Continuando a pesquisar por bolides que correram nos fins dos anos 70, inicio dos anos 80, hoje falo de um carro que apesar de nºao ter tido bons resultados, deu à equipa alguns dos melhores resultados que ela jamais teve, como por exemplo, a sua unica pole-position da sua carreira, através de Riccardo Patrese, no GP de Long Beach de 1981.
No final de 1979, a Arrows tinha chegado à conclusão que o seu Arrows A2 era demasiado radical para os resultados alcançados. Sendo assim, Tony Southgate e Tony Wass decidiram desenhar o A3, bem mais convencional que o A2, no sentido de ser mais eficaz em termos de efeito-solo. De resto, tudo normal em termos de composição: motores Ford Cosworth de 3 Litros e caixa de velocidades Hewland, de seis velocidades.
O carro ficou pronto na etapa inaugural de 1980, na Argentina, e foi guiado pelos pilotos Riccardo Patrese e Jochen Mass. No Brasil, Patrese levou o carro à sexta posição, e na corrida seguinte, na Africa do Sul, foi a vez de Mass pontuar, na mesma posição. Contudo, o primeiro dos grandes momentos do A3 foi quando Riccardo Patrese conseguiu um segundo lugar em Long Beach, entalado entre dois campeões brasileiros: Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi. A partir de então, o unico resultado de relevo é o quarto lugar de Mass no Mónaco.
No Grande Prémio da Austria, em Zeltweg, Mass sofre um acidente grave, que o obriga a ficar de fora por duas corridas. Os seus substitutos foram dois jovens pilotos: o alemão Manfred Winkelhock e o neozelandês Mike Thackwell. Ambos não conseguiram qualificar os seus carros. No final da época, a Arrows ficou com 11 pontos, ficando na sétima posição do Mundial de Construtores.
No ano seguinte, Patrese tinha um novo companheiro de equipa: o seu compatriota Siegfried Stohr (sim, ele era mesmo italiano!). Na prova inicial, em Long Beach, Patrese fazia história ao marcar a primeira pole-position da sua carreira e a da equipa (mais tarde, veio a ser a unica). Patrese liderou confortavelmente até à volta 33, altura em que desistiu devido a problemas no injector de combustível. Na corrida seguinte, no Brasil, Patrese confirmou as suas credenciais, ao conseguiur a terceira posição, atrás dos dois Williams de Alan Jones e Carlos Reutmann. Duas corridas mais tarde, em Imola, Patrese consegue um segundo lugar, atrás de... Nelson Piquet! Contudo, no resto da temporada, a falta de desenvolvimento do carro ressentiu-se nas classificações, e quer Patrese, quer Stohr não conseguiram mais pontuar.
Contudo, a Arrows foi protagonista mais uma vez, devido a um bizarro incidente na partida do GP da Belgica, em Zolder. Quando os carros partiram, Patrese ficou parado na grelha, sem poder arrancar. Um dos mecânicos, David Luchett, saltou para trás do carro, para o tentar ligar. Mas é atingido fortemente por... Stohr! Temeu-se o pior, mas o infeliz mecânico partiu apenas as pernas. Nas duas últimas corridas do campeonato, Stohr foi substituido por Jacques Villeneuve Sr., irmão de Gilles Villeuenve. O canadiano não se qualificou para nenhuma das corridas. No final da temporada, a equipa tinha conseguido dez pontos e a oitava posição no campeonato de construtores.
Chassis: Arrows A3
Projectista: Tony Southgate e Tony WassMotor: Cosworth V8 de 3 Litros
Pilotos: Riccardo Patrese, Jochen Mass, Manfred Winkelhock, Mike Thackwell, Siegfried Stohr, Jacques Villeneuve Sr.
Corridas: 29Vitórias: 0
Pole-Positions: 1 (Patrese)
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 21 (Patrese 17, Mass 4)
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/con-arrow.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Arrows
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