Na quarta parte do documentário sobre Mário Andretti, feito pela NBC americana pra comemorar os 50 anos da sua vitória nas 500 Milhas de Indianápolis - e os 25 anos em que pendurou o capacete em termos competitivos - vê-se o seu tempo que passou como refugiado interno na cidade de Lucca, antes de emigrar para os Estados Unidos.
sábado, 18 de maio de 2019
W Series: Visser vence em Zolder
Segunda corrida, segunda vencedora diferente. A holandesa Beitske Visser venceu esta tarde a prova da W Series que aconteceu no circuito belga de Zolder, batendo as britânicas Jamie Chadwick e Alce Powell. Apesar do resultado, Chadwick manteve a liderança do campeonato, graças à vitória em Hockenheim.
Partindo da pole-position, Chadwick foi superada por Visser logo na partida, mas atrás, o carro da belga Sarah Bovy deitava fumo e ficou parada na grelha de partida, suficiente para fazer entrar o Safety Car a meio da primeira volta.
Volta e meia depois, o Safety Car voltou às boxes e a corrida recomeçou com Visser na frente, mas pouco depois, nova entrada do carro de segurança depois de uma colisão entre a húngara Vivien Keszthelyi e a britânica Esmee Hawkey. Ele ficou até perto dos 17 minutos para o final da corrida, quando esta recomeçou, com a holandesa na liderança.
No final, ela aguentou os ataques das britânicas, especialmente Chadwick, para vencer na categoria. A espanhola Marta Garcia foi quarta, à frente da britãnica Sarah Moore e da sul-africana Tasmin Pepper.
Na geral, Chadwick ainda lidera, com 43 pontos, contra os 37 de Visser. A próxima prova será em Misano, a 8 de junho.
Youtube Motorsport Documentary: "And We Go Green", o documentário sobre a Formula E
Cinco temporadas depois do inicio da Formula E, e já com carros da segunda geração a circular numa das temporadas mais disputadas da história, surgiu um documentário produzido por Leonardo de Caprio sobre a temporada de 2017-18, com entrevistas ao criador da competição, Alejandro Agag e alguns dos pilotos que faziam parte na altura, como Nelson Piquet Jr, Lucas di Grassi ou Jean-Eric Vergne, que acabou por vencer a competição.
O documentário vai-se estrear na próxima semana no Festival de Cinema de Cannes, e é realizado por Fisher Stevens e Malcom Venville. E aqui deixo o trailer.
sexta-feira, 17 de maio de 2019
A imagem do dia
Fernando Alonso parece que voa em Indianápolis nesta sexta-feira. Contudo, a realidade é outra: ele têm dificuldade em conseguir ir para a frente. E a hipótese de ele não se qualificar pode ser real, porque neste momento está seis lugares acima do primeiro não-qualificado.
Estranho, não é? Mas vamos a ver no que dará amanhã, pois é o dia da definição das primeiras filas da grelha. Pode ser que tenha um dia de sorte. Mas isto parece que não anda lá muito bem...
WRC: Tanak está aliviado pela vitória no Chile
A vitória no Rali do Chile foi um alivio para Ott Tanak. O piloto estónio conseguiu esta vitória para a Toyota, depois de dois ralis onde também esteve na liderança, mas acabou por sofrer acidentes e atrasar-se na classificação geral. Agora com 112 pontos, Tanak é segundo na geral e está a meros dez pontos do líder, Sebastien Ogier, e está disposto a apanhá-lo.
“Tivemos alguns contratempos dececionantes nas últimas provas, por isso lutar assim e ter um fim de semana perfeito é muito positivo. Foi muito importante, especialmente para a equipa, manter a motivação elevada e continuar a melhorar e este tipo de resultados ajudam muito nisso. Estamos de volta à luta", começou por dizer ao wrc.com.
"Era importante terminar o rali desta forma. Nas últimas duas provas tivemos contratempos e perdemos muitos pontos, por isso foi importante alcançar este resultado, pois se não conseguirmos nada, as nossas emoções vão-se abaixo. Mas agora estamos novamente no caminho certo e vamos continuar a pressionar…”
A dez dias do Rali de Portugal, Tanak quer mostrar-se como o ponta de lança da Toyota, disposto a quebrar o domínio de Sebastien Ogier, que é campeão desde 2013, sem interrupções.
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Indy Car Series: Protagonistas de filme darão bandeira verde
É frequente a organização das 500 Milhas de Indianápolis tenha convidados VIP par mostrar as bandeiras aos pilotos. E 2019 não será excepção, especialmente quando está no horizonte um filme sobre automobilismo. Matt Damon e Christian Bale, protagonistas do filme "Ford vs Ferrari", de James Mangold, irão dar a bandeira verde no final do mês, na 103ª edição das 500 Milhas.
"O Indianapolis 500 é o maior evento desportivo de um só dia no planeta, então é apropriado que ícones globais como Matt Damon e Christian Bale estejam na posição de mostrar as bandeiras a 26 de maio para enviar 33 carros para a grelha, onde se lançarão para a curva 1", comentou J. Douglas Boles, o presidente do autódromo de Indianápolis.
"Matt e Christian estão acostumados a atuar sob os holofotes mais brilhantes, então sabemos que eles vão aproveitar esse papel especial na maior corrida do mundo.", concluiu.
