sábado, 7 de dezembro de 2013

No 29º aniversário de Robert Kubica...

Na altura em que comemora o seu 29º aniversário, Robert Kubica é um nome em destaque. Depois de receber o troféu de "Personalidade do Ano" por parte da FIA, superado personalidades como Sebastian Vettel, Sebastien Ogier, Tom Kristensen, Yvan Muller ou Christian Horner, entre outros, o nome do piloto polaco, que ganhou uma segunda carreira nos ralis após o acidente no Rali Ronda di Andora, em fevereiro de 2011, tornou-se numa peça no xadrez do WRC, depois de o belga Thierry Neuville ter aceite o convite de guiar pela Hyundai, ao lado de Juho Hanninen, Bryan Bouffier e - provavemente - Dani Sordo

Segundo se conta por aí, a Citroen e a Ford, através da M-Sport, fizeram convites da Kubica no sentido de correr para eles em 2014, embora que no caso da marca francesa - que só vai anunciar o seu "lineup" a 16 de dezembro em Paris - para além do WRC, poderá haver a hipótese de correr em "part-time" no WTCC, ao lado de Sebastien Löeb, Yvan Muller e José Maria Lopez.

No caso da marca inglesa, sabe-se que desde há algumas semanas que a M-Sport está a construir um Fiesta WRC adaptado às necessidades do piloto polaco, bem como existe também a hipótese de ele participar na aventura do Bentley Continental na GT3, já que o carro neste momento está a ser construído e desenvolvido nas instalações da M-Sport.

Em ambos os casos, pode-se dizer que Kubica é um piloto a ter em conta, dado que não há muitas alternativas. Pouco se sabe sobre o que a Citroen quer fazer no WRC, correndo até o rumor que este poderá ser o último ano da marca nos ralis, já que poderão se concentrar nos Turismos, batalhando contra Lada, Honda e Chevrolet. Contudo, o patrocinio da Abu Dhabi é válido até ao final de 2015, o que poderá fazer com que fiquem por mais tempo. Fala-se até que Mikko Hirvonen poderá não ficar e regressar à Ford, o que deixaria a equipa sem referências. No caso da Ford, claro, caso o finlandês volte, a marca poderá ficar com Mads Ostberg e o russo Evgueny Novikov como pilotos, mas poderá haver mais novidades.

Em suma: a um mês e pouco do inicio do mundial, muita coisa permance por resolver. Os próximos dias responderão às duvidas presentes. 

The End: Phiippe Favre (1961-2013)

O piloto suiço Philippe Favre, que teve uma carreira nos Turismos depois de passagens pela Formula 3 e Formula 3000, morreu ontem na estância francesa de Val de Thorens, após um acidente de ski. Tinha 51 anos e estava a cinco dias de comemorar o seu 52º aniversário. As circunstâncias deste acidente estão ainda por apurar, mas tudo indica que ele sofreu uma queda e bateu fortemente com a cabeça numa pedra, tendo tido morte quase imediata.

Com uma carreira longa em termos de Turismos e Endurance, Favre, nascido a 11 de dezembro de 1961, começou a sua carreira no karting, antes de em 1984, se ter estreado nos monolugares, na Formula Ford 1600 francesa. No ano seguinte vai para a Grã-Bretanha, correr na mais competitiva Formula Ford 1600, onde acabou no segundo lugar no campeonato e na Race of Champions, em Brands Hatch. Em 1987, passa para a Formula 3 britânica, onde vence no seu primeiro ano, em Donington Park. Após mais uma temporada nessa categoria, passa para a Formula 3000 em 1989.

A sua carreira começa muito bem com uma pole-position, uma volta mais rápida e um segundo lugar em Silverstone, a sua primeira corrida na categoria, mas o resto da temporada não corresponde às suas expectativas, ao volante de um Lola da GA Motorsport, acabando até por não competir nas duas últimas corridas da temporada. Acabou a temporada na 13ª posição, com os mesmos seis pontos que tinha conquistado na corrida inicial. Voltou a competir em 1990, pela Leyton House Racing, mas foi mais modesto e não conseguiu qualquer ponto. Para além disso, compete no Japão, também na Formula 3000, mas não faz melhor.

A partir dali, faz uma passagem pela Indy Lights, em 1992, participando nas três últimas corridas do campeonato, conseguindo um sétimo lugar em Nazareth, antes da Kremer Racing Honda o contratar para fazer Endurance. Participa com eles em duas edições das 24 Horas de Le Mans, para logo a seguir competir na BPR Global Series, uma das antecessoras do Mundial de GT1, a bordo de um Venturi.

Em 2000, participa o Mundial de FIA GT, com um Lister Storm, onde consegue dois pódios em Hungaroring e Brno, antes de fazer novas participações na FIA Endurance Series, com um carro da equipa Luchinni, ao lado de Christopher Ricard. Por esta altura, tinha estabelecido uma companhia que tratava de eventos de pista, em França, e tutorava pilotos, como Henri Moser, que corria nos GT's.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O regresso de um nome mítico... na Endurance

Não é novidade para ninguém que a Endurance está a viver um momento de ressurgimento. Em 2014 teremos o regresso da Porsche, e mais alguns nomes do passado estão a querer regressar com chassis e motores na classe LMP1, e hoje soube-se que um nome mítico do automobilismo irá regressar. Não têm um nome tão badalado na Endurance, mas mais na Formula 1: a Ligier.

A Onroak Automotive, até agora o departamento de construção da OAK Racing, de Jacques Nicolet, decidiu tornar-se numa empresa independente, e terá Olivier Quesnel - ex-diretor desportivo da Peugeot - como seu diretor. E com isso, eles estarão nas pistas sob o nome de Ligier, fruto de uma colabiração com o seu fundador, Guy Ligier. Contudo, o nome só será usado nas classes CN, LMP3 e LMP2, já que a LMP1 ficará reservada a outro construtor, logo... é mais um golpe publicitário do que outra coisa, como diz o site Le Mans Portugal.

Esta associação com a Onroak Automotive é muito importante para a minha companhia, e particularmente para a abertura do mercado asiático, que é onde o está o futuro. Além disso, esta aproximação irá dar origem a toda uma gama de sport-protótipos. Tenho toda a confiança em Jacques Nicolet, com o qual tenho uma longa amizade, para levar o nome Ligier de novo à grande cimeira da endurance. Assim, estou muito satisfeito por poder manter o desenvolvimento da marca, confiando na experiência das suas equipas.”, disse Guy Ligier.

A ambição da Onroak Automotive passa por desenvolver uma gama de modelos destinados à endurance e atingir o reconhecimento como referência neste sector. A Onroak está agora na posição de oferecer diferentes tipos de protótipos: o Morgan LMP2, o Ligier LMP2 coupe, O Ligier CN e um LMP1, aos quais está certamente destinado um grande futuro.”, referiu Olivier Quesnel.

Conheci o Guy pela primeira vez em 2006: fui o primeiro comprador do JS49. Fiquei imediatamente sensibilizado pela sua paixão pelo automobilismo. Este encontro levou ao nascimento de uma grande relação com base nessa paixão. A marca Ligier conheceu o sucesso na F1 e terminou diversas vezes no Top 3 em Le Mans. Há toda uma magia relacionada! É um símbolo que se encontra no coração dos fãs e estou muito orgulhoso por me associar a este nome.”, comentou Jacques Nicolet.

