Depois de uma longa espera, os amantes da Formula 1 naquela temporada de 1961 iriam ter em menos de uma semana duas corridas. Depois de Monte Carlo, onde Stirling Moss bateu os Ferrari numa demonstração memórável, máquinas e pilotos rumaram a Zandvoort, apenas seis dias depois da demonstração do piloto britânico no Lotus 18 pertencente à Rob Walker Racing Team.
Na lista de inscritos haviam entradas e substituições em relação à prova monegasca. Colin Chapman substituia Innes Ireland, ainda magoado do seu acidente nos treinos, pelo seu compatriota Trevor Taylor. Quinze pilotos iriam alinhar na prova holandesa, mais duas inscrições de reserva para Masten Gregory e Ian Burgess. E os inscritos eram praticamente os mesmos do Mónaco, exceptuando o quarto Porsche, da local Ecurie Maasbergen, guiado pelo Conde Carel Codin de Beaufort.
E se no Mónaco, a estreiteza do traçado deu hipóteses a uma Lotus com o de Stirling Moss, em Zandvoort houve o dominio da Ferrari: Phil Hill fez a pole-position, seguido pelo alemão Wolfgang Von Trips, e outro americano, Richie Ginther, ficou com o terceiro posto. Na segunda fila ficou o Lotus de Stirling Moss e o BRM de Graham Hill, enquanto que na terceira estava o Porsche de Dan Gurney, o Cooper de Jack Brabham e o segundo BRM de Tony Brooks. A fechar o "top ten" ficou o Cooper de John Surtees e o Lotus de Jim Clark.
A corrida começa com Von Trips a ser melhor do que Phil Hill, que caiu para o terceiro posto quando foi passado pelo BRM de Graham Hill. O piloto britânico era o terceiro no final da primeira volta, mas cedo perdeu posições para Phil Hill e Jim Clark, que no seu Lotus, fazia uma corrida de trás para a frente. Quarto no final da primeira volta, passa o piloto do BRM e começa um duelo pelo segundo lugar com Phil Hill. Ao longo das várias voltas, os dois pilotos pilotos duelaram pela segunda posição. Atrás, Graham Hill era pressionado pelo Lotus de Moss e o Ferrari de Ginther, mas no final, o americano levou a melhor, pois o piloto do BRM atrasou-se.
Na frente, Wolfgang Von Trips estava imperturbável, a caminho da primeira vitória alemã desde 1939. Nas últimas voltas, o alemão abrandou o seu ritmo e Hill apanhou-o, mas ficou atrás dele, numa espécie de chegada cerimonial. Von Trips em primeiro, Hill em segundo. Jim Clark era terceiro, no seu Lotus, seguido por Stirling Moss, que batera in extremis o Ferrari de Ginther e o Cooper de Jack Brabham.
Para finalizar, esta foi uma corrida unica: nenhum dos carros presentes fora às boxes, e todos os quinze pilotos presentes cortaram a meta. Algo unico que só voltaria a ser repetido no século XXI.
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