Num país que tem, por exemplo, a Mercedes, seria interessante existir um plano para o regresso da competição. Contudo, quem está cético sobre isso é Sebastian Vettel. O tetracampeão do mundo afirma que a Formula 1 se tornou cara e exclusiva, e a industria automóvel tem outros lugares onde pode mostrar o seu talento em termos de engenharia.
“[Não] veremos um Grande Prémio na Alemanha durante muito tempo. Acho uma pena, mas entendo o porquê. Uma corrida de Fórmula 1 é muito cara para o respetivo país. Também está a faltar a pressão importante da indústria automóvel alemã”, afirmou numa entrevista ao Sports Ilustrated.
O antigo piloto e tetracampeão do mundo explicou que “o automobilismo tornou-se demasiado caro e, portanto, demasiado exclusivo”, podendo responder à falta de interesse do público e por sua vez “leve à falta de recursos financeiros dos patrocinadores ou da indústria para incentivar jovens talentos” na Alemanha.
De uma carta forma, tem razão. A Formula 1 na Europa está condenada a prazo. Tirando o Mónaco, Grã-Bretanha e Itália, a competição dispensa a Europa a favor dos Estados Unidos, Ásia e as Arábias, porque é onde está o dinheiro. A Formula 1 quer mais e mais dinheiro, e enquanto for desejada - há rumores constantes de compra por parte do fundo soberano saudita - e com as equipas a não querem mais ninguém para entrar na competição - e isso pode se ver na crescente hostilidade a maneira como a Andretti está a ser acolhida - a Formula 1 está bem onde e como está. E não quer saber onde irá, desde que salvaguardem algumas corridas ditas "essenciais". A corrida monegasca, pelo glamour que dá, a britânica, por ser a sede das equipas, e a italiana, por causa da Ferrari. O resto é dispensável, se não derem aquilo que eles pedem.
Portanto, um regresso da Alemanha ao calendário terá de ser algo do Estado, em conjunto com a industria. E tem de ser ambos a imporem as suas condições. E isso não irá acontecer.
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