Mo Nunn, durante o fim de semana do GP da Alemanha de 1977, com Clay Regazzoni. Neste fim de semana revebi noticias pertubadoras sobre o seu estado de saúde. O antigo dono de equipas na Formula 1, CART e IndyCar está doente com uma pneumonia, aos 79 anos de idade, e o seu prognóstico é delicado.
Mo - diminuitivo de Morris - Nunn foi um resistente. Nascido a 27 de setembro de 1938, começou cedo a correr no automobilismo, especialmente na Formula 3, chegando a ser rival de emerson Fittipaldi no campeonato, em 1969. Em 1971, aos 32 anos, decidiu construir os seus próprios chassis, primeiro na Formula 3, e depois na Formula 1. A sua estreia na categoria máxima do automobilismo foi no GP da França de 1973, com Rikky von Opel ao volante, e foi dois anos depois que conseguiu o seu primeiro ponto, com o holandês Gijs van Lennep, em Nurburgring.
Os seus carros raramente andavam nos lugares da frente, mas quando acertava nos chassis, eram bons. Em 1976, teve o veterano Chris Amon ao volante e lhe deu um quinto posto em Espanha, dando-lhe uma segunda vida à carreira descendente do veterano piloto neozelandês. E no ano seguinte, com Clay Regazzoni e um segundo chassis nas mãos de Teddy Yip, o dono da Theodore, conseguiu dez pontos, o máximo alguma vez alcançado. E para além de Regazzoni, também tinha Patrick Tambay como piloto.
Nos carros de Nunn, alguns pilotos tiveram a oportunidade de andarem por lá, desde Jacky Ickx a Derek Daly, passando por Nelson Piquet, que fez a sua estreia na Alemanha. Mas foi Marc Surer que lhe deu alguns grandes resultados, como o quarto lugar no GP do Brasil de 1981, à chuva, e ainda por cima com uma volta mais rápida como complemento.
A aventura da Ensign terminou em 1982, com Roberto Guerrero ao volante, para depois se voltar a aliar com Teddy Yip, que comprou a sua equipa e absorveu-a, permanecendo no topo por mais uma temporada.
Nunn atravessou o Atlântico foi trabalhar com Chip Ganassi na sua equipa, sendo engenheiro e ajudado a transformar a equipa numa das maiores da então CART. E no virar do século, o bichinho do dirigismo voltou a morder-lhe, fundando a Mo Nunn Racing no ano 2000. Acolheu pilotos como Tony Kanaan e Alex Zanardi, quando este voltou à CART depois da passagem frustrante pela Formula 1, na Williams, e antes do seu acidente que lhe iria mudar a sua vida, em setembro de 2001, no Lausitzring.
No ano seguinte, com Felipe Giaffone ao volante, conseguiu a sua primeira vitória na competição, agora na IRL, e repetiu no ano seguinte com Alex Barron. Mas no final de 2004, Mo Nunn decidiu fechar as portas da sua equipa e reformar-se do automobilismo. A história de um apaixonado que construiu uma equipa, fez parte da paisagem, num tempo em que era fácil construir um chassis, arranjar um motor Ford DFV V8 e uma caixa Hewland de cinco ou seis velocidades. E marcou uma era.
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