sábado, 11 de junho de 2016
WRC 2016 - Rali da Sardenha (Dia 2)
O segundo dia do Rali da Sardenha confirmou o duelo entre Thierry Neuville e Jari-Matti Latvala, com Sebastien Ogier num cada vez mais distante terceiro posto, incapaz de se aproximar dos dois primeiros, nos terrenos pedregosos desta ilha italiana. No final deste segundo dia, e quando faltam quatro especiais para o seu termino, Neuville e Latvala estão separados por doze segundos, com Ogier já a mais de um minuto do líder.
O segundo dia, com duas passagens pelas classificativas de Monti di Alá, Coiluna Loelle e Monte Lerno, este com 44 quilómetros de extensão, testaram a resistência dos pilotos e respectivas máquinas. Havia a expectativa de Ogier tentar uma recuperação, depois de ter perdido tempo a abrir a estrada, mas Neuville e Latvala estavam na sua briga pessoal pela liderança do rali.
As coisas começaram com vencedores inesperados, como o holandês Kevin Abbring, que ganhou na décima especial (era apenas 22º, a oito minutos de Neuville) que conseguiu um avanço de 2,3 segundos sobre os Ford de Eric Camili e Ott Tanak, com Neuville e Latvala a seguir, e Ogier apenas com o oitavo melhor tempo, a 10, 1 segundos.
Para os dois da frente, as sensações eram opostas: “Não correu muito bem. Não me senti bem com o carro. Nas seções muito estreitas a traseira não me pareceu confortável. Por vezes perdi tempo sem saber o motivo. Muito difícil”, disse Neuville no final da PEC11, enquanto Latvala mostrava uma sensação contrária: “Estou contente com a minha condução. Penso que fomos os primeiros a utilizar uma mistura de pneus aqui, macios à frente e duros atrás”, contou.
A seguir, em Coiluna Loelle, foi Ott Tanak a ser o melhor na especial de 22,39 quilómetros, conseguindo superar Latvala por 1,3 segundos, e Neuville - apenas o sexto - por 3,3 segundos. O belga viu a sua liderança reduzida para 9,9 segundos, mas conseguia aguentar-se. Ogier era apenas o sétimo, perdendo 5,2 segundos na geral.
Depois disto, a amanhã acabava com a primeira passagem por Monte Lerno. A classificativa de 44 quilómetros é uma das mais extensas do Mundial de ralis, e neste caso, quem vence, aproveita muito bem o resultado. Foi o que aconteceu a Mads Ostberg, que foi o grande vencedor, ganhando dois segundos a Jari-Matti Latvala e 8,8 segundos a Thierry Neuville. Isso fez aproximar perigosamente os dois primeiros - tinham agora 2,9 segundos de diferença entre eles - como fez Ostberg a subir para o quarto posto e ter Sebastien Ogier à vista, pois o francês conseguiu apenas ser o sétimo, perdendo 14, 8 segundos aos primeiros.
“Dei tudo o que tinha. Foi uma boa especial, sem erros, mas talvez tenha sido demasiado cauteloso perto do fim. Foi difícil manter um carro numa trajetória limpa”, explicou Neuville. Já Latvala queixou-se da traseira do seu carro: “Mexeu-se muito e estava a ter dificuldade com a aderência dos pneus macios. Precisava em definitivo de pneus duros à frente, no entanto”.
Por seu lado, Ostberg era um piloto feliz: "Nada mau. Uma boa classificativa e escolha de pneus. Algum stress na zona de montagem dos pneus. Mas optámos por dois pneus duros à frente e dois macios na traseira no último segundo, depois de termos visto que o Ogier levou quatro macios”, comentou o norueguês da Ford no final da classificativa.
Na parte da tarde, Neuville decidiu ir ao ataque, no sentido de se afastar do finlandês, com resultados. Venceu na segunda passagem por Monti di Alá, conseguindo 6,7 segundos de vantagem sobre Sebastien Ogier e 10,8 sobre Latvala. “Forcei muito o andamento. Suei muito. Na última parte do troço o carro esteve sempre a saltar, batendo nos pedregulhos”, disse o piloto da Hyundai.
Nesta altura, o piloto belga afastou-se em 13,7 segundos, e Latvala reagiu na segunda passagem por Coiluna Loelle, vencendo-a. Mas a diferença entre ambos ficou-se pelos 0,8 segundos, com Ogier a ser o terceiro, a 3,2 segundos.
No final, na segunda passagem pelo Monte Lerno, Neuville conseguiu levar a melhor sobre Latvala, ganhando 3,2 segundos, enquanto que Ogier foi o quarto na especial, batido por Eric Camili por 0,1 segundos. Nessa especial, Mads Ostberg perdeu o quarto posto quando o seu Ford pegou fogo a meio da especial, resolvendo regressar através do "Rally2". Quem também já saiu foi Anders Mikkelsen, vitima de problemas no seu Volkswagen.
“O carro em condições escorregadias é simplesmente fantástico de conduzir. Conseguimos ir muito, muito depressa. Tivemos outro dia muito bom e tem sido um prazer lutar contra o Jari-Matti. Estou contente. Amanhá será difícil, mas vamos preparar-nos convenientemente e continuar a lutar”, disse Neuville no final do troço de Monte Lerno.
Já Latvala, agora o seu grande adversário neste rali, admitiu não conseguir andar mais depressa: “Não consigo fazer melhor do que isto. Realizei uma classificativa muito, muito boa. Se o Thierry é mais rápido então aplausos para ele. Fui demasiado cauteloso no início desta tarde, mas às vezes tens de jogar pelo seguro. Vamos ver como o Thierry se dá amanhã e se ainda existe uma luta”.
Com a desistência de Ostberg, o quarto classificado é agora Dani Sordo, mais com uma desvantagem superior a um minuto sobre Sebastien Ogier. O espanhol tem um rali tranquilo, pois Ott Tanak, o quinto e o melhor dos Ford, tem quase cinco minutos de desvantagem sobre os líderes, também algo distante do norueguês Henning Solberg.
Eric Camili, noutro Ford, é o sétimo, à vista de Solberg - pouco mais de seis segundos - já bem distante de Mads Ostberg - do qual ainda há dúvidas sobre se continuará amanhã - do estónio Karl Kruuda - o melhor dos WRC2 - e de Martin Prokop.
O Rali da Sardenha termina amanhã, com mais três especiais de classificação.
Nesta altura, o piloto belga afastou-se em 13,7 segundos, e Latvala reagiu na segunda passagem por Coiluna Loelle, vencendo-a. Mas a diferença entre ambos ficou-se pelos 0,8 segundos, com Ogier a ser o terceiro, a 3,2 segundos.
No final, na segunda passagem pelo Monte Lerno, Neuville conseguiu levar a melhor sobre Latvala, ganhando 3,2 segundos, enquanto que Ogier foi o quarto na especial, batido por Eric Camili por 0,1 segundos. Nessa especial, Mads Ostberg perdeu o quarto posto quando o seu Ford pegou fogo a meio da especial, resolvendo regressar através do "Rally2". Quem também já saiu foi Anders Mikkelsen, vitima de problemas no seu Volkswagen.
