A Williams vai ser, sem dúvida, a pior equipa da Formula 1 nesta temporada. O FW42 parece ter sido mal desenhado, a tal ponto que o seu projectista, Paddy Lowe, ter decidido abandonar a equipa após a realização dos testes de pré-temporada. Numa declaração ao site motorsport.com, durante o fim de semana do GP da Austrália, George Russell, o estreante da equipa, afirmou que esta já descobriu qual é a falha do FW42 e do qual estão a trabalhar activamente para a sua resolução.
"Há uma falha fundamental que não quero discutir publicamente", começou por dizer o piloto britânico, que se estreia esta fim de semana na Formula 1. "Nós entendemos qual é o problema, mas isso não significa que podemos acordar na manhã de segunda-feira e corrigi-lo. Mudar algo tão fundamental levará meses de desenvolvimento, muito trabalho no simulador e é preciso projetar como fazê-lo. E infelizmente teremos uma série de corridas antes de podermos brigar. Mas acho que, resolvido o problema, haverá um grande salto”, continuou.
“Nós provavelmente ainda iremos estar na parte de trás do grelha, mas com a chance de lutar no futuro. O fato é que não temos nenhuma esperança neste momento [é] porque estamos muito atrasados”, concluiu.
Enquanto Russell tenta se manter otimista com a recuperação da Williams, já Robert Kubica não está muito animado com essa possibilidade. O veterano piloto polaco, de regresso à Formula 1 depois de oito anos de ausência, acha que o processo vai ser lento.
"Não quero colocar números. No ano passado sabíamos cedo que havia um problema e por todo o ano permaneceu mais ou menos o mesmo. Como sou mais experiente, nunca direi que demorará dois ou três meses. Ninguém sabe. Espero que demore apenas isso, mas não sei”.
Quanto à qualificação, Russell disse ter ficado feliz por ter tirado o máximo do carro.
"Em todas as três voltas do Q1, cruzei a linha com um sorriso no rosto e realmente senti que tirei o máximo proveito disso", começou por dizer. "Mas obviamente queremos mais do que isso, e quero estar no carro por mais tempo do que só os primeiros 18 minutos. Em Barcelona eu provavelmente estava em 99%, mas hoje eu acho que foi meu potencial máximo. Do meu lado e dos meus engenheiros, fizemos o nosso trabalho, que foi tirar o máximo do pacote que temos. Foi muito satisfatório”, continuou.
"Só que esta é apenas a primeira corrida. O principal trabalho agora é realmente ajudar a equipe a entender as fraquezas e ver como ir adiante, porque não tenho interesse em lutar com o Robert pelo 19º lugar. Queremos trabalhar juntos para levar a equipe para frente”, concluiu.
O GP da Austrália acontecerá nesta madrugada.
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