sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O piloto do dia - Stuart Lewis - Evans

Hoje em dia, poucos sabem quem foi ele. O que é uma lástima, pois estamos a falar de um dos mais promissores pilotos britânicos do seu tempo. A sua meteórica carreira na Formula 1, que durou somente duas épocas, só o foi devido ao seu acidente mortal na sua última prova do campeonato desse ano, em Marrocos, e que levou mais tarde à decisão de Tony Vanderwell de retirar a sua equipa, a Vanwall, da Formula 1. Quarenta e nove anos depois da sua morte, recordo-vos Stuart Lewis - Evans.


Nasceu a 20 de Abril de 1930, na cidade inglesa de Luton. De aparência baixa e frágil, poucos acreditariam que ele seria um excelente piloto de automóveis. Mas quando começou na formula 3, em meados dos anos 50, começou a impressionar os donos das equipas. Em 1957, estava a correr na Connaught, uma equipa pequena, que corria na Formula 1. A equipa tinha sérios problemas de financiamento, que levaria mais tarde à sua falência, mas até lá, deu a Lewis-Evans um carro para ele na corrida do Mónaco. E foi aí que começou a impressionar: batido apenas pelos Maseratis de Juan Manuel Fangio, Tony Brooks e Masten Gregory, foi quarto classificado. Isso chamou a atenção de Tony Vanderwell, dono da equipa Vanwall, que precisava de um substituto para Stirling Moss, na corrida seguinte, em Reims.


Lewis-Evans desistiu nessa corrida, mas ficou na equipa para o resto da carreira competitiva. Contudo, os carros nesse ano não eram fiáveis, e o melhor que conseguiu foi um quinto lugar em Pescara e uma "pole-position" em Monza, terminando a época com cinco pontos e o 12º lugar na classificação geral.


No ano seguinte tinha um programa preenchido: Formula 2 com a equipa BRP (criada por Alfred Moss, o pai de Stirling) e Sport Turismo, com a Aston Martin, para além da Formula 1 com a Vanwall. Todos estes contratos foram arranjados por um jovem conterrâneo de 27 anos chamado Bernie Ecclestone...

A temporada de 1958 com a Vanwall estava a correr melhor para ele. Faz a "pole-postion" em Zandvoort, numa corrida em que não chegou ao fim, e o seu primeiro pódio, um terceiro lugar, foi alcançado na corrida seguinte, em Spa-Francochamps. No Circuito da Boavista, novo terceiro lugar, novo pódio. Mas este seria a ultima vez que terminava nos pontos...


Depois de desistir em Monza, Lewis-Evans esperva acabar melhor no circuito de Ain-Diab, nos arredores da Casablanca, palco do Grande Prémio de Marrocos. Tinha sido terceiro nos treinos, e partia nos lugares da frente, no dia da corrida, a 19 de Outubro, no sentido de ajudar no título mundial de construtores que a Vanwall esperava conquistar. Contudo, na volta 41, a caixa de velocidades emperra a alta velocidade e explode. Os comissários resgatam-no das chamas, mas ele está gravemente ferido. Tentam salvá-lo, repatriando-o nesse mesmo dia para Inglaterra, mas seis dias depois, a 25 de Outubro, Lewis-Evans morre devido às extensas queimaduras. Tinha 28 anos.


A sua carreira na Formula 1: 14 Grandes Prémios, em duas temporadas (1957-58), duas pole-positions, dois pódios, 13 pontos no total.


A sua morte ditou o fim da Vanwall. Tony Vanderwell confiava nele para ser o seu piloto de confiança para as próximas épocas, mas com a sua morte, decidiu que já chegava de Formula 1. Tinha uma saúde frágil, e sabia que tinha alcançado o seu objectivo, e era altura de passar o testemunho a outros, numa altura em que a Cooper de motor traseiro se preparava para dominar o pelotão da Formula 1. Sendo assim, retirou-se no final da época. Quanto a Lewis-Evans, terminou a temporada com uma pole-position, dois pódios e a nona posição do campeonato, com 11 pontos.

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