O filme, baseado no livro "Go Like Hell", de A.J. Baime, trata-se do duelo entre a Ford e a Ferrari pela supremacia nas 24 Horas de Le Mans entre 1963 e 1966, e que criou o modelo GT40. Damon será Carrol Shelby, o diretor de equipa, enquanto Bale será Ken Miles, o piloto de testes que desenvolveu o carro ao longo dos anos até à vitória dos bólidos americanos, em 1966.
Em principio, o filme irá se estrear nas dalas de cinema americanas a 15 de novembro, no sentido de concorrer para os Oscares.
W Series: Organização muda nas pinturas para identificar pilotos
A poucos dias da segunda prova da competição, em Zolder, a organização da W Series, a competição puramente feminina de automobilismo, decidiu modificar a pintura dos seus carros por causa das limitações no numero de cores adotadas para a competição. Agora, cada carro terá escrito o nome das pilotos no bico e nas laterais do carro, bem como o número que levam.
A organização apresentou as alterações na sua página do Twitter, usando o chassis de Jamie Chadwick, a vencedora da prova de Hockenheim, há duas semanas.
Entretanto, surgiu a noticia de que a W Series esteve por pouco para aparecer num fim de semana de Grande Prémio. O escocês David Coulthard, um dos conselheiros da competição revelou que a organização do GP da Austrália, em Albert Park, lhe fez um convite formal para ter uma prova da W Series, mas que a organização achou bem recusar, por não estarem prontos para a competição. Contudo, o escocês, ex-piloto da Williams, McLaren e Red Bull, disse que no futuro, é uma chance a ter em conta.
“[O GP da] Austrália queria que nós fizéssemos a nossa primeira corrida lá. É um evento apoiado pelo governo, e eles não teriam problema em nos chamar para ir lá. Eu estava empolgado, disse que precisávamos estar na Austrália, porque era um Grande Prémio, era a primeira corrida. [Contudo], a equipa [da W Series] respondeu-me: ‘se formos lá e, por qualquer motivo, algo não der certo...’ Foi a decisão certa, eu não estava a ser racional”, afirmou.
“Há algumas pistas de GP que não são controladas pela Fórmula 1. Acho que seria interessante colocar um pouco de pressão na Formula 1. Mesmo assim, estamos muito felizes pela parceria com o DTM. Ainda podemos ter corridas adicionais, da mesma forma que nossas competidoras não estão presas na W Series”, concluiu.
WRC: O que vêm aí em 2020?
Como o campeonato quase a meio, já se fala no que poderá acontecer na próxima temporada do Mundial WRC. E vai ser muito movimentada, no mínimo. Segundo conta esta semana o site Motorsport News, os ralis da Córsega e da Alemanha irão sair, para darem lugar aos ralis do Japão e o Safari. Mas para além desses dois ralis, outras duas provas - o rali da Sardenha e o de Gales - também estão em perigo.
No caso da Córsega e da Sardenha, tem a ver com transporte: ambas as ilhas do mar Mediterrâneo não atraem muita gente para ver os ralis, apesar de serem provas com alguma tradição no WRC. E as marcas querem espectadores a assistir, e não estradas sem gente nas bermas, como se têm visto nas transmissões televisivas. Logo, eles são bons candidatos a irem embora.
No caso de Gales, apareceu recentemente a alternativa da Irlanda do Norte receber uma prova do Mundial de ralis, algo do qual se está a considerar nos próximos anos. Logo, é capaz de haver mudanças no que se trata da prova britânica.
Para além disso, a FIA e a organização do Rali da Austrália chegaram a um acordo para transferir a sede do seu rali de Coffs Harbour, na Nova Gales do Sul para a Gold Coast, mais povoada, no sentido de atrair mais espectadores para a prova. E também para tentar impedir a mudança do rali para a Nova Zelândia.
Sem confirmar quem sai, Oliver Ciesla, o responsável da FIA para o WRC, referiu à mesma publicação não existir "nada que não tenha sido já discutido. Já sabem que há dois grandes ralis novos que queremos ver no Quénia e no Japão. O Japão já preencheu os requisitos necessários e o Quénia tem a sua prova candidata a caminho. Não sei quem irá sair sair para dar espaço, mas o que posso assegurar é que serão 14 ralis.", afirmou.
Uma coisa é certa: parece que o WRC vai ser cada vez mais mundial, e muitas alterações poderão estar a caminho. E pelos vistos, com menos ralis em asfalto, já que em caso de saída da Córsega e da Alemahha, não haverão substitutos. Mas só mais para o final do ano é que saberemos como será o calendário.
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Noticias: México sai da Formula 1
O GP do México de 2019 será o último a ser disputado. Segundo conta esta manhã a ESPN mexicana, as conversações entre a Liberty Media e o governo mexicano terminaram sem um acordo de renovação e a partir de 2020, estará fora do campeonato. A grade razão para este desfecho tinha sido a decisão do governo mexicano, agora liderado por André Manuel Lopez Obrador, de cortar os 37 milhões de dólares que dava à Formula 1 para ter a corrida, que é disputada no Autódromo Hermanos Rodriguez.
Apesar de Chase Carey dizer que o calendário de 2020 ainda estar a ser montado, tudo indica que terá fortes modificações, como a entrada de Vietname e Holanda, à custa de algumas provas, dos quais o México será um deles, sem dúvida, enquanto a Espanha está em dúvida.
