Hoje era um dia especialmente duro no Dakar, com a realização da segunda etapa maratona, à volta da localidade argentina de Belén, no sopé dos Andes, e onde as areias do deserto iriam fazer a sua aparição, numa etapa-maratona com 436 quilómetros, 285 dos quais em especial cronometrada.
A etapa maratona começou primeiro com uma "espada de Dâmocles" nos bastidores, quando a X-Raid protestou o reabastecimento de Stephane Peterhansel, que tinha sido feito, aparentemente, fora do sitio estabelecido. No final, a organização analisou as imagens e concluiu que era legal, pois tinha sido feito numa estrada de ligação, sem ter de haver qualquer penalização.
Para além disso, os mecânicos conseguiram reconstruir o carro de Sebastien Loeb, bastante danificado ontem após um valente capotamento a 30 quilómetros do final da etapa. Mas isso parece que não lhe valeu de muito, pois atrasou-se em mais de 40 minutos em relação à concorrência, afundando-se ainda mais na classificação.
Ao mesmo tempo, o Dakar sofreu outro acidente mortal, quando um camião da assistência de Lionel Baud - que esteve envolvido num atropelamento mortal no domingo, em terras bolivianas - sofreu um acidente de tráfego, envolvendo um camião e um carro, resultando na morte de uma pessoa e ferimentos graves em mais quatro pessoas.
Assim sendo, nos carros, o grande vencedor foi Carlos Sainz, conseguindo assim a sua 23ª vitória em etapas, com uma vantagem de... dez segundos sobre o holandês Van Loon, no seu Mini. Mikko Hirvonen foi o terceiro, a 17 segundos do vencedor, enquanto que Giniel de Villiers foi o quarto, a 38 segundos de Sainz. Stephane Peterhansel foi o sétimo, a nove minutos e 12 segundos do seu companheiro de equipa.
Nas motos, Toby Price levou a melhor, enquanto que Paulo Gonçalves atrasou-se bastante devido a um radiador furado. O piloto português da Honda chegou seriamente a pensar desistir do Dakar, mas a neutralização da etapa após o primeiro "waypoint", ele foi rebocado por um dos seus "aguadeiros", o italiano Paolo Ceci, até ao "bivouac", para fazer as devidas reparações. Isso quer dizer que o piloto português poderá perder apenas... três minutos para o australiano, mas será penalizado em cerca de cinco pelo facto de trocar o motor. Uma contrariedade que poderia ter sido bem pior...
Na etapa propriamente dita, atrás do australiano ficou o argentino Kevin Benavides, a sete minutos e dez segundos, enquanto que o KTM do eslovaco Stefan Svitko foi o terceiro, a dez minutos e 33 segundos. Já Helder Rodrigues teve uma queda sem importância, acabando a etapa no nono posto, subindo para o sexto lugar da geral.
Amanhã, o Dakar sai de Belén, rumo a La Rioja, num total de 561 quilómetros, dos quais 278 serão feitos em especial.
Geral: Carros
1º - Sainz/Cruz (ESP) - [Peugeot] - 28:39,24 minutos
2º - Peterhansel/Cottret (FRA) - [Peugeot] a 7.03
3º - Al-Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) - [Mini] a 14.38
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) - [Mini] a 34.50
5º - De Villiers(SAF)/Von Zittevitz (GER) - [Toyota] a 53.18
Geral: Motos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 24:47
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 32.14
4º - Benavides (ARG] (Honda] a 33.05
5º - Meo (FRA) [KTM] a 40.37
6º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 46.51
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