Neste momento, a Onroak está a desenvolver chassis de vários tipos, e o LMP3, batizado com o nome de JS53 Evo, terá um motor honda de dois litros e serve para o VdeV, bem como o Asian Le Mans Series, enquanto que o LMP2 será coupé e terá como destino os Estados Unidos da América. Estára pronto no inicio de 2014, e poderá rodar em simultâneo com o LMP2 aberto que fizeram para a Morgan. A Onroak também está a construir um LMP1 desde o final de 2012, mas pelo que se fala, o desenvolvimento está atrasado para a temporada que aí vêm, embora se fale que poderá estar a tempo de correr em Spa-Francochamps, às mãos a OAK Racing.

Youtube Racing Crash: um capotamento na Austrália

Este video é de hoje, e mostra um capotamento monstro durante uma das séries de apoio dos V8 Australianos, a Aussie Racing Cars, cuja jornada de encerramento ocorre este final de semana no circuito urbano de Sidney. O piloto em questão, Brendon Tucker, perdeu o controle do seu carro numa curva e ao tocar no muro de proteção, começou a capotar várias vezes, até parar. 

Felizmente, o "roll-bar" conseguiu coumprir a sua missão e o piloto saiu são e salvo, embora um pouco tonto...

Os aproveitadores da desgraça alheia

O acidente mortal de Paul Walker, que aconteceu há quase uma semana, em Santa Clarita, na California, deu - como seria de esperar - uma maré de manifestações de pesar, mas também surgiram os oportunistas e os "abutres", os aproveitadores da desgraça alheia. Jameson Whitty, de 18 anos, foi preso esta sexta-feira - e têm agora uma fiança de 20 mil dólares sobre ele - por ter colocado online um pedaço do Porsche acidentado, que foi roubado do reboque que o transportava.

A matéria, que e hoje referida no Opposite Locke, um dos sites laterais ao Jalopnik, foi justificado pelo ladrão, afirmando: "Consegui isto através de um amigo meu que estava a guiar o reboque, e ficamos com isto como sinal de respeito pela pessoa que o fez gostar de carros." Pois...

A policia de Los Angeles disse também que um segundo homem, de 25 anos, está também a ser procurado neste caso. "Uma testemunha afirmou que viu um sujeito de sexo masculino de um automóvel que seguia o reboque. Esse sujeito agarrou um pedaço do Porsche acidentado do reboque e foi-se embora com esse pedaço", afirmou um porta-voz, em comunicado.

Para terem uma ideia, um pedaço daqueles é habitualmente vendido no eBay à volta dos 6500 dólares, pouco mais de seis mil euros, enquanto que de acordo com as leis californianas, é considerado "furto" quando o pedaço - ou o objeto - valer mais de 400 dólares... 

Noticias: Félix da Costa será terceiro piloto da Red Bull e estará no DTM

A Red Bull anunciou esta manhã que António Félix da Costa será o terceiro piloto da Red Bull em 2014, ao lado de Sebastien Buemi, e para além disso, também será piloto da BMW no DTM, o campeonato alemão de Turismos, sendo o segundo piloto a participar, depois de Filipe Albuquerque.

O anuncio de Félix da Costa no DTM é apenas a confirmação dos rumores que puluavam desde que a Red Bull anunciou que iria manter o piloto português no seu programa, mesmo após ter sido preterido pelo russo Daniil Kvyat no lugar deixado vago por Daniel Ricciardo na Toro Rosso.

Para Christian Horner, o anuncio de Buemi e Félix da Costa como terceiros pilotos significa que “é uma grande honra anunciar a assinatura com o Sébastien e o António para 2014. No próximo ano os regulamentos da Fórmula 1 têm a maior mudança dos últimos tempos e regressam os testes durante a época. Por isso, poder chamar dois pilotos tão capazes será um enorme benefício para a equipa”. Quanto a Félix da Costa, Horner classificou-o de “um talento promissor com quem já temos uma boa relação de trabalho e a sua contribuição será importante durante uma época muito intensiva”.

Algum tempo depois, a BMW anunciou também que o piloto de Cascais iria ser um dos seus pilotos para a sua armada no DTM em 2014, sendo uma das duas novas entradas na marca, ao lado do belga Maxime Martin, que substituem, respectivamente, Andy Prilaux e Dirk Werner. Para o diretor da BMW Motorsport, Jens Marquardt, "António Félix da Costa convenceu-nos com os seus testes no BMW M3 DTM, e antes disso pelo seu sucesso nas corridas de fórmulas, onde sempre mostrou o seu talento. Estou ansioso para o ver prosseguir o seu desenvolvimento no DTM".

Já Félix da Costa, que tinha estado a experimentar estes carros no fim de semana passado em Valência, estava feliz com este resultado: "É uma honra para mim pilotar para um grande fabricante como a BMW", diz Félix da Costa. "Passar das corridas de monolugares para carros de turismo é uma experiência nova, mas os carros são ótimos de pilotar, já que o DTM é uma competição de corridas de primeira classe.

A conclusão que se chega é que ao colocar Félix da Costa numa competição diferente, deseja que ele evolua numa competição destas, mas com o calendário do DTM a não ser coincidente com os fins de semana da Formula 1, poderá significar que ele desejam o piloto para qualquer eventualidade, seja física, seja se algum dos pilotos que está presente no universo Red Bull, como Ricciardo ou Jean-Eric Vergne, não corresponder às expectativas, poderão "saltar fora" a meio do ano e serem substituídos pelo piloto português.

A suspensão das filmagens e a sentida homenagem a Paul Walker

Já tinha ouvido alguma coisa no domingo ou na segunda-feira, mas hoje parece que é oficial: a Universal Studios decidiu suspender por tempo indeterminado as filmagens da sétima série do "The Fast and The Furious", em respeito à memória de Paul Walker, morto no sábado em Santa Clarita, na California. Apesar deste anuncio, isso não iria afetar as filmagens, pois estas já estavam feitas, com a sua conclusão a ser marcada inicialmente para o dia 2 de dezembro. Não se sabe ainda se a data de lançamento inicialmente prevista, 11 de julho de 2014, será alterada, dadas as circunstâncias do desaparecimento de um dos seus principais protagonistas.

Entretanto, surgiu também esta quinta-feira o relatório da autópsia aos corpos de Walker e do seu companheiro Roger Rodas. Segundo os peritos médicos, Rodas teve morte imediata, enquanto que Walker sucumbiu "pelo efeito combinado de lesões traumáticas e queimaduras” provocadas pelo incêndio que se seguiu ao choque do Porsche contra uma árvore. Já o resultado do exame toxicológico aos dois ocupantes do carro vai demorar ainda algumas semanas a ser conhecido.

Entretanto, na quarta-feira, a Universal lançou um pequeno filme de dois minutos onde presta homenagem a Walker, juntando as cenas de todos os filmes do "The Fast and The Furious", desde o primeiro, em 2001. Até agora, já teve quase seis milhões de visualizações em dois dias

The End: Nelson Mandela (1918-2013)

Algum dia tinha de ser, não era? Há muito tempo que esta noticia era esperada. Tanto que aposto que neste momento, todos os jornais no mundo inteiro estão a tirar do seu arquivo os seus obituários, escritos há muito tempo, preparando-se para esta inevitabilidade. Para terem ideia, estou a escrever isto no preciso momento em que vejo a CNN. E estou a ver o presidente Barack Obama a falar sobre ele e o seu legado, começando com a famosa frase que proferiu no julgamento de 1964, antes de saber que ele seria condenado a prisão perpétua, mas onde muitos pensavam que seria condenado à morte. Hoje, podemos dizer que este é o dia em que morreu Nelson Mandela. Tinha 95 anos e estava há muito tempo doente.