“O carro em condições escorregadias é simplesmente fantástico de conduzir. Conseguimos ir muito, muito depressa. Tivemos outro dia muito bom e tem sido um prazer lutar contra o Jari-Matti. Estou contente. Amanhá será difícil, mas vamos preparar-nos convenientemente e continuar a lutar”, disse Neuville no final do troço de Monte Lerno.
Já Latvala, agora o seu grande adversário neste rali, admitiu não conseguir andar mais depressa: “Não consigo fazer melhor do que isto. Realizei uma classificativa muito, muito boa. Se o Thierry é mais rápido então aplausos para ele. Fui demasiado cauteloso no início desta tarde, mas às vezes tens de jogar pelo seguro. Vamos ver como o Thierry se dá amanhã e se ainda existe uma luta”.
Com a desistência de Ostberg, o quarto classificado é agora Dani Sordo, mais com uma desvantagem superior a um minuto sobre Sebastien Ogier. O espanhol tem um rali tranquilo, pois Ott Tanak, o quinto e o melhor dos Ford, tem quase cinco minutos de desvantagem sobre os líderes, também algo distante do norueguês Henning Solberg.
Eric Camili, noutro Ford, é o sétimo, à vista de Solberg - pouco mais de seis segundos - já bem distante de Mads Ostberg - do qual ainda há dúvidas sobre se continuará amanhã - do estónio Karl Kruuda - o melhor dos WRC2 - e de Martin Prokop.
O Rali da Sardenha termina amanhã, com mais três especiais de classificação.
Formula 1 2016 - Ronda 7, Canadá (Qualificação)
Quando a Formula 1 chega a Montreal, os adeptos sentem sempre que vai ser uma corrida fora do normal. Não vai ser uma corrida aborrecida no sentido daquilo que vemos em Barcelona, por exemplo, ou noutro lado qualquer, num dos muitos "tilkódromos" que polvilham o calendário da Formula 1. Vai ser algo do qual, de uma maneira ou outra, vai ser memorável. Ora porque chove, ora porque batem no muro - seja ele dos Campeões ou não - ora porque o Safety Car entra mais vezes do que o normal, ora porque o asfalto não é suficientemente abrasivo para degradar os pneus, etc.
Em suma: há muito que estou convencido que sempre que a Formula 1 chega ali, o espirito de Gilles Villeneuve desce ao circuito com o seu nome e transforma o pelotão em algo do qual nunca é muito aborrecido. Correr em Montreal é sempre diferente, e todos sabem disso.
Neste sábado, havia uma preocupação nas cabeças de todos, e era sobre o tempo que se iria fazer naquele local à hora da qualificação. Uma hora antes, a chuva tinha marcado a presença no local, mas na hora em que máquinas e pilotos começaram a rolar, esta já tinha parado há muito e o asfalto estava seco. E quem não iria participar nesta qualificação era Kevin Magnussen, cujo Renault não ficou pronto a tempo de participar devido ao seu acidente no terceiro treino livre.
Com o Q1 a começar, os primeiros a sair foram os da frente, com Lewis Hamilton e Sebastian Vettel à cabeça. A preocupação de marcar um tempo antes da aparição da chuva estava na mente de todos, e quanto mais rápido, melhor. Tão rápido que um pedaço do Manor de Rio Haryanto decidiu ganhar vida própria e saiu do seu carro...
Nos minutos a seguir, enquanto que Rosberg melhorava o seu tempo para uns 1.13,714, Joylon Palmer quase imitava o seu companheiro de equipa, ao escorregar e evitar o muro por pouco, conseguindo prosseguir com a qualificação. Mas nos minutos a seguir, a chuva voltou a marcar presença e crescentemente, as condições da pista se alteravam.
Nesse entretanto, Vettel melhorava para 1.13,9 e intrometia-se entre os Mercedes, enquanto que Pascal Wehrlein tentava entrar na Q2 pela primeira vez no ano com um tempo que lhe dava o 15º posto. Em contraste, os Toro Rosso não conseguiam melhorar no asfalto canadiano e andavam a par com os Sauber e o Renault sobrevivente.
E os pingos de chuva eram cada vez mais e maiores, com Palmer de novo a dar nas vistas, roçando o Muro dos Campeões... mas não Haryanto, que bateu noutro muro, na Curva 4, e ficou com um furo. O treino dele acabaria por ali.
No final da Q1, mesmo com as ameaças, o que deu foi que as Renault, Manor e a Sauber ficaram pelo caminho. Kvyat conseguiu melhorar e colocou o outro Manor de fora da Q2. E por esta altura, os radares meteorológicos afirmam que apesar do tempo nublado, não iria chover mais.
Com a Q2 a acontecer, os pilotos saiam para a pista com os ultra-macios, e o Muro dos Campeões reclamou a sua primeira vitima do fim de semana, com Carlos Sainz Jr. a bater forte e a dar cabo da suspensão traseira direita, arrastando o carro por algumas centenas de metros, parando no outro lado da reta da meta. A organização não teve outro remédio senão acenar as bandeiras vermelhas, para tirar o carro dali.
Poucos minutos depois, a qualificação continuou, sempre com a ameaça de chuva no ar, e sempre com os pilotos a saírem para a pista com os compostos ultra-macios. Os pilotos da Williams foram os primeiros a marca um tempo na casa do 1.14, com Massa a ser o melhor, com 1.14,130. Mas claro, os Mercedes melhoraram, com Hamilton a fazer 1.13,076, com Nico Rosberg a fazer 1.13,094. O único que os acompanhava era Kimi Raikkonen, com 1.13,849. Os Red Bull melhoraram um pouco, com Daniel Ricciardo a conseguir 1.13,541 e e Max Verstappen a ficar um pouco atrás, com 1.13,793. Bottas melhorou um pouco depois, conseguindo passar o holandês, enquanto que Vettel conseguia apenas o sétimo melhor tempo, com 1.13,857.
Na parte final, parece que os oito primeiros já estavam encontrados, e a grande briga era pelos últimos lugares da Q3 entre os Force India de Nico Hulkenberg e Sergio Perez, os McLaren de Fernando Alonso e Jenson Button e o Toro Rosso de Daniil Kvyat. Felipe Massa também saiu para a pista, tentando ver se conseguia melhorar os seus tempos e ficar a salvo de qualquer perigo. No final, Fernando Alonso conseguiu o seu lugar na Q3, à custa de Button, enquanto que Nico Hulkenberg conseguiu o seu lugar, à custa de Sergio Perez, que ficou com o pior lugar possível, o 11º tempo. Daniil Kvyat também fica eliminado, ficando atrás de Perez e Button.
