Para acabar bem o dia, lembro-vos que o "rei do cool" até teve uma musica cantada por Sheryl Crow.
sábado, 7 de novembro de 2015
A imagem do dia
"Rei do Cool", é a primeira coisa que me lembro, sempre que falam de Steve McQueen. Mas lembro da sua paixão pelos automóveis, pela melhor cena de perseguição policial da história do cinema, e por ter decidido fazer um filme sobre Le Mans, contra tudo e contra todos. Hoje passam 35 anos desde a sua morte, no México, e McQueen ainda é recordado como um mito de uma era que provavelmente não voltará mais.
Nesta foto de Bernard Cahier, McQueen está naquilo que se tornou no trabalho de uma vida, que quase o consumiu o seu dinheiro e a sua reputação. As 24 Horas de Le Mans tornaram-se, naquele final da década de 60, numa das coisas mais apetecíveis para os americanos, e para Steve McQueen, combinavam duas obsessões suas: automobilismo e cinema.
McQueen procurava um filme sobre automobilismo desde 1966. Houve uma tentativa com John Sturgis, chamado "O Dia do Campeão", com filmagens em Nurburgring, mas aconteceu na mesma altura de "Grand Prix", e este acabou em primeiro. E pouco antes, tinha sido oferecido o papel de Pete Aron, mas divergências entre ele e um dos produtores inviabilizaram o acordo.
McQueen procurava um filme sobre automobilismo desde 1966. Houve uma tentativa com John Sturgis, chamado "O Dia do Campeão", com filmagens em Nurburgring, mas aconteceu na mesma altura de "Grand Prix", e este acabou em primeiro. E pouco antes, tinha sido oferecido o papel de Pete Aron, mas divergências entre ele e um dos produtores inviabilizaram o acordo.
Quando conseguiu, ele treinou-se (e quase ganhou) em Sebring e estava pronto a correr em Le Mans com o Porsche 917K numero 23, ao lado de Jackie Stewart, quando a produtora disse que era demais e decidiu não pagar o seguro contra todos os riscos. A obsessão de McQueen com o filme foi tal que quando o resultado não saiu como queria, ele renegou-o: não foi à estreia do filme e não voltou a correr até à sua morte, nove anos e meio depois.
Este ano vai sair um documentário chamado "Steve McQueen, The Man & Le Mans", e quando acontecer, recomendo que o vejam.
Este ano vai sair um documentário chamado "Steve McQueen, The Man & Le Mans", e quando acontecer, recomendo que o vejam.
CNR 2015 - Rali do Algarve (Dia 1)
O rali do Algarve, a última prova do campeonato nacional de ralis, decidiu ser este ano um pouco diferente dos restantes, fora Açores e Madeira: dividido em dois dias, oito classificativas de terra, onde em tempos passava o Rali de Portugal, acabou o dia com uma luta entre Carlos Vieira e Ricardo Moura pela liderança, e com José Pedro Fontes num pálido quarto posto, a quase 50 segundos e com cada vez menos chances de conquistar o campeonato.
Com o rali a começar na tarde deste sábado, na primeira passagem por São Brás de Alportel, Ricardo Moura começou melhor, abrindo uma vantagem de 7,2 segundos sobre Carlos Vieira, noutro Ford Fiesta R5, enquanto que José Pedro Fontes era o terceiro, com uma desvantagem de 13,2 segundos, no seu Citroen DS3 R5. Pedro Meireles era o quarto, a 13,6 segundos de Moura, e já abria uma eborme vantagem sobre o outro Skoda Fabia S2000 de Joaquim Alves. Diago Gago, no Peugeot 208 R2 com que participou no Europeu Junior, era o surpreendente sexto classificado, na frente de Adruzilo Lopes. Já o local Ricardo Teodósio tinha problemas de motor e perdia mais de quatro minutos para os líderes.
A seguir, na primeira passagem por Alportel, Carlos Vieira aumentava a vantagem sobre Moura, que era superado por Pedro Meireles... por 0,1 segundos! Contudo, ambos tinham feito tempos, respectivamente, 4,1 e 4,2 segundos mais lentos do que o piloto do Ford Fiesta R5. Carlos Martins fazia o quarto melhor tempo, na frente de Diogo Salvi e José Pedro Fontes, que perdia 13,5 segundos para o lider (e tinha problemas de travões), e tinha caído para o quarto lugar da geral, a 22,5 segundos de Ricardo Moura, que ainda liderava.
Na segunda passagem por São Brás, Carlos Vireira continuava a vencer, mas Ricardo Moura conseguia segurar a liderança, pois a diferença entre ambos tinha sido de 1,1 segundos, e o piloto dos Açores mantinha a liderança por meros dois segundos sobre Vieira. Já José Pedro Fontes era o sexto na etapa, perdendo 25,7 segundos e era quarto, a 47,1 segundos, vendo Moura cada vez mais distante. Ricardo Teodóisio, recuperado dos problemas de motor que teve no inicio do rali, era o quinto mais veloz, batido apenas pelos Skoda de Pedro Meireles e Carlos Martins.
E foi só na segunda passagem por Alportel que Vireira apanhou Moura, ao conseguir a terceira vitória consecutiva e abrindo uma vantagem de 4,2 segundos sobre José Pedro Fontes, já curado dos seus problemas de travões. Ricardo Moura fazia apenas o terceiro melhor tempo, a 6,9 segundos e por consequência, perdia a liderança. Ricardo Teodósio ficava com o quarto melhor tempo, na frente dos Skodas de Pedro Meireles, Carlos Martins e Joaquim Alves.
No final do primeiro dia, Vieira e Moura tinham uma diferença de 4,9 segundos, mas ambos tinham o terceiro classificado, Pedro Meireles, a 38,9 segundos, e José Pedro Fontes a 49,3 segundos, isto quando faltam quatro classificativas para o seu final, que vão ser cumpridas no domingo.
Com que motor irei correr?
A Red Bull tornou-se numa equipa poderosa. Vinte anos depois de aparecer como patrocinadora, na Sauber, e dez depois de comprar a Jaguar - e depois de comprar a Minardi. no ano seguinte - a marca de Milton Keynes conseguiu o que queria: quatro títulos mundiais de pilotos e construtores, todos com Sebastian Vettel. Nesta década que passou, Dietrich Mateschitz, Helmut Marko e Christian Horner conseguiram deixar a sua marca e quebraram o dominio de equipas como a Ferrari, McLaren ou Williams, isto antes da Mercedes ter tomado conta do pedaço.
