Temeu-se o pior, numa grave lesão, mas depois de ser assistido no centro médico do circuito, um comunicado afirmou que “nada de grave se detetou nos dois pilotos”.
"O Francesco [Bagnaia] teve um politrauma grave, uma moto atropelou-o na região femoral e tibial. Fizemos radiografias e detetámos uma pequena lesão que não sabemos se é atual ou antiga", explicou o médico Angel Charte, referindo que a necessidade de uma TAC fez encaminhar o piloto para o hospital.
"A nível craniano, torácico e abdominal, esteve sempre normal. Estava consciente e orientado", disse o mesmo responsável médico ao canal DAZN. Outro dos pilotos que caiu na primeira curva, o italiano Enea Bastianini, sofreu uma fratura no tornozelo esquerdo e no segundo metacarpo da mão esquerda. Será operado nos próximos dias.
A corrida foi neutralizada com bandeira vermelha, e mais tarde, nova partida, acabando com a vitória de Aleix Espagaró, num pódio cem por cento espanhol, completado por Maverick Viñales e Jorge Martin. Miguel Oliveira foi quinto.
O motociclismo é, em muitos aspectos, uma atividade ainda mais arriscada que o automobilismo. Há maior risco de quedas, e dependendo de como caem, uma ocasião como a da partida, os pilotos estão mais expostos a lesões graves. Na semana passada, no Brasil, dois pilotos morreram depois de uma queda ter atingido o piloto que caiu e ficou indefeso perante um pelotão que o tentava evitar no meio da pista, não evitando o impacto de outro piloto, que o atingiu em cheio e ficou inconsciente no local. Apesar dos socorros dos médicos, paramédicos e enfermeiros, ambos os pilotos acabaram por morrer.
A velocidade, seja em duas ou quatro rodas, é excitante. É verdade que os pilotos nas suas rodas estão mais expostas que as de quatro, mas o momento do acidente é aquele onde a nossa respiração fica em suspenso, onde rezamos pelo melhor, mas tememos pelo pior.
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