E agora, estávamos na Q3, ainda com a ameaça de chuva sob as suas cabeças. Os pilotos não mudaram do tipo de pneus, continuado com os ultra-macios, e os primeiros tempos não tardarem a surgir. Ricciardo conseguiu 1.13,521, mas Hamiltom melhorou, com 1.12,812, com Rosberg a conseguir um tempo 62 milésimos pior do que o britânico. Verstappen era o terceiro, a seis décimos dos Mercedes, numa altura em que Vettel tirou pintura do Muro dos Campeões... mas o carro nada sofreu.
Na parte final, os Mercedes impuseram a sua superioridade. Ninguém conseguiu batê-los e Lewis Hamilton foi o melhor pelos tais 62 centésimos. Sebastian Vettel conseguiu o terceiro posto, mas com um tempo 162 centésimos mais lento do que os Flechas de Prata. Um grande esforço, mas sem resultado. Os Red Bull ficaram com os lugares seguintes, com Ricciardo a ser superior do que Verstappen, com Kimi a ser sexto, na frente de Valtteri Bottas, Felipe Massa, Nico Hulkenberg e Fernando Alonso.
E assim terminava a qualificação do GP canadiano. As ameaças de chuva não passaram disso mesmo, mas nada garante que o mesmo se passe amanhã para a corrida. A acontecer, a incerteza, sempre aquilo que faz o circuito de Montreal e a corrida canadiana aquilo que nos faz fascinar, estará mais presente do que nunca.
Nos minutos a seguir, enquanto que Rosberg melhorava o seu tempo para uns 1.13,714, Joylon Palmer quase imitava o seu companheiro de equipa, ao escorregar e evitar o muro por pouco, conseguindo prosseguir com a qualificação. Mas nos minutos a seguir, a chuva voltou a marcar presença e crescentemente, as condições da pista se alteravam.
Nesse entretanto, Vettel melhorava para 1.13,9 e intrometia-se entre os Mercedes, enquanto que Pascal Wehrlein tentava entrar na Q2 pela primeira vez no ano com um tempo que lhe dava o 15º posto. Em contraste, os Toro Rosso não conseguiam melhorar no asfalto canadiano e andavam a par com os Sauber e o Renault sobrevivente.
E os pingos de chuva eram cada vez mais e maiores, com Palmer de novo a dar nas vistas, roçando o Muro dos Campeões... mas não Haryanto, que bateu noutro muro, na Curva 4, e ficou com um furo. O treino dele acabaria por ali.
No final da Q1, mesmo com as ameaças, o que deu foi que as Renault, Manor e a Sauber ficaram pelo caminho. Kvyat conseguiu melhorar e colocou o outro Manor de fora da Q2. E por esta altura, os radares meteorológicos afirmam que apesar do tempo nublado, não iria chover mais.
Poucos minutos depois, a qualificação continuou, sempre com a ameaça de chuva no ar, e sempre com os pilotos a saírem para a pista com os compostos ultra-macios. Os pilotos da Williams foram os primeiros a marca um tempo na casa do 1.14, com Massa a ser o melhor, com 1.14,130. Mas claro, os Mercedes melhoraram, com Hamilton a fazer 1.13,076, com Nico Rosberg a fazer 1.13,094. O único que os acompanhava era Kimi Raikkonen, com 1.13,849. Os Red Bull melhoraram um pouco, com Daniel Ricciardo a conseguir 1.13,541 e e Max Verstappen a ficar um pouco atrás, com 1.13,793. Bottas melhorou um pouco depois, conseguindo passar o holandês, enquanto que Vettel conseguia apenas o sétimo melhor tempo, com 1.13,857.
Na parte final, parece que os oito primeiros já estavam encontrados, e a grande briga era pelos últimos lugares da Q3 entre os Force India de Nico Hulkenberg e Sergio Perez, os McLaren de Fernando Alonso e Jenson Button e o Toro Rosso de Daniil Kvyat. Felipe Massa também saiu para a pista, tentando ver se conseguia melhorar os seus tempos e ficar a salvo de qualquer perigo. No final, Fernando Alonso conseguiu o seu lugar na Q3, à custa de Button, enquanto que Nico Hulkenberg conseguiu o seu lugar, à custa de Sergio Perez, que ficou com o pior lugar possível, o 11º tempo. Daniil Kvyat também fica eliminado, ficando atrás de Perez e Button.
E agora, estávamos na Q3, ainda com a ameaça de chuva sob as suas cabeças. Os pilotos não mudaram do tipo de pneus, continuado com os ultra-macios, e os primeiros tempos não tardarem a surgir. Ricciardo conseguiu 1.13,521, mas Hamiltom melhorou, com 1.12,812, com Rosberg a conseguir um tempo 62 milésimos pior do que o britânico. Verstappen era o terceiro, a seis décimos dos Mercedes, numa altura em que Vettel tirou pintura do Muro dos Campeões... mas o carro nada sofreu.
Na parte final, os Mercedes impuseram a sua superioridade. Ninguém conseguiu batê-los e Lewis Hamilton foi o melhor pelos tais 62 centésimos. Sebastian Vettel conseguiu o terceiro posto, mas com um tempo 162 centésimos mais lento do que os Flechas de Prata. Um grande esforço, mas sem resultado. Os Red Bull ficaram com os lugares seguintes, com Ricciardo a ser superior do que Verstappen, com Kimi a ser sexto, na frente de Valtteri Bottas, Felipe Massa, Nico Hulkenberg e Fernando Alonso.
E assim terminava a qualificação do GP canadiano. As ameaças de chuva não passaram disso mesmo, mas nada garante que o mesmo se passe amanhã para a corrida. A acontecer, a incerteza, sempre aquilo que faz o circuito de Montreal e a corrida canadiana aquilo que nos faz fascinar, estará mais presente do que nunca.
sexta-feira, 10 de junho de 2016
A imagem do dia
No fim de semana do GP do Canadá, descobri esta bela imagens no Facebook do João Carlos Costa, um dos narradores da Eurosport para a Formula 1. Não é real, é apenas uma imagem de uma pista de "slot cars", com este pormenor do "Muro dos Campeões" e de todos que já bateram por lá ao longo dos mais de vinte anos, quase desde o seu inicio.
Vamos a ver quem é que marcará "presença" nesse muro, neste fim de semana...
Ralis: Vitor Pascoal de Porsche em Monchique
Afinal de contas, Adruzilo Lopes não será o único a andar de Porsche em Monchique, este fim de semana. Vitor Pascoal apresentou ontem o seu projeto de ralis para 2016, e escolheu também um 997 GT3 para fazer a sua passagem pelos ralis de asfalto.
Ele e o seu navegador, Pedro Alves, afirmam que a sua intenção é de fazer quilómetros ao volante da sua nova máquina, e querem adotar uma postura cautelosa: “É o nosso primeiro rali com o carro e com os vários atrasos que fomos tendo na entrega do mesmo não tivemos grandes oportunidades para testar pelo que temos ainda muito poucos quilómetros efetuados com o carro. Em Monchique será fundamental fazer uma rápida adaptação ao Porsche, vamos inicialmente TENTAR perceber o carro, mas acredito que de especial para especial e com o acumular de quilómetros vamos melhorar o nosso andamento!", começou por comentar o piloto de Baião.