"O calendário de 2020 não está terminado. Provavelmente vai demorar mais um ou dois meses. Ano passado nós terminamos em agosto, mas o objetivo agora é terminar até julho", afirmou no passado fim de semana em Barcelona.
O GP do México foi sempre no mesmo lugar, na Cidade do México, e correu-se entre 1963 e 1970, e entre 1986 e 1992, regressando em 2015.
Coreanos aliam-se à Rimac para construir elétrico
Mate Rimac é, por estes dias, uma pessoa muito ocupada. Os seus supercarros elétricos atraem a atenção de todos, e as suas colaborações com a Porsche rendem-lhe dinheiro para ele - à custa de parte da sua empresa - e para a sua fábrica, instalada nos arredores de Zagreb, na Croácia. E para além disso, anda a colaborar com a Cupra para construir um E-TCR.
E agora, por estes dias, Rimac conseguiu um novo acordo. Os coreanos da Hyundai/Kia decidiram investir 80 milhões de euros na sua fábrica numa parceria técnica para construir carros elétricos de alta performance. De acordo com o comunicado de imprensa, “A Hyundai Motor, a Kia Motors e a Rimac trabalharão juntas para desenvolver uma versão elétrica do carro desportivo intermédio da marca N da Hyundai Motor, e um veículo elétrico de célula de combustível de alto desempenho”.
"A Rimac é uma empresa inovadora, com excelentes capacidades em veículos elétricos de alto desempenho", começou por dizer Euisun Chung, vice-presidente executivo do Hyundai Motor Group. “Suas raízes de startup e experiência abundante em colaboração com montadoras combinadas com proezas tecnológicas fazem da Rimac o parceiro ideal para nós. Estamos ansiosos para colaborar com a Rimac em nosso caminho para a mobilidade limpa.", concluiu.
Já Mate Rimac afirmou: “Estamos muito impressionados com a visão do Hyundai Motor Group e a iniciativa imediata e decisiva. Acreditamos que essa parceria de tecnologia criará valor máximo para nossas empresas e seus clientes. A Rimac ainda é uma empresa jovem e relativamente pequena, mas em rápido crescimento", continuou.
“Nós vemos um forte investidor e parceiro de tecnologia no Hyundai Motor Group e acreditamos que esta colaboração irá cobrar a posição da empresa como fornecedora de componentes de eletrificação para a indústria.”, concluiu.
Resta saber que plataforma irão usar para colocar tudo isto em prática, e para que vai servir.
Youtube Motorsport Video: Drive Like Andretti (II)
A NBC está a transmitir "Drive Like Andretti", uma série sobre a vida e carreira de Mário Andretti, alguém que como todos sabem, é uma lenda viva do automobilismo americano e internacional. E muitos sabem que é um emigrante vindo da Europa para tentar a sua sorte nos Estados Unidos, mas poucos sabem de onde veio e porque foi para a América.
Nascido em 29 de fevereiro de 1940 em Montona, na Istria, era na altura território italiano. Contudo, no final da II Guerra Mundial, a aldeia passou para o lado jugoslavo, e mudou de nome, passando a se chamar de Motovun. Agora, faz parte da Croácia. E em 1948, os Andrettis refugiaram-se em Itália, até irem para os Estados Unidos, alguns anos mais tarde.
E é sobre as suas origens que se trata o episódio desta semana.
E é sobre as suas origens que se trata o episódio desta semana.
terça-feira, 14 de maio de 2019
A imagem do dia
Quinze dias depois, o pesadelo continuava. Mesmo que se ainda pensasse nos eventos da corrida anterior, mesmo que tudo isso ainda estaria nas mentes de todos que tinham vivido esse fim de semana de pesadelo, os eventos daquela quinta-feira no Mónaco exacerbaram as coisas.
É verdade que o circuito do Mónaco pode parecer lento, mas tem zonas onde os carros andam a mais de 270 km/hora, como a saída do túnel até à Chicane do Porto, e naqueles treinos de quinta-feira, o Sauber de Karl Wendlinger, que tinha sido quarto em Imola, bateu forte contra os guard-rails, depois do carro ter perdido o controlo na travagem para a chicane do Porto. Cedo se viu que Wendlinger estava em estado grave, e demorou semanas até ele sair do seu coma. Não voltou mais a ser o mesmo na Formula 1, apesar de ter feito mais seis provas na sua carreira, todas em 1995.
Contudo, no tempo em que Mónaco esperava dois dias para as suas sessões de treinos - ainda acontece hoje em dia - as especulações voavam, e de novo, o fantasma da morte pairava. A Sauber retirava-se de cena naquele fim de semana, e falava-se de um cancelamento do Grande Prémio, se Wendlinger morresse no final de semana. E via-se, nas caras de Max Mosley e Bernie Ecclestone, naqueles dias, que estavam a perder o controlo. E foi nessa altura em que se decidiu uma série de medidas para que se modificassem os carros no sentido de serem um pouco menos velozes: novas asas, buracos no chassis, um assoalho no chão, medidas provisórias para mostrar que a FIA estava a fazer alguma coisa para evitar ceder ao pânico.
