Curiosamente, esta semana, surgiu o "meme" - ou maldição, chamem o que quiserem - que o vencedor da corrida do ano anterior acabar por desistir no ano seguinte. E o vencedor de 2022 foi quem...? Max Verstappen. E como ontem ele não conseguiu a pole-position, batido por pouco pelo Ferrari de Carlos Sainz Jr, como sabem, há quem pense que os Ferrari poderão pensar num esquema onde um dos carros bate no de Max para que o outro triunfe em solo italiano, um bocado como aconteceu em 1988, quando ganharam ali num dos triunfos mais sortudos da história do automobilismo.
Seria bom essa repetição da história, não seria, Maranello?
Dito isto, as bancadas estavam cheias de gente que ainda tinha mais um motivo para ir lá: a tal pole de Carlos Sainz Jr. Ver um dos Ferrari no pódio era algo bem possível, e agarravam-se a essa chance, esperando que as coisas nas boxes, quer em termos de estratégia, quer até no acaso, as coisas estivessem a seu favor.
Quanto a pneus todos partiam com médios, exceto três, que iam de duros, dois deles Kevin Magnussen, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas.
Contudo, quando as luzes se apagaram e os carros saíram dos seus lugares, ainda demorou bastante para que tal acontecesse. A primeira partida fora abortada por causa da paragem do Alpha Tauri de Yuki Tsunoda na volta de formação, que colocou tudo como estava dantes e adiou para 20 minutos depois da hora.
Sainz Jr. foi o primeiro dos da frente a parar, na volta 20, seguido por Russell, enquanto na volta seguinte, Max e Leclerc também trocaram os médios por duros, com o monegasco a sair mesmo na traseira do seu companheiro de equipa, quase o ameaçando, mas Sainz Jr aguentou bem e manteve a posição. Na volta 22, foi a vez de Alonso e Checo Perez irem às boxes, deixando a liderança para os McLaren de Piastri e Norris. Este último foi às boxes na volta 23, uma volta antes do seu companheiro de equipa.
Entretanto, George Russell era penalizado pela defesa musculada da posição quando saía das boxes, fazendo "corta-mato" na primeira chicane antes dos comissários de pista notarem o que aconteceu e o britânico ser penalizado por isso. Na frente, Max voltou à liderança depois de passar o carro de Lewis Hamilton, com os Ferrari a não estarem longe dele, mas agora ameaçados por "Checo" Perez.
O britânico era mais um intruso, ao ponto de na volta 28, ele foi às boxes, trocando por médios, tentando ser rápido e subir na classificação. Caindo para décimo, demorou duas voltas para passar Fernando Alonso, discreto no seu Aston Martin, tentou partir para apanhar os McLaren e o Williams de Alex Albon.
No final, Sainz Jr. conseguiu segurar Leclerc e ficar com o lugar no pódio. Russell foi o quinto, na frente de Hamilton, Albon, Norris, Alonso e o Alfa Romeo de Valtteri Bottas.
Moral da história? A maldição acabou, a invencibilidade do neerlandês continua. Provavelmente, será assim até 2024, ou então, até ele conseguir o tricampeonato, que tudo indica ser algures na corrida japonesa.
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