"Vamos tentar apostar em fazer um bom rali, perceber a nossa competitividade em relação aos nossos adversários com este carro, mas também não ficar 'adormecidos' e fazer os possíveis para sair de Monchique com um bom resultado”, continuou.
Vítor Pascoal deixa ainda um especial agradecimento “a todos os nossos parceiros no projeto e que tornaram possível levar para a frente este novo desafio na minha carreira desportiva”, concluiu.
O rali de Monchique, a contar para o Campeonato FPAK de Ralis, será composta por nove especiais de classificação num total de 88,17 quilómetros contra o cronómetro e arranca no sábado pelas 16.30h com a realização da primeira PE na zona de Monchique, terminando no domingo, pela hora do almoço.
WRC 2016 - Rali da Sardenha (Dia 1)
O belga Thierry Neuville, a bordo de um Hyundai, é o líder do Rali da Sardenha, após a realização do primeiro dia do rali italiano. Neuville tem um avanço de 11,1 segundos sobre o finlandês Jari-Matti Latvala, num Volkswagen, e 40,3 segundos sobre Sebastien Ogier, o atual líder do Mundial, decorridas as nove primeiras especiais deste rali, sexta prova do campeonato do mundo WRC.
Depois de Ogier ter vencido o "shakedown" e a primeira especial, na véspera, e ficar com a liderança por menos de um segundo, o dia de hoje começou com Jari-Matti Latvala ao ataque, no sentido de ficar logo com o primeiro posto, o que conseguiu ao vencer na primeira passagem por Ardara-Ozieri, com uma vantagem de 1,8 segundos sobre Hayden Paddon, no seu Hyundai. Mais interessante foi o sexto tempo do finlandês Teemu Suninen, que foi o melhor dos WRC2, a bordo de um Skoda Fabia R5, e que agora era o sétimo da geral, a 8,8 segundos.
Contudo, Ogier não ficou quieto, e na especial seguinte, a primeira passagem por Tula, venceu a especial, por 0,4 segundos sobre Thierry Neuville, mas mais importante, conseguiu tirar 3,4 segundos sobre Jari-Matti Latvala, recuperando a liderança. Mas para o francês, a sua preocupação era outra: os seus pneus. “Estão bastante no limite, mas com tanta gravilha solta os macios são a melhor opção”, contou.
Algo que a concorrência mostrava incrédula, como por exemplo, o belga da Hyundai, Thierry Neuville: “Não sei como é possível para ele fazer estes tempos. É impossível andar tão depressa, eles devem ter muita tração. Esperava retirar mais tempo”, disse o belga.
Neuville reagiu na primeira passagem por Castelsardo, vencendo-a, com Ogier a perder mais de doze segundos e também a ceder a liderança para Latvala, mas com o belga da Hyundai... a 0,8 segundos. Ogier era agora o terceiro, a 10,6 segundos. Neuville repetiu a proeza na especial seguinte, a primeira passagem por Tergu-Osilo, e com um avanço de 2,3 segundos sobre Latvala, ficou com a liderança do rali, com um avanço de 1,5 segundos sobre o finlandês da Volkswagen. Ogier estava agora a 23,7 segundos, no terceiro lugar.
“Claro que houve limpeza da estrada, do qual procurámos retirar vantagem. Excepto o pião que fizemos na classificativa anterior, penso que podemos estar satisfeitos com o ‘loop’ da manhã”, disse Neuville, justificando a chegada à liderança.
A parte da tarde foi dedicada à segunda passagem pelas classificativas da manhã, com Latvala a reagir na sexta especial, conseguindo passar o belga e ficar com a liderança, com uma vantagem de 2,4 segundos sobre o belga, que foi apenas quinto. Agora, a diferença era apenas de 0,9 segundos, mas sabia-se que não iriam ficar por ali.
E foi o que aconteceu: a sétima especial, a segunda passagem por Tula, fez com que o belga conseguisse vencer a etapa com um avanço de 4,4 segundos sobre Latvala e recuperar a liderança, enquanto que Ogier era apenas terceiro, a 5,6 segundos. “O Jari-Matti esteve bem, mas eu também andei forte e o tempo final é positivo. O carro está a trabalhar de forma satisfatória nestas condições”, contou Neuville à chegada.
A luta entre estes dois estava ao rubro, com Ogier a relegar-se cada vez mais na terceira posição, a quase meio minuto, e a ser ameaçado pelos noruegueses Mads Ostberg (Ford) e Anders Mikkelsen (Volkswagen).
Neuville alargou a vantagem na oitava especial para 7,7 segundos, algo que o deixou feliz: “O Jari-Matti esteve bem, mas eu também andei forte e o tempo final é positivo. O carro está a trabalhar de forma satisfatória nestas condições”, disse Neuville à chegada. Ogier continuava na terceira posição, agora com 34,9 segundos de diferença. Neuville fechou o dia com nova vitória, desta vez com um avanço de 3,4 segundos sobre Latvala, com Ogier a manter a terceira posição.
No final deste primeiro dia, Neuville tem agora uma vantagem de 11,1 segundos sobre Latvala, enquanto que Ogier está agora a 40,3 segundos da liderança. Depois do pódio, Anders Mikkelsen é o quarto com o terceiro Volkswagen, seguido pelo seu compatriota Mads Ostberg, consegue ser o melhor dos Fords e o último com um avanço inferior a um minuto - 58,5 segundos.
Dani Sordo é o sexto, com um atraso de um minuto e 18 segundos sobre o lider, mas já está distante de ser apanhado - mais de um minuto e 20 segundos - sobre o sétimo classificado, Henning Solberg, que anda a disputar este lugar com Ott Tanak. Nicolas Fuchs é o nono, e o melhor dos WRC2, a dois minutos e 56 segundos, na frente de Lorenzo Bertelli, o melhor italiano.
Amanhã, o Rali da Sardenha prossegue com mais seis especiais.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Noticias: STCC vai andar com regulamento TCR em 2017
O STCC (Scandinavian Touring Car Championship) decidiu esta quinta-feira que na próxima temporada, irá seguir os regulamentos do TCR, abrindo a grelha para as vbárias marcas que a compõem. Esta decisão foi tomada depois de duas corridas nesta temporada, onde o pelotão da competição estava reduzido... a dez carros.
"Os Turismos são o futuro e eu não acho que haja uma razão para esperar mais. É hora de uma mudança", começou por dizer Jonas Lundin, diretor do STCC. Apesar de tudo isto, esta mudança de regulamentos poderá não significar um alargamento do pelotão em termos dramáticos.
"Não há dúvida de que o interesse pelo TCR vai ser grande entre os importadores, equipas e pilotos. Como o interesse vai afetar o tamanho da grelha de partida para o primeiro ano ainda é muito cedo para dizer. Estamos a trabalhar a longo prazo. Não há garantia de que não haverá mais carros no grelha do que este ano, mas sabemos que nós estamos a começar algo novo que tem o potencial para se tornar realmente grande", concluiu Lundin.