Contudo, foi a Sauber que foi um pouco mais longe em termos de segurança. Depois de Barcelona, os carros guiados por Heinz-Harald Frentzen e do substituto de Wendlinger, o veterano italiano Andrea de Cesaris, tinham proteções laterais no habitáculo, algo do qual só foram colocados nos restantes carros do pelotão no ano seguinte, pois foi precisamente nessa zona que Wendlinger recebeu o impacto que mudou a sua carreira no Mónaco.
Formula 1: Barcelona não se sente ameaçada
Como é sabido, hoje foi anunciado o regresso da Formula 1 à Holanda, mais concretamente ao circuito de Zandvoort, 35 anos depois da última vez. Muitos afirmam que isso é às custas do GP de Espanha, em Barcelona, mas mesmo na Catalunha, as noticias são que o governo regional está a fazer o possível para manter o circuito no calendário. Durante o fim de semana do GP de Espanha, o presidente do governo regional da Catalunha, Quim Torra, esteve com Chase Carey, no sentido de renovar o contrato com ambas as partes, mas por agora, nada está decidido.
Apesar das dificuldades, Vicenç Aguilera, o Presidente do Circuit de Barcelona-Catalunya, está confiante que a prova se vai manter, afirmando não existir concorrência à altura na Península Ibérica.
Numa declaração ao site racefans.net, Aguilera afirmou: "Fala-se também de uma corrida citadina também em Madrid, mas por trás disso não há nada. Ainda se fala sobre Jerez, mas não é possível. Eles estão a sofrer para pagar as verbas do MotoGP e, em seguida, vão pagar a Fórmula 1? Internamente não temos concorrência. Portugal também diz 'estamos aqui', mas não de forma consistente", concluiu.
De uma certa forma, é verdade: não só por causa da falta de consistência, mas também por causa das prioridades. Neste momento, o que Portugal quer é o regresso da MotoGP, neste caso ao Autódromo de Portimão. O atual presidente da FIM, Federação Internacional de Motociclismo, é um português. Jorge Viegas, e já sinalizou à Dorna que pretende receber de volta o mundial já em 2020 caso alguma prova saia do calendário. E o facto de terem um português no pelotão do campeonato, Miguel Oliveira, também ajuda nessa parte.
Youtube Motorsport Video: O regresso da McLaren à Indy 500
Quarenta anos depois da última aparição, a McLaren volta ao Brickyard, com Fernando Alonso ao volante. O piloto espanhol irá tentar a sua sorte, para saber se sai dali como triunfador, e neste video, ele explica as razões porque ele vai participar ali e a atmosfera que se sente naquele lugar.
E para além disso, o video tem a presença de Johnny Rutheford, três vezes vencedor das 500 Milhas, duas das quais ao volante de chassis McLaren, e Gil de Ferran, o ex-piloto brasileiro, também vencedor das 500 Milhas e atual diretor desportivo da marca.
Noticias: Formula 1 volta a Holanda
35 anos depois, a Formula 1 regressa ao circuito de Zandvoort. O circuito holandês vai acolher a Formula 1 em 2020, num evento patrocinado pela Heineken - a cerveja local - e é o regresso a um clássico da Formula 1, pois foi o palco da corrida entre 1952 e 85, com interrupções em 1956-57 e 1972. Ainda não se sabe quando será, mas fala-se que poderá entrar no lugar de Barcelona, que é palco do GP de Espanha.
“Estamos particularmente satisfeitos em anunciar que a Fórmula 1 volta a correr na pista de Zandvoort. Desde o início do nosso mandato na Fórmula 1, dissemos que queríamos competir em novos locais, respeitando também as raízes históricas do desporto na Europa", começou por dizer Chase Carey, o CEO da Formula 1.
"Na próxima temporada, portanto, teremos uma nova corrida de rua que será realizada em Hanoi, bem como o retorno a Zandvoort, após uma ausência de 35 anos; uma pista que contribuiu para a popularidade do automobilismo em todo o mundo. Nos últimos anos, vimos um ressurgimento do interesse pela Fórmula 1 na Holanda, principalmente devido ao apoio entusiasta do talentoso Max Verstappen, visto do mar de laranja em tantas corridas. Sem dúvida, esta será a cor dominante nas bancadas de Zandvoort no próximo ano”, concluiu.
Já Jean Todt, o presidente da FIA, reagiu também ao regresso da Formula 1 à pista holandesa: “Fico satisfeito por ver que Zandvoort fará parte do calendário proposto para o Campeonato Mundial de 2020, e grato pelo trabalho duro da Fórmula 1 em trazer de volta à Holanda. É um circuito com uma longa e impressionante história de competição e é um grande desafio para os pilotos, e com a popularidade de Max Verstappen, tenho certeza que haverá um grande número de fãs presentes. Agora há muita preparação necessária para levar o circuito aos padrões de segurança exigidos para sediar uma corrida de Fórmula 1, e trabalharemos para isso junto com a Fórmula 1, KNAF [a federação holandesa de automobilismo] - e a organização do circuito”, afirmou.
