Nascido a 4 de março de 1933, começou a correr no inicio da idade adulta no Fiat 1100 do seu pai, enquanto tomava conta do estabelecimento de ensino da família, o Instituto Oriani, que tinha caído nas suas mãos e os da sua irmã, após a morte prematura do seu pai. Participa primeiro em rampas, mas depois de em 1958, ter corrido num Lancia Aurelia 2500, com sucesso, e no ano seguinte, num Maserati, também com sucesso, o Conde Volpi o convidou para correr na sua equipa, a Scuderia Serenissima, de Veneza. Correndo com Maseratis, começa a dar nas vistas nos grandes eventos de Endurance, especialmente a Targa Florio, o seu "quintal". Em 1960, ao lado do experiente Umberto Magioli, liderou a prova por duas voltas, antes do carro quebrar. Continuou a correr em 1961 ao lado de gente como Ludovico Scarfiotti, Giorgio Scarlatti e Carlo Maria Abate, começando a participar pela primeira vez nas 24 Horas de Le Mans e nas 12 Horas de Sebring, sem resultados relevantes, mas mostrando correr ao lado dos melhores pilotos de então.
E foi também em 1961 que teve a sua estreia na Formula 1, quanto correu no GP de Itália num De Tomaso-Alfa Romeo que a Scuderia Serenissima inscreveu, acabando por não terminar a prova. No ano seguinte, participou em três provas, não se qualificando no Mónaco e conseguindo um nono posto em Monza, num Lotus 24.
No final de 1962, Vacarella é contratado para correr na Ferrari, ao lado dos britânicos Mike Parkes e John Surtees. A ideia é de correr quer na Formula 1, quer na Endurance, mas é nesta última que consegue os seus maiores feitos. É segundo em Sebring, ao lado de Willy Mairesse e Lorenzo Bandini, mas apenas em 1964 é que consegue o seu primeiro grande feito na Scuderia, ao triunfar nas 24 Horas de Le Mans, no Ferrari 250TR, ao lado do francês Jean Guichet. Voltaria a correr com ele cinco anos depois, num Matra M630, para ser quinto da geral.
Em 1970, triunfou em Sebring, ao lado de Mário Andretti e Ignazio Giunti, numa prova onde a corrida foi decidida nos últimas instantes, depois de uma prova de trás para a frente por parte do italo-americano, que conseguiu bater o Porsche 908 dos americanos Pete Revson... e Steve McQueen. Contudo, no final do ano, saiu da Ferrari e rumou para a rival Alfa Romeo, que nesta altura, desenvilvia os T33. Foi terceiro em Sebring, em 1971, antes de nova vitória na "sua" Targa Florio, e em 1972, foi de novo terceiro em Sebring e quarto em Le Mans, ao lado de Andrea de Adamich.
Em 1975, aos 42 anos, Vacarella venceu pela terceira e última vez na Targa Florio, de novo a bordo de um Alfa Romeo T33, ao lado de Arturo Merzário, numa vitória popular numa altura em que correr ali com aqueles carros começava a ser demasiadamente perigoso nas estradas estreitas daquele canto da Sicilia. Pouco depois, pendurou o capacete e se dedicou ao ensino na escola familiar.
"Calmo e sóbrio por fora, você podia sentir que dentro dele queimava o fogo e a paixão de sua terra natal. O percurso do Madonie destacou suas habilidades como piloto de estrada e foi preciso algo especial para ele não vencer ou pelo menos estar entre os líderes."
Até hoje, Vacarella e Guichet eram a dupla mais antiga ainda viva a triunfar nas 24 Horas de Le Mans, durando 57 anos depois de terem triunfado em La Sarthe. E de uma certa maneira, era já um dos últimos representantes de uma geração já distante, heróis dos nossos pais que arriscavam a vida todas as vezes que iam para a estrada, pela adrenalina da ocasião. Ars longa, vita brevis, Nino.
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