Por agora, a Volvo, a construtora local, já disse que não está muito interessado em desenvolver carros para o TCR devido aos seus compromissos no WTCC.
"Temos apoiado o automobilismo no STCC e na Suécia por mais de duas décadas. Queremos continuar nosso envolvimento no campeonato, mas como não temos um carro para o TCR, precisamos avaliar outras opções disponíveis no formato STCC na temporada de 2017", disse Alexander Murdzevski Schedvin, diretor desportivo da Polestar.
Seis pilotos que nunca venceram em Montreal
O que Gilles Villeneuve, Thierry Boutsen, Jean Alesi, Lewis Hamilton, Robert Kubica e Daniel Ricciardo tem em comum? Todos venceram ali pela primeira vez na Formula 1. Mas provavelmente isso é algo do qual já deve saber. Mas provavelmente o que pode não saber é que há pilotos que nunca venceram naquele circuito, e alguns deles são campeões do mundo!
A corrida canadiana é um local onde houve muita variedade em termos de vencedores, mas Michael Schumacher, o mais vencedor deles todos, com sete triunfos entre 1994 e 2004. Mas entre muitos dos vencedores da Formula 1, houve quem não tenha conseguido entrar nessa variedade, por algum motivo. Aqui aparecem cinco histórias de pilotos que tentaram sempre, mas não conseguiram nunca.
O piloto austríaco, tricampeão mundial - e um dos poucos pilotos cuja vida deu um filme - nunca subiu ao lugar mais alto do pódio. A sua primeira corrida, em 1972, acabou em... desclassificação, e na segunda, no ano seguinte, deu nas vistas, liderando boa parte da corrida no seu BRM, até ter um problema na bomba de combustível, quando seguia no quinto posto.
Nos anos seguintes, pela Ferrari, Lauda nunca teve grande sorte em paragens canadianas, e em 1975 não houve corrida, o que poderia ter dado azo para consagrar-se no seu primeiro campeonato do mundo. em 1977, despediu-se da Ferrari ainda antes da corrida de Mosport, o que fez antecipar a estreia de Gilles Villeneuve na Scuderia. E em 1979, Lauda escolheu o Canadá para retirar-se da Formula 1 pela primeira vez, depois de uma temporada frustrante na Brabham.
O seu único resultado relevante aconteceu em 1984, quando foi segundo classificado, a bordo do seu McLaren-TAG Porsche, numa corrida ganha pelo seu antigo companheiro de equipa, Nelson Piquet.
Entre 1978 e 1986, Keijo "Keke" Rosberg participou em sete corridas em paragens canadianas, e em nenhuma delas, se ouviu o hino finlandês. A razão? Por vezes, os carros que tinha em mãos, outras, por estar no lugar errado à hora errada. Nos primeiros anos, a bordo de carros como a ATS, Wolf e Fittipaldi, não se qualificou em 1979 e 81, mas na segunda parte, quando correu pela Williams, e depois McLaren, foi um pouco melhor: quartos lugares em 1983, 1985 e 1986.
Aliás, na edição de 85, a bordo do seu Williams FW10, Rosberg foi protagonista de um momento espectacular quando conseguiu controlar um pião na zona do "hairpin", evitando bater no guard-rail, rumando depois para o quarto posto final.
Curiosamente, o seu filho Nico ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio em terras canadianas... será que conseguirá este domingo?
As tentativas de Jacques Villeneuve de emular o sucesso do seu pai foram muitas mas todas terminaram sem que ele subisse ao lugar mais alto do pódio na corrida "caseira". Se o seu pai, Gilles, estreou-se ali na galeria dos vencedores, já o filho Jacques, nascido no Quebec, nunca teve essa chance, apesar das passagens por Williams, BAR, Renault e Sauber-BMW.
A sua primeira passagem por terras canadianas, em 1996, foi promissora, quando chegou no segundo posto e com a volta mais rápida no seu bolso. Mas isso viria a ser o seu melhor lugar, pois nos anos seguintes, isso viria a não acontecer. Entre muitas desistências, não voltou a pontuar. A única vez em que esteve próximo foi em 2005, quando chegou na nona posição, à porta dos pontos.
A sua primeira passagem por terras canadianas, em 1996, foi promissora, quando chegou no segundo posto e com a volta mais rápida no seu bolso. Mas isso viria a ser o seu melhor lugar, pois nos anos seguintes, isso viria a não acontecer. Entre muitas desistências, não voltou a pontuar. A única vez em que esteve próximo foi em 2005, quando chegou na nona posição, à porta dos pontos.
Senhor de uma carreira bem longa na Formula 1 - tal como os dois pilotos que apresentarei a seguir - o piloto escocês com passagens pela Williams, McLaren e Red Bull, nunca fez tocar o "God Save the Queen" nas quinze temporadas que esteve na categoria máxima do automobilismo.
A sua primeira passagem por terras canadianas, em 1994, foi importante porque foi ali que conseguiu os seus primeiros pontos, com um quinto lugar. Voltaria a pontuar em 1996, já na McLaren, com um quarto posto, e teve de esperar seis anos, até 2002, para subir ao pódio, com um segundo lugar. Pelo meio, teve uma pole-position em 1998, mas não terminou as corridas até ali.
Já na Red Bull, pontuou em 2005 e 2006, e foi em 2008 que o escocês subiu de novo ao pódio, com um terceiro lugar. O último de 62 pódios recolhidos ao longo da sua carreira.
A sua primeira passagem por terras canadianas, em 1994, foi importante porque foi ali que conseguiu os seus primeiros pontos, com um quinto lugar. Voltaria a pontuar em 1996, já na McLaren, com um quarto posto, e teve de esperar seis anos, até 2002, para subir ao pódio, com um segundo lugar. Pelo meio, teve uma pole-position em 1998, mas não terminou as corridas até ali.
Já na Red Bull, pontuou em 2005 e 2006, e foi em 2008 que o escocês subiu de novo ao pódio, com um terceiro lugar. O último de 62 pódios recolhidos ao longo da sua carreira.
Entre 1993 e 2011, Rubens Barrichello foi um dos pilotos com a carreira mais extensa na história da Formula 1, com treze vitórias, mas nenhuma delas foi em terras canadianas, apesar das tentativas que fez e dos pódios que alcançou, ao serviço de equipas como Jordan, Stewart, Ferrari, BAR, Honda, Brawn GP e Williams.
O seu primeiro resultado relevante foi em 1995, quando foi segundo classificado, e conseguindo ali o seu segundo pódio da sua carreira. Só iria voltar a pontuar três anos depois, a bordo de um Stewart.
Já na Ferrari, Barrichello subiu ao pódio nas edições de 2000 (segundo), 2002 (terceiro), 2004 (de novo em segundo), 2005 (outra vez em terceiro), mas sem vencer. Em 2008, foi sétimo, a bordo do seu Honda, e em 2011, foi nono, a bordo da sua Williams.