O atual circuito holandês tem 4307 metros e foi reconstruído em 2001, aproveitando parte do circuito antigo.
segunda-feira, 13 de maio de 2019
A imagem do dia
Se dúvidas pudessem existir, parece que esta foto dissipa-as. Na curva Tarzan, depois da reta da meta, este carta anuncia que em 2020, haverá um GP da Holanda, 35 anos depois da última vez. E também é o regresso de um clássicos dos circuitos europeus, que acolheu a Formula 1 entre 1952 e 1985, com interrupções em 1956-57 e 1972.
Contudo, a pista - apesar de já ter sido modificada após a sua saída do calendário - é relativamente curta. E não tem todas as medidas de segurança, como escapatórias de asfalto ou uma pista suficientemente larga, como por exemplo, o circuito de Red Bull Ring, que antes foi o Osterreichring. E todos os que já correram ali afirmam que aquela pista não é capa de ultrapassagens. Ou seja, o risco de uma procissão da primeira à última volta é bem real.
O regresso da Formula 1 à Holanda tem a ver com um nome: Max Verstappen. O filho de Jos Verstappen tornou-se no novo menino bonito dos fãs de automobilismo, e isso aparentemente se tornou no pretexto para este regresso. Da mesma fora que a chegada de Fernando Alonso ajudou na inclusão de um segundo circuito espanhol no calendário. Mas resta saber se isto beneficiará os fãs ou não, não é?
Mas uma coisa é certa: em 2020, veremos outro novo circuito no calendário, depois do Vietname. E este é europeu. Resta saber às custas de quem. Parece que Bercelona é o candidato principal.
WRC 2019 - Rali do Chile (Final)
E como seria de esperar, Ott Tanak chegou ao fim no lugar mais alto do pódio. O piloto estónio foi o grande vencedor do Rali do Chile, que este ano se estreia no Mundial de Ralis. O piloto da Toyota acabou com uma vantagem de 23,1 segundos sobre Sebastien Ogier e 30,2 sobre Sebastien Loeb, no seu primeiro pódio com um Hyundai. E os dois pilotos franceses foram os únicos que ficaram a menos de um minuto do vencedor.
"É ótimo terminar esta primeira edição do Rally Chile desta forma [no lugar mais alto do pódio]. Há dias muito exigentes que exigiram muita concentração e energia. Estou feliz por mim e particularmente pelo pessoal da Toyota Gazoo Racing. Perdemos a liderança em dois eventos anteriores, então era hora de vencer agora", disse, no final do rali.
Com quatro provas até ao final do rali chileno, o que os pilotos queriam era chegar ao fim para poderem pontuar. Logo, os ataques não foram muitos, apesar de Loeb e Ogier não estarem muito distantes um do outro. E foi isso que fez Loeb logo na primeira especial. Se bem que o vencedor foi Kris Meeke, Loeb foi o terceiro, a 1,2 segundos do britânico, mas ganhou quatro segundos a Ogier, e ambos ficaram bem perto um do outro na classificação.
Mas a seguir, na passagem por Licray, Ogier reagiu, vencendo a especial com uma vantagem de 4,2 segundos sobre Loeb, o segundo, com Tanak em terceiro, a 5,2. O francês da Hyundai reagiu em San Nicolàs, vencendo a especial com 0,7 segundos de diferença sobre Ogier. A diferença foi menor, e tudo iria ser decidido na Power Stage de Bio Bio.
Ali, Tanak foi o melhor, batendo Ogier por 1,3 segundos, enquanto Latvala foi o terceiro, a 3,1 e Loeb ficou a 3,8. Ogier conseguiu manter o segundo posto, e claro, Loeb conseguiu o seu primeiro pódio sem ser a bordo de um Citroen.
Depois dos lugares do pódio, as posições mantiveram-se em relação ao final de sábado, exceptuando Kris Meeke, do qual os comissários penalizaram-no em um minuto por ele ter tirado o para-brisa, pois este tinha começado a rachar. Algo do qual ele não ficou contente:
"O para-brisas começou a ceder, não tínhamos óculos no carro, e os fragmentos de vidro começavam a entrar. Podíamos ter perdido a visão. A única opção era tirar o para-brisas, o que fizemos e eles aplicaram a letra da lei sem olhar para o contexto. Não estávamos a tentar ganhar uma vantagem? Não. Temos visto tanta coisa má em termos de segurança, por exemplo o acidente do Lappi na Argentina e eu sou penalizado por tentar tornar o carro seguro? O que é que eles queriam, que arriscássemos a ficar cegos?", afirmou.
Por causa disso, Meeke caiu para o décimo posto, trocando de lugar com o Citroen C3 R5 de Mads Ostberg.
Na geral, Ogier é o primeiro, com 122 pontos, mais de que Ott Tanak e mais 12 que Thierry Neuville. O WRC volta à ação no final do mês, onde entre os dias 30 de maio e 2 de junho irá acontecer o Rali de Portugal.
Mas a seguir, na passagem por Licray, Ogier reagiu, vencendo a especial com uma vantagem de 4,2 segundos sobre Loeb, o segundo, com Tanak em terceiro, a 5,2. O francês da Hyundai reagiu em San Nicolàs, vencendo a especial com 0,7 segundos de diferença sobre Ogier. A diferença foi menor, e tudo iria ser decidido na Power Stage de Bio Bio.
Ali, Tanak foi o melhor, batendo Ogier por 1,3 segundos, enquanto Latvala foi o terceiro, a 3,1 e Loeb ficou a 3,8. Ogier conseguiu manter o segundo posto, e claro, Loeb conseguiu o seu primeiro pódio sem ser a bordo de um Citroen.