As biografias vão dizer tudo que sabemos sobre ele. A sua infância, a sua luta contra o dominio da minoria branca, o seu julgamento por "sedição", a sua condenação a prisão perpétua, a sua estadia na ilha de Robben Island, os 27 anos em que esteve preso, os ventos de mudança que fizeram aquele regime ficar isolado do resto do mundo, o dia em que foi libertado, a difícil transição democrática na África do Sul e a sua eleição como presidente, bem como a sua vida depois de sair do poder pelo seu próprio pé, em 1999, aos 81 anos. Tudo isso iremos ler esta sexta-feira nos jornais, vamos ouvir nas rádios e vamos ver nas televisões e na Net, e sentiremos tristes por vermos embora uma personalidade tão poderosa como aquela. Tanto que o Facebook estará cheia das suas frases marcantes, da sua longa caminhada para a liberdade.

Só que aqui vou para o plano pessoal, lembrar o que foi esse senhor e as minhas impressões sobre um periodo que marcou parte da minha infância e juventude. Como cresci nos anos 80, a causa sul-africana era "a causa" que todos apoiavam nas universidades, a causa que todos queriam participar, até pessoas insuspeitas, como o James Hunt. E desde cedo que tinha ouvido falar do nome de Nelson Mandela, numa aura de "mito", como o líder do ilegalizado - e perseguido - Congresso Nacional Africano, o ANC. Ele e outros como Walter Sisulu e Oliver Tambo, tinham lutado contra a opressão do regime do Partido Nacional, de origem africander e que defendia o "apartheid" no seu pior, tinham defendido a mudança, por vezes até de forma violenta, tinham sido presos e condenados a longas sentenças em sitios recônditos, como Robben Island. E nesses anos 80, havia um movimento muito forte no sentido da sua libertação nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, ao ponto de se realizarem concertos em sua honra. Era uma causa que todos queriam participar.

Cedo ouvi falar sobre a África do Sul e o seu regime de minoria branca, que oprimia a maioria negra, e logo naquilo que já apreciava: a Formula 1. Ja sabia que havia os boicotes desportivos à Africa do Sul, onde ele estava excluida de todos os desportos. Todos faziam - até o rugby. Excepto um: o automobilismo. Graças a Bernie Ecclestone, a Formula 1 e a FIA corriam em Kyalami, contrariando a comunidade internacional e o bom senso. Com Jean-Marie Balestre no comando - ele, que tinha pertencido às milicias de Philippe Petain na sua juventude - simpatizavam com o regime segregacionista, que os colocava num casulo durante os dias em que recebiam os pilotos de Formula 1. Até que em 1985, as potências mundiais começaram a pressionar a FIA para que parasse com a brincadeira. A França proibiu Renault e Ligier de se deslocarem a Kyalami, e tentou-se que os pilotos não fossem lá, sem sucesso. A corrida aconteceu, mas poucos transmitiram-na. No ano seguinte, a FIA decidiu não mais correr lá até 1992, ano em que regressaram a um modificado circuito de Kyalami. 

Ainda me lembro do dia em que foi libertado da prisão, a 27 de fevereiro de 1990. Era um domingo, estava nublado a fazia frio na minha cidade. No alto dos meus 13 anos, tinha a natural curiosidade de ver quem ele era, se a realidade seria diferente do mito que andaram a divulgar ao longo dos últimos anos. Via-se na televisão a enorme multidão à porta da prisão de Victor Verster, onde ele esteve na parte final da sua sentença, bem mais leve do que tinha passado em Robben Island. E quando saiu, com a sua então mulher Winnie ao seu lado, era um homem sorridente com a sua libertação e espantado com a recepção que estava a ter, num misto de júbilo e receio. O júbilo pela sua libertação e pelo facto de a luta contra o apartheid estar a terminar em breve, e o receio de que a transição iria ser sangrenta, com os ódios latentes, e as vinganças que estavam a ser cozinhadas.

Uns três anos depois, ainda no liceu, estava a conversar com um professor de Ciência Politica e a meio da conversa, começamos a falar sobre a África do Sul. F.W de Klerk era o presidente, Mandela estava na oposição, e havia confrontos nas ruas entre ANC e os zulus do Inkhata. Tentava-se chegar a um acordo de transição, mas falava-se de guerra civil, e semanas antes, tinham matado Chris Hani, um líder sindicalista de origem comunista. E nessa conversa, fiquei surpreso quando me descreveu que "o processo é todo um milagre". Fiquei surpreso, confesso. Mas depois entendi que esse "milagre" era a obra de Mandela e De Klerk, o então presidente da minoria branca, que faziam tudo para que a transição fosse o mais pacifica possivel.

Nos meses que se seguiram, e à medida que se aproximava o dia das primeiras eleições multipartidárias, parecia que não via onde é que esse milagre estava a acontecer. Todos os dias matavam pessoas nas ruas, os extremistas da minoria branca, liderados pelo Eugene TerreBlanche, tinham tentado um golpe de estado num dos bantustões para ver se conseguiam o seu sonho da "terra só para brancos", mas falharam, e todos falavam da "guerra civil que iria haver depois das eleições", como tinha acontecido em Angola, ano e meio antes. Mas entre os dias 26 e 28 de abril de 1994, os dias das eleições, nada disso aconteceu: o que se via eram enormes filas de pessoas para colocarem o seu voto, a grande maioria pela primeira vez na sua vida, e a verem concretizado esse sonho. E tudo foi calmo e pacifico, como se tudo que acontecera antes não tivesse sido mais do que um péssimo filme de Hollywood. Os resultados eram os esperados, uma nova bandeira foi apresentada, e todos celebraram o momento. 

Quando se tornou presidente, continuou a ser um exemplo. Ficou apenas um mandato, aproximou uma desconfiada minoria branca, partilhado o poder e coligação com o Partido Nacional - o famoso jogo da final do Mundial de Rugby, em 1995, onde ele vestiu a camisola dos Springboks e entregou a taça ao capitão de uma equipa quase totalmente branca - e decidiu estabelecer uma "Comissão de Verdade e Reconciliação", no sentido de saber os crimes do passado, mas não no sentido da vingança, mas sim, no verdadeiro sentido do perdão e da reconciliação. Numa nação de muitas tribos - onde há onze linguas oficiais! - o que quis fazer foi que todos se sentissem em casa, que pertenciam em casa. E conseguiu fazer da África do Sul uma democracia forte e consolidada - mesmo com os graves problemas de desigualdade social, de crime e de corrupção - um exemplo para a região e para o mundo. Muito diferente de outros "heróis da independência", seus vizinhos, que ficaram no poder até à morte e exerceram a vingança sobre o anterior regime, nos piores exemplos autocráticos que se pode dar.  

Em jeito de conclusão, eu não estou triste por ele hoje se ir embora. Estou duplamente triste. Acho que só tive dois heróis políticos que conheci: Winston Churchill e ele. E se o primeiro ainda têm impacto, quase 50 anos depois da sua morte, podem imaginar o impacto de Mandela nos anos que vêm aí. Foi-se embora desta vida, deste planeta Terra, passando agora para a história. Ainda por cima, Mandela parte desta vida no meio de uma crise económica, politica - e porque não? - de valores. Estamos desiludidos com os nossos políticos, e algumas das nossas grandes ideias do século XX, como a Europa Unida, estão em crise, fazendo com que as pessoas se seduzam por ideias perigosas, tal como os nossos avós ficaram seduzidos nos anos 20 e 30. 