Tal como Barrichello, Felipe Massa tem uma carreira bem grande na Formula 1 - está a correr desde 2002 na categoria máxima do automobilismo - mas subir ao lugar mais alto do pódio em terras canadianas é algo que nunca conseguiu. Aliás, para sermos honestos, Felipe Massa nunca subiu ao pódio em terras canadianas!
O seu primeiro resultado relevante foi em 2005, quando Massa terminou a corrida na quarta posição, a bordo do seu Sauber, e no ano seguinte, a primeira na Ferrari, chegou ao fim na quinta posição. Só voltaria a pontuar em 2008, com um quinto posto, e sextos lugares em 2011, 2013 e 2015.
Claro, a sua carreira ainda está algo longe do fim, mas numa altura em que o Brasil vive um jejum de sete anos sem vitórias na Formula 1, não parece que esteja perto de acontecer.
O seu primeiro resultado relevante foi em 2005, quando Massa terminou a corrida na quarta posição, a bordo do seu Sauber, e no ano seguinte, a primeira na Ferrari, chegou ao fim na quinta posição. Só voltaria a pontuar em 2008, com um quinto posto, e sextos lugares em 2011, 2013 e 2015.
Claro, a sua carreira ainda está algo longe do fim, mas numa altura em que o Brasil vive um jejum de sete anos sem vitórias na Formula 1, não parece que esteja perto de acontecer.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
A mecânica do acidente de Fernando Alonso em Melbourne
Há cerca de três meses, em Melbourne, Fernando Alonso teve um dos piores acidentes da sua carreira, ao embater fortemente no muro depois de ter capotado na gravilha. Embora aparentemente, o piloto espanhol da McLaren tenha saído dali relativamente incólume, ele acabou por depois deterarem-lhe fissuras nas costelas e um pulmão perfurado, que o impediram de correr no Bahrein, sendo substituido por Stoffel Vandoorne.
Esta quarta-feira, a FIA divulgou o relatório final sobre o seu acidente e o impacto que ele sofreu no embate no muro foi impressionante: 46 G's! Tudo isto a partir de um choque inicial com o carro de Esteban Gutierrez, a 305 km/hora. "A partir de um impacto inicial de 305km/hora, o carro de Alonso foi capaz de gerir três desacelerações, uma delas no ar, sem grande prejuízo para o piloto, principalmente devido a uma variedade de sistemas de segurança existentes no carro, um bom desempenho para a sua finalidade projetada", concluiu.
Laurent Mekies, gerente do FIA Global Institute, afirmou que as lições tiradas do acidente do Alonso - especialmente as imagens de vídeo - contribuirão para haja uma melhor segurança no futuro.
"O que queríamos entender era a dinâmica exata da cabeça, pescoço e ombros num acidente como este e como eles interagem com as outras partes do cockpit - os preenchimentos, o HANS, os cintos e qualquer outra coisa que pode estar dentro do cockpit", começou por dizer.
"Estas câmaras permitem-nos compreender melhor as forças exercidas sobre a cabeça em determinados deslocamentos, o alongamento do pescoço, como ele interage com os apoios de cabeça, como os encostos de cabeça se mexem e o que precisamos fazer para produzir o cockpit da próxima geração. "
Mekies deu a entender que a existência de mais câmeras para monitorizar os pilotos no futuro, bem como a possibilidade de usaram melhor os dados biométricos. "Você poderia imaginar amanhã um milhão de coisas - você poderia imaginar tentar estimar as cargas sobre a parte superior do corpo dos pilotos através dos cintos de segurança, por exemplo. É um campo de pesquisa que nunca vai parar, tanto como a pesquisa por mais segurança nunca irá parar, pois vamos continuar a empurrar os limites para ganhar uma compreensão mais profunda", concluiu.
WTCC: Volvo não vai ter pronto um terceiro carro para Vila Real
Surgiram rumores nas últimas semanas que a Polestar poderia inscrever um terceiro carro para a ronda de vila Real, no final do mês. Contudo, a preparadora sueca, que está a preparar os Volvo para o WTCC, disse hoje que isso está descartado. “Nós não vamos entrar com um terceiro carro em Vila Real”, disse o relações públicas da Polestar Racing, Johan Meissner, ao site SportMotores.com.
Contudo, os dois carros que estão presentes, para Thed Bjork e Frederik Ekblom, não tem tido grandes resultados nesta temporada de estreia no WTCC. Por exemplo, nenhum dos carros chegou ainda ao "top five" de qualquer corrida até agora. E mesmo o próprio Meissner não esclareceu se o tal terceiro carro poderia ser usado ainda durante a temporada.
Caso essa hipótese aconteça, esse terceiro carro, que serve essencialmente como "muleto" de testes durante os fins de semana das corridas, facilitando o trabalho para os engenheiros suecos, poderia aparecer mais para o final desta temporada.
terça-feira, 7 de junho de 2016
Cinco historietas marcantes do circuito de Montreal
Há muito tempo que estou convencido que quando a Formula 1 chega a Montreal, o espírito de Gilles Villeneuve instala-se sobre o paddock e o pelotão, fazendo coisas que são absolutamente invulgares, especialmente nos tempos em que a categoria se tornou em algo aborrecido. Em muitos aspectos, esta corrida bem popular entre os fãs, pilotos e equipas é um local que todos esperam durante todo o ano, e desde 1978, é o lugar onde se disputa o GP do Canadá, depois de nove anos no circuito de Mosport, no Ontário, e outros dois no circuito de Mont-Tremblant, também no Quebec.
Desenhado no mesmo sitio onde em 1967 acolheu a Exposição Universal que comemorou o centenário da criação da Confederação Canadiana, o circuito da Ile de Notre-Dâme entrou no calendário em 1978 e em 1982 recebeu o nome atual, em homenagem ao mitico piloto canadiano, morto nesse mesmo ano. Com interrupções em 1987 e 2009, foram poucas as corridas ditas... aborrecidas. Eis cinco exemplos, dos anos 70 até à década atual, onde a reputação do circuito se solidificou nas mentes dos fãs.
1 - A primeira vez do piloto local (1978)
Em 1978, a Formula 1 saiu de Mosport para Montreal, embora a corrida continuasse a ser no outono. Naquele ano, era a corrida de encerramento do campeonato, numa altura em que os Lotus tinham dominado a temporada, também marcada pelo acidente mortal de Ronnie Peterson. no seu lugar, foi chamado o francês Jean-Pierre Jarier, com reputação de ser veloz, mas pouco consistente.
No novo circuito, ainda com as marcas da construção (havia lama nas bermas, uma armadilha para pilotos e carros) e debaixo de uma temperatura próxima dos zero graus, Jarier pegou no modelo 79 e voou para a pole-position, a terceira (e última) da sua carreira. No arranque, fez uma corrida consistente, no sentido de vencer, seguido por Alan Jones, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve. Para Jarier, foi o momento em que esteve mais próximo de subir ao lugar mais alto do pódio, mas na volta 51, uma falha na pressão do óleo fez com que abandonasse a corrida. Nunca mais teria outra chance na sua longa carreira.