Depois dos lugares do pódio, as posições mantiveram-se em relação ao final de sábado, exceptuando Kris Meeke, do qual os comissários penalizaram-no em um minuto por ele ter tirado o para-brisa, pois este tinha começado a rachar. Algo do qual ele não ficou contente:
"O para-brisas começou a ceder, não tínhamos óculos no carro, e os fragmentos de vidro começavam a entrar. Podíamos ter perdido a visão. A única opção era tirar o para-brisas, o que fizemos e eles aplicaram a letra da lei sem olhar para o contexto. Não estávamos a tentar ganhar uma vantagem? Não. Temos visto tanta coisa má em termos de segurança, por exemplo o acidente do Lappi na Argentina e eu sou penalizado por tentar tornar o carro seguro? O que é que eles queriam, que arriscássemos a ficar cegos?", afirmou.
Por causa disso, Meeke caiu para o décimo posto, trocando de lugar com o Citroen C3 R5 de Mads Ostberg.
Na geral, Ogier é o primeiro, com 122 pontos, mais de que Ott Tanak e mais 12 que Thierry Neuville. O WRC volta à ação no final do mês, onde entre os dias 30 de maio e 2 de junho irá acontecer o Rali de Portugal.
domingo, 12 de maio de 2019
Uma história com seis rodas
O Tyrrell P34, de 1976, é considerado como um dos carros mais incríveis da Formula 1. E com seis rodas, duas delas à frente para melhorar a sua aderência nas curvas, ficou nas mentes de toda uma geração. Correram até ao final da temporada de 1977, com Patrick Depailler, Jody Scheckter e Ronnie Peterson ao volante.
Pois bem, um garoto de 13 anos do Ohio decidiu fazer um go-kart com seis rodas no sentido de ver se tinha alguma vantagem, ou por puro entretenimento. Gene Lin, apelidado de "Hamster" pelos seus amigos, decidiu fazer este kart fora do vulgar, e o resultado foi este. Não é muito veloz, ele mesmo reconhece isso, mas a ideia é esta: com tenra idade, o garoto tem talento.
WRC 2019 - Rali do Chile (Dia 2)
No segundo dia do rali do Chile, o estónio Ott Tanak segue na liderança, agora sem grande posição depois do acidente de Thierry Neuville, que o deixou fora da prova. o acidente do belga da Hyundai foi aparatoso e destruiu o carro, mas quer ele, quer o seu navegador Nicholas Gilsoul, safaram-se incólumes.
Nas seis especiais deste sábado, este começou com Neuville ao ataque, vencendo a primeira passagrm por Rio Lia com 0,4 segundos de vantagem sobre Tanak e 3,2 sobre Elfyn Evans. Com isso, Neuville passava Latvala para ser terceiro, começando bem o dia para o piloto belga. Quanto a Kris Meeke, sofreu um despiste e caiu imenso na classificação, ficando fora dos dez primeiros.
Contudo, na décima especial, em Maria Las Cruces, Neuille perde o controlo do seu Hyundai e destroi-o, depois de algumas cambalhotas no ar. Sem ele no caminho, o melhor na especial foi Sebastien Loeb, 0,2 segundos na frente de Jari-Matti Latvala. Ott Tanak foi o terceiro, a 1,2. E sem o belga pelo caminho, era Latvala que ocupava o seu lugar, perseguindo Ogier, que não estava muito longe dele.
No final da manhã, Tanak vencia em Pelun, 0,2 segundos na frente de Loeb e 3,5 sobre Ogier.
Na segunda parte do dia, Ogier vencia na segunda passagem por Rio Lia, batendo Loeb por 0,4 segundos e Meeke por 4,2. Nesta altura, Ogier consolidava o seu segundo posto, enquanto Latvala tinha Loeb atrás dele, oito segundos separavam ambos. Na segunda passagem por Maria de las Cruces, Tanak era melhor e consolidava a sua liderança, 1,3 segundos na frente de Loeb e 3,1 sobre Ogier. O veterano aproximava-se de Latvala para o terceiro lugar.
E foi por isso que Loeb passou ao ataque em Pelun, vencendo. E compensou: o finlandês teve problemas mecânicos e ficou parado na berma, perdendo o terceiro posto e saindo do "top ten". Agora, o francês tinha Ogier a cinco segundos de si, e quatro especiais para poder apanhá-lo.
No final do dia, depois dos três primeiros, Elfyn Evans estava a um minuto e seis segundos, tranquilo, no quarto posto, pois o quinto, Teemu Suninen, está a três minutos e três dos lideres. Contudo, Suninen não podia respirar muito, porque Esapekka Lappi era sexto e muito perto dele, a dez segundos. Andreas Mikklelsen era o sétimo, a três minutos e 43 segundos, longe de Kalle Rovanpera, o melhor dos R5, a seis minutos, 21,5 segundos. A fechar o "top ten" estão o Citroen de Mads Ostberg e o Toyota de Kris Meeke, a sete minutos e 21 segundos.
O rali do Chile termina este domingo, com a realização das últimas quatro especiais.
