Kris Meeke pode não ter uma temporada para lembrar, mas na Catalunha, deitou todo o azar para trás e venceu pela segunda vez no campeonato, depois de ter vencido em março, no México. O britânico de 38 anos deu à Citroen nova vitória, e mais um bom motivo de sorrisos para a equipa francesa, especialmente Yves Matton, que não tem tudo muitos motivos para sorrir em 2017.
“Foi um final de semana excepcional. Após a nossa vitória no Rali do México, conhecemos tempos difíceis, que iam aliviando pelos resultados do trabalho duro que ia sendo realizado. Sabíamos que o carro tinha um nível muito elevado de performance no asfalto, algo que confirmámos desde ontem. Esta vitória demonstra a qualidade do trabalho da equipa e é um enorme ‘boost’ de confiança para o futuro”, afirmou Meeke, depois de comemorar a vitória.
“Obviamente que é uma alegria muito grande para a Citroën Racing como um todo, quer se trate da equipa no terreno ou dos colaboradores que trabalham nos bastidores, no centro técnico de Versalhes. Ao longo dos últimos meses, todos temos envidado enormes esforços para melhorar o potencial do Citroën C3 WRC, de modo a dar às nossas equipas o melhor material. Este fim de semana, o Kris e o Paul [Nagle, o navegador] demonstraram a sua performance na terra, antes de tomar o pulso e dominar no asfalto. É uma vitória de equipa particularmente bem sucedida, permitindo-nos atingir alguns dos nossos objetivos definidos para este final da temporada. Parabéns, também, para o Stéphane [Lefebvre] e o Gabin [navegador], que completaram o resultado global, permitindo que a Citroën Total Abu Dhabi WRT fosse a equipa que mais pontos somou no fim de semana”, declarou Matton.
Com seis especiais até ao fim, basicamente Meeke dominou-as, vencendo até à altura da Power Stage, onde Dani Sordo conseguiu vencê-la, batendo Meeke por 3,5 segundos. Contudo, o inglês conseguiu ficar a 28 segundos de Sebastien Ogier, enquanto que Ott Tanak fechou o pódio, a 33 segundos.
Thierry Neuville andou bem, mas na 16ª especial, em Santa Marina, quebrou a suspensão e foi obrigado a abandonar. "O rali acabou para nós. Uma parte da suspensão foi quebrada após um impacto com uma pedra. Nós tentamos tudo para lutar hoje, tivemos um desafortunado fim de semana com alguns problemas ontem e agora está terminado para nós. Obviamente, este não era o fim de semana que queriamos. Depois de ontem não tivemos escolha do que andar forte e foi o que fizemos - não há arrependimentos", contou.
Foi a terceira retirada dos pilotos da Hyundai pelo mesmo motivo, mas mesmo assim, há bom humor nas hostes da marca coreana. Michel Nandan, o seu diretor, riu-se da situação, dizendo que “se calhar o nosso carro é frágil”. Na realidade, foi tudo um grande azar, especialmente com Sordo e Mikkelsen a quebrarem na mesma curva...
Juho Hanninen foi o quarto e o último a chegar ao fim abaixo de um minuto de diferença, pois Mads Ostberg chegou a dois minutos e 26 segundos do vencedor. Stephane Lefevre foi o sexto e ajudou a conseguir mais uns pontos para a Citroen, a dois minutos e 43 segundos, na frente dos Ford de Elfyn Evans e Teemu Sunninen, enquanto que os Skoda de Jan Kopecky e do norueguês Ole Visby, os dois melhores na classe WRC2, ficaram com os restantes lugares pontuáveis.
No Mundial, Ogier lidera com 198 pontos, contra os 161 de Ott Tanak, enquanto que Thierry Neuville manteve os 160 pontos, baixando para esta posição. O WRC volta à ação no final do mês, com Rali de Gales.
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