestidos como se fossem para as Mille Miglia.
Enfim, vejam o video. E apesar de tudo ter sido empurrado a favor da Ferrari, naquela corrida o prémio foi para Estugarda: Juan Manuel Fangio e Stirling Moss deram uma dobradinha para a Mercedes.
Youtube Racing: O que a Greenpeace fez em Spa-Francochamps
Como sabem, o Grande Prémio da Belgica ficou definitivamente marcado pelo que aconteceu pelas ações de protesto da Greenpeace em Spa-Francochamps, não contra a Formula 1 em si, mas contra o patrocinador desta corrida, a petrolifera Shell, pelo facto de querer explorar petróleo no Polo Norte. Assim sendo, fizeram o possível para chamar a atenção, perante a multidão espantada.
Um video do que se passou na Belgica foi gravado pelo SupercarSounds. Eis o seu testemunho, que traduzi do video no Youtube:
"Desta vez, gravei algo inesperado: a Greenpeace tentou perturbar o GP da Belgica. Eles queriam protestar contra a Shell, que era a patrocinadora deste Grande Prémio, por estes fazerem prospecção no Polo Norte. Na televisão isto não foi visível mas neste video podem ver o que realmente aconteceu!"
"Primeiro, vi alguns parapentes a voarem por cima de nós. Pouco depois, eram perseguidos por um helicóptero. Quando ia a caminho da minha tribuna, vi outras pessoas no telhado! Após isso, eles largaram um cartaz, visível para todos. Bernie Ecclestone também teve uma sugestão de como livrar disso. A corrida aconteceu como se nada tivesse passado, mas após a corrida, alguns protestantes tentaram descer para o pódio onde estavam Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Somente um é que foi capaz de iniciar a descida, pois os outros dois foram apanhados pela segurança."
"Enquanto isso acontecia, dois pequenos cartazes eram mostrados de forma automática, graças a um dispositivo de controle remoto. Tudo isto foi muito estranho de se ver para nós, que testemunhamos tudo. Isto foi o que realmente aconteceu!"
Bem, podem ver aqui aquilo que a FOM não mostrou para o resto do mundo...
domingo, 25 de agosto de 2013
Youtube Rally Cars: o despiste de Thierry Neuville
Era a grande questão do último dia: será que Thierry Neuville iria apanhar Dani Sordo? É que apenas 0,8 segundos separavam ambos os pilotos na luta pela vitória. Hoje, o piloto belga deu tudo por tudo para o tentar apanhar, mas na penultima classificativa, o piloto belga da Ford despistou-se numa curva, causando um atraso de mais de 50 segundos, ficando assim sem hipóteses de lutar pela vitória, mas mantendo o segundo lugar.
Contudo, se as pessoas julgam que este foi o momento em que perdeu o rali... talvez não. É que Neuville tinha já uma desvantagem de 2,2 segundos e nesta classificativa, não estava a ser mais veloz do que Sordo nos parciais anteriores ao despiste. Portanto, mesmo que não acabasse assim, provavelmente o rali iria ser vencido pelo espanhol da Citroen.
WRC 2013 - Rali da Alemanha (Final)
Precisou de 107 ralis, 34 pódios e mais de 120 classificativas para finalmente, aos 30 anos de idade, Dani Sordo saber o que é estar no lugar mais alto do pódio de uma prova do WRC. Foi na Alemanha, e numa altura em que o seu lugar parecia estar em perigo, dias depois de saber que iria ser substituído por Kris Meeke no Rali da Austrália.
Contudo, foi uma vitória dura, e de uma certa forma, à custa dos azares dos outros, pois os Volkswagens pilotados por Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala sofreram despistes e Thierry Neuville, no seu Ford Fiesta, teve alguns problemas, bem aproveitados por um sordo que nunca esteve longe e que esteve sempre na luta.
E a sua vitória foi largamente celebrada e comemorada. Testemunha disso foi o fotógrafo português André Lavadinho, que contou o seguinte à Autosport portuguesa: "O pai do Sordo que esteve presente em todos os sítios possíveis, chorou como uma criança no final da Power Stage e agarrou o filho com muita força. Eram aqueles braços que Sordo precisava depois de estar no limite durante o fim de semana! Uma verdadeira demonstração do apoio necessário que as famílias tem de dar aos pilotos e claro do orgulho de um pai, e de um momento inesquecível!"
No último dia do Rali da Alemanha, não houve alterações na classificação geral. A grande duvida era saber se Thierry Neuville poderia apanhar e passar Dani Sordo, mas na penultima classificativa, um despiste deitou tudo a perder, perdendo quase um minuto, mas não o segundo lugar.
Mesmo assim Neuville era um piloto satisfeito: "Este foi um fim de semana incrível e eu sinto que provei muito, mesmo que tenha perdido a vitória. A batalha com o Dani Sordo me fez recordar algumas lutas que costumava ter no IRC! O Nicolas (Gilsoul, co-piloto) e eu decidimos que iríamos lutar até ao fim, mas o penúltimo troço estava muito mais sujo do que eu esperava e cometi um erro que me custou dois segundos. No último, dei tudo para recuperar o tempo que havia perdido e tentei vencer, na frente de todos os nossos apoiantes. Os tempos intermédios mostraram que a abordagem estava correta, mas depois de sair da floresta, confundi uma curva rápida à esquerda nas vinhas e saí de estrada. No momento em que Nicolas anunciou a nota, já era tarde demais. Felizmente, fomos capazes de voltar à estrada sem perder a posição.", afirmou.
Na Power Stage, Sebastien Ogier conseguiu os três pontos referentes à vitória, apesar de ter acabado no 17º posto da geral. Mikko Hirvonen fechou o pódio, mas os lugares a seguir revelaram que o rali alemão recompensa os que são velozes e conseguem manter o carro na estrada: Martin Prokop foi o quarto, igualando o seu melhor resultado de sempre no WRC, na frente do polaco Robert Kubica, que, em pisos de asfalto, demonstra ser um excelente piloto e após a sua terceira vitória no WRC2, após uma dura batalha com o galês Elfyn Evans, que acabou no sexto posto. O polaco é agora o lider da categoria.
Jari-Matti Latvala acabou no sétimo posto, muito pouco para quem tinha tudo para vencer, e ainda por cima, foi terceiro na Power Stage, atrás de Dani Sordo. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram Haydon Paddon, num Skoda Fabia S2000, Mads Ostberg e Evgueny Novikov, ambos no Ford Fiesta oficial.
Agora, máquinas e pilotos rumarão à Austrália, para entre 13 e 15 de setembro, fazer em Coffs Harbour o rali local.
Youtube Motorsport Cartoon: A história da McLaren, parte três
Como de costume, em dia de Grande Prémio, passou mais um episódio da animação da McLaren. Hoje, como se esperava falou-se de Emerson Fittipaldi e da sua passagem pela equipa, que deu o primeiro título mundial de Pilotos e de Construtores, ambos em 1974. E o testemunho é feito por Fittipaldi "himself".
Noticias: Webber "confirma" Dani Ricciardo na Red Bull
Falava-se que a Red Bull iria confirmar o seu alinhamento no fim de semana do GP da Belgica, mas os responsáveis da marca austriaca decidiram adiar qualquer anuncio. Mas esta tarde, Mark Webber confirmou que o seu substituto para 2014 é o seu compatriota Daniel Ricciardo: "A decisão está tomada. Nós todos sabemos quem é. Estou feliz com essa decisão. É bom para ele e é bom para a Austrália.", afirmou.
A declaração de Webber é mais um passo nesse sentido, apesar das declarações e rumores de que se anda a tentar contrariar isso com as negociações com Kimi Raikkonen, do qual se fala que está indeciso entre a equipa de Mikton Keynes e o regresso a Maranello, onde esteve entre 2007 e 2009.
Naturalmente, Ricciardo adotou uma atitude cautelosa: "Honestamente, ainda não posso confirmar. Até que o negócio esteja feito, e esteja tudo resolvido eu não vou dizer nada. Quem sabe? O Kimi pode muito bem ainda estar na disputa, juntamente com outros pilotos. Se for concretizado, então eu vou ficar mais animado, mas consciente que teria uma grande tarefa na temporada seguinte.", referiu o australiano.
Naturalmente, Ricciardo adotou uma atitude cautelosa: "Honestamente, ainda não posso confirmar. Até que o negócio esteja feito, e esteja tudo resolvido eu não vou dizer nada. Quem sabe? O Kimi pode muito bem ainda estar na disputa, juntamente com outros pilotos. Se for concretizado, então eu vou ficar mais animado, mas consciente que teria uma grande tarefa na temporada seguinte.", referiu o australiano.
Mas esta declaração de Mark Webber significa que na Toro Rosso, há a grande probabilidade de que ao lado de Jean-Eric Vergne, na temporada de 2014, esteja o português António Félix da Costa, um piloto da Red Bull Junior Team, que a conhece bastante bem, e tem realizado nos últimos dois anos um grande trabalho em prol da equipa de Milton Keynes. Aliás, soube-se por estes dias que o piloto de Cascais será o terceiro piloto da marca no GP de Singapura, em substituição de Sebastien Buemi, que correrá nesse fim de semana pela Toyota nas Seis horas de São Paulo.
Formula 1 2013 - Ronda 11, Belgica (Corrida)
As expectativas estavam altas para a corrida deste domingo. Especialmente quando se sabia que o "fator boletim meteorológico" poderia ser decisivo para o resultado da corrida, da mesma forma que no dia anterior, onde a humidez do tempo - e da pista - fez baralhar as contas. Saber se Sebastian Vettel iria alargar a sua liderança ou se os seus adversários mais próximos, como Lewis Hamilton, o poleman", Fernando Alonso, que teve uma má qualificação e que poderia vingar-se na corrida, ou Kimi Raikkonen, que é um dos especialistas de Spa-Francochamps, já que venceu por aqui por quatro vezes, como Ayrton Senna. Ou Vettel, se ele acabasse o dia como vencedor.
O dia tinha começado com... ação direta: o patrocinador do GP belga era a gasolineira Shell, e a Greenpeace decidiu fazer a sua aparição, protestando contra as intenções da petrolifera anglo-holandesa de fazer prospeção na zona do Árctico, colocando um enorme cartaz, que ficou ali pendurado enquanto que a corrida decorria. A FOM, claro, fez o que costuma fazer nesta situação: censurou, não focando o pano com as suas câmaras durante a sua transmissão televisiva.
A partida começou com Sebastian Vettel a passar Lewis Hamilton após a zona de Eau Rouge/Reta Kemmel, ou seja, em menos de um quilómetro, para ficar com a liderança. Aliás, Hamilton ficou tão espantado que pura e simplesmente não teve qualquer reação para o ir buscar. Atrás, Fernando Alonso pulou para o quinto posto, e nas voltas seguintes, o espanhol da Ferrari chegou até ao terceiro lugar, passando Mark Webber e Nico Rosberg.
Atrás, as lutas eram constantes. As trocas de posições eram frequentes, especialmente na travagem para Les Combes, como Kimi Raikkonen fez a Nico Hulkenberg, na volta nove. E Sergio Perez, outro dos pilotos que ultrapassou nessa zona, decidiu que iria "atirar" Romain Grosjean para fora de pista. Foi isso que os comissários chegaram a essa conclusão, penalizando o mexicano da McLaren.
E foi a partir da volta dez que se começaram as primeiras trocas de pneus, com Hulkenberg e Felipe Massa. Com o tempo, as ultrapassagens frequentes e as paragens fizeram baralhar as coisas, mas no fim, Vettel continuava na frente de Alonso, com carros afinados de forma impecável. As coisas acalmaram a meio da corrida, com muita gente a olhar para o céu para ver se chovia. Mas os radares meteorológicos diziam que a chuva não iria aparecer tão cedo...