Formula 1 2019 - Ronda 5, Espanha (Corrida)
No meio da modorra do campeonato de Formula 1, parece que andamos a ver alguns resquícios de 2016. Desta e não é Nico Rosberg, mas sim Valtteri Bottas, o finlandês que, depois de ter sido vulgarizado por Lewis Hamilton em 2018, parece voltar em força e com vontade de provar que tem material para ser campeão. As suas vitórias em Melbourne e Baku o colocaram no comando do campeonato, embora com apenas um ponto de vantagem sobre o seu companheiro de equipa. E isso é, de uma certa forma, o único grande entretenimento, porque toda a gente já sabe quem será o vencedor. Só resta saber se a oposição terá alguma chance ou isto vai ser 21 corridas com a mesma equipa vencedora?
Mas ainda mais, esta é o GP de Espanha, em Montmeló, um circuito que não é conhecido pela sua emoção. Bem pelo contrário. Uma pista modorrenta, sem ultrapassagens de relevo, um pouco o espelho que é esta Formula 1. Contudo, há noticias de que o contrato terminará no final desta temporada e não há boas perspectivas de continuação. Ou seja, 2019 poderá ser o último ano do GP de Espanha e de Montmeló na Formula 1. E se calhar até poderá ser um longo alívio.
A corrida começou com Hamilton a largar melhor que Bottas, conseguindo largar melhor, ao mesmo tempo que Vettel também conseguiu largar bem, ficando lado a lado dos Mercedes, mas perdeu na curva, ao ponto de perder o terceiro posto para Max Verstappen. Atrás, Kimi Raikkonen perdeu aderência na primeira curva e caiu para o último lugar.
Nas voltas seguintes, Hamilton mantinha-se na frente, com os Ferrari a lutarem entre si, com Leclerc a tentar passar Vettel na luta pelo quarto posto. Atrás, na volta sete, António Giovinazzi parava nas boxes para colocar... duros. Perdido por cem, perdido por mil, não é?
Na volta 12, Vettel foi superado por Leclerc para ser quarto, e o monegasco tinha muito para recuperar: mais de onze segundos sobre Bottas. Verstappen estava entre eles, mas andava tranquilo. Nas voltas seguintes, Vettel começava a perder tempo para o Red Bull de Pierre Gasly, antes de ir às boxes para trocar de pneus para duros. Mais tarde, na volta 26, foi a vez de Leclerc colocar duros, uma volta antes de Valtteri Bottas ir às boxes para colocar médios e conseguir menos de três segundos na troca de pneus. Logo a seguir, Hamilton também foi às boxes, para tentar anular alguma possível vantagem do Bottas na corrida.
E a partir dali, tudo voltou à modorra. A corrida parecia mais uma jogada de xadrez, para saber se as jogadas funcionavam ou não. No meio do pelotão, e depois de partir de último, Nico Hulkenberg era o oitavo depois de passar Kevin Magnussen.
Mas a jogada de xadrez compensou para Vettel, pois com os médios, conseguiu aproximar-se de Leclerc para tentar ultrapassar na volta 36 - de novo graças a ordens de equipa - e ser quarto. Depois, foi à caça de Verstappen, que tinha calçado moles, para o lugar mais baixo do pódio, já que os dois primeiros estavam já inalcancáveis.
Vettel entra nas boxes na volta 41, voltando à pista depois de meter pneus médios. Voltou em sexto, dando a chance de Verstappen ir para o pódio. E nem sabíamos sobre as estratégias de Charles Leclerc. Em pouco tempo, o alemão passou Gasly e foi atrás de Leclerc para tentar chegar ao quarto lugar.
Na frente, Bottas ia às boxes na volta 46 para colocar macios, ao mesmo tempo que havia confusão na curva 1: Lando Norris e Lance Stroll bateram, com o canadiano a fechar e evitar a ultrapassagem. Mas a colisão foi inevitável, e o carro laranja ficou parado no meio da pista. Resultado final: Safety Car e todos iam às boxes: Hamilton com macios, e Leclerc ia com médios.
Com todos juntos, queria se saber o tipo de lutas iria acontecer até ao final. Na volta 53, o Safety Car entrou e a corrida recomeçou com Hamilton a manter a liderança de Bottas, e ambos afastaram de Verstappen e Vettel. Gasly tentou ultrapassar Leclerc, mas o francês não conseguiu, apesar de ter dado o melhor. O britânico foi embora do finlandês, e a emoção que isto poderia dar... não aconteceu.
Sem nada a acontecer, o pelotão intermediário era a parte mais interessante. Os Haas lutaam por posição, com Grosjean a lutar pelo oitavo posto com Kevin Magnussen, com ambos a tocarem rodas, enquanto atrás, os Toro Rosso de Saniil Kvyat e o de Alexander Albon, e o McLaren de Carlos Sainz Jr. lutavam pelos últimos lugares pontuáveis. O filho de Carlos Sainz conseguiu levar a melhor sobre o Grosjean, sendo oitavo, com o francês a perder lugares atrás de lugares. Daniil Kvyat era o nono, e o francês defendia-se de Albon para ficar com o último lugar pontuável.
E na frente... tudo na mesma. Hamilton acabou por vencer numa dobradinha da Mercedes com Bottas, enquanto Verstappen ficava com o último lugar do pódio, na frente dos Ferrari, cuja estratégia não foi grande coisa esta tarde. Pierre Gasly foi o sexto e claro, Kevin Magnussen ficou com o lugar de "melhor do resto", ao ser sétimo. E Romain Grosjean resistiu aos ataques de Alexander Albon para ser décimo.