O grande beneficiado disto tudo foi Gilles Villeneuve, que estava atrás do francês, e levou o carro até ao fim, conseguindo uma emocionante vitória, a primeira da sua carreira, e um ano depois da sua estreia na Ferrari, em Mosport. Joduy Scheckter foi o segundo, na frente de Carlos Reutemann, no segundo Ferrari.
No novo circuito, ainda com as marcas da construção (havia lama nas bermas, uma armadilha para pilotos e carros) e debaixo de uma temperatura próxima dos zero graus, Jarier pegou no modelo 79 e voou para a pole-position, a terceira (e última) da sua carreira. No arranque, fez uma corrida consistente, no sentido de vencer, seguido por Alan Jones, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve. Para Jarier, foi o momento em que esteve mais próximo de subir ao lugar mais alto do pódio, mas na volta 51, uma falha na pressão do óleo fez com que abandonasse a corrida. Nunca mais teria outra chance na sua longa carreira.
O grande beneficiado disto tudo foi Gilles Villeneuve, que estava atrás do francês, e levou o carro até ao fim, conseguindo uma emocionante vitória, a primeira da sua carreira, e um ano depois da sua estreia na Ferrari, em Mosport. Joduy Scheckter foi o segundo, na frente de Carlos Reutemann, no segundo Ferrari.
2 - Nariz, que nariz? (1981)
Três anos depois, o GP do Canadá era a penúltima corrida de um campeonato cujo titulo estava a ser disputado a quatro: o Renault de Alain Prost, o Ligier de Jacques Laffite, o Brabham de Nelson Piquet e o Williams de Carlos Reutemann. Alan Jones, o campeão do ano anterior, estava de fora da luta pelo título, e já pensava na retirada da competição, enquanto que Gilles Villeneuve esperava conseguir um brilharete na sua corrida "de casa".
Piquet fez a pole-position, seguido por Reutemann, Jones e Prost. Jacques Laffite era décimo na grelha, um lugar na frente de Villeneuve.
A corrida aconteceu debaixo de frio e chuva, com confusão nas primeiras voltas. Jones foi para a frente, aproveitando um incidente que tinha deixado o seu companheiro de equipa no fundo do pelotão, mas na sétima volta despistou-se, e o brasileiro saiu da pista para evitar a colisão. Na volta dez, Prost era o líder, com Laffite em segundo, mas na volta treze, o francês da Ligier ficou com o comando da corrida.
Atrás, Villeneuve sofreu um pequeno incidente que danificou a sua asa frontal. Este começou a desfazer à frente de toda a gente, que observava, entre o espantado e o aterrado, o que o canadiano fazia para equilibrar o carro na pista. Por fim, a asa cedeu e ele prosseguiu.
No final, Jacques Laffite foi o grande vencedor, com o McLaren de John Watson no segundo posto. Gilles Villeneuve foi o terceiro, e Nelson Piquet foi o quinto, conseguindo dois pontos essenciais na sua luta pelo titulo, que iria alcançar na corrida final, em Las Vegas.
A edição de 1981 viria a ser a última realizada em setembro/outubro. As baixas temperaturas naquele período do ano fazem com que partir do ano seguinte, o GP do Canadá ocorreria a meio de junho. E infelizmente, seria a última vez que Gilles correria ali. Morreria um mês antes da edição seguinte do GP canadiano.
3 - Para acabar primeiro, primeiro tem de acabar (1991)
Dez anos depois, a Formula 1 estava em paragens canadianas numa altura em que Ayrton Senna e a McLaren dominavam o pelotão da Formula 1, mas por essa altura, a Williams já reagia, com Nigel Mansell e o modelo FW14. A quinta prova do campeonato de 1991 tinha dado algumas novidades, como por exemplo, o despedimento do diretor da Ferrari, Cesare Fiorio, a pedido de Alain Prost.
Na qualificação, Riccardo Patrese foi o melhor, na frente de Nigel Mansell, Ayrton Senna e Alain Prost. Nelson Piquet era o oitavo na grelha, na frente do Tyrrell de Stefano Modena.
A corrida foi interessante. Os Williams dominaram, enquanto que Senna desistiu na volta 25 devido a um problema com o alternador. Patrese cedeu a liderança a Mansell devido a problemas de motor, e depois perdeu para Piquet e Modena. No inicio da última volta, o "brutânico" tinha um avanço de quase um minuto e já comemorava a vitória quando... deixou ir o seu motor abaixo. Piquet, que vinha atrás, nem queria acreditar, e venceu a sua 23ª (e depois, última) vitória da sua carreira. E ele foi sempre a sorrir ao pódio, contando depois que "teve um orgasmo" ao saber o que tinha acontecido ao seu rival.
A corrida canadiana teve também mais alguns resultados invulgares: não só aconteceu o melhor resultado de sempre de Stefano Modena, com o segundo lugar no seu Tyrrell-Honda, como também foi o local onde a Jordan conseguiu os seus primeiros pontos da sua história, com o quarto lugar alcançado por Andrea de Cesaris, e o quinto posto de Bertrand Gachot. Mansell, mesmo com o seu problema, foi sexto.
Curiosamente, a vitória de Piquet era a sétima consecutiva de um piloto brasileiro. Desde o GP do Japão de 1990, o equilíbrio era patente: Senna tinha quatro, Piquet três.
4 - ... e tudo aquele chassis desintegrou (2007)
Em 2007, a corrida de Montreal era a sexta corrida do campeonato, numa luta entre a McLaren e a Ferrari, com Lewis Hamilton a estar no centro das atenções, não só porque era um estreante, como conseguia bater o pé a Fernando Alonso, o então campeão do mundo.
Na qualificação, a McLaren monopolizou a primeira fila, com Lewis Hamilton a fazer a sua primeira pole da sua carreira, com Fernando Alonso atrás. A corrida começou com Hamilton a ser melhor do que Alonso, que saiu de pista e danificou uma parte do seu carro, sofrendo até ao fim. Na volta 22, Adrian Sutil bateu forte e fez com que o Safety Car saísse da pista pela primeira vez. Ele ficou por quatro voltas, e logo a seguir, a corrida foi retomada... por uma volta. O polaco Robert Kubica estava colado atrás do Toyota de Jarno Trulli quando perdeu o controlo na travagem para o gancho, desfazendo o seu Sauber-BMW, num dos acidentes mais espectaculares da década.
Apesar de todos os incidentes, a corrida acabou com Lewis Hamilton a vencer pela primeira vez na sua carreira, na frente de Nick Heidfeld e o Williams de Alexander Wurz. O mais surpreendente foi no sétimo posto, quando Takuma Sato, no seu Super Aguri, que ficou na frente de... Fernando Alonso.
O polaco teve contusões nos pés e queria correr na prova seguinte, em Indianápolis, mas a FIA vetou a sua participação, por motivos médicos. A BMW Sauber convoca assim um jovem alemão de 20 anos para o seu lugar, fazendo assim a sua estreia na Formula 1. Seu nome? Sebastian Vettel.
