Um resumo da manhã alemã, com o assustador despiste de Sebastien Ogier, a mais de 200 km/hora.
sábado, 23 de agosto de 2014
WRC 2014 - Rali da Alemanha (Dia 2)
O segundo dia do Rali da Alemanha está a ser marcado pelo desempenho de Jari-Matti Latvala, que está a dominar as classificativas alemãs, agora que o seu maior rival, Sebastien Ogier, ficou definitivamente "fora de combate" depois de sofrer um segundo despiste, no inicio do dia, acabando por desistir. O acidente ocorreu na segunda especial do dia, em Pererberg, onde perdeu o controle do seu carro no primeiro quilómetro dessa especial, acabando fora de estrada. O "roll cage" ficou danificado e o piloto teve de passar pelo hospital para fazer exames, mas não teve nada de grave.
Por causa do acidente a a maneira como ficou o seu carro, a classificativa teve de ser anulada.
Mas Ogier não foi o único piloto acidentado neste rali. O português Bernardo Sousa, que liderava o WRC2, teve problemas com o seu carro, primeiro com um furo, que o fez atrasar na classificação geral, e depois, na 11ª especial, um acidente na saída de uma curva fez danificar o carro e terminar por ali a sua participação no rali alemão, quando seguia no sexto posto na sua categoria.
Depois da saída de Ogier, Latvala andou a controlar os avanços de Kris Meeke, que ao longo do dia, teve um avanço a rondar os 30 segundos, enquanto que atrás do piloto inglês, Thierry Neuville tentou apanhar o piloto da Citroen, sem grande sucesso. Mesmo quando os carros passaram pela segunda vez em Pedersberg e uma chuva inclemente caiu por ali, dificultando as coisas aos pilotos presentes. Dani Sordo, por exemplo, chegou a sair de estrada devido ao "acquaplanning", mas apenas perdeu vinte segundos e não danificou o seu carro...
No final, Latvala venceu cinco troços, contra dois de... Robert Kubica, que anda a recuperar posições atrás de posições (vai acabar no décimo posto da geral) e têm uma vantagem de 56,6 segundos sobre Meeke, enquanto que Thierry Neuville têm um minuto de desvantagem sobre o comandante, mas a pressionar Meeke para chegar ao segundo posto.
Dani Sordo é o quarto, com 26 segundos de diferença sobre Neuville, e têm Anders Mikkelsen perto de si, a onze segundos (e um minuto e 37 de desvantagem sobre Latvala). Mikko Hirvonen é o quinto, mas têm Elfyn Evans atrás de si, no sexto posto, com apenas 4,9 segundos a separá-los. Ostberg é o oitavo, a um minuto e 59 segundos, enquanto que Prokop e Kubica fecham o "top ten".
O rali da Alemanha acaba amanhã, com a realização de mais quatro especiais.
Youtube Motorsport Crash: o acidente de Thomas Enge na Eslováquia
Este fim de semana temos a Blancapain GT Series na Slovakiaring, e a corrida de qualificação, que aconteceu esta tarde, ficou marcado pelo forte acidente do Lamborghini do checo (ex-piloto de Formula 1) Thomas Enge, que bateu forte nas barreiras e deu três cambalhotas no ar antes de cair no chão. Felizmente, o piloto na da sofreu, mas o acidente é impressionante para quem o vê...
Formula 1 2014 - Ronda 12, Belgica (Qualificação)
Depois de um mês de férias, a Formula 1 regressa em força para correr num dos clássicos do automobilismo: Spa-Francochamps. A pista belga, com sete quilómetros de extensão, é a mais longa do Mundial, mas para todos os amantes do automobilismo, é uma daqueles locais dos quais todos sonham em ir um dia. Mesmo que estejam dispostos a aturar o sempre imprevisível tempo da floresta das Ardenas.
É verdade que os assuntos dos últimos dias tinham sido ocupados com as mudanças nas duas equipas mais novas e que estavam no final da tabela. André Lotterer fez uma estreia tardia na categoria máxima do automobilismo e não desilustrou, já as coisas na Marussia foram tudo menos calmas. Inicialmente anunciaram que Alexander Rossi iria estar no lugar de Max Chilton por causa de dinheiro (em Jules Bianchi ninguém toca porque é a Ferrari que paga o lugar), mas depois, na sexta de manhã, deram uma marcha-atrás e recolocaram o britânico no seu carro, numa mudança em que até agora têm ares de explicação mal dada e pouco compreendida.
Mas neste sábado, os bastidores ficaram um pouco de lado e as coisas se viraram para a pista... e para o boletim meteorológico. A possibilidade de chuva na hora da qualificação fazia com que as coisas, apesar de parecerem que poderiam acabar com os mesmos pilotos na primeira fila da grelha de partida, poderia causar um fator de indecisão entre todos os que iriam assistir à qualificação, fosse na pista, fosse em casa, no conforto da televisão. E meia hora antes do treino começar, o dilúvio que caiu na zona do circuito fazia prever que as coisas iriam acontecer sob superfície molhada. Muito molhada que a certo ponto, se especulou se a qualificação iria arrancar à hora marcada.
Felizmente, as coisas se acalmaram a tempo de começar a qualificação. Alguns arriscaram a correr em "Full Wets", mas depois, verificou-se que bastavam os intermédios para fazer o trabalho, e os treinos continuaram sem grandes incidentes, a não ser com o que aconteceu com o Sauber de Esteban Gutierrez, que ficou parado devido a uma falha eletrónica. E o habitual despiste de Pastor Maldonado, desta vez, sem bater, na zona da Paragem do Autocarro...
No final, da primeira parte, para além dos Caterham, dos carros de Maldonado e Gutierrez, ficaram de fora - de modo surpreendente! - o Force India de Nico Hulkenberg e o Marussia de Max Chilton, enquanto que Jules Bianchi ia para a Q2 pela terceira vez nas últimas quatro corridas. E mais um detalhe: o estreante Lotterer conseguiu ser superior ao sueco Ericsson. Por um segundo completo!
Antes da Q2, a chuva faz uma ligeira aparição, mas cedo passa, e os pilotos continuam a rodar com pneus intermédios. E é nessa altura que se verifica a superioridade dos Flechas de Prata em piso molhado: Hamilton e Rosberg, mesmo com erros ocasionais (o alemão saiu três vezes de pista entre Les Combes e Pouhon!) conseguia fazer tempos dois segundos mais velozes do que os feitos por Sebastian Vettel ou Fernando Alonso, só para dar exemplos mais óbvios. Em suma, a Mercedes estava imbatível e ninguém os conseguia ir buscar.