E foi assim esta corrida modorrenta. Se por algum acaso ele desaparecer do calendário quando o contrato terminar, de uma certa forma, não creio que as pessoas tenham saudades, pelo menos das corridas dos últimos anos, pois ganhou esta fama de ser horrível. Passar à história provavelmente poderá ser a melhor conclusão nesta história de Montmeló. Os fãs não vão ter saudades.
A corrida começou com Hamilton a largar melhor que Bottas, conseguindo largar melhor, ao mesmo tempo que Vettel também conseguiu largar bem, ficando lado a lado dos Mercedes, mas perdeu na curva, ao ponto de perder o terceiro posto para Max Verstappen. Atrás, Kimi Raikkonen perdeu aderência na primeira curva e caiu para o último lugar.
Nas voltas seguintes, Hamilton mantinha-se na frente, com os Ferrari a lutarem entre si, com Leclerc a tentar passar Vettel na luta pelo quarto posto. Atrás, na volta sete, António Giovinazzi parava nas boxes para colocar... duros. Perdido por cem, perdido por mil, não é?
Na volta 12, Vettel foi superado por Leclerc para ser quarto, e o monegasco tinha muito para recuperar: mais de onze segundos sobre Bottas. Verstappen estava entre eles, mas andava tranquilo. Nas voltas seguintes, Vettel começava a perder tempo para o Red Bull de Pierre Gasly, antes de ir às boxes para trocar de pneus para duros. Mais tarde, na volta 26, foi a vez de Leclerc colocar duros, uma volta antes de Valtteri Bottas ir às boxes para colocar médios e conseguir menos de três segundos na troca de pneus. Logo a seguir, Hamilton também foi às boxes, para tentar anular alguma possível vantagem do Bottas na corrida.
E a partir dali, tudo voltou à modorra. A corrida parecia mais uma jogada de xadrez, para saber se as jogadas funcionavam ou não. No meio do pelotão, e depois de partir de último, Nico Hulkenberg era o oitavo depois de passar Kevin Magnussen.
Mas a jogada de xadrez compensou para Vettel, pois com os médios, conseguiu aproximar-se de Leclerc para tentar ultrapassar na volta 36 - de novo graças a ordens de equipa - e ser quarto. Depois, foi à caça de Verstappen, que tinha calçado moles, para o lugar mais baixo do pódio, já que os dois primeiros estavam já inalcancáveis.
Vettel entra nas boxes na volta 41, voltando à pista depois de meter pneus médios. Voltou em sexto, dando a chance de Verstappen ir para o pódio. E nem sabíamos sobre as estratégias de Charles Leclerc. Em pouco tempo, o alemão passou Gasly e foi atrás de Leclerc para tentar chegar ao quarto lugar.
Na frente, Bottas ia às boxes na volta 46 para colocar macios, ao mesmo tempo que havia confusão na curva 1: Lando Norris e Lance Stroll bateram, com o canadiano a fechar e evitar a ultrapassagem. Mas a colisão foi inevitável, e o carro laranja ficou parado no meio da pista. Resultado final: Safety Car e todos iam às boxes: Hamilton com macios, e Leclerc ia com médios.
Com todos juntos, queria se saber o tipo de lutas iria acontecer até ao final. Na volta 53, o Safety Car entrou e a corrida recomeçou com Hamilton a manter a liderança de Bottas, e ambos afastaram de Verstappen e Vettel. Gasly tentou ultrapassar Leclerc, mas o francês não conseguiu, apesar de ter dado o melhor. O britânico foi embora do finlandês, e a emoção que isto poderia dar... não aconteceu.
Sem nada a acontecer, o pelotão intermediário era a parte mais interessante. Os Haas lutaam por posição, com Grosjean a lutar pelo oitavo posto com Kevin Magnussen, com ambos a tocarem rodas, enquanto atrás, os Toro Rosso de Saniil Kvyat e o de Alexander Albon, e o McLaren de Carlos Sainz Jr. lutavam pelos últimos lugares pontuáveis. O filho de Carlos Sainz conseguiu levar a melhor sobre o Grosjean, sendo oitavo, com o francês a perder lugares atrás de lugares. Daniil Kvyat era o nono, e o francês defendia-se de Albon para ficar com o último lugar pontuável.
E na frente... tudo na mesma. Hamilton acabou por vencer numa dobradinha da Mercedes com Bottas, enquanto Verstappen ficava com o último lugar do pódio, na frente dos Ferrari, cuja estratégia não foi grande coisa esta tarde. Pierre Gasly foi o sexto e claro, Kevin Magnussen ficou com o lugar de "melhor do resto", ao ser sétimo. E Romain Grosjean resistiu aos ataques de Alexander Albon para ser décimo.
E foi assim esta corrida modorrenta. Se por algum acaso ele desaparecer do calendário quando o contrato terminar, de uma certa forma, não creio que as pessoas tenham saudades, pelo menos das corridas dos últimos anos, pois ganhou esta fama de ser horrível. Passar à história provavelmente poderá ser a melhor conclusão nesta história de Montmeló. Os fãs não vão ter saudades.