Logo, Schumacher, que tinha acabado de fazer 37 anos, iria ter companhia diferente. De Rubens Barrichello, que lá estava desde o ano 2000, iria ter agora a companhia de outro brasileiro, Felipe Massa, proveniente da Sauber. Mais jovem, a marca italiana esperava que ele fosse um piloto veloz e capaz de ser mais do que um mero escudeiro... pelo menos, era o que pensavam os brasileiros.
Quem também ficava sem mexer na sua dupla de pilotos era a McLaren, que mantinha o finlandês Kimi Raikkonen e o colombiano Juan Pablo Montoya. Contudo, havia algumas tensões junto da equipa, especialmente entre o seu patrão, Ron Dennis, e o colombiano, especialmente por causa do incidente do ano anterior, onde se ausentou por duas corridas no ano anterior porque - alegadamente, fora a jogar ténis, mas na realidade, estava a fazer motocross - e ele já se mostrava insatisfeito por estar na Formula 1, pensando noutro horizontes, especialmente os americanos. E a equipa britânica tinha mais algumas cartas na manga, especialmente quanto já preparava um rapazinho local de 21 anos que naquele ano corria na GP2...
A BMW, como fora dito em cima, tinha ido embora da Williams para abraçar o projeto da Sauber, que não implicava apenas uma mera parceria de motores, mas sim uma quase absorção, como BMW Sauber. Nick Heidfeld foi para lá como seu piloto, ao lado de Jacques Villeneuve, que tinha estado na equipa na tempora anterior.
A Red Bull continuava em construção, com David Coulthard a pilotar para eles, enquanto eles escolhiam definitivamente Christian Klien, depois de no ano anterior, terem deixado que o italiano Vitantonio Liuzzi fosse seu piloto por três provas. Mas como tinham muito dinheiro, decidiram fazer outra coisa, algo inédito até então: compraram outra equipa.
A Minardi, que lutava no fundo do pelotão desde 1985, e tinha a simpatia de muita gente pela sua capacidade de luta, já tinha sido vendida em 2001 a Paul Stoddart, e no final de 2005, teve uma oferta que não poderia recusar, que era o de ser comprada pela... Red Bull, que queria fazer ali a sua "equipa B", para poder colocar ali os seus jovens talentos. A movimentação era quase ilegal, mas foi adiante, e a equipa mudou de nome para Toro Rosso.
E ainda houve outra mudança de nome. Depois dos bons resultados em 2004 e 2005, a BAR foi absorvida pela Honda e os japoneses assumiram também os chassis, da mesma forma que fazia a Toyota, no sentido de aproveitar o bom momento e, se fosse preciso, vencer antes da sua rival... na equipa, com Jenson Button no lugar, ele tinha um novo companheiro de equipa, o brasileiro Rubens Barrichello, vindo da Ferrari.
O piloto brasileiro tinha substituído o japonês Takuma Sato, mas este não ficara sem carro em 2006. Bem pelo contrário: uma nova equipa tinha aparecido, com motores Honda e chassis comprado... à Arrows e modificado para ficar de acordo com as regras daquele ano. A pessoa que estava por trás desta aventura era Aguri Suzuki, ex-piloto da Zakspeed, Larrousse e Ligier, entre outros, chamando-a de Super Aguri. Esta aventura nipónica - nunca a Formula 1 teve três equipas do país do Sol Nascente! - iria ter como companhia outro japonês, Yuji Ide, que se estreava na categoria máxima do automobilismo, como Albers e Rosberg Jr.
Mas no meio disto tudo, as grandes novidades que existiam eram as técnicas. É verdade que a batalha de pneus continuava, Bridgestone contra Michelin, embora mais espalhadas do que em 2005 - os japoneses, para além da Ferrari e Midland, tinham agora a Williams, a Super Aguri e a Toyota, enquanto a Michelin fornecia o resto: Toro Rosso, Renault, McLaren, Honda, Red Bull e Sauber. Mas a grande novidade era no regulamento técnico. Os motores passavam a ser de V10 de 3 litros para os V8 de 2,4 litros, com caixas de velocidades de sete marchas. A Toro Rosso iria ter ainda os motores V10 da Cosworth, mas a sua potência tinha sido cortada em 200 cavalos para poder estar equivalente à concorrência. A razão pelo qual fizeram essa troca para abrandar as velocidades de ponta, o que aconteceu... de uma certa maneira. Apesar de nos testes de pré-temporada, os carros conseguiam ser seis segundos mais lentos que os carros com os V10 de 3 litros, quando começou a temporada, mesmo com a redução de potência, conseguiam ser mais eficientes. Havia motores, como o Cosworth V8, que alcançavam limites de vinte mil rotações por minuto, o que era imenso!
Era assim as forças em vista para a nova temporada da Formula 1. Tudo estava pronto para o primeiro dos 18 duelos ao longo daquele ano que prometia ser competitivo e emocionante.
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