Mas não eram só eles: quando houve a passagem para a Q3, não houve surpresas. Mercedes, Red Bull, Williams, Ferrari e McLaren meteram os seus dois carros para a parte final da qualificação, deixando de fora os Toro Rosso, o Force India de Sergio Perez, o Sauber de Adrian Sutil, o Marussia de Jules Bianchi e o Lotus de Romain Grosjean. Mesmo numa qualificação molhada, a grelha final iria ser os mais previsíveis da temporada.
E de uma certa maneira, foi assim. Com o céu a abrir e os raios de sol a brilharem - mas não a tempo de secar ou de criar uma linha de trajetória ideal - os Mercedes brilharam, mas com Nico Rosberg a ser o melhor, conseguindo uma vantagem de dois centésimos sobre Lewis Hamilton e a quarta pole-position consecutiva nesta temporada. Mas o que mais impressionou foi a vantagem que Nico deu a Sebastian Vettel, o terceiro classificado: 2,1 segundos. Sim, leram bem: dois segundos e um centésimo! Números destes já não se viam desde os tempos dos Williams FW14 dominadores de 1992, há mais de vinte anos. Poderemos dizer que este Mercedes é um carro muito bem afinado para a chuva...
Amanhã há mais. Não se prevê que a chuva faça a sua aparição na mesma forma como foi hoje, mas em Spa-Francochamps, nunca se sabe...
Felizmente, as coisas se acalmaram a tempo de começar a qualificação. Alguns arriscaram a correr em "Full Wets", mas depois, verificou-se que bastavam os intermédios para fazer o trabalho, e os treinos continuaram sem grandes incidentes, a não ser com o que aconteceu com o Sauber de Esteban Gutierrez, que ficou parado devido a uma falha eletrónica. E o habitual despiste de Pastor Maldonado, desta vez, sem bater, na zona da Paragem do Autocarro...
No final, da primeira parte, para além dos Caterham, dos carros de Maldonado e Gutierrez, ficaram de fora - de modo surpreendente! - o Force India de Nico Hulkenberg e o Marussia de Max Chilton, enquanto que Jules Bianchi ia para a Q2 pela terceira vez nas últimas quatro corridas. E mais um detalhe: o estreante Lotterer conseguiu ser superior ao sueco Ericsson. Por um segundo completo!
Antes da Q2, a chuva faz uma ligeira aparição, mas cedo passa, e os pilotos continuam a rodar com pneus intermédios. E é nessa altura que se verifica a superioridade dos Flechas de Prata em piso molhado: Hamilton e Rosberg, mesmo com erros ocasionais (o alemão saiu três vezes de pista entre Les Combes e Pouhon!) conseguia fazer tempos dois segundos mais velozes do que os feitos por Sebastian Vettel ou Fernando Alonso, só para dar exemplos mais óbvios. Em suma, a Mercedes estava imbatível e ninguém os conseguia ir buscar.
Mas não eram só eles: quando houve a passagem para a Q3, não houve surpresas. Mercedes, Red Bull, Williams, Ferrari e McLaren meteram os seus dois carros para a parte final da qualificação, deixando de fora os Toro Rosso, o Force India de Sergio Perez, o Sauber de Adrian Sutil, o Marussia de Jules Bianchi e o Lotus de Romain Grosjean. Mesmo numa qualificação molhada, a grelha final iria ser os mais previsíveis da temporada.
E de uma certa maneira, foi assim. Com o céu a abrir e os raios de sol a brilharem - mas não a tempo de secar ou de criar uma linha de trajetória ideal - os Mercedes brilharam, mas com Nico Rosberg a ser o melhor, conseguindo uma vantagem de dois centésimos sobre Lewis Hamilton e a quarta pole-position consecutiva nesta temporada. Mas o que mais impressionou foi a vantagem que Nico deu a Sebastian Vettel, o terceiro classificado: 2,1 segundos. Sim, leram bem: dois segundos e um centésimo! Números destes já não se viam desde os tempos dos Williams FW14 dominadores de 1992, há mais de vinte anos. Poderemos dizer que este Mercedes é um carro muito bem afinado para a chuva...
Amanhã há mais. Não se prevê que a chuva faça a sua aparição na mesma forma como foi hoje, mas em Spa-Francochamps, nunca se sabe...
Formula 1 em Cartoons - Bélgica 2000 (Pilotoons)
Agora o Bruno Mantovani anda a fazer cartoons históricos a cada Grande Prémio. Desta vez, têm a ver com a corrida de 2000, onde Mika Hakkinen fez a Michael Schumacher uma das ultrapassagens mais memoráveis do automobilismo, onde ambos se colocaram lado a lado, com o BAR-Honda de Ricardo Zonta entre eles, para o finlandês levar a melhor na travagem para Les Combes e vencer o Grande Prémio daquele ano.
Apesar de Hakkinen, o campeão em título, ter vencido essa corrida, quem levou a melhor no final do campeonato foi Schumacher, que conseguiu o seu terceiro título mundial e abriu uma nova era da Ferrari na Formula 1.
Youtube Motorsport Onboard: uma volta em Donington com Nicolas Prost
A semanas da corrida inaugural da Formula E, eis uma volta a Donington Park por parte do e.DAMS do francês Nicolas Prost.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Formula 1 em Cartoons (II): O regresso da Formula 1 a Spa-Francochamps (Rathborne)
O regresso da Formula 1 a Spa-Francochamps também foi numa altura em que eles apanharam a "moda do verão", ou seja, o balde de água fria. E alguns pilotos já andaram a fazer isto hoje, como Daniel Ricciardo, Lewis Hamilton e Fernando Alonso.
E claro, alguns nomearam Kimi Raikkonen para que faça o mesmo. Só que ele aparentemente não alinha nisso...
Youtube Rally Crash: O acidente (mais um) de Robert Kubica
Já começa a ser hábito no WRC: Robert Kubica a despistar-se. Desta vez foi na Alemanha, na terceira especial. Ele ia no nono posto quando perdeu o controlo do seu carro. Contudo, os estragos foram pequenos e continuou na estrada. Contudo, o atraso de mais de quatro minutos que sofreu fez com que caisse muito na classificação, terminando no 22º posto no final do primeiro dia.
