Se na sexta-feira, os comissários decidiram não agira por causa das manobras de Max Verstappen em Interlagos, depois de um recurso da Mercedes, agora no sábado, após a qualificação, com o furo de Pierre Gasly e a amostragem das bandeiras amarelas, do qual poucos levantaram o pé, entre eles Max e Valtteri Bottas, os comissários aplicaram penalizações a ambos. Só que a sentença saiu... a menos de duas horas da corrida, no domingo à tarde (hora local). Christian Horner ficou fulo e chegou a dizer que a FIA tinha feito de propósito, pedindo a um dos comissários que fizesse tal manobra. Evidentemente, esta não achou piada alguma e foi advertido. Mais tarde, Horner pediu desculpa pelas afirmações, alegando que "saíram a quente".
Com Max e Bottas penalizados, parece que tudo estava feito para Hamilton. Mas depois da partida, se achavam que existia uma passadeira vermelha em Losail, durou algumas voltas, porque o neerlandês demorou algumas voltas para chegar a segundo, depois de passar Gasly e um Fernando Alonso que tinha hoje carro para brilhar. E depois de lá chegar, a diferença entre ambos andou sempre estabilizada entre os sete e os nove segundos, apesar das trocas de pneus - duas previstas, porque os pneus não aguentariam mais de trinta voltas, segundo a Pirelli, mesmo os duros.
Em contraste, Bottas não largou bem. Caiu para 11º e de uma certa forma, ficou sempre fora da luta pela liderança. Nunca ajudou o seu companheiro de equipa, e para piorar as coisas, quando furou, por alturas da volta 33, o seu chassis acabou por ficar danificado após uma saída de pista e teve de abandonar. Mais do que sair de Losail com zero pontos, com a Red Bull a conseguir um quarto lugar com Sergio Perez, agora a diferença entre ambos é de cinco pontos, ainda a favor da Mercedes. Para verem até que ponto as coisas estão, qualquer deslize de um destes quatro nas duas provas que restam, e as coisas poderão ser irremediáveis.
Apesar de uma corrida aparentemente decidida, a parte final causou calafrios: os furos dos dois Williams e do McLaren de Lando Norris fizeram todos ficarem em alerta, especialmente um Fernando Alonso, que tinha os pneus mais velhos do pelotão. Isso resultou num terceiro lugar, e todos temiam que isso poderia ir janela fora, caso rebentasse. Mas não: o carro resistiu bem, sabia gerir os pneumáticos, e um oportuno Virtual Safety Car assegurou que o piloto das Asturias subisse pela primeira vez ao pódio desde o GP da Hungria de 2014. E claro, todos celebraram o feito.
No final, era o esperado: Hamilton venceu, Max fez o seu melhor, ainda ficando com uma volta mais rápida e o respetivo ponto extra, e Alonso deu à Alpine o seu segundo pódio da temporada, na frente de Sergio Perez. A Red Bull ganhou muito em termos de construtores e Hamilton pode ter diminuído a diferença para oito pontos. A duas provas do fim, a Formula 1 tinha o final que queria, e os anfitriões das corridas estavam felizes da vida. A parte chata é o sitio onde corriam. Pormenores...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...