Nascida Nina Licoln em 1943 na Finlândia, o seu pai, Curt Lincoln, era um britânico que foi combater os russos em 1939, na Guerra de Inverno, que é o que os locais chamam à Guerra Russo-Finlandesa. Piloto de automóveis, ajudou a construir em meados dos anos 60 o circuito de Keimola, nos arredores de Helsínquia, e hoje abandonado.
Por esta altura, Nina tinha sido criada em colégios na Suíça, começara a desfilar em Londres, onde fez amizade com Twiggy, a mais conhecida modelo de então. Ou seja, mergulhou nos Swinging Sixties em toda a força. Contudo, em 1966, conhece Jochen Rindt, e no ano seguinte, casam-se. Em 1968, tiveram uma filha, Natasha. Ambos se davam muito bem e ela seguia-o nos circuitos, fazendo aquilo que elas sabiam fazer melhor: tirar tempos dos carros pilotados pelos seus maridos.
Claro, o resto da história é conhecido: a 5 de setembro de 1970, Jochen morre e ela, com 27 anos, é viúva e com uma filha de ano e meio nos seus braços. Foi ela que, mês e meio depois, recebeu o troféu nas mãos de campeão do seu amigo Jackie Stewart. Anos depois, contou numa entrevista que o recebeu "toda encharcada de comprimidos". O troféu ainda está no armário da sala de estar da sua casa.
Quanto a Natasha Rindt, meteu-se no negócio de "sports management", particularmente na Formula One Management, graças a Bernie Ecclestone, que tinha sido o manager de Rindt nos dois últimos anos de vida.
Uma coisa que não sabia - e esta, quem me conta é o meu amigo Francisco Cunha - é que ela lançou uma moda de relógio que alguns usam, mas poucos sabem. E ela teve um modelo de relógios com o seu nome, coisa rara - para não falar única - entre mulheres de pilotos de Formula 1. Ela gostava dos relógios masculinos de 36 milímetros, bem maiores que os femininos, como sabem. Mas como as correias são maiores e os pulsos das senhoras são normalmente mais pequenas, decidiu mandar fazer uma pulseira de pele para que coubesse à sua maneira, e com o mostrador embutido.
E ela gostava particularmente de um relógio, marca Universal, modelo Compax. Tempos depois, foi rebatizado com o nome dela, e um usado em bom estado, pode ser encontrado à venda por... 36 mil euros. Engraçado, não? Mas para além disso, há uma explicação: só foram feitos 200 exemplares.
Nina acabou por se casar mais duas vezes: a primeira em 1972, com Pillip Martyn, um jogador profissional, do qual teve outra filha, Tamara, e em 1979, voltou a casar-se com Alexander Hood, Viscount Bridport, um conde escocês, e teve mais um filho, Alexander. Eles divorciaram-se em 1999 e desde então, tem estado fora das luxes da ribalta, embora participe sempre em documentários sobre o seu primeiro marido.
Em 2011, o jornal italiano Gazzetta dello Sport elegeu-a como a meia bela mulher de sempre na Formula 1. Uma escolha justa, quando falamos de alguém que lhe se fez conhecer ao mundo nas pistas e acabou por lançar modas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...