WRC 2014 - Rali da Alemanha (Dia 1)
O Rali da Alemanha, primeira prova em asfalto da temporada, está a ser bem movimentado e com algumas surpresas, a maior das quais é o despiste de Sebastien Ogier na última classificativa do dia, que coloca o finlandês Jari-Matti Latvala na frente do rali. Para além disso, no WRC2, há motivos para sorrir nas cores portuguesas, pois Bernardo Sousa acaba este dia a liderar na categoria.
Depois do "shakedown", esperava-se que este primeiro dia fosse movimentado para as cores alemãs, com Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala a marcarem o ritmo perante uma concorrencia que poderia não ter armas para os alcançar. E foi assim que aconteceu: na primeira especial, Ogier conseguiu um avanço de 0,4 segundos sobre Latvala, mas com quatro segundos sobre o terceiro classificado, Mads Ostberg, e 5,3 sobre o melhor dos Hyundai, o espanhol Dani Sordo.
Atrás, houve peripécias: Kris Meeke fez um pião e fez apenas o oitavo melhor tempo, na frente de Mikko Hirvonen, que teve uma saída de estrada.
Nas classificativas seguintes, a luta continuou, com avanços e recuperações, mas com o francês sempre na frente, uma diferença que era de 1,8 no final da manhã, favorável a Ogier. Mas na terceira especial, houve uma novidade... não muito nova. É que Robert Kubica sofreu um despiste que o fez perder mais de quatro minutos. Até aqui, o polaco era o nono da geral, e com isto, caiu muitos lugares na classificação, acabando o dia no 22º posto.
Pela tarde, o duelo continuou, enquanto que atrás, a luta pelo terceiro lugar estava ao rubro. Depois de ter sido ocupado por Sordo, viu depois ser atacado por Mikkelsen, mas no final da manhã, o norueguês sofreu um furo e atrasou-se e cedeu o lugar para Meeke, que por esta altura, tinha uma desvantagem de... 23,9 segundos. Mas atrás de si, tinha um grupo de pilotos que queria desesperadamente esse lugar: Mikkelsen, Sordo, Hirvonen, os Hyundai de Thierry Neuville e de Bryan Bouffier e o Ford de Elfyn Evans. Meeke esteve sempre na frente do grupo, mas houve uma altura em que 18 segundos era o bastante entre o terceiro... e o nono posto.
Atrás, houve peripécias: Kris Meeke fez um pião e fez apenas o oitavo melhor tempo, na frente de Mikko Hirvonen, que teve uma saída de estrada.
Nas classificativas seguintes, a luta continuou, com avanços e recuperações, mas com o francês sempre na frente, uma diferença que era de 1,8 no final da manhã, favorável a Ogier. Mas na terceira especial, houve uma novidade... não muito nova. É que Robert Kubica sofreu um despiste que o fez perder mais de quatro minutos. Até aqui, o polaco era o nono da geral, e com isto, caiu muitos lugares na classificação, acabando o dia no 22º posto.
Pela tarde, o duelo continuou, enquanto que atrás, a luta pelo terceiro lugar estava ao rubro. Depois de ter sido ocupado por Sordo, viu depois ser atacado por Mikkelsen, mas no final da manhã, o norueguês sofreu um furo e atrasou-se e cedeu o lugar para Meeke, que por esta altura, tinha uma desvantagem de... 23,9 segundos. Mas atrás de si, tinha um grupo de pilotos que queria desesperadamente esse lugar: Mikkelsen, Sordo, Hirvonen, os Hyundai de Thierry Neuville e de Bryan Bouffier e o Ford de Elfyn Evans. Meeke esteve sempre na frente do grupo, mas houve uma altura em que 18 segundos era o bastante entre o terceiro... e o nono posto.
A sexta e última especial do dia transformou-se no momento decisivo do rali. Primeiro, atrasou-se devido a problemas no controle e colocação dos espectadores, e depois, quando decorreu a prova, aconteceu o tal despiste de Ogier, que mudou as coisas na classificação geral. Quando terminou, Latvala explicou à imprensa que “recebi a informação que o Sébastien tinha saído mas não tinha ideia do que aconteceu. Só vi umas marcas de borracha numa esquerda longa... e depois disso e até perdi o ritmo”.
Assim sendo, no final do dia, o finlandês têm agora uma vantagem de 37 segundos sobre Kris Meeke, com Dani Sordo, no seu Hyundai, a 42,6 segundos da liderança, e a 5,6 do britânico da Citroen. Andreas Mikkelsen é o quarto, a 45,6 segundos, seguido por Thierry Neuville (53,1 segundos) e o Ford de Mikko Hirvonen. Elfyn Evans é o sétimo, já a um minuto, seguido por Mads Ostberg, enquanto que a fechar o "top ten" estão, Bryan Bouffier (a 1.35 minutos) e o checo Martin Prokop, a dois minutos e sete segundos.
No lado do WRC2, Bernardo Sousa conseguiu chegar ao fim deste primeiro dia no comando da categoria, com uma vantagem de 4,2 segundos sobre o sueco Pontus Tiedmand, noutro Ford Fiesta, e de 10,4 segundos sobre o qatari Nasser Al-Attiyah.
O Rali da Alemanha prossegue amanhã.
O estranho volte-face da Marussia
Se ontem falou-se que o americano Alex Rossi iria ser o piloto da Marussia no fim de semana belga, no lugar de Max Chilton, hoje as coisas conheceram um "volte-face", e Chilton, afinal de contas, vai correr este fim de semana em Spa-Francochamps. A razão disto tudo, desde quinta-feira, é conhecida: dinheiro. Mas o que isto tudo mostrou, é que as coisas por lá não andam famosas. E uma pesquisa não muito profunda entre os "insiders" da Formula 1 , mostra que as coisas passaram por um problema de pagamentos por parte dos patrocinadores de Chilton.
Contudo, o jornalista britânico Joe Saward fala no seu blog que a Marussia poderá estar em posição de venda. Um consórcio americano, ainda não identificado, fala que está interessado em adquirir a equipa, mas que o seu dono, Andrej Cheglakov, não quer fazer negócio até ao inicio de outubro, altura do GP da Rússia. Desconhece-se se é Gene Haas a querer cortar caminho para chegar à Formula 1 ou outras pessoas, mas a ideia de que poderemos passar de zero para duas equipas de origem americana é bem interessante...
