A terceira temporada da Formula E vai arrancar a 9 de outubro nas ruas de Hong Kong, o que para quem conhece a história do automobilismo naquela parte do mundo, não tem muita lógica, já que ao lado há Macau, que não só tem os casinos, tem também a experiência de organizar um Grande Prémio, que acontece ininterruptamente desde 1954, para várias categorias, a mais famosa sendo a Formula 3.
A organização da Formula E chegou a falar em 2014 com a comissão do Grande Prémio, chefiado pelo seu presidente, João Manuel Costa Antunes, mas esbarrou com o desinteresse do governo da zona especial de Macau. Assim sendo, viraram-se para Hong Kong, que respondeu positivamente, e irá arrancar ali, na substituição de Pequim.
"Eles expressaram interesse em correr em Macau e eu acredito que este campeonato tem um enorme futuro pela frente", disse na altura o então coordenador da prova ao jornal Business Daily, de Macau, referindo também que a competição "precisa de tempo para amadurecer. É muito cedo ainda para medir a sua importância e visibilidade. Queremos ver o que irá acontecer com este campeonato antes de realizarmos uma prova em Macau.", concluiu.
Rodrigo Nunes, arquitecto e criador do traçado que acolheu a Fórmula E nos dois primeiros anos em Pequim, afirmou que o circuito da Guia, no seu traçado atual, não conseguiria acolher a Formula E devido à extensão do seu traçado, com mais de seis quilómetros. Mas acredita que num futuro mais ou menos próximo, com o desenvolvimento da tecnologia, tal virá a acontecer.
“Para um campeonato como a Fórmula E, e na sua configuração actual, não é o circuito do momento dada a sua extensão total e às suas longas rectas”, começou por dizer ao jornal Hoje Macau o arquitecto português, que realçou também que “este campeonato tem uma margem de progressão enorme e quem sabe se num futuro próximo (o Circuito da Guia) não poderá ser uma opção”.
“Felizmente já tive a oportunidade de visitar o Circuito da Guia por duas vezes. É um circuito muito interessante no meu ponto de vista, dado que conjuga zonas muito rápidas e largas com zonas muito estreitas e técnicas. Claro que ultrapassar não é uma tarefa fácil para os pilotos mas para quem como eu aprecia circuitos puros, este é sem dúvida um dos circuitos mais interessantes da actualidade”, concluiu.
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