Gostaria que ele fosse embora com a sensação que que o mundo estaria em boas mãos, com pessoas que nos poderiam inspirar para sermos melhores seres humanos, mas à excepção do Papa Francisco, não vejo nada disso. Não vejo os grandes reconciliadores de outrora. Não vejo os homens de visão que nos façam tirar do atoleiro em que estamos. Não vejo as pessoas que moralizem coisas como o sistema financeiro, que o deixaram soltar com o final da Guerra Fria e se tornou num dragão incontrolável, na pior das suas faces. Simplesmente, não vejo. 

Tenho a sensação que a partir de agora, em termos politicos, na crise económica e de valores que vivemos, pareço estar a olhar para um deserto árido. É triste. Duplamente triste.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Youtube Automotive Challenge: McLaren P1 vs o Nordschleife

Há muito que se fala do McLaren P1, o hipercarro que eles andaram a fazer em Woking. Há um "hype" enorme sobre ele, chegando ao ponto de eles poderão ter de ter feito numa volta no Nurburgring Nordschleife em menos de sete minutos. Eles dizem que sim, mas francamente, não acredito até ver o video da volta. Que é o que todos fazem, incluindo a Porsche, que fez 6:58 com o seu modelo 918...

Por agora, coloco este video. Espero que o outro esteja para muito breve...

O regresso dos monolugares a Portugal

Esta é uma noticia interessante que descobri hoje na Autosport portuguesa: a criação de uma competição de monolugares para a próxima temporada. O ex-piloto Rui Vilar quer fazer uma coisa que se irá chamar - provisóriamente - "Formula Best", cuja função seria de proporcionar aos pilotos que saiam do karting uma oportunidade de ter contacto com os monolugares, a um baixo preço e de fácil manutenção.

“O carro compara-se ao Fórmula Opel que eu pilotei em 1989. As performances devem ser semelhantes à de um Formula 3, mas o carro não é de alta tecnologia, pois tem chassis tubular, motor de moto e caixa sequencial. Em Brands Hatch, consegue ficar a uns dois ou três segundos de um Formula 3 moderno, sem precisar dos caros motores da Mercedes ou da Volkswagen”.

Já vinha a discuti-lo com o Luiz Pinto de Freitas [anterior presidente da FPAK, morto em abril]. Penso que faz falta uma ponte para os jovens pilotos do karting fazerem uma plataforma para os automóveis, mas também para alguns pilotos mais experientes poderem andar.", comentou.

Segundo ele, o campeonato será monomarca, e os chassis seriam feitos para RFR, a firma de Ralph Firman Sr, que também fornece chassis para a Formula 4, um momoposto de chassis tubular com um motor de moto de 1000cc, usados quer na MVSR britânica, quer na Formula 1000 americana. A ideia é ter um carro que possa ser utilizado durante um mínimo de três temporadas sem qualquer atualização, pelo que, mesmo que alguém queira vender o carro ao fim de uma época, poderá encontrar facilmente um interessado. Uma temporada poderá custar à volta de 45 mil euros, com a aquisição de um carro a valer cerca de 30 mil. Assim sendo, três temporadas poderão custar em média, cerca de 75 mil euros.

Para Vilar, o calendário seria de três jornadas duplas, e mais duas provas de "sprint" integradas em corridas internacionais, e o seu desejo era que a competição arrancasse com doze carros, mas ele reconhece que isso vai ser “complicado, por causa da crise”.

A acontecer, a Formula Best vai fazer concorrência à Single Seater Series, onde se correm vários monolugares da antiga Formula Ford.  

Formula E: Virgin é a nova equipa na competição

Depois da Super Aguri, a Virgin será outro nome de uma antiga equipa de Formula 1 a ingressar na Formula E, a nova competição elétrica sancionada pela FIA e que vai começar em setembro do ano que vêm. A equipa será chefiada por Alex Tai, que originalmente exerceu o cargo de comando da Virgin na Formula 1, mas acabou por sair antes do início da primeira temporada, em 2010. "Estou realmente impressionado com o conceito da Formula E e acredito que será um grande passo para a marca Virgin", disse Tai.

"A natureza da categoria é muito acessível, com as corridas a acontecer bem no coração de grandes cidades, o que deve criar uma atmosfera maravilhosa. Para além disso, o esforço em desenvolver novos recursos de tecnologia sempre é algo que agrada a Virgin, pioneira nesse tipo de condição", concluiu.

Richard Branson, fundador e patrão da Virgin, por sua vez, acredita também que a Formula E deverá desempenhar um papel ainda mais importante no desenvolvimento de uma imagem e de uma tecnologia mais sustentável para o automobilismo. "A necessidade de criar carros de corrida rápidos, confiáveis e duráveis vai ajudar a acelerar o setor e mostrar que carros elétricos também têm seu espaço", disse.

Com isto, a Virgin torna-se na nona equipa a confirmar a sua participação na Formula E, e a segunda britânica, depois da Drayson.

A extraordinária vida e carreira de Paul Hawkins

Quando achei esta foto, pensei logo que fosse da cena inicial de "Grand Prix", o filme que John Frankenheimer realizou em 1966, onde o piloto Pete Aron emvolve-se com o seu companheiro de equipa Scott Stoddard e o americano acaba a nadar nas águas do Porto de Monte Carlo. Depois de ver as imagens, verifiquei que é na realidade, o acidente de Aron.

Mas ao revê-las, lembrei-me da inspiração que Frankenheimer e outros tiveram para fazer esta cena: um acidente ocorrido no ano anterior com o australiano Paul Hawkins, onde ele "atirou" o seu Lotus 33 da DW Racing Enterprises para as águas da baía na volta 79 - e foi por isso que ainda se classificou na décima posição!

E ao pesquisar um pouco mais sobre ele, descobri que a personagem, apesar de uma passagem efémera pela Formula 1 - só fez três corridas em 1965 - ganhou reputação nos Turismos, na Endurance e nos Sports Cars. E a sua personalidade fora das pistas merece que seja contada a sua história, quase 45 anos do seu desaparecimento precoce, em Oulton Park.

Nascido a 12 de outubro de 1937 na cidade australiana de Melbourne, Hawkins tinha "pedigree" automobilístico. O seu pai tinha pilotado motos antes de tornar... pastor anglicano. Em 1958, começou a competir, a bordo de um Austin-Healey, e dois anos mais tarde, estava na Grã-Bretanha, onde concorreu a um emprego na fábrica. John Sprintzel, o seu empregador, recordou como é que as coisas aconteceram:

"Coloquei um anuncio no 'Evening Standard' onde procuravamos um mecânico e acabamos por o contratar. Tinha literalmente acabado de chegar de barco da Austrália, e acabamos por ver que era um excelente mecânico e tinha feito algumas corridas. E para além de ter excelentes conhecimentos de mecânica, conhecia os verbos mais coloridos da lingua inglesa!"

Com o tempo, passou para o volante, ainda pela Austin-Healey, e a sua primeira corrida em solo inglês teve o seu quê de bizarro. A corrida foi e Aintree, mas ele chegou em cima da hora dos treinos e ele foi fazer as suas voltas de qualificação... ainda com a bagagem na mala do carro. Para piorar as coisas, no dia da corrida, teve tanto trabalho em ultrapassar um concorrente que perdeu a noção das voltas. Quando o conseguiu passar, viu que... liderava a corrida. E no final, acabou por ganhar!