Contudo, voltando à Marussia, há questões que ainda estão por responder. Pelas declarações feitas hoje por Graeme Lowndon, poderá haver mais do que finanças sobre o caso de Chilton: "Eu não creio que seja apropriado comentar sobre os detalhes das questões contratuais, porque isso é confidencial entre as partes envolvidas, de modo que não há nada que posso dizer sobre isso", começou por dizer em declarações à Autosport britânica.
"Isso [o regresso de Chilton] é o resultado de uma mudança de circunstâncias. Para ser honesto, você terá que falar aos seus relações-públicas. Eu não sei nada sobre isso. Você vai ter que falar com eles", concluiu.
O próprio Chilton disse em Spa que as coisas por trás desta decisão são muito diferentes daquelas que foram referidas até agora: "Tem sido umas 24 horas muito movimentadas", começou por dizer em entrevista ao jornalista Joanthan Noble, da Autosport britânica.
"Tem havido muitos rumores que não são verdadeiros. [As questões financeiras] são a primeira coisa que as pessoas pensam. Mas o que aconteceu nos bastidores foi mais do que isso. O que aconteceu ontem foi resolvido, e foi por isso que me colocaram de volta no carro."
Questionado sobre o que realmente aconteceu, escusou a falar. "Eu não vou comentar sobre mais nada, porque no momento em que comentar que as pessoas vão começar a escrever", disse ele. Contudo, ele afirmou que a questão envolveu o patrão da Marussia, Andrej Cheglakov. "O meu pessoal falou com o patrão", confirmou.
O próprio Chilton disse em Spa que as coisas por trás desta decisão são muito diferentes daquelas que foram referidas até agora: "Tem sido umas 24 horas muito movimentadas", começou por dizer em entrevista ao jornalista Joanthan Noble, da Autosport britânica.
"Tem havido muitos rumores que não são verdadeiros. [As questões financeiras] são a primeira coisa que as pessoas pensam. Mas o que aconteceu nos bastidores foi mais do que isso. O que aconteceu ontem foi resolvido, e foi por isso que me colocaram de volta no carro."
Questionado sobre o que realmente aconteceu, escusou a falar. "Eu não vou comentar sobre mais nada, porque no momento em que comentar que as pessoas vão começar a escrever", disse ele. Contudo, ele afirmou que a questão envolveu o patrão da Marussia, Andrej Cheglakov. "O meu pessoal falou com o patrão", confirmou.
Assim sendo, e até ordem em contrário, Max Chilton correrá no carro da marca na qualificação, e eventualmente na corrida deste domingo, em terras belgas.
Youtube Top Gear Challenge: Clarkson apanhado a dormir
A mania deste verão já chegou ao Top Gear. E Jeremy Clarkson foi apanhado com as calças na mão... dizendo melhor, durante o sono. O video foi gravado pela filha, nos jardins da casa familiar. E ele, claro, nomeou os outros dois apesentadores.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Youtube Rally Video: o "shakedown" do Rali da Alemanha
Para fechar o dia, umas imagens do "shakedown" do Rali da Alemanha.
Os Pioneiros - Capitulo 46, a Oeste tudo de novo
1914: O REGRESSO DO GRANDE PRÉMIO AMERICANO
Em 1914, nos Estados Unidos, as provas de estrada são um evento decadente, graças à explosão dos circuitos de madeira, montados do noite para o dia, e do qual atraem os melhores pilotos, a troca de altos prémios monetários. E claro, com autódromos cheios, os proprietários lucravam. E com essa proliferação de corridas, as empresas automotivas faziam evoluir os seus carros, esperando bater-se uns com os outros, e assim, evoluiam a industria automóvel americana.
Contudo, eventos como a Vanderbilt Cup e o Grande Prémio da América continuavam a ser atraentes, devido ao prestigio que havia sido alcançado nos anos anteriores, e não tanto pelo dinheiro. E depois de não terem encontrado um lugar para fazer a corrida em 1913, houve uma proposta para o fazer em 1914 na soalheira California, mais concretamente na localidade de Santa Mónica, nos arredores de Los Angeles. Feitos um a seguir ao outro, com dois dias de diferença, a Vanderbilt Cup foi a primeira a arrancar, com Ralph de Palma inscrito com o Mercedes onde venceu a corrida de 1912, depois de ter saído da Mercer, por este ter contratado (sem que tivesse sido auscultado) um dos seus rivais, Barney Oldfield.
Oldfield, Spencer Wishart e Eddie Pullen participavam em Mercers, enquanto que na Stutz, Gil Andersen estava presente, e na Mason-Dusenberg, estavam William Carson e Dave Lewis. Harry Grant corria num Isotta, Frank Werbeck e Dave Lewis em Fiat, enquanto que o britânico John Marquis estava ao volante de um Sunbeam. A corrida iria ocorrer a 26 de fevereiro, dois dias antes do Grande Prémio americano.
A corrida começou com Pullen e Anderson a lutarem pela liderança, com Di Palma a segui-os de perto. As coisas andaram assim nas primeiras 15 voltas, até que perto de um local designado como a "Curva da Morte", Pullen perde uma roda e bate, sem ferimentos nele e no seu mecânico. Com isso, Oldfield e Di Palma prosseguem na corrida, lutando ambos pela liderança, mas na parte final, parecia que Oldfield iria ser o vencedor, pois Di Palma parecia não ser capz de passar. Contudo, ele viu que os pneus dele já estavam um pouco desgastados... e comparando com o estado dos seus, planeou um truque.
Passando para a frente de Oldfield, decidiu assinalar quando passava pelas boxes de que iria parar para trocar de pneus na volta seguinte e abrandar um pouco. O seu adversário viu isso e decidiu seguir a mesma tática. Passando para a frente, Oldfield parou, mas quando foi a vez de Di Palma... este não parou, e acelerou fortemente rumo à meta. Graças a esse truque, acabou como vencedor, com mais de um minuto de vantagem sobre Oldfield.
Dois dias depois, no mesmo local, é a vez do Grande Prémio. Duzentos e cinquenta mil pessoas estavam alinhados ao longo da pista para ver se os americanos poderiam vencer em carros americanos. A grande alteração era a entrada dos Marmon de Guy Ball e Charles Muth e os Alco de Tony Jeanette e Williamm Taylor, enquanto que na Mason-Dusenberg, Eddie Rickenbacker estava no lugar de William Carson.