Por anos a fio, a Red Bull confiou em motores da Renault, principalmente desde 2008, e coincidiu com a altura em que com Adrian Newey começou a desenhar os seus carros, e isso levou a que começasse a vencer, especialmente quando tiveram Sebastian Vettel ao volante, primeiro na Toro Rosso, e depois na equipa principal. Como todas as eras tem o seu fim, a dos energéticos terminou em 2014, quando a Formula 1 trocou os V8 pelos V6 Turbo, e a queda foi dolorosa. Mateschitz, Marko e Horner deram-se mal com a escassez de vitórias, apesar de no ano passado, Daniel Ricciardo ter composto um pouco, ao conseguir três vitórias, contra... zero de Sebastian Vettel. O alemão tetracampeão foi embora para Maranello e recuperou o seu sorriso - e a capacidade de dizer piadas - depois de três vitórias nesta temporada. E a Red Bull arrisca a ter o seu pior ano desde 2008, o último ano sem vitórias.
Mateschitz, Horner e Marko andaram à procura de bodes expiatórios, e o mais barato de todos acabou por ser o motor. Romperam com a Renault esperando que teriam mais gente a fazer fila para fornecer os seus motores, mas o tiro saiu pela culatra: Ferrari e Mercedes decidiram não fornecer motores - os alemães preferiram dar para... a Manor - e a ideia de um acordo com a Volkswagen - provavelmente sob o nome de Audi - até ia bem encaminhado quando rebentou o escândalo das emissões aldrabadas, no final deste verão.
Assim sendo, parecia que estavam num beco sem saída, o que parecia ser um "castigo divino" para os austríacos arrogantes. Mas nesta semana, parecia que haveria um acordo: iriam voltar a ter motores Renault, mas com um preparador diferente. O sinal de que iriam continuar por ali foi quando anunciaram a manutenção da atual dupla, com Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat, e depois quando Mateschitz foi visto ao lado de Mario Illien, o "IL" da marca Ilmor, que no inicio da década de 90 começou a preparar motores ao lado de Paul Morgan, e que depois preparou os motores Mercedes até ao inicio deste século.
A ideia de muitos no meio é que este acordo tem um único objetivo: fazer os seus próprios motores. E até que encaixa, pois a Red Bull tem dinheiro a rodos nisso. O motor poderá não se chamar Renault - nada de virgem, pois foi o que aconteceu no final da década de 90, inicio deste século, com os Mecachrome - mas poderia se chamar Red Bull ou outra coisa.
Motores Renault, preparados por Illien em Milton Keynes? Porque não? Dinheiro não é problema...
E claro que com isso, ficamos a pensar: para quando? Os primeiro motores preparados por Illien apareceram em 1991, e dois anos mais tarde, na Sauber, foram rebatizados como Mercedes. Creio que em 2018, poderemos ter um Red Bull V6 Turbo capaz de andar ao lado dos outros e provavelmente a potenciar os Toro Rosso... Resta saber se Mateschitsz, Marko e Horner terão a paciência necessária.
Assim sendo, parecia que estavam num beco sem saída, o que parecia ser um "castigo divino" para os austríacos arrogantes. Mas nesta semana, parecia que haveria um acordo: iriam voltar a ter motores Renault, mas com um preparador diferente. O sinal de que iriam continuar por ali foi quando anunciaram a manutenção da atual dupla, com Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat, e depois quando Mateschitz foi visto ao lado de Mario Illien, o "IL" da marca Ilmor, que no inicio da década de 90 começou a preparar motores ao lado de Paul Morgan, e que depois preparou os motores Mercedes até ao inicio deste século.
A ideia de muitos no meio é que este acordo tem um único objetivo: fazer os seus próprios motores. E até que encaixa, pois a Red Bull tem dinheiro a rodos nisso. O motor poderá não se chamar Renault - nada de virgem, pois foi o que aconteceu no final da década de 90, inicio deste século, com os Mecachrome - mas poderia se chamar Red Bull ou outra coisa.
Motores Renault, preparados por Illien em Milton Keynes? Porque não? Dinheiro não é problema...
E claro que com isso, ficamos a pensar: para quando? Os primeiro motores preparados por Illien apareceram em 1991, e dois anos mais tarde, na Sauber, foram rebatizados como Mercedes. Creio que em 2018, poderemos ter um Red Bull V6 Turbo capaz de andar ao lado dos outros e provavelmente a potenciar os Toro Rosso... Resta saber se Mateschitsz, Marko e Horner terão a paciência necessária.
Formula E: Lucas di Grassi foi o grande vencedor em Putrajaya
Foi uma corrida imprevisível, mas no final, Lucas di Grassi foi o grande vencedor em Putrajaya, na Malásia. A segunda corrida da Formula E viu muitas batidas, ultrapassagens, baterias que faziam "mau contacto". Sam Bird, da Virgin, e Robin Frijns, da Andretti, acompanharam-no no pódio, enquanto que António Félix da Costa acabou nos pontos na sexta posição, depois de ter lutado pelo pódio durante muito tempo, até ficar parado temporariamente na pista por causa de problemas no seu carro, vitima do calor sufocante que atrapalhou na fiabilidade do seu carro.
Depois de Buemi ter garantido a pole-position, a corrida começou ainda nas boxes, quando o carro de Stephane Sarrazin ficou parado nas boxes e foi obrigado a largar das boxes. Na partida, Buemi foi para a frente, enquanto que atrás, Jean-Eric Vergne deu um toque no carro de Nick Heidfeld, acabando ali a prova do francês. Nessa altura, Félix da Costa aproveitou o espaço vazio à sua frente para ficar com o segundo posto, mas foi passado por Lucas di Grassi.
Na terceira volta, Oliver Turvey não fez a curva e bateu forte no muro de proteção. Como o carro ficou numa posição perigosa, o Safety Car entrou na pista, ficando por lá por três voltas. Quando este recolheu às boxes, Bruno Senna teve problemas em arrancar com o seu carro e perdeu imensas posições.
Na frente, sem problemas, Sebastien Buemi parecia ter as coisas controladas, enquanto que atrás, Duval era atacado por Félix da Costa, que ficou com o terceiro posto, e pouco depois perdeu-o para Nicolas Prost. Na 15ª volta, contudo, um problema eletrónico no carro de Buemi fê-lo andar mais lentamente, mas não o parando. Alarmado, antecipou a sua ida às boxes, a mesma coisa fez o seu companheiro de equipa, Nicolas Prost.
Na terceira volta, Oliver Turvey não fez a curva e bateu forte no muro de proteção. Como o carro ficou numa posição perigosa, o Safety Car entrou na pista, ficando por lá por três voltas. Quando este recolheu às boxes, Bruno Senna teve problemas em arrancar com o seu carro e perdeu imensas posições.
Na frente, sem problemas, Sebastien Buemi parecia ter as coisas controladas, enquanto que atrás, Duval era atacado por Félix da Costa, que ficou com o terceiro posto, e pouco depois perdeu-o para Nicolas Prost. Na 15ª volta, contudo, um problema eletrónico no carro de Buemi fê-lo andar mais lentamente, mas não o parando. Alarmado, antecipou a sua ida às boxes, a mesma coisa fez o seu companheiro de equipa, Nicolas Prost.
As trocas de carros aconteceram nas quatro voltas seguintes, com Prost a sair das boxes na liderança, seguido por Félix da Costa. Nelson Piquet Jr foi o último a parar, na volta 21, na mesma altura em que Di Grassi passada Duval e Felix da Costa para ser segundo. Na volta 24, porém, o filho de Alaon Prost começou a economizar e foi passado por Di Grassi, e depois por Félix da Costa. Mas logo a seguir na volta 25, o português da Aguri ficou parado no meio da pista, caindo para o fim do pelotão.
As voltas finais foram confusas, mas ao mesmo tempo elétricas. Duval voltou ao segundo posto, mas também tinha problemas, enquanto que Robin Frijns tocou um muro e ficou com a direção torta, mas continuou. O piloto francês também tocou no muro, mas acabou por abandonar. Quem beneficiou de toda esta luta foram Jerome D'Ambrosio e Sam Bird, que subiram respectivamente ao segundo e terceiro posto, no final da 30ª volta.
Sebastien Buemi - que tinha voltado à pista e subido até ao sétimo posto - tinha problemas e parava de vez, ao mesmo tempo que Prost arrastava-se - acabaria por ser décimo.
E ainda antes de cortar a meta, mais um "golpe de teatro", com D'Ambrosio a bater no muro e a oferecer o segundo posto a Sam Bird, o vencedor no ano anterior. Robin Frinjs foi o terceiro, dando um pódio para a Andretti, enquanto que Stephane Sarrazin foi o quarto, na frente de Bruno Senna, que ainda passou Nick Heidfeld para ser quinto. António Félix da Costa foi o sexto, na frente de Daniel Abt, Nelson Piquet Jr, Nick Heidfeld e Nicolas Prost.
No campeonato, Di Grassi é agora o novo lider, com 43 pontos, seguido por Buemi, com 35, e Sam Bird, com 24 pontos. Senna é oitavo, com dez pontos, Félix da Costa é 11º, com oito pontos, empatado com Oliver Turvey, e Piquet está na 14ª posição, com quatro pontos.
A Formula E voltará à ação a 19 de dezembro, na estância balnear uruguaia de Punta del Este.
Formula E: Buemi repete pole na Malásia
Sebastien Buemi repete a pole-position de há duas semanas em Pequim e conseguiu os três pontos em disputa, mostrando que é cada vez mais o claro favorito ao título desta temporada. Na qualificação de Putrajaya, que aconteceu nesta madrugada, o piloto suíço superou o francês Stephane Sarrazin na "superpole", com o tempo de 1.20,196 segundos, enquanto que o português António Félix da Costa, no seu Team Aguri, conseguiu ser quarto classificado, com 1.20,975, superado pelo Dragon de Loic Duval.
De novo com 18 carros em pista, depois dos bólidos da Trulli GP terem falhado as verificações técnicas, máquinas e pilotos aprontaram-se para a sessão de qualificação, numa altura em que não havia um claro favorito após as sessões de treinos livres, apesar dos bons tempos que Duval fez, seguido de Buemi e Daniel Abt.
Logo nos primeiros minutos, com os grupos a saírem para a pista, via-se que os Nextev chineses tinham dificuldades em ir como o pelotão, com Nelson Piquet Jr. a conseguir apenas o 16º tempo, a 1,5 segundos do melhor tempo, apenas com Nathanel Berthon e Simona de Silvestro atrás de si.
No final dos quatro grupos, Buemi foi o mais veloz, enquanto que Félix da costa ficou com o quinto melhor tempo, com 1.20,414, conseguindo bater por muito pouco Lucas di Grassi, que conseguiu 1.20,449. Bruno Senna foi nono, com o seu Mahindra, dois lugares à frente do seu companheiro de equipa, Nick Heidfeld.
A corrida irá acontecer a partir das 7:30 da manhã, hora de Lisboa.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Formula E: Trulli GP não participa em Putrajaya
Afinal de contas, apesar de desta vez ter conseguido trazer os carros a tempo e de ter trocado de pilotos, a Trulli GP não participará na corrida de Putrajaya, após ter falhado as verificações pela segunda vez consecutiva. Assim sendo, voltarão apenas a ter 18 carros a circular na segunda corrida do campeonato de Formula E. Para além disso, a equipa foi multada em mil euros por falhar na verificação inicial.
"Todos na equipa tem trabalhado muito duro [nos últimos dias] e nós estávamos ansiosos para mostrar o nosso carro na pista", começou por dizer o seu diretor, Lucio Cavuto. "Gostaria de estender um grande obrigado a todos na equipa que acreditaram no projeto desde o seu início e trabalhou incansavelmente", concluiu.
Recorde-se que este tem sido um início de temporada bem difícil para a Trulli GP, pois durante os testes oficiais de pré-temporada, em Donington Park, eles foram os únicos que não conseguiram estabelecer qualquer tempo.
Youtube Endurance Video: As vitorias da Porsche
E como quase por coincidência, abro o meu Twitter para ver o Matheus Berçot a mandar-me um video que a Porsche fez para comemorar a sua vitória nas Seis Horas de Shangai e claro, o Mundial de Endurance. O video é bem feito e demonstra que as vitórias são apenas um momento, pois no dia seguinte, começa tudo de novo.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Formula E: Trulli substitui Duran em Putrajaya
A Motorsport anunciou esta quinta-feira no seu site que o mexicano Salvador Duran será substituido por Jarno Trulli na Trulli GP, na segunda corrida da competição, em Putrajaya, na Malásia. As razões ainda não foram apuradas, mas o anuncio oficial será feito amanhã.
A confirmar-se, é mais um problema que aflige a equipa nesta temporada, depois dos problemas na alfândega que o impediram de correr em Pequim. Antes disso, durante a pré-temporada, os vários problemas que tiveram com o novo conjunto de baterias, da Motomatica, que o impediram de fazer voltas em Donington Park, durante os testes de pré-temporada.
Quanto a Trulli, na temporada passada conseguiu 15 pontos, resultantes de um quarto lugar, e uma pole-position em Berlim.
A imagem do dia
Faltam três dias para aquela que deve ser a prova da década, especialmente depois dos eventos da corrida anterior, em Sepang. Sempre se pode dizer que "nada como uma boa polémica para encher um autódromo", e é verdade: os bilhetes estão esgotados há muito no circuito Ricardo Tormo, em Valencia.
Esta tarde, o Tribunal de Apelo decidiu que não iria dar provimento ao recurso de Valentino Rossi em relação ao adiamento da penalização de três pontos e a ser obrigado a largar da última fila da grelha de partida. Rossi, de uma certa maneira, aceitou o pedido e afirmou que a única coisa que se arrepende foi ter reagido à provocação de Marc Marquez.
"No final (...) apenas me arrependo de não ter seguido a minha linha normal - mas aparte isso, é melhor falamos sobre este fim de semana", começou por dizer já em Valência. "Infelizmente, partir do final da grelha torna tudo muito difícil, já seria difícil de qualquer maneira, mas a partir do último posto faz com que as coisas na corrida se tornem muito mais difíceis em muitos pontos de vista."
"Mas eu estou aqui, e nós temos que estar concentrados e tentar o máximo, para fazer um bom trabalho durante o fim de semana e chegar competitivo o mais rápido quanto possível para domingo. E após o início, [vamos] ver o que acontece."
Bem vistas as coisas, parece que a Moto GP é uma coutada espanhola. A Dorna, organizadora da competição, é espanhola, há quatro corridas em solo espanhol, e boa parte dos patrocinadores e pilotos, a começar por Dani Pedrosa e Jorge Lorenzo, são espanhóis. E com tanta coisa em jogo, eles tem de fazer com que no final, ganhe um espanhol, ou tenham monopólios espanhois no pódio. Valentino Rossi é o "intruso" no meio disto tudo.
Não digo que Rossi é o culpado (de uma certa forma, é) ou o Marquez andou a provocar o tempo todo (as imagens comprovam isso). Mais para além disso, parece que voltei 26 anos no tempo, quando Alain Prost e Ayrton Senna zangaram-se a sério e lutaram sem dó nem piedade por um campeonato que acabou em polémica, em Suzuka, com um presidente politico, que decidiu usar as regras a seu favor (A minha decisão é a melhor decisão) e "deu" o campeonato para Prost. Se a Dorna "deu o campeonato" para Jorge Lorenzo porque acha bem ter um piloto espanhol no seu palmarés, isso é problema deles, e que arquem com as consequências.
Mas há muita gente que deseja que o pelotão abra alas a Rossi e que tudo corra mal para os espanhois, que é para ver como engolirão uma pilula bem dolorida de ver Rossi campeão na sua coutada. Seria a vingança perfeita. Mas sei também que independentemente do resultado, será uma bomba atómica esta corrida de domingo!
Formula 1 em Cartoons - México (Riko Cartoon)
Lewis Hamilton lá conquistou o seu terceiro titulo mundial, juntando-se a uma elite de excelentes pilotos, entre os quais Jackie Stewart e Ayrton Senna, e o piloto britânico de 30 anos sempre quis imitar o seu ídolo brasileiro. Mas de acordo com o "Riko", parece que ele vai ter de crescer mais um bocadinho, e pede "desculpa por te ter alcançado"...
Youtube Racing: O regresso à competição de Randy Lanier
Lembram-se de Randy Lanier, o piloto que nos anos 80 ganhou no IMSA e foi "Rookie do Ano" nas 500 Milhas de Indianápolis de 1986? Contei no mês passado no Nobres do Grid a história do piloto que conseguia transportar milhares de toneladas de marijuana para os Estados Unidos e que foi apanhado pela DEA e foi condenado a prisão perpétua, sem capacidade de liberdade condicional.
Ora bem, Lanier foi libertado há um ano e tem estado na Florida a ajudar num museu de automóveis, que pertence a um dos seus companheiros de equipa quando foi correr nas 24 Horas Le Mans, em 1982, ao volante de um Ferrari 512BB da NART. Só que esta semana, o Jalopnik fala que Lanier voltou a guiar numa prova automobilística, em Mid-Ohio, ao volante de um velho BMW E30. Apesar dos 30 anos de ausência, como ele disse, é como andar de bicicleta: nunca se esquece.
terça-feira, 3 de novembro de 2015
A imagem do dia
Uma foto de Frank Williams, no pódio, a celebrar a terceira vitória consecutiva da equipa, diante de Keke Rosberg e dos pilotos da Ligier, Jacques Laffite e Philippe Streiff. Há precisamente 30 anos, a Formula 1 chegava pela primeira vez à Austrália, mais concretamente ao circuito urbano de Adelaide, para a última corrida daquela temporada.
Apesar de ser a primeira vez, não era território virgem: nos anos 60, havia a Tasman Cup, um conjunto de corridas na Austrália e Nova Zelândia, onde os pilotos iriam correr enquanto que a Formula 1 entrava em hibernação por causa do inverno no Hemisfério Norte. Nessa competição, Bruce McLaren, Jim Clark e Jackie Stewart foram os campeões, com o escocês da Lotus a vencer o seu último título em 1968, meses antes da sua morte, em Hockenheim.
Em Adelaide, naquele tempo dos Turbo, era uma corrida de resistência, para saber quem é que resistiria a uma corrida que se estendia ao limite das duas horas. Para piorar as coisas, no dia da corrida, estavam 35ºC de temperatura, o que destruía tudo que fosse mecânico. E ao fim de duas horas, apenas oito carros chegaram ao fim, e apenas os Ligier ficaram na mesma volta do vencedor. E com a famosa colisão entre Laffite e Streiff, na última volta!
Mas aquela corrida também significava o final de uma era para muita gente. A Renault e a Alfa Romeo retiravam-se pela porta pequena, depois das duas construtoras terem investido mundos e fundos e saiam frustrados. Os franceses, por não terem conseguido um título mundial, apesar de terem inaugurado uma era na Formula 1, e os italianos, nem sequer venceram corridas, apesar de terem tido pilotos como Mário Andretti, Patrick Depailler, Riccardo Patrese ou Andrea de Cesaris.
Aquela tarde de Adelaide também significava para Niki Lauda o final de uma era. Após 171 Grandes Prémios e três títulos mundiais, tinha cumprido a sua missão e poderia cuidar dos negócios com a sua companhia aérea. As quatro temporadas com a McLaren, após uma primeira retirada, no final de 1979, foram recheadas de êxito, com oito vitórias e o título mundial de 1984.
Mas o que nenhuma daquelas pessoas, naquela tarde australiana, sabia, era que tinham visto pela última vez Frank Williams a subir a um pódio pelo seu próprio pé. Três meses depois, no sul de França, Williams sofreu um acidente onde quebrou o seu pescoço e perdeu para sempre a sua capacidade de andar.
Formula E: Trulli já estão em Putrajaya
Depois de não terem conseguido correr em Pequim, a Trulli GP estava um pouco preocupada que os sistemas de motorização e de transmissão da Motomatica não estivessem a tempo da segunda corrida do ano, em Putrajaya, na Malásia. Pois bem, a equipa disse na sua conta pessoal do Twitter que está tudo resolvido e irá correr este sábado a segunda corrida do calendário da Formula E.
"Para aqueles que estavam preocupados, os nossos Motomatica JT-01 chegaram sem problemas a Putrajaya. Vêmo-nos na pista!", escreveram na rede social.
Para que chegassem sem problemas à Malásia, a Trulli acertou com a DHL, responsável pelos fretes da Formula E, para fazer as entregas. Esta chegada a Putrajaya significou que tudo isto conseguiu passar pela alfândega em Kuala Lumpur, a capital malaia.
Assim sendo, neste fim de semana, a categoria terá 20 carros e Vitantonio Liuzzi e Salvador Duran poderão fazer por fim a sua estreia na categoria.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
A imagem do dia
Hoje, o jornal "Publico" lembrou que faz hoje sete anos sobre a inauguração do Autódromo de Portimão. Foi uma grande inauguração, com 70 mil pessoas assistir a uma prova de Superbikes, e antes disso, uma demonstração de um Formula 1 com o espanhol Jaime Alguersuari - que tinha acabado de vencer a Formula 3 britânica - a experimentar as emoções de uma esperança de voltar a ter a categoria naquele país, e num circuito que tinha todos os padrões para o receber.
Contudo, o que não se sabia era que quando foi inaugurado, estava condenado. Semanas antes, a crise económica tinha rebentado, e um dos financiadores era a imobiliária irlandesa Harte Holding, que tinha investido 42 milhões de euros para vender o complexo de apartamentos de luxo, mais os hotéis de cinco estrelas que estavam a ser feitos. Esta entrou em falência no inicio de 2009, e sem esse dinheiro, mais as dificuldades em pagar os mais de 150 milhões de euros de investimento aos bancos que o financiaram fizeram com que em 2012, a Parkalgar, a entidade que gere o complexo do Autódromo Internacional do Algarve, tivesse de pedir um PER (Plano Especial de Revitalização) para poder recuperar. E até agora, tem andado a cumprir esse plano.
Após sete anos de existência, se não atraiu competições de relevo - o melhor foi uma prova de GP2, uma ronda do WTCC e este ano a Formula 3 Euroseries - ainda não conseguiu atrair os dois grandes objetivos: a Formula 1 e o MotoGP. Se no primeiro, as valores que Bernie Ecclestone pede são obscenos, no segundo caso, parece que a Dorna deseja mais o Estoril do que Portimão, nos anos em que eles andaram por aqui. Agora que ele não está mais por ali (em contraste, visita Espanha por... quatro vezes, Jerez, Aragão, Barcelona e Valência), pode ser que estejam interessados, por ser mais moderno do que o Estoril. Mas em termos de centralidade, o circuito nos arredores de Lisboa não tem comparação.
O que é pena, pois é um circuito desafiador. Da unica vez que a formula 1 esteve por ali, no inicio de 2009, Kamui Kobayashi afirmou que era uma das pistas mais desafiantes que tinha estado, devido às suas elevações. E quem vai lá para correr, diz a mesma coisa, e afirma que Portimão é uma das melhores pistas que já correram.
E de uma certa maneira, entendo o porquê de não estar no calendário da Formula 1. Não é só o dinheiro. Não foi desenhado por Hermann Tilke, não é uma "mesa de bilhar" sem altos e baixos, é desafiadora. Algo que a Formula 1 não tem muito, por estes dias. Se formos ver bem, no calendário atual, a pista que mais se aproxima de Portimão será Zeltweg, na Áustria, ou Spa-Francochamps, na Bélgica. E são há muito circuitos clássicos, desafiadores, e que entraram na imaginação dos fãs há muito tempo.
Pode ser que um dia, com outros elementos, Portimão cumpra aquilo que foi desenhado. Espero que sim.
No Nobres do Grid deste mês...
Acerca de Bernie Ecclestone, aprendi a não acreditar em nada do que ele diz, de considerar todas as suas declarações como disparates, porque ele é um manipulador de primeira. Sempre quis mandar as suas intenções a um grupo de jornalistas à sua escolha - que Joe Saward teve a felicidade de os batizar de "papagaios" - para poder agitar o meio no sentido de desviar a atenção de outras coisas mais pertinentes. Nos últimos 45 anos, Ecclestone chegou e moldou a Formula 1 à sua maneira, acumulando imensa riqueza, primeiro como o dono da Brabham, e depois como o dono da Formula 1, chegando ao ponto de ele em 1991 escolher um amigo seu e advogado, Max Mosley, como presidente da FIA, cargo que ocupou durante 17 anos.
A eleição do britânico Mosley, filho de Oswald Mosley, o presidente dos fascistas britânicos nos anos 30, foi uma espécie de vingança sobre a pessoa que mais dificultou a sua vida, o francês Jean-Marie Balestre, (mas para ser honesto, nem um nem outro foram flores que se cheirem, digo já...) e enquanto ele foi o seu presidente, Mosley fez de tudo para que a FIA quase passasse para a sua insignificância, primeiro diminuindo a concorrência interna - desmantelando o Mundial de Endurance em 1992 para atrair os construtores para a Formula 1, por exemplo - e depois, em 2001, fazer um acordo em que dava à FOM a sua parte do dinheiro das transmissões televisivas, num acordo com uma duração de... cem anos (sim, leram bem, um século!), em troca de cem milhões de dólares, ao longo de dez anos. Uma pechincha, se querem que lhes diga.
Afastado da FIA em 2009 por pressão dos construtores da Formula 1 (a famosa FOTA), Mosley esteve nestes anos mais atento a si mesmo - o famoso caso da orgia sado-maso-nazi gravado pelo infame "News of the World" - mas parece que, aos 75 anos, poderá estar a ensaiar um regresso, de novo levado por... Ecclestone. Uma entrevista passada no passado domingo pelo canal alemão de televisão ZDF, afirmou que pretende "rasgar os regulamentos e começar tudo de novo", mas a razão porque quer fazer tem a ver com a atual situação, onde os construtores tem muito poder, e a FIA só admite motores V6 Turbo híbridos, algo que Ecclestone sempre abominou... depois de entender o que isso poderia fazer, ele que em termos de engenharia, sempre foi um zero à esquerda.
(...)
Quanto à abominação pelo "barulho" dos V6 Turbo é o preço a pagar pelo facto de termos motores híbridos e cada vez mais eficientes, e cada vez menos poluentes. A Formula 1, se quiserem, é uma manifestação de tecnologia, e a tendência atual é de mostrar que esta quer contribuir para a diminuição da poluição e ajudar a combater o aquecimento global, e deixar de ser apontada como uma competição desfasada com o mundo. Contudo, algo do qual poucos falavam se tornou de repente no assunto do momento, em muitos aspectos incentivada pelo próprio Ecclestone.
Sobre este caso em particular, recorro ao jornalista britânico Joe Saward, que no dia 20 de outubro escreveu sobre isso no seu blog: "O tipo de motores [V6 Turbo] são exatamente aqueles que precisa a F1. Eles são relevantes e a sua pesquisa é útil para a indústria. Fabricantes de carros precisam reduzir as emissões, não só para "salvar o mundo", mas também para atender aos rigorosos padrões que os governos emitem. A Formula 1 ainda é barata quando se olha para a despesa em pesquisa e desenvolvimento dentro na indústria automobilística. O problema é que tem de ser necessário que haja regras sobre o abastecimento de motores a clientes a um preço máximo. Mais fabricantes viriam se o desporto mudasse a sua imagem."
O que não se fala por aqui são outras coisas, e uma delas é a abominação que Ecclestone têm com o conceito de democracia. Não tanto sobre a ideia de beijar os pés a ditadores ou a "homens fortes" (o caso de Vladimir Putin no último GP russo é o mais recente exemplo), mas sobre a ideia das decisões colegiais, onde se chegam a consensos sobre determinados assuntos. (...)
No passado dia 28 de outubro, Bernie Ecclestone comemorou 85 anos de idade e andou ultimamente a queixar-se de que não tinha mais o controlo absoluto do passado. um controlo que colocou Max Mosley no poder e fazer os regulamentos à sua maneira. Agora, sem ele, todas as modificações que ele gostaria de fazer não tem efeito, principalmente em relação aos motores V6 Turbo, que os acha "demasiado silenciosos". E para piorar as coisas, a entrada em cena do Grupo de Estratégia, que coloca as seis principais equipas de Formula 1, e onde se define coisas como os carros, motores e até a distribuição de dinheiros, fez com que Ecclestone tenha perdido o pé para coisas como o problema da Red Bull...
Tudo isto e muito mais pode ler este mês no site Nobres do Grid.
Sobre este caso em particular, recorro ao jornalista britânico Joe Saward, que no dia 20 de outubro escreveu sobre isso no seu blog: "O tipo de motores [V6 Turbo] são exatamente aqueles que precisa a F1. Eles são relevantes e a sua pesquisa é útil para a indústria. Fabricantes de carros precisam reduzir as emissões, não só para "salvar o mundo", mas também para atender aos rigorosos padrões que os governos emitem. A Formula 1 ainda é barata quando se olha para a despesa em pesquisa e desenvolvimento dentro na indústria automobilística. O problema é que tem de ser necessário que haja regras sobre o abastecimento de motores a clientes a um preço máximo. Mais fabricantes viriam se o desporto mudasse a sua imagem."
O que não se fala por aqui são outras coisas, e uma delas é a abominação que Ecclestone têm com o conceito de democracia. Não tanto sobre a ideia de beijar os pés a ditadores ou a "homens fortes" (o caso de Vladimir Putin no último GP russo é o mais recente exemplo), mas sobre a ideia das decisões colegiais, onde se chegam a consensos sobre determinados assuntos. (...)
No passado dia 28 de outubro, Bernie Ecclestone comemorou 85 anos de idade e andou ultimamente a queixar-se de que não tinha mais o controlo absoluto do passado. um controlo que colocou Max Mosley no poder e fazer os regulamentos à sua maneira. Agora, sem ele, todas as modificações que ele gostaria de fazer não tem efeito, principalmente em relação aos motores V6 Turbo, que os acha "demasiado silenciosos". E para piorar as coisas, a entrada em cena do Grupo de Estratégia, que coloca as seis principais equipas de Formula 1, e onde se define coisas como os carros, motores e até a distribuição de dinheiros, fez com que Ecclestone tenha perdido o pé para coisas como o problema da Red Bull...
Tudo isto e muito mais pode ler este mês no site Nobres do Grid.
domingo, 1 de novembro de 2015
A imagem do dia
Não queria fechar o dia sem recordar as pessoas que dão o nome ao autódromo mexicano. E precisamente hoje, há 53 anos, no "Dia de Los Muertos" mexicano, o jovem Ricardo Rodriguez acabou por morrer, vitima de um acidente na temida Peraltada, a bordo de um Lotus 24 da Rob Walker Racing.
Lembro-me de no ano passado, foi feito uma trabalho sobre o acidente mortal de Ricardo Rodriguez no extinto site Motordrome, e os detalhes eram arrepiantes. Rodriguez fora projetado do seu carro e ele cortou-se a meio quando o seu corpo caiu nos rails de proteção, tendo morte imediata.
Ricardo tinha apenas 20 anos e era um talento por lapidar. Tinha começado a correr logo aos 15 anos, e até a organização das 24 Horas de Le Mans vetou a sua participação em 1960 por acharem que era demasiado novo e não era capaz de lidar com máquinas potentes como um Ferrari ou um Porsche, por exemplo. O problema é que... ele era capaz. E demonstrou quando andou no Ferrari 156 "Sharknose", campeão em 1961, em Monza, onde conseguiu o segundo melhor tempo.
Em 1962, a ideia era ambientar-se ao carro antes de ter uma temporada a tempo inteiro em 1963, altura em que teria 21 anos. E mesmo nessas quatro corridas, conseguiu quatro pontos, e um quarto lugar em Zandvoort como melhor resultado. Contudo, não teve tempo para mais.
Formula 1 2015 - Ronda 17, México (Corrida)
O regresso da Formula 1 ao México foi saudado, pois era uma corrida tradicional que fazia uma nova aparição, 23 anos depois da última vez, num autódromo que era um clássico do automobilismo, o Hermanos Rodriguez. E num ano em que há um piloto mexicano no pelotão a lutar por lugares intermédios (e com um pódio duas corridas antes, em Sochi), as expectativas eram bem altas. Duas horas antes da corrida, 150 mil espectadores já estavam nas bancadas a aplaudir os pilotos (90 por cento a apoiar Sergio Perez, é verdade...), num ambiente que só se comparava com Interlagos, por exemplo.
E antes da corrida, continuavam as penalizações: a Ferrari decidiu trocar o motor de Kimi Raikkonen, e por causa disso, mais uma penalização de cinco lugares para o piloto finlandês. Mas pior, pior, era Jenson Button, que teve de trocar tudo de novo e tinha acumulado uma penalização de... 70 lugares. Parecia que, a este ritmo, iria largar da Patagónia! Tudo isto de um sitio onde se voltou a falar da altitude (2245 metros) e do desempenho dos motores nesse local.
Na partida, Rosberg conseguiu resistir aos ataques de Hamilton, e mais atrás, Sebastian Vettel sofreu um furo de Daniel Ricciardo, que o fez cair para o final do pelotão. Quem ficava de vez era Fernando Alonso, que já não tinha potência no seu "motor GP2" da Honda. No final da primeira volta, os Red Bull estavam atrás dos Mercedes, ficando com o terceiro e quarto posto. Valtteri Bottas é quinto, seguido por Max Verstappen e Felipe Massa.
Nas voltas seguintes, os Williams estavam em cima dos carros que estavam na sua frente, mas na frente, os Mercedes escapavam do resto pelotão. Bottas foi o primeiro dos da frente a parar, na nona volta, seguido por Massa e Hulkenberg, para colocar pneus médios. E nas voltas seguintes, os pilotos com pneus moles sofriam, especialmente Sergio Perez, que conseguia aguentar Carlos Sainz Jr. E o espanhol da Toro Rosso parou primeiro.
Na frente, tudo na mesma: Rosberg na frente de Hamilton, com ambos separados por um segundo, e provavelmente a Mercedes poderia ir apenas para uma paragem na corrida. Daniil Kvyat era o terceiro, cada vez mais isolado. Mas a modorra da corrida despertou na volta 18, quando Vettel perdeu a traseira e rodou. Conseguiu regressar à pista, mas perdeu tempo e lugares. Pouco depois, Kvyat para nas boxes.
Na volta 23, houve a segunda parte da batida Bottas-Raikkonen (depois de Sochi), com o piloto da Ferrari a tentar fechar o da Williams e acabou com uma colisão onde o piloto mais velho ficou com a suspensão traseira-direita quebrada e ele acabou por abandonar. Bottas continuou, aparentemente sem danos no carro, mas os comissários decidiram investigar a colisão. Parecia que hoje a Ferrari estava num péssimo dia...
Rosberg foi para as boxes na volta 26, ao mesmo tempo que Max Verstappen fazia a sua paragem. Duas voltas depois, foi a vez de Hamilton, mas tudo fica na mesma, com o alemão a ficar na liderança, enquanto que Sebastian Vettel lutava contra os seus maus pneus, tentando passar Maldonado... para depois perder, porque travou para além da zona ideal. E por causa desses pneus, o alemão da Ferrari não conseguia apanhar o venezuelano da Lotus.
Na volta 34, o público entra em delirio quando Sergio Perez conseguiu passar Carlos Sainz Jr para ficar com o nono posto, especialmente quando se soube que o espanhol tinha passado o mexicano de forma irregular. Claro que quem estava no circuito, não queria saber disso.
Vettel, incapaz de apanhar Maldonado e com os pneus a desgastar-se, foi às boxes pela segunda vez para ter um novo set de pneus médios, tentando ver se conseguia salvar alguma coisa dessa tarde. E na frente, imperturbáveis, os Mercedes controlavam a situação, com Rosberg na frente de Hamilton. E na volta 46, ambos os pilotos já davam mais de meio minuto de vantagem sobre o resto da concorrência, apesar de Rosberg ter feito uma (inesperada) segunda parada. Hamilton seguiu o mesmo na volta 49 e o comando voltou a Rosberg.
Depois disso, o desgaste dos pneus começou a fazer-se sentir, principalmente entre os que fizeram nas primeiras voltas. Ricciardo passou Massa para ficar com o quinto posto enquanto que atrás, Max Verstappen saiu de pista e foi superado por Sergio Perez, para delirio da torcida.
E na volta 53... Vettel bateu. Algo raríssimo para o piloto alemão (a última vez tinha sido há seis anos e meio!) e isso foi aproveitado para que os que poderiam, parassem na boxe. E o Safety Car na pista, apenas com Bottas a ficar na pista, atrás dos Mercedes. E o dia da Ferrari era o pior desde o GP da Austrália de... 2006, sem ambos os carros a chegar ao fim.
Na volta 58, o Safety Car voltou às boxes e se os Mercedes mantiveram as posições, Bottas passou Kvyat e ficou com o terceiro posto. Atrás, Nasr abandonava a corrida, com problemas de travões no seu Sauber. Eles estavam a arder... literalmente! Nas voltas seguintes, os Mercedes afastavam-se de Bottas, que resistia aos Red Bull.
Mas apesar desta briga entre ambos, Nico Rosberg acabou por ser o vencedor do GP do México, seguido por Hamilton e Valtteri Bottas, numa corrida em que não foi muito emocionante. Depois vieram os Red Bull, o Williams de Felipe Massa, Nico Hulkenberg, Sergio Perez, Max Verstappen e Romain Grosjean, a fechar o "top ten". E depois disso, os mexicanos tentaram ser os mais originais possivel, com os carros a pararem na zona do estádio e a subirem para o pódio, para receber o seu respectivo "sombrero". No final, o regresso do México na Formula 1 foi morno, numa corrida com alguma história. Dali a duas semanas a Formula 1 continuará no Brasil, já numa atmosfera totalmente descontraída. Agora contam-se as corridas até ao final da temporada de 2015...
Nas voltas seguintes, os Williams estavam em cima dos carros que estavam na sua frente, mas na frente, os Mercedes escapavam do resto pelotão. Bottas foi o primeiro dos da frente a parar, na nona volta, seguido por Massa e Hulkenberg, para colocar pneus médios. E nas voltas seguintes, os pilotos com pneus moles sofriam, especialmente Sergio Perez, que conseguia aguentar Carlos Sainz Jr. E o espanhol da Toro Rosso parou primeiro.
Na frente, tudo na mesma: Rosberg na frente de Hamilton, com ambos separados por um segundo, e provavelmente a Mercedes poderia ir apenas para uma paragem na corrida. Daniil Kvyat era o terceiro, cada vez mais isolado. Mas a modorra da corrida despertou na volta 18, quando Vettel perdeu a traseira e rodou. Conseguiu regressar à pista, mas perdeu tempo e lugares. Pouco depois, Kvyat para nas boxes.
Na volta 23, houve a segunda parte da batida Bottas-Raikkonen (depois de Sochi), com o piloto da Ferrari a tentar fechar o da Williams e acabou com uma colisão onde o piloto mais velho ficou com a suspensão traseira-direita quebrada e ele acabou por abandonar. Bottas continuou, aparentemente sem danos no carro, mas os comissários decidiram investigar a colisão. Parecia que hoje a Ferrari estava num péssimo dia...
Rosberg foi para as boxes na volta 26, ao mesmo tempo que Max Verstappen fazia a sua paragem. Duas voltas depois, foi a vez de Hamilton, mas tudo fica na mesma, com o alemão a ficar na liderança, enquanto que Sebastian Vettel lutava contra os seus maus pneus, tentando passar Maldonado... para depois perder, porque travou para além da zona ideal. E por causa desses pneus, o alemão da Ferrari não conseguia apanhar o venezuelano da Lotus.
Na volta 34, o público entra em delirio quando Sergio Perez conseguiu passar Carlos Sainz Jr para ficar com o nono posto, especialmente quando se soube que o espanhol tinha passado o mexicano de forma irregular. Claro que quem estava no circuito, não queria saber disso.
Vettel, incapaz de apanhar Maldonado e com os pneus a desgastar-se, foi às boxes pela segunda vez para ter um novo set de pneus médios, tentando ver se conseguia salvar alguma coisa dessa tarde. E na frente, imperturbáveis, os Mercedes controlavam a situação, com Rosberg na frente de Hamilton. E na volta 46, ambos os pilotos já davam mais de meio minuto de vantagem sobre o resto da concorrência, apesar de Rosberg ter feito uma (inesperada) segunda parada. Hamilton seguiu o mesmo na volta 49 e o comando voltou a Rosberg.
Depois disso, o desgaste dos pneus começou a fazer-se sentir, principalmente entre os que fizeram nas primeiras voltas. Ricciardo passou Massa para ficar com o quinto posto enquanto que atrás, Max Verstappen saiu de pista e foi superado por Sergio Perez, para delirio da torcida.
E na volta 53... Vettel bateu. Algo raríssimo para o piloto alemão (a última vez tinha sido há seis anos e meio!) e isso foi aproveitado para que os que poderiam, parassem na boxe. E o Safety Car na pista, apenas com Bottas a ficar na pista, atrás dos Mercedes. E o dia da Ferrari era o pior desde o GP da Austrália de... 2006, sem ambos os carros a chegar ao fim.
Na volta 58, o Safety Car voltou às boxes e se os Mercedes mantiveram as posições, Bottas passou Kvyat e ficou com o terceiro posto. Atrás, Nasr abandonava a corrida, com problemas de travões no seu Sauber. Eles estavam a arder... literalmente! Nas voltas seguintes, os Mercedes afastavam-se de Bottas, que resistia aos Red Bull.
Mas apesar desta briga entre ambos, Nico Rosberg acabou por ser o vencedor do GP do México, seguido por Hamilton e Valtteri Bottas, numa corrida em que não foi muito emocionante. Depois vieram os Red Bull, o Williams de Felipe Massa, Nico Hulkenberg, Sergio Perez, Max Verstappen e Romain Grosjean, a fechar o "top ten". E depois disso, os mexicanos tentaram ser os mais originais possivel, com os carros a pararem na zona do estádio e a subirem para o pódio, para receber o seu respectivo "sombrero". No final, o regresso do México na Formula 1 foi morno, numa corrida com alguma história. Dali a duas semanas a Formula 1 continuará no Brasil, já numa atmosfera totalmente descontraída. Agora contam-se as corridas até ao final da temporada de 2015...
Ultima Hora: Tiago Monteiro desclassificado na Tailândia
Algumas horas após a segunda corrida do WTCC na Tailândia, a FIA anunciou que decidiu desclassificar Tiago Monteiro devido ao facto do seu Honda não ter passado por uma verificação técnica. Aparentemente, a altura do seu carro não estava conforme os regulamentos técnicos, dado que o lado esquerdo do seu carro estava 60 milímetros abaixo do regulamentado.
Assim sendo, a vitória foi dada ao francês Sebastien Loeb, e o piloto português caiu para o sexto lugar da geral, em troca com Norbert Mischelisz.
Assim sendo, a vitória foi dada ao francês Sebastien Loeb, e o piloto português caiu para o sexto lugar da geral, em troca com Norbert Mischelisz.
As imagens do fim de semana
Como o Miguel Oliveira não corre todos os fins de semana, ainda há outros pilotos portugueses que aparecem por aí e fazem um brilharete. Ontem foi Alvaro Parente e Miguel Ramos, num McLaren, e esta manhã foi o Tiago Monteiro, com o seu Honda oficial do WTCC. Deste último já esperava alguma coisa, dado que ele partia da segunda posição na segunda corrida do Mundial de Turismos, em Buniram, na Tailândia, apenas superado por Norbert Mischelisz. E esta vitória foi importante, pois estava em jogo o quarto lugar do campeonato, disputado por ele, o chinês Ma Qinghua, o seu companheiro de equipa, Gabriele Tarquini, e o piloto húngaro.
O piloto português afastou-se da confusão da largada e na terceira volta, passou o húngaro, para logo depois se afastar e evitar os toques do meio do pelotão. No final, superiorizou-se a Sebastien Loeb e Ma Qinghua para subir ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez nesta temporada e ser o único piloto não-Citroen a repetir a vitória.
"Foi uma corrida muito dura. Andei sempre nos limites como se estivesse, sistematicamente, a fazer voltas rápidas de qualificação, mas simplesmente porque percebi que só assim conseguia passar para a frente. A ultrapassagem correu na perfeição e estou muito feliz com esta vitória não só por mim em termos pessoais mas por toda a equipa. Estamos todos de parabéns", disse.
No dia anterior, em Barcelona, Alvaro Parente e Miguel Ramos sagraram-se campeões da International GT Open, a bordo de um McLaren 650S, depois de terem conseguido o necessário para tal. Nesse campo, o terceiro lugar na primeira corrida, depois de uma "pole-position". Para Parente, um dosp ilotos da McLaren nos GT's, este título cai-lhe bem depois de ter optado pelos GT's. “O nosso objetivo sempre foi vencer o International GT Open e desde o início da época e todos na equipa trabalhámos para esse fim. Realizámos um enorme esforço, mas agora fomos recompensados e penso que merecidamente”, comentou após o final da primeira corrida.
Para Miguel Ramos, o "gentleman driver" desta edição, apesar do seu handicap ter prejudicado em relação ao piloto profissional, não foi impeditivo de comemorar juntos este título suado e merecido, e mais um a juntar ao palmarés do automobilismo português no estrangeiro. E hoje, apesar de ter sido ele o primeiro a começar, foi o suficiente para chegarem de novo ao lugar baixo do pódio, depois de Parente ter ficado ao volante.
E longe, bem longe, no Japão, André Couto, o português mais macaense que existe, tornou-se campe~oda Super GT japonesa, na classe GT300, a bordo de um Nissan GT-R Nismo, ao lado do japonês Katsumasa Chiyo. E venceu a uma prova do final do campeonato, no circuito de Autopolis.
Em suma, para as cores portuguesas, todos os fins de semana corre-se o risco de aparecer a nossa bandeira por lá. E hoje foi um dia farto.