Para Kubica, Montreal é palco de extremos: no ano seguinte, vai ser em Montreal que irá conseguir a sua única vitória na Formula 1.
5 - Quatro horas para definir um vencedor (2011)
De vez em quando a Formula 1 corre em Montreal debaixo de chuva intensa. Foi o que aconteceu em 2011, quando durante todo o fim de semana, o mau tempo e as baixas temperaturas afetaram todo o fim de semana da corrida canadiana.
Sebastian Vettel foi o poleman, na frente do Ferrari de Fernando Alonso e do seu companheiro, Felipe Massa. No dia da corrida, caía uma chuva persistente, que fez com que a corrida começasse atrás do Safety Car. As coisas continuaram assim nas cinco voltas seguintes, até que a corrida prosseguiu, com alguns incidentes mais ou menos graves. Na oitava volta, ambos os McLaren colidiram, com Hamilton a desistir, e o Safety Car voltou a entrar na pista nas cinco voltas seguintes.
Contudo, as condições pioraram e na volta 20, a bandeira vermelha foi acionada, e os carros pararam na grelha. As coisas ficaram assim durante duas horas, esperando que as condições melhorassem. Pelas quatro da tarde, hora local, a corrida recomeçou atrás do Safety Car, com Vettel na liderança, e o japonês Kamui Kobayashi atrás.
No final, quase às cinco da tarde, tudo se definiu na última volta: Sebastian Vettel estava na frente, mas a ser acossado pelo McLaren de Jenson Button, que estava a aproximar-se numa superfície que secava rapidamente. A algumas curvas do fim, o Red Bull do piloto alemão escapou de traseira e o britânico aproveitou, acabando por alcançar a vitória. Tudo isto durou quatro horas, quatro minutos e 39 segundos: a corrida mais longa da história da Formula 1.
Montoya deseja experimentar Bathurst
Que Juan Pablo Montoya é um piloto eclético como poucos, lá isso é verdade. Já andou na NASCAR, está na IndyCar, é vencedor das 500 Milhas de Indianápolis por duas vezes, venceu sete Grandes Prémios de Formula 1, incluindo uma edição do GP do Mónaco, mas ele quer mais. Não só deseja competir - e ganhar - em Le Mans, como também quer competir em Bathursh, a "meca" do automobilismo australiano. O colombiano de 40 anos expressou esse desejo esta semana, e revelou que isso esteve perto de acontecer em 2015, pela Penske, mas que acabou por inscrever um carro para Scott Pye e Marcus Ambrose.
"Se fizer alguma coisa com um tejadilho há uma maior hipótese de
concretizá-la na Austrália do que nos EUA, para fazer Bathurst”,
afirmou. “Seria algo muito divertido”, concluiu.
No ano passado, Montoya testou a bordo de um Porsche no Bahrein, após o final do Mundial do WEC, mas o projeto não foi para adiante porque a FIA decidiu abolir este ano o terceiro carro para a clássica da Endurance.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Dailyshow Motorsport Show: O episódio dois do Extra Gear
Top Gear: Extra Gear S01E02 por carabinieri8
É mais pequeno, mas arrisca a ser um programa bem interessante: o Extra Gear, apresentado por Rory Reid e Chris Harris, é um programa onde se apresentam alguns detalhes técnicos deixados de fora no Top Gear, e fazem-se testes mais adequados a um programa de automóveis. Mas neste episódio, Harris foi correr nas 24 Horas de Nurburgring a bordo de um Glikenhaus P4/5 Competitizione, um supercarro... com matricula.
E para alem disso, existirão mais algumas coisas, como por exemplo, um teste com um Volvo XC60. Como disse no video anterior, não há legendas, por isso, se não entender inglês, limite-se a ver as imagens...
Dailymotion Motorsport Show: O episódio dois do Top Gear
Ontem à noite, a BBC emitiu o segundo episódio do Top Gear, a nova temporada com novos apresentadores. Chris Evans continua a gritar, mas justifica-se porque o primeiro carro que andou a testar era um McLaren, e aquilo parece mesmo uma "besta" a guiar. Pena ele não ter vomitado, apesar de ter Jenson Button a seu lado...
De resto, Evans e Matt LeBlanc estiveram na África do Sul a testar três jipes de luxo - um Porsche, um Mercedes e o novo Jaguar - com o terceiro elemento a ser o Eddie Jordan. E tiveram alguns convidados de luxo, entre eles a vocalista do Texas, Charlene Spiteri.
Caso queiram ver, deixo aqui o programa. Desde já, aviso que não tem legendas...
CNR: Adruzilo Lopes volta com um Porsche
Um dos nomes mais miticos do rali português voltará dentro em breve. Adruzilo Lopes, piloto de Vila Nova de Famalicão, campeão nacional nos anos 90 com o Peugeot 306 Maxi, regressará ao Campeonato Nacional de Ralis a bordo de um Porsche 911 GT3, após não ter conseguido juntar dinheiro suficiente para conseguir um R5. Lopes voltará com o seu navegador de sempre, Luis Lisboa, no Rali de Monchique, na semana que vêm.
“Consegui colocar de pé este projeto em conjunto com a estrutura espanhola da Iván Ares, com o objetivo de realizar a partir de agora as 6 provas do calendário do Campeonato Nacional RGT. Uma vez que não queria mais correr em Grupo N, tentei montar um projeto com um R5, mas na impossibilidade de o concretizar em tempo útil, acabei por optar pelo Porsche GT3. Já tive um primeiro contacto com o carro que, apesar de ser à chuva, deu para compreender as potencialidades do Porsche, que apesar de ser um 3,6 litros tem potencialidades para ganhar à geral. Antes do Rali de Monchique ainda vamos realizar mais um teste”, afirmou um entusiasmado Adruzilo Lopes.
Lopes vai correr essencialmente nos ralis de asfalto, começando por Monchique, antes de no final do mês correr no Rali Vidreiro, a próxima prova do Nacional. Ele também participará no Aguiar da Beira e Algarve, para além dos ralis do Alto Minho e Viana do Castelo, estes a contar para o Regional Norte.
domingo, 5 de junho de 2016
Dailymotion Race Video: A corrida de Berlim da Formula E
A corrida da Formula e em Berlim foi há duas semanas, mas nem toda a gente pode ver em direto na televisão. Sendo assim, eis aqui um video onde pode ver, na íntegra (com narração em espanhol), a mais recente prova do calendário da Formula E, no fim de semana que deveria ter a ronda de Moscovo, mas esta acabou por ser cancelada, encurtando o Mundial elétrico em uma corrida.
Como é sabido, o grande vencedor desta corrida foi Sebastien Buemi, com Daniel Abt em segundo e Lucas di Grassi em terceiro, fazendo com que a diferença entre ambos os pilotos - Buemi e Di Grassi - seja de apenas um ponto, com vantagem para o piloto brasileiro.
O mundial regressa entre os dias 2 e 3 de julho, em Londres, e vai ser uma jornada dupla.