O primeiro líder da corrida é o Mercer de Spencer Wishart, que começou a alargar a sua vantagem nas 22 voltas seguintes, até que... o motor parou, ficando de fora da corrida. O novo líder acabou por ser Ralph de Palma, no seu Mercedes, mas com o passar das voltas, também começou por ter problemas com o seu motor e começou a atrasar-se, deixando o comando para o Sunbeam de Marquis. Nas na volta 32, quando se aproximava da temida "Curva da Morte", o carro de Marquis capotava. O acidente foi aparatoso, mas ninguém ficou ferido.
Na frente ficava agora Eddie Pullen, no seu Mercer, e começava a distanciar-se para acabar por vencer a corrida, com mais de 40 minutos de vantagem sobre o Marmon de Guy Ball, com William Taylor a ser o terceiro, no seu Alco. Um trio totalmente americano em carros americanos, era algo que os construtores e o público sonhavam desde há algum tempo, e demonstrava que estes carros tinham evoluido e começavam a andar ao nível dos carros europeus.
(continua no próximo capitulo)
O primeiro líder da corrida é o Mercer de Spencer Wishart, que começou a alargar a sua vantagem nas 22 voltas seguintes, até que... o motor parou, ficando de fora da corrida. O novo líder acabou por ser Ralph de Palma, no seu Mercedes, mas com o passar das voltas, também começou por ter problemas com o seu motor e começou a atrasar-se, deixando o comando para o Sunbeam de Marquis. Nas na volta 32, quando se aproximava da temida "Curva da Morte", o carro de Marquis capotava. O acidente foi aparatoso, mas ninguém ficou ferido.
Na frente ficava agora Eddie Pullen, no seu Mercer, e começava a distanciar-se para acabar por vencer a corrida, com mais de 40 minutos de vantagem sobre o Marmon de Guy Ball, com William Taylor a ser o terceiro, no seu Alco. Um trio totalmente americano em carros americanos, era algo que os construtores e o público sonhavam desde há algum tempo, e demonstrava que estes carros tinham evoluido e começavam a andar ao nível dos carros europeus.
(continua no próximo capitulo)
Youtube Rally Crash: o acidente de Thierry Neuville no "shakedown"
O Rali da Alemanha começa amanhã, mas já houve estragos: o belga Thierry Neuville deu um senhor capotamento durante o "shakedown" que aconteceu esta tarde, danificando o seu carro, mas parece que isso não será impeditivo de guiá-lo a partir de amanhã.
O chato é que a Hyundai vai ter de pagar os estragos da colheita de vinho deste senhor...
Formula E: Nelson Piquet Jr. e Ho-Pin Tung serão pilotos da China Racing
A três semanas do inicio da Formula E, a China Racing confirmou hoje que o brasileiro Nelson Piquet Jr. e o chinês (de origem holandesa) Ho-Pin Tung serão pilotos da equipa na competição. Com isto, Piquet Jr. regressa aos monopostos depois de cinco anos de ausência, quando competiu na Renault, no Mundial de Formula 1.
“Sempre gostei do desafio de pilotar os mais variados carros de fórmula, então estou bem empolgado por entrar na Fórmula E. É uma honra disputar sua temporada inaugural, porque é um conceito muito inovador no automobilismo”, declarou Piquet Jr no site oficial da categoria. “A motivação de ajudar o Team China a se estabelecer na categoria é muito grande.”
Já o piloto chinês alinhou no mesmo diapasão: "É ótimo ser um dos pilotos da China Racing, que vai competir na Fórmula E, especialmente na corrida de abertura, em Pequim. Eu testei o carro há alguns meses e é realmente um desafio para se acostumar com o carro de corrida elétrico. Estou ansioso para um começo fantástico, em Pequim", comentou.
Alejandro Agag, o diretor da Formula E, acrescentou: "Estamos muito satisfeitos por acolher ainda mais pilotos internacionais para a FIA Formula E Championship. Apenas mais um nome permanece agora a ser anunciado, e como a primeira corrida se aproxima, estamos confiantes de nossa line-up de pilotos talentosos vai fazer um grande espetáculo em Pequim, no próximo dia 13 de setembro".
Com isto, a Formula E terá três pilotos brasileiros: Piquet Jr, Bruno Senna e Lucas di Grassi. E só falta mais um nome, na Andretti Racing, para que o "lineup" esteja completo.
Marussia: Chilton sai, Rossi entra
John Booth, o diretor da marca, justifica a chegada de Rossi da seguinte forma: “Apesar de não ser nossa intenção dar a possibilidade ao Alexander de correr esta época, à luz das circunstâncias estamos satisfeitos por lhe dar a oportunidade de se estrear em Grandes Prémios no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps. Naturalmente esperamos continuar o serviço normal com respeito à nossa dupla estabelecida o mais rapidamente possível”.
Contudo, num comunicado oficial, os representantes de Chilton explicaram que a razão foi sobretudo, económica: “Max Chilton abdicou voluntariamente do seu lugar em Spa para permitir à equipa atrair os fundos muito necessários por vender a sua vaga. O Max irá assistir à corrida e estará a apoiar a equipa de qualquer forma possível”, referiram.
Apesar de tudo, da parte do piloto britânico, os seus representantes esperam que a situação esteja resolvida daqui a duas semanas, antes da corrida de Monza.
Indiferente à polémica, Rossi está ansioso pela sua estreia: “Mal posso esperar para pilotar o MR03 desde amanhã e espero recompensar a equipa com um fim de semana sólido”, comentou. O piloto americano vai correr com o numero 42.
Nascido a 25 de setembro de 1991 na cidade californiana de Auburn (têm 22 anos), Rossi começou a sua carreira na Skip Barber Series, aos 14 anos, em 2005. No ano seguinte, passou para a Formula BMW americana, onde terminou no terceiro posto, e em 2008, venceu a competição americana, antes de vencer a competição internacional, dando a oportunidade de testar um BMW Sauber, ao lado do mexicano Esteban Gutierrez.
Em 2009, foi para a Europa fazer a International Racing Master para no ano seguinte fazer a GP3, onde venceu duas corridas e terminou no quarto lugar da competição. Em 2011, correu na World Series by Renault, através da Fortec, terminando no terceiro lugar, com duas vitórias. Em 2012, já como piloto de testes da Caterham, conseguiu apenas três voltas mais rápidas e o 11º posto da competição.