E sem chuva, a prova caiu num aborrecimento inusitado para um circuito como aquele. As lutas e as trocas de pneus eram constantes, é certo, mas não tinham a mesma emoção do que as expectativas que existiam. O primeiro grande momento foi na 21ª volta, quando Kimi Raikkonen, que luta por uma posição com o Ferrari de Felipe Massa, falha a travagem para a chicane e sai em frente. Na realidade, o finlandês estava desde o inicio da corrida com problemas em um dos seus discos de travão, e poderia ter problemas a qualquer momento. Quando o teve, levou o carro para as boxes e terminou ali a corrida. E também terminava uma incrivel sequência de 27 corridas sempre a pontuar, e 38 sem conhecer a desistência. Mas também poderá ter acabado ali as suas aspirações ao título.
Outro momento marcante também aconteceu no mesmo local, mas oito voltas mais tarde. O venezuelano Pastor Maldonado estava perante os Force India de Adrian Sutil e Paul di Resta, e o Sauber de Esteban Gutierrez, quando toca no Force India de Sutil, quebrando o seu nariz. Mas a manobra causou imediatamente outro toque, no carro de Paul di Resta, que resultou em que a roda traseira esquerda do piloto escocês fosse arrancada, acabando a corrida por ali e alguns destroços ficaram na pista. Não foi o suficiente para colocar o Safety Car, mas foi mais do que suficiente para colocar o venezuelano nas boxes, num "stop and go".
No final, a chuva não apareceu, e Vettel venceu a corrida com autoridade, com Alonso a fazer uma prova decente, embora sem poder apanhar o piloto alemão e o vê a afastar-se cada vez mais, rumo a um - mais do que provável - quarto título consecutivo. Lewis Hamilton ficou com o lugar mais baixo do pódio, um resultado algo decepcionante, dado que largou da pole-position. Nico Rosberg foi o quarto, na frente de Mark Webber, Jenson Button, Felipe Massa, Romain Grosjean, Adrian Sutil e o Toro Rosso de Daniel Ricciardo.
O pódio foi atribulado. As câmaras não mostravam mais uma vez, mas houve mais "ação direta", quando um membro da Greenpeace quis infiltrar-se no pódio e perturbar a cerimónia. O pessoal na tribuna assobiou o gesto do manifestante, levando as pessoas em casa a pensar que estavam de novo a assobiar Sebastien Vettel. Desta vez, não era assim.
Agora, máquinas e pilotos rumam a Monza para saber se haverá alguma reação da Ferrari a um domínio cada vez mais evidente da Red Bull e de Sebastian Vettel em particular. Aliás, se a distância se manter, Vettel arrisca a ser campeão em Abu Dhabi...
Agora, máquinas e pilotos rumam a Monza para saber se haverá alguma reação da Ferrari a um domínio cada vez mais evidente da Red Bull e de Sebastian Vettel em particular. Aliás, se a distância se manter, Vettel arrisca a ser campeão em Abu Dhabi...
Noticias: Rali da Alemanha continua
Depois do acidente mortal desta tarde, envolvendo os ocupantes de um Triumph TR7 que participavam no Rali Histórico, a organização decidiu cancelar as restantes classificativas do dia, levando os carros para parque fechado. Contudo, durante a tarde, correu o rumor de que o rali poderia ser cancelado de vez devido ao acidente fatal. Algo que a organização do rali alemão tratou de desmentir, lançando o seguinte comunicado:
“É com grande tristeza que a organização confirma que houve um acidente esta tarde na Arena Panzerplatte, envolvendo um carro histórico, que participava uma prova de demonstração.
O automóvel, guiado por uma dupla holandesa, saiu de estrada perto da secção "Gina", e apesar dos serviços de emergência terem chegado rapidamente ao local, os ferimentos sustentados pelo piloto e navegador revelaram-se fatais. Não houve mais pessoas envolvidas no acidente.
Todos os que estão associados ao evento expressam as mais profundas condolências às suas familias, amigos e demais individuos que foram afetados por esta terrivel tragédia. A segunda passagem pela Arena Panzerplatte foi cancelada e todos os carros foram ordenados para regressar`a área de serviço de Trier.
O rali continuará este doningo, de acordo com o planeado."