Contudo, apesar desse resultado surpreendente, os resultados foram escassos. A sua primeira participação em Le Mans, em 1961, ao lado de John Colgate, terminou na oitava hora, vitima de problemas de motor. Mas com o tempo, ambos - Hawkins e Sprintzel - desenvolveram o Austin-Healey Sebring Sprite - e este começou a obter resultados, com vitórias na classe em Sebring e nos 1000 km de Nurburgring.

Em 1962, ele passa para os monolugares, correndo pela Ian Walker Racing Team, que tinha um Lotus 23 de Sport Cars. Os resultados foram suficientemente bons para que Walker lhe comprasse em Lotus 22 de Formula Junior, onde competiu boa parte de 1963. Em 1964, passou para a John Williment, onde correu num Brabham de Formula Junior, antes de no final do ano fazer corridas em África, vencendo o GP da Rodésia, e sendo segundo no Rand GP, na África do Sul. No inicio do ano de 1965, Hawkins fas a sua estreia oficial, no GP da Africa do Sul, terminando na nona posição.

Entre os que se encontravam em East London estava Dick Stoop, da DW Racing Enterprises, equipa constituida essencialmente para o piloto britânico Bob Anderson. O negocio era simples: Stoop arranjava um carro, se fosse ele a tratar da mecanica e de algumas das despesas. Ele aceitou, e pretendia inicialmente um Brabham, mas Stoop arranjou-lhe um Lotus 33, ex-fábrica. A primeira corrida foi no Mónaco, e esta acabou espectacularmente na volta 79, quando se distraiu e caiu nas águas do porto. Incólume, nadou para o largo, enquanto que o carro era resgatado.

O lendário jornalista Dennis Jenkinson descreveu a cena do acidente na revista Motorsport: "Neste ponto da corrida, houve um pouco de furor na chicane, pois Hawkins tinha batido numa estrutura de madeira e despistou-se rumo aos fardos de palha, caindo nas águas do porto. O Lotus mergulhou até ao fundo e o duro australiano surgiu à superficie, nadando até terra, onde os barcos vieram ao seu socorro". De facto, como acontecera com Alberto Ascari, dez anos antes, o acidente teve mais de espectacular do que gravoso.

Hawkins viria a guiar mais uma corrida de Formula 1, na Alemanha, onde acabou a corrida na terceira volta, devido a uma fuga de óleo.

A partir do ano seguinte, ele concentrou-se mais na Endurance e nos Sports Cars. Tornou-se particularmente um bom piloto a guiar Porsches e Lolas. Em 1966, andava com um Lola-Chevrolet do Grupo 7, onde teve pouco sucesso, mas nas Formulas, venceu em Nurburgring, a bordo de um Formula 2. Em 1967, andava com um Ford GT40 nas pistas inglesas, mas foi a bordo de um Porsche que alcançou a sua maior glória. A bordo de um modelo 910, e em parelha com um jovem Rolf Stommelen, ambos foram os vencedores da Targa Flório, a prova que se disputava no grande circuito de Maggione, no centro da Sicilia. Mais tarde, guiando para a John Wyer, venceu os 1000 km de Paris, fazendo parelha com outro jovem: o belga Jacky Ickx.

Em Reims, numa prova de doze horas, bateu a volta mais rápida da corrida, já com a prova a decorrer de noite. Quando um repórter lhe perguntou como é que tinha conseguido fazer esse feito, simplesmente respondeu: "Tinha os faróis acesos no carro, não sabia?"

No ano seguinte, continuava nos Sports Cars, e com os GT40 da John Wyer, e em parelha com David Hobbs, vence os 1000 km de Monza. No final daquele ano, vence as Três Horas da Cidade do Cabo, a bordo de um Ferrari P4.

No inicio de 1969, Hawkins estava a montar um negócio de automóveis, e começava a pensar em ter a sua equipa, correndo com um Lola T70. Era com esse carro que foi correr a 26 de maio desse ano em Oulton Park, para o RAC Tourist Trophy. A corrida decorria sem incidentes de maior, com ele no sexto lugar quando na volta 76, ele perde o controlo do seu carro na Island Bend, incendiando-se em seguida. Quando conseguiram socorrê-lo, nada podia ser feito por ele. Tinha 31 anos. Curiosamente, Hawkins morreu no mesmo dia que Alberto Ascari, carotze anos antes.

Anos depois, quando recordado sobre isso, Brian Redman, seu companheiro de equipa na John Wyer, afirmou que a causa mais provável do seu acidente poderá ter sido uma suspensão quebrada no seu carro, em vez de ter sido um erro do piloto por ter feito aquela curva demasiado depressa, devido à chuva. Outro dos pilotos com quem ele conviveu, David Piper, elogiou-o da seguinte forma: "Paul viveu depressa, morreu depressa, mas... Meu Deus, era uma grande personagem".

Os feitos de Hawkins não foram esquecidos com o passar dos anos. Em 2003 foi lançada a sua biografia, de seu nome "Hawkeye", e nela está incluida a seguinte situação, contada pelo jornalista Doug Nye:

"Numa edição dos 1000 km de Spa-Francochamps, corrida após a primeira edição da Speedworld International, a revista de Gregor Grant - depois de ter sido despedido da "Autosport" - tinha acabado de publicar um artigo sobre "Hawkeye", ilustrado com um cartoon desenhado pelo seu filho Don. Ao ver o cartoon, "Hawkeye" ficou furioso, pois mostrava-se em toda a sua profundidade [tinha a cara marcada devido à varicela] e foi ter comigo, agarrando-me no colarinho e a dizer:

'Você sabe que é este Grant filho da p***? Se eu apanhar esse sujeito, eu vou pegar nos lápis de m**** e enfiá-los nesse c* acima, bem como o afiador, bem como a sua revista de m****, e também a mesa de desenho, se também couber! Posso não ser bonito, mas isso não é a p*** do problema. Uma coisa é rir à custa dos outros, mas isto fez-me passar dos carretos e não tou a ver como é que vou rir-me desta m****. Diabos, eu sou o filho de um ministro presbiteriano!'"

Cheguei à conclusão que ele não gostou do cartoon."  

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

WTCC: Calendário completo de 2014 foi divulgado

Outro dos calendários que a FIA divulgou esta quarta-feira foi o do Mundial de Turismos, o WTCC. E com a entrada de mais um construtor, a francesa Citroen, houve alterações no calendário. Já se sabia desde há alguma tempo que Portugal iria perder a sua data no calendário em favor de Paul Ricard - a entrada da Citroen contribuiu para isso - mas outra novidade neste calendário é a entrada de Spa-Francochamps, na Belgica. Paul Ricard será a primeira corrida em solo europeu, a 20 de abril, e a pista belga aparecerá a 22 de junho.

Para além disso, a temporada começará em Marraquexe, a 6 de abril, e o seu encerramento será a 16 de novembro, no Circuito da Guia, integrado no fim de semana do Grande Prémio de Macau.

Eis o calendário completo do WTCC:

06 de abril - Marraquexe (Marrocos) 
20 de abril - Paul Ricard (França) 
04 de maio - Hungaroring (Hungria) 
11 de maio - Slovakia Ring (Eslováquia) 
25 de maio - Salzburgring (Áustria) 
08 de junho - Moscow Raceway (Rússia) 
22 de junho - Spa-Francorchamps (Bélgica) 
03 de agosto - Termas de Río Hondo (Argentina) 
14 de setembro - Sonoma (EUA) 
12 de outubro - Xangai (China) 
26 de outubro - Suzuka (Japão) 
16 de novembro - GP Macau

WEC: Eis o calendário de 2014 da Endurance

O Mundial de Endurance teve hoje divulgado o seu calendário para 2014. Sem alterações em relação ao numero de provas que compuseram o calendário de 2013, a grande novidade foi a colocação da corrida de Austin num sábado, bem como a antecipação em 15 dias da corrida final do calendário, no Bahrein.

Numa temporada onde irá haver a entrada da Porsche no Mundial, na categoria LMP1, a reunião da FIA decidiu estabelecer um FIA Endurance Trophy, para os pilotos da classe LMP1 que não estejam a bordo de carros das equipas oficiais, como a Audi, Porsche e Toyota. Contudo, o prémio só será estabelecido desde que pelo menos três carros estejam disponíveis por toda a temporada.

Para além disso, a FIA e a ACO decidiram constituir uma comissão de "equivalência de tecnologia" para os carros de LMP1, onde se adotarão regulamentos baseados naquilo que os carros poderão fazer em pista. Terá duas fases: a primeira, até Le Mans, e a segunda, após Le Mans, onde a partir daí far-se-á a base dos regulamentos para o WEC em 2015.

Eis o calendário completo:

20 de abril - Seis Horas de Silverstone (GB)
03 de maio -  Seis Horas de Spa-Francorchamps (Bélgica)
14-15 de junho - 24 Horas de Le Mans (França)
31 de agosto - Seis Horas de São Paulo (Brasil)
20 de setembro - Seis Horas de Austin (EUA)
12 de outubro - Seis Horas de Mont Fuji (Japão)
01 de novembro - Seis Horas de Xangai (China)
15 de novembro - Seis Horas do Bahrein 

E no Nobres do Grid deste mês...

(...) desde há algumas semanas que corre a noticia de que Tom Cruise poderá fazer a adaptação para o cinema de “Go Like Hell”, o livro de A.J. Baime sobre a luta entre a Ford e a Ferrari nos anos 60 para a vitória nas 24 horas de Le Mans. Eu tenho o livro em casa – em Portugal ficou com o titulo de “Como Uma Bala” - e as personagens são titânicas. Enzo Ferrari, Henry Ford II, Carrol Shelby, John Surtees e Ken Miles, entre outros, são personagens que ajudaram a moldar um periodo de tempo bem interessante que foi entre 1961 e 1966, ano em que os Ford, modelo GT40, ficaram com os três primeiros lugares na clássica francesa. 

Fala-se que Cruise quer o papel de Carrol Shelby, o criador dos Cobra e que ajudou a fazer o GT40, e se tornou numa lenda americana “per se”. Caso ele aceite o projeto, seria um regresso, mais de vinte anos depois de ter feito “Days of Thunder”, onde fazia o papel de Cole Trickle, piloto da NASCAR. Ainda não se sabe quando é que vai começar as filmagens, mas fala-se de meados de 2014, depois de Cruise fazer o quinto filme da série “Missão Impossivel”. Quanto ao realizador, depois de Michael Mann se ter metido no projeto, agora fala-se de Joseph Kosinski, o mesmo que fez “Tron: Legacy”.

Estas noticias fizeram-me pensar sobre se estaríamos a caminho de uma era onde Hollywood iria se dedicar ao automobilismo. Sei desde há muito tempo de projetos sobre pilotos e personagens, e lembrei-me de que esta Primavera, tinha tido uma conversa via Twitter com o jornalista Peter Windsor sobre “Rush”. Pelo meio, falamos sobre outros filmes que Hollywood poderia estar a pensar em adaptar. Sabia de “Go Like Hell”, e acabamos a falar sobre a ideia de um filme sobre Richard Seaman, o primeiro britânico a competir no Grand Prix dos anos 30, cujo centenário do seu nascimento de comemora este ano. Ele falou que o projeto existe – eu sabia disso através de um artigo que tinha lido em 2012 – mas que estava em “development hell”. Traduzido para português: esperava por melhores dias. 

 E é se calhar isso que está a acontecer: muitos dos projetos que conheço estavam à espera pelo “hype” de “Rush” para avançarem. E até o “Go Like Hell” estava nesse compasso de espera porque, segundo eles, esperavam para ver o que iria acontecer com a recepção deste filme. Agora que toda a gente sabe, eles avançaram com o projeto, e logo com um nome tão sonante como ele. (...)

Este mês, o meu artigo no site Nobres do Grid fala sobre automobilismo em Hollywood. Pouco tempo depois de estrearem "Rush", o filme de Ron Howard sobre a temporada de 1976 e o duelo entre Niki Lauda e James Hunt, o sucesso de critica - e de bilheteira - do filme fez avançar novos projetos. "Go Like Hell" poderá ser o próximo filme, e poderá contar com Tom Cruise como o ator principal. Mas outros projetos poderão estar a caminho, sendo que pelo menos quatro estão a ser vistos e construídos por argumentistas e produtores.

No artigo falo também sobre que situações ou personagens mereceriam um filme de Hollywood. O duelo Senna/Prost é inevitável, mas muitas outras personagens do automobilismo, bem como situações e eras ao longo da história do século XX também merecem filmes, pois felizmente, o automobilismo é rico de história... e estórias.

Formula E: Divulgado o calendário da sua primeira temporada

A temporada inaugural da Formula E, a competição de carros elétricos sancionada pela FIA, vai começar em setembro do ano que vêm, e o calendário têm algumas surpresas em relação à versão provisória. Vai haver a inclusão de uma corrida nas ruas do Rio de Janeiro, a acrescentar às corridas de Punta del Leste e Buenos Aires.

Confirma-se que a competição irá decorrer durante o inverno no hemisfério norte, e para além disso, haverá uma corrida no Mónaco, numa competição que começa em Pequim e termina em Londres. 

Eis o calendário completo:

13 de setembro de 2014 - Beijing (China) 
18 de outubro de 2014 - Putrajaya (Malásia) 
15 de novembro de 2014 Rio de Janeiro (Brasil) 
13 de dezembro de 2014 - Punta del Este (Uruguai) 
10 de janeiro de 2015 - Buenos Aires (Argentina) 
14 de fevereiro de 2015 - Los Angeles (EUA) 
14 de março de 2015 - Miami (EUA) 
09 de maio de 2015 - Mónaco 
30 de maio de 2015 - Berlim (Alemanha) 
27 de junho de 2015 - Londres (Grã-Bretanha)

Youtube Motorsport Soundtrack: "Rush" ao piano

Para que não haja enganos, quando falo de "Rush", é sobre o filme do Ron Howard e não da clássica banda canadiana de rock. Dito isto, volto a falar da banda sonora de Hans Zimmer por causa deste arranjo ao piano que descobri no Youtube, onde o pianista, alcunhado de "Silfimur", em quase um quarto de hora, coloca aqui um "medley" das musicas que compõem a banda sonora.

E o resultado é este que vocês ouvem. Eu gostei imenso, confesso.  

Formula 1: Divulgado o calendário definitivo de 2014

A FIA anunciou esta tarde o calendário definitivo de Formula 1 para a próxima temporada. Ao contrário do que se esperava, a próxima temporada terá 19 corridas na mesma, em vez das vinte corridas que tinha em 2012. Sendo assim o calendario contará com dois ingressos - Austria e Rússia - e duas saídas, a Índia e a Coreia do Sul. Outras novidades serão que a prova de encerramento será em Abu Dhabi, e que a corrida do Bahrein será a partir de agora uma corrida noturna, a segunda depois de Singapura.

Duas das corridas que integravam o calendário provisório, New Jersey e México, estão de fora em 2014, mas a sua estreia poderá acontecer em 2015, como Bernie Ecclestone falou na edição de hoje do Wall Street Journal sobre a segunda prova americana: "Nós não estamos satisfeitos por não ocorrer no tempo desejado. Mas estamos buscando agora uma forma de encaixá-lo em 2015", afirmou o octogenário dirigente. Já a prova mexicana têm a ver com a extensão das obras de renovação que vai passar ao longo de 2014 no Autódromo Hermanos Rodriguez.

Assim sendo, eis o calendário definitivo:

16 de março: GP da Austrália (Albert Park) 
30 de março: GP da Malásia (Sepang) 
6 de abril: GP do Bahrain (Sakhir) 
20 de abril: GP da China (Xangai) 
11 de maio: GP da Espanha (Montmeló) 
25 de maio: GP do Mónaco 
8 de junho: GP do Canadá (Montreal) 
22 de junho: GP do Áustria (Red Bull Ring/Spielberg) 
6 de julho: GP da Grã-Bretanha (Silverstone) 
20 de julho: GP da Alemanha 
27 de julho: GP da Hungria (Hungaroring/Budapeste) 
24 de agosto: GP da Bélgica (Spa-Francorchamps) 
7 de setembro: GP de Itália (Monza) 
21 de setembro: GP de Singapura 
5 de outubro: GP do Japão (Suzuka) 
12 de outubro: GP da Rússia (Sochi) 
2 de novembro: GP dos EUA (Circuito das Américas/Austin) 
9 de novembro: GP do Brasil (Interlagos/São Paulo) 
23 de novembro: GP de Abu Dhabi (Yas Marina)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Youtube Formula 1 Video: A rainha do automobilismo

Vi primeiro no Flávio Gomes, mas já o vi também no WTF1.co.uk. E vou ser sincero: este video está bem feito. E só tenho pena de o ter visto agora, porque foi divulgado... em agosto.

Noticias: Force India anuncia Hulkenberg para 2014

A Force India vai ter Nico Hulkenberg de volta para a temporada de 2014. A marca detida por Vijay Mallya anunciou esta tarde que o piloto alemão será seu piloto na próxima temporada, substituindo um dos dois pilotos que correram em 2013: Adrian Sutil ou Paul di Resta. Para Hulkenberg, será um regresso, depois de ter corrido com eles em 2012, e de ter sido terceiro piloto da marca em 2011. Aparentemente, o acordo será válido por "várias temporadas".

Um acordo que deixa o alemão de 26 anos satisfeito: “Estou feliz por estar de volta à Sahara Force India,” começou por dizer Hulkenberg. “A equipa tem objetivos ambiciosos para a proxima temporada e acredito que a experiência que consegui ao longo dos anos irá ajudar a marca a alcançar os seus objetivos. Acredito genuinamente que teremos um conjunto competitivo em 2014. Ouvi coisas positivas acerca do motor Mercedes, portanto existem razões para estarmos ansiosos para o ano que vêm. Conheço esta equipa e vejo grande determinação nos seus olhos. Partilhamos a mesma fome de sucesso", concluiu.

Quando aos pilotos que poderão estar de saída, Adrian Sutil é um nome cotado para correr na Sauber, enquanto que o escocês Di Resta é referido como uma hipótese para substituir o seu primo Dario Franchitti, que decidiu terminar a sua carreira na Chip Ganassi após um forte acidente em Houston.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Paul Walker morreu devido a uma arrancada fatal?

Ouvi uns rumores ainda no domingo à noite, mas decidi não comentar, porque prefiro ficar á espera de mais pormenores. Mas hoje, quem lança a desconfiança é o site americano Jalopnik, que afirma que o acidente mortal de Paul Walker, neste sábado, em Santa Clarita, a California, poderá ter devido a uma arrancada (ou "street racing") entre o Porsche Carrera GT... e um Honda S2000.

Desde domingo que se sabia que a policia estava a investigar marcas de pneus no asfalto, e que um dos videos que documenta o acidente terem sido tiradas de um carro em andamento, nomeadamente um BMW Série 3 azul, com indicações de que teria sido preparado por "tunning". Mas segundo diz o Jalopnik, a CNN noticiou esta segunda-feira que a policia recebeu indicações de que um segundo carro estaria no local do acidente. "Naturalmente, do ponto de vista investigativo, teremos de ver se o "street racing" foi em elemento determinante", afirmou o Sargento Richard Cohen, da Los Angeles County Sheriff. 

Para além disso, outra fonte fala de outra hipótese para o acidente: que o carro poderia ter tido um problema mecânico. Uma fonte ligada à Always Envolving, a casa de "tuning" pertencente a Roger Rodas e Walker, disse ao site TMZ que poderia ter havido um problema com a direção assistida do carro. Um rastro de liquido foi visto no asfalto, na trajetória de embate do automóvel, e há noticias de que os bombeiros tiveram dificuldades em combater chamas que vinham da parte da frente do carro, quando normalmente, o motor está na parte de trás. O que pode ser consistente na tese de fuga de óleo. Contudo, nenhuma dessas informações foi confirmado pela policia.

Contudo, uma testemunha confirma a tese de que ambos morreram devido à perda de controle do Carrera GT. Jim Torp contou a sua versão ao site Hollywood Life:

"Eles deveriam estar a guiar há cinco ou seis minutos quando o carro se despistou. [não deveriam estar a fazer street racing] porque havia dois carros patrulha na vizinhança, devido à grande quantidade de carros de alta performance naquele evento."

Jim estava no local da concentração quando ouviu um grande estrondo, mas ligou pouco: "Existe um edifício atrás da Always Envolving onde se produzem efeitos especiais, e muitos julgaram que o barulho viria dali, mas o meu instinto me disse que poderiam ser Roger e Paul".

"O acidente nada teve a ver com corridas de rua. Roger perdeu pura e simplesmente o controlo, não entraram em pião ou algo assim. Eles bateram em quatro árvores e um poste de iluminação, e somente depois de bater em mais uma árvore é que o carro acabou por parar.", concluiu.

Em suma, todas as hipóteses poderão estar em cima da mesa. Veremos o que as investigações irão trazer.

Youtube Motorsport Award: o discurso de Vettel no Autosport Awards

Ainda acho incrível como há pessoas que detestam Sebastian Vettel. Competitivo, boa pessoa, competente, prestativo, e com dom para as imitações e para a comédia! Aliás, quantos pilotos é que conhecem que estejam dispostos a entrar num kart e imitar o Super Mário?

Vejam só o que ele disse ontem à noite nos Autosport Awards, em Londres.

Esta vi eu no WTF1.co.uk

Noticias: Grosjean deve os seus resultados à ajuda psicológica

As performances de Romain Grosjean ao longo da temporada de 2013 foram alvo de elogios por parte dos seus pares, pois ele passou de um piloto veloz, mas com tendência para o desastre, a um piloto com mais cautela e eficaz nos resultados. Os seis pódios e o sétimo lugar da geral, mais os 132 pontos obtidos, foram uma clara melhoria ao serviço da Lotus. Mas esta segunda-feira, o francês de 26 anos reconheceu que teve ajuda psicológica para chegar onde chegou.