Em 2013 passou para a GP2, onde venceu em Abu Dhabi e conseguiu o nono posto na classificação geral, passando para a temporada de 2014, na Caterham, antes de ser dispensado pela equipa. Ali, foi para a Campos Racing, mas até agora não conseguiu mais do que doze pontos e o 20º posto na classificação.
Os novos regulamentos do WRC para 2015
Nas vésperas de começar o Rali da Alemanha, a FIA anunciou que iria haver modificações nos motores e nos carros do WRC para a próxima temporada. Após a existência de um congelamento no desenvolvimento dos motores esta temporada, em 2015, as construtoras poderão ter um desenvolvimento de até cem cavalos, mas as grandes novidades estão no campo das caixas de velocidades, que deixarão de ser de caixa para estarem no volante, semelhante aos carros de pista, sendo assim mais leves e mais eficazes para os pilotos.
François-Xavier Demaison, o diretor técnico da Volkswagen explica essa mudança nos carros: “As caixas com patilhas reduzem o 'input' do piloto, ou seja, são sistemas automatizados. Durante a extensão de um rali, o piloto fica cansado e é normal que faça algumas passagens de caixa mais lentas, menos eficazes, e aí há hipótese de danificar a caixa. Com o sistema de patilhas, a passagem de caixa é sempre perfeita e as forças que intervêm no processo são sempre iguais. Basicamente, elimina-se os erros de pilotagem (a este nível). O segredo, contudo, é o tipo de sistema que se pode usar, que pode ser pneumático, hidráulico ou mecânico. Só não posso dizer o que vamos usar!”, referiu o engenheiro francês.
Outra possibilidade que se abre às equipas é a redução do peso dos motores: “Houve uma revisão do peso mínimo de alguns componentes do motor e a hipótese de retirar algumas partes. O motor terá o mesmo bloco mas será mais leve. Claro que é difícil alterar um carro ganhador. A versão-base de 2015 está agora em testes mas terão de esperar seis meses até ao Rali de Monte Carlo para verem o 'novo' Polo”, concluiu.
É certo que em 2015 iremos assistir à nova geração de motores 1.6, e estes estarão a correr até à temporada de 2016, altura em que irá dar lugar ao novo formato para o periodo entre 2017 e 2019, mas do qual ainda nada está decidido, dado que existem conversações entre as equipas e a FIA. E provavelmente, poderá entrar em ação a ideia dos propulsores híbridos, que poderá trazer de volta as marcas japonesas como a Toyota, a Mitsubishi e a Subaru, que já demonstraram interesse num regresso.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
As razões para a escolha de André Lotterer
Pode-se pensar que a chamada de Andre Lotterer para o carro da Caterham seja por razões meramente orçamentais, mas não têm nada a ver com isso. Na realidade, trata-se de uma corrida contra o tempo, no sentido de ter o maior número de alterações no chassis CT05 com um objetivo em mente: pontuar e conseguir o décimo lugar no campeonato de Construtores, o que daria acesso a uma bela "bolsa" de 50 milhões de euros vinda de Bernie Ecclestone e a FOM.
Segundo conta o jornalista Joe Saward, Lotterer é um excelente piloto de testes. Sabemos que teve esse trabalho em 2002, na Jaguar, e que continuou a ter isso quer no Japão, quer agora na Audi, onde como sabem, conseguiu três vitórias nas 24 Horas de Le Mans. E durante esse tempo todo, ajudou a desenvolver o R18 para se manter onde está, apesar dos ataques do Toyota TS040 e agora, do Porsche 919 Hybrid. E ele também conta que Lotterer foi uma segunda escolha: inicialmente, eles queriam o britânico James Rossiter, que em 2013 ajudou a testar na Force India, mas este estava demasiado envolvido em compromissos no Japão (ele corre na Super Formula e nos GT's japoneses) para poder correr em Spa neste fim de semana.
E há uma coisa interessante relativamente a Lotterer: ele é muito bom em pisos húmidos e molhados, o que poderá ser uma mais-valia. E com a fama da pista belga, isso poderá ser favorável para Lotterer, que compensará certamente os anos em que esteve afastado de um chassis de Formula 1.
Daí que tenham pedido a Kobayashi para que ficasse apeado por esta corrida: é que ele não têm fama de bom afinador de carros, apesar de ser veloz. E Marcus Ericsson, para além de ser o "rookie", é ele que também está a trazer o dinheiro que permite manter a Caterham a andar este ano. E eles precisam desse dinheiro para fazer as modificações necessárias. E numa altura em que se tenta de tudo para alcançar os objetivos, isso conta. E fala-se que todos os carros equipados com motor Renault (Red Bull, Lotus, Toro Rosso) irão trazer novidades para a pista belga.
Veremos se dará resultado.
Youtube Motorsport Video: Spa-Francochamps... em Scaletrix
Em fim de semana de regresso da Formula 1, descobri no WTF1.co.uk este fantástico video de uma pessoa que construiu uma réplica da Spa-Francochamps... em Scaletrix. E está genial, com todos os detalhes que é preciso saber.
Noticias: Caterham confirma Lotterer em Spa
A Caterham confirmou esta tarde que o alemão Andrea Lotterer será piloto da Caterham no GP da Bélgica, em substituição de Kamui Kobayashi. O piloto de 32 anos, atualmente piloto da equipa oficial da Audi na Endurance, terá a sua oportunidade na Formula 1, doze anos depois de ter sido piloto de testes da Jaguar.
Falando no site oficial da marca, Lotterer agradeceu pela oportunidade concedida: “Estou muito contente com esta oportunidade e quero agradecer à Caterham por isso. Estou pronto para o desafio e mal posso esperar que se iniciem os treinos livres. Vou precisar de me adaptar ao carro rapidamente, já que a equipa vai ter muitos upgrades e precisamos do máximo de tempo de pista possível para otimizar a performance do carro. Para além disso, Spa-Francorchamps é uma das minhas pistas favoritas, muito próxima do local onde cresci, e também devido a esse facto este fim de semana será ainda mais especial e memorável”, concluiu.
Nascido a 19 de novembro de 1981 na localidade alemã de Duisburgo, Lotterer têm uma carreira multifacetada. Para além da Endurance, onde foi tricampeão em Le Mans (2011, 2012 e 2014), ele também correu na Formula Nippon, agora a Super Formula, onde se tornou campeão em 2011 e este ano, é segundo classificado na competição. Pelo meio, teve passagens pela CART americana e pela A1GP, na equipa da Alemanha.
Nascido a 19 de novembro de 1981 na localidade alemã de Duisburgo, Lotterer têm uma carreira multifacetada. Para além da Endurance, onde foi tricampeão em Le Mans (2011, 2012 e 2014), ele também correu na Formula Nippon, agora a Super Formula, onde se tornou campeão em 2011 e este ano, é segundo classificado na competição. Pelo meio, teve passagens pela CART americana e pela A1GP, na equipa da Alemanha.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Um dia para lembrarmos as pessoas que tiraram estas fotos
Hoje é o dia internacional da fotografia. E normalmente, não quero saber nada disto, à excepção que hoje faz precisamente 175 anos desde que Louis Dauguerre mostrou o processo de conservação de um retrato numa placa de vidro, dando inicio a o que chamamos de fotografia. E lembro de uma frase dos meus tempos de Universidade, em que dizia mais ou menos o seguinte: "A fotografia libertou a pintura da sua função de retrato".
E isso é verdade, quando vemos que após 1839, a pintura passou por todos os processos criativos que conhecemos: o impressionismo, o cubismo, o futurismo, o dadaísmo, o surrealismo, a "pop-art", entre muitos outros.
Mas mesmo assim, a fotografia passou há muito da sua função retratista. Foi para além dela. Captou realidades e também fez com que pudesse ser criativa, mesmo que seja pela função que é conhecida: tirara retratos, para mais tarde recordar.
E num sitio como estes, nada como homenagear todos aqueles que ao longo do século XX tiraram fotos sobre o automobilismo e que nos captaram, pela sua beleza e sua espectacularidade.
Os testes de hoje da Formula E em Donington Park
Esta terça-feira, em Donington Park, recomeçaram os ensaios da Formula E, com algumas novidades. Heinz-Harald Frentzen testou um dos carros da competição, enquanto que foram apresentados os Safety Cars, que são dois modelos da BMW elétricos: o i8 e o i3. Pelos vistos, os testes estão a atrair cada vez mais gente, pelas filas que se viram por lá e pela quantidade de gente que circulou no "paddock".
Veremos como vai ser a partir de 13 de setembro, em terras chinesas.
Vi estas fotos no Facebook do João Carlos Costa, jornalista do Eurosport.
Formula 1 em Cartoons - o novo Verstappen (Pilotoons)
Logo no dia em que foi anunciado que a Toro Rosso iria colocar o filho de Jos Verstappen num dos seus carros, na temporada de 2015, o Bruno Mantovani decidiu logo fazer um desenho do piloto de (ainda) 16 anos no carro em que vai tripular.
E claro, até chegarmos à expressão de "baby Verstappen" foi um pulo...
Dailymotion Automotive Series: Os carros do povo (II)
Hoje coloco aqui o segundo episódio da série que o James May anda a fazer sobre os carros do povo. E ele vai a alguns lados: França e Japão, passando pela Alemanha. E há várias referências aos "kei cars" japoneses, um teste com um 2CV e um Renault 4, referências ao Ford Transit e um teste com... o ex-piloto Toshio Suzuki. E não, não vai guiar um Suzuki. Mas o desafio é interessante.
Ah! E o Jeremy Clarkson faz uma "participação especial". Vocês vão ver como.
Os Pioneiros - Capitulo 45, Targa Florio e o Grande Prémio de 1913
(continuação do capitulo anterior)
AS CORRIDAS EUROPEIAS DE 1913
Enquanto que a Peugeot se preparava para ir a Indianápolis para tentar a sua sorte, na Europa, as corridas voltavam a ser o que era, com as marcas a reentrarem no automobilismo de competição. E prova disso era a lista de inscritos para a Targa Flório, que ocorreu entre 11 e 12 de maio, num circuito de 1050 quilómetros em volta à Sicilia, começando e acabando em Madoine: seis Fiat, o mais relevante aquele que era guiado por Giuseppe Giordano. Havia três Aquila Italiana, guiados por Norman Olsen, Giovani Marsaglia e Beria D'Argentina; dois SCAT, guiados por Ernesto Ceirano e Cyril Snipe; dois Isotta Fraschini, o Storero de Ferdinando Minoia; dois Lancias, um deles o de Pietro Bordino, o carro de Felice Nazzaro, o Minarva de Giovani Stabile, entre outros.
A corrida foi dura, como seria de esperar, mas a arte de Nazzaro, com o seu próprio carro, levou a melhor sobre o Aquila de Giovanni Marsaglia, com uma vantagem superior a hora e meia. Alberto Mariani, no seu De Vecchi, apareceu uma hora mais tarde do que Marsaglia, numa corrida onde acabaram doze dos 33 carros inscritos.
Com o Peugeot vitorioso de Goux de volta de Indianápolis, a equipa começou a preparar-se para a corrida mais importante do ano, que era o Grande Prémio de França. Marcada para o dia 12 de julho, a corrida iria ser disputada na cidade de Amiens, num circuito de 31,62 quilómetros, e do qual iriam ser cumpridas 29 voltas. O ACF decidiu fazer um novo regulamento baseado na formula de consumo, que teria de ser de 20 litros aos cem quilómetros, com um peso mínimo de 800 quilos. Logo, a Peugeot apareceu com um motor de 5,6 litros para os carros de Jules Goux, Georges Boillot e Paolo Zucarelli.
Contra eles, tinham os Delage de Albert Guyot e Paul Bablot, os Sunbeam de Gustave Callois, Jean Chassagne e dos britânicos Kenelm Lee Guiness e Dario Resta. Do lado italiano, havia os Itala guiados por Felice Nazzaro e Albeto Moriondo.
Contudo, a poucas semanas da corrida, a 19 de junho, a tragédia bate à porta da Peugeot. Quando treinava para o Grande Prémio, Zucarelli estava a acelerar ao máximo quando uma carroça atravessou-se à sua frente. o embate foi inevitável e ele teve morte imediata. Tinha 26 anos. Enlutados, a Peugeot continuou a preparar-se para o Grande Prémio.