Acho que comecei [a ver uma psicóloga especializada em desporto] porque fui inteligente o suficiente para ver que necessitava de ajuda. Não é uma prova de fraqueza, é mais como um ponto forte, pois você sempre pode melhorar e é por isso que eu ainda trabalho com ela”, afirmou, em declarações captadas na Eurosport francesa.

Às vezes eu queria dançar mais rápido que a música, como no Mónaco, onde eu acabei com o fim de semana, pois quis ser muito rápido para onde estávamos. Você tem de estar no momento certo, a fazer as coisas certas, controlando a pressão e o "stress" quando eles aparecem e sabendo como e porquê. Ver como as pessoas ao seu redor reagem ajuda a entender o ritmo. Você também tem de estar pronto para ser o número um e um campeão mundial, o que, no fim das contas, não é fácil”, declarou.

“O que nós conversamos [nas sessões] depende do humor e do que você precisa trabalhar. Uma vez por semana eu encontro com ela e nós conversamos – um pouco sobre autoconfiança e também sobre não se importar muito com a opinião das pessoas. É bem específico, mas é difícil dizer exatamente no que estamos trabalhando. Acho que vou continuar por mais algum tempo, porque acho que você sempre pode melhorar e acho que isso me torna um homem melhor em casa e um piloto melhor na pista. Então facilita muito a vida!”, concluiu.

Agora que se vê que Grosjean é um piloto melhor, talvez seja a altura de ele dar o numero de telefone ao Pastor Maldonado para ver se ele comece a dosear a sua impetuosidade na pista e que comece a ser mais piloto e menos brutamontes...

Noticias: Race of Champions cancelada

A situação instável em Bangkok, a capital da Tailândia, fez com que a organização da Corrida dos Campeões tivesse decidido cancelar a prova, marcada para os dias 14 e 15 de dezembro. O anuncio foi feito esta segunda-feira pela organização, que em comunicado, disseram ainda que "estão estudando as opções de repetir o sucesso do evento do ano passado noutra data".

O espetáculo, que costuma marcar o fim da época automobilística, tinha já vários pilotos de renome já confirmados, e com este cancelamento está agora à procura de soluções para se realizar noutra data, tentando repetir o sucesso do ano passado na capital tailandesa.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Mais detalhes sobre o acidente que matou Paul Walker

Menos de 24 horas depois do acidente mortal de Paul Walker, o ator de "The Fast and The Furious", en Santa Clarita, surgem pormenores sobre o acidente em si e o veículo envolvido, o Porsche Carrera GT vermelho. É sabido que Walker era o passageiro, mas o condutor foi identificado como sendo Roger Rodas, de 38 anos, um conselheiro financeiro, um dos donos da Always Envolving, a loja de tuning que também pertencia a Walker, e piloto de GT3 nos Estados Unidos, sendo famoso por guiar... Porsches. Rodas tinha adquirido o carro e o colocou em nome da Always Envolving.

Para além disso, surgiu hoje mais um detalhe, referente ao carro em si, um Porsche Carrera GT de cor vermelha. Rodas era o proprietário, e seria o sexto. E ele adquiriu o carro no ano passado, na Florida, a um concessionário. E o anterior dono era, nada mais nada menos, do que... Graham Rahal. Piloto da IndyCar e filho do lendário Bobby Rahal.

Segundo a Autoweek, Rahal é um ávido coleccionador de automóveis e adquiriu este modelo para seu usufruto. Andou com ele durante um ano, e a única modificação que fez foi o de mudar as jantes de prata para preto, que tinha na altura do acidente de ontem.

E em julho de 2012, Rahal contou numa entrevista ao site Teamspeed sobre o carro em si: "O Carrera GT é um carro dificil de guiar, e conduzia frequentemente. Não tenho nada que não deixe de usar. Todos os carros que tenho são muito usados. Tenho outros dois carros que tenho há mais tempo e são menos usados, mas é algo muito raro. Ele te diz que têm controle de tração, mas aquilo não te vai salvar a tua vida. Mas é por isso que gosto dele. Há uma parte de mim que se sente aliviado, mas há outra que está arrependida [de o ter vendido]. Porque era um grande carro.", afirmou.

"É um carro incrivel e de certa forma, subestimado. Espero que no futuro, as pessoas apreciem este carro e o valorizem como deve de ser. Aí, o preço vai se elevar bastante! É verdadeiramente dos poucos carros modernos que mostra ao condutor que têm de saber o que fez, daí eu o adorar!", continuou.

Rahal acabou por trocar o carro por um Ferrari 599 GTO por uma simples razão: mudou de casa. "Tinha comprado uma casa nova e não queria algo que não custasse tanto dinheiro e fosse mais fácil de guiar no dia-a-dia. Talvez um 458 ou semelhante".

De facto era. Pena que tenha acabado desta maneira...

Youtube Formula 1 Comic: Um trenó... da Ferrari


Falta menos de um mês para o Natal, mas em Fiorano já se comemora a ocasião. Como? Bom, à maneira de uma equipa de Formula 1: vão buscar um chassis antigo - o F138 - o espanhol Marc Gené, meia duzia de mecânicos, um trenó e já está!

The End: Paul Walker (1973-2013)

Nunca fui grande fã do "The Fast and the Furious", porque não é o tipo de automobilismo que gosto, mas como tempo, aprendi a gostar. Quando aos filmes em si, são algo superficiais e já começavam a ser fastidiosos, com seis feitos e um sétimo em rodagem. Mas soube esta madrugada pelo Twitter - e depois pelo Jalopnik - que o ator Paul Walker, que fazia dupla com Vin Diesel nesse "franchise", morreu este sábado, aos 40 anos de idade, vitima de um acidente de carro.

Aparentemente, o acidente aconteceu em Santa Clarita, na California, quando Walker era o passageiro de um Porsche Carrera GT que embateu fortemente contra uma árvore, tendo ficado imediatamente em chamas. Os bombeiros e as equipas de emergência acorreram rapidamente ao local, mas rapidamente limitaram a confirmar as mortes. E segundo o site TMZ, que deu noticia do acidente, Walker estava ap participar num evento de caridade da garagem onde é co-proprietário, de seu nome Always Envolving, para recolher fundos para as Filipinas.

Nascido a 12 de setembro de 1973, Walker começou a sua carreira cinematográfica em 1985, mas anos antes, aos dois anos, começou a ser modelo, graças à sua mãe, também modelo. Entre esse ano e 1996, andou em várias séries de televisão e comédias juvenis, até que em 2001, foi contratado para contracenar com Vin Diesel no filme "The Fast and The Furious", uma história entre um policia infiltrado no mundo das "street races" ilegais, de seu nome Brian O'Conner, que corre contra Dominic Torreto, personagem interpretada por Diesel.

O sucesso comercial do filme catapultou Walker para o estrelato, levando para mais seis filmes (o sétimo acabou de ser rodado e será estreado em julho do ano que vêm) e fez com que fizesse mais alguns filmes em paralelo, como "As Bandeiras dos Nossos Pais", de Clint Estwood, ou "Takers". No próximo dia 13, irá estrear outro dos filmes em que participou, de seu nome "Hours", e antes do sétimo filme do "The Fast and The Furious", haverá um outro filme, "Brick Mansions", dirigido por Luc Besson.

É uma grande pena Hollywood perder - mais do que um ator - um grande entusiasta de carros. Ars lunga, vita brevis.