A corrida não ocorreu sem incidentes. Logo na primeira volta, o Itala de Moriondo capotou o seu carro, mas quer ele, quer o seu mecânico Giulio Foresti sairam ilesos. Juntos, viraram o carro, trocaram a roda quebrada, apertaram a coluna de direção e regressaram à corrida. Na frente, Boillot tinha atrás de si Goux e o Sunbeam de Chassagne. Mas logo a seguir, Boillot começou a apresentar problemas de ignição, abrandando e com a concorrência a aproximar-se. Quem aproveitou essa situação foi Albert Guyot, que passou para a liderança com o seu Delage.
Contudo, Boillot chegou às boxes e reparou o seu problema, voltando para a pista disposto a recuperar o comando da corrida. Graças a uma condução nos limites, Boillot voltou ao primeiro lugar, mas os problemas de ignição voltaram a afligir o piloto francês e volta a perder o comando para Guyot. Quando volta às boxes, descobre que o problema é um pouco mais grave: um tubo do radiador tinha ficado furado. Feita a troca, Boillot voltou ao ataque, disposto a apanhar Guyot.
Parecia que o piloto do Delage estava fora do seu alcance, mas na nova volta, um pneu do carro rebentou. Guyot desacelerou e o seu mecânico saltou fora do carro antes de este ter parado o seu carro por completo. As coisas correram mal e este foi atropelado, ficando debaixo do carro com as pernas partidas. Guyot tirou o piloto com cuidado e levou-o às boxes, para que fosse prestada assistência médica. Com isto, o grande beneficiado tinha sido Boillot, que sem mais problemas, levou o carro até à vitória final, com um avanço de dois minutos e 25 segundos sobre o seu companheiro de equipa, Jules Goux.
Boillot tinha assim conseguido algo inédito até então: repetir uma vitória no Grande Prémio de França e fê-lo de maneira consecutiva, e mais uma vez, o público coroou-o como o novo herói nacional, transportando-o em ombros.
No final do ano, mais uma vitória da Peugeot na Taça das Pequenas Viaturas, e de novo com Boillot, fazendo dobradinha com Goux. Era o grande ano da Peugeot e os seus feitos orgulhavam a França. Estavam no topo do mundo e para eles, eram imbatíveis, ninguém os conseguiria parar.
(continua no próximo episódio)
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Noticias: Toro Rosso anuncia Max Verstappen como piloto
Contratado há menos de duas semanas pela Red Bull Junior Team para ser um dos seus pilotos, a Toro Rosso surpreendeu tudo e todos esta noite ao anunciar que Max Verstappen, de 16 anos, e que fez ainda 32 corridas em monolugares, será piloto titular na temporada de 2015, batendo um recorde de precocidade, dado que até hoje, nenhum piloto de 17 anos andou a bordo de um Formula 1 em corridas oficiais. O filho de Jos Verstappen irá bater um recorde com três anos, obtido por outro piloto da Toro Rosso, o espanhol Jaime Alguersuari, no GP da Hungria de 2011, quando correu com 19 anos e 125 dias.
"Estamos felizes por receber Max na família Toro Rosso", começou por fizer Franz Tost no comunicado oficial da marca. "É muito bom ver como o programa Red Bull Júnior continua a encontrar jovens pilotos talentosos e lhes dá a oportunidade de entrar em Fórmula 1. Consideramos Max para ser como um dos jovens pilotos mais habilidosos da nova geração e nós acreditamos que ele tem a maturidade necessária e força mental para assumir este desafio com sucesso", continuou.
"Este ano, ele já demonstrou o quão bem ele pode enfrentar em condições difíceis. Por exemplo, no Norisring e Nürburgring, ele mostrou extraordinária determinação e capacidade de suportar a pressão antes de vencer. Tendo em conta que a Scuderia Toro Rosso foi criado com o objetivo de trazer jovens talentos da Red Bull Junior Team na Fórmula 1 e de os educar, agora, a nossa tarefa será o de fornecer a Max um carro competitivo, que lhe permitirá ter o melhor começo possível na Fórmula 1."
Tost decidiu também agradecer a Jean-Eric Vergne pelo trabalho que fez nas últimas três temporadas na Formula 1: "Eu também gostaria de agradecer a Jean-Eric Vergne para todo seu trabalho duro. Ele produziu performances fortes, mas, infelizmente, ele também foi prejudicado por alguns problemas de fiabilidade, especialmente na primeira metade da temporada atual. Esperamos que resolvemos estes problemas e que ele será capaz de acabar com a segunda metade da temporada em alta e assim, mostrar que ainda merece outra oportunidade na Fórmula 1", concluiu.
Já o holandês não cabia de si de contente e agradeceu à Toro Rosso pela oportunidade que concedeu para correr na categoria máxima do automobilismo, poucas semanas depois de ter entrado no programa de apoio aos jovens pilotos:
"Primeiro de tudo, gostaria de agradecer ao Dr. Helmut Marko e Red Bull por toda a confiança e de me ter dado a chance de fazer a minha estreia Formula em 2015 com a Scuderia Toro Rosso. Desde os meus sete anos que a Fórmula 1 tem sido o meu objetivo de carreira, então esta oportunidade é verdadeiramente um sonho tornado realidade", começa por dizer Verstappen Jr. no seu comunicado oficial.
"Existem várias pessoas que me ajudaram ao longo dos anos e ainda me apoiar até hoje e eu quero agradecê-los. Antes de tudo, um grande agradecimento a meu pai Jos, que esteve sempre ao meu lado, dia e noite, ano após ano. É claro que estou muito grato por todos os meus patrocinadores que já acreditaram no meu talento e me apoiaram nestes tempos financeiramente difíceis. Espero que eu possa manter uma colaboração maravilhosa com eles quando vou embarcar nesta nova fase da minha carreira. Também quero agradecer ao meu empresário Raymond Vermeulen, por todos os seus esforços no sentido de tornar este acordo possível. Finalmente, graças a todas as equipas nas diversas categorias de karting e monolugares, pela sua ajuda e apoio vital. Sem eles, eu não estaria onde estou hoje."
"Todos nós trabalhamos no duro para chegar a Fórmula 1 e vou dar o meu melhor para ser bem sucedido na categoria máxima do automobilismo. Com o regresso do nome Verstappen à Fórmula 1, espero que nós possamos revivar memórias antigas e espero ver muitos dos velhos fãs em todos os circuitos de Grande Prémio.", concluiu.
Nascido a 30 de setembro de 1997, na localidade belga de Hasslet, é filho de Jos Verstappen e de Sophie Kumpen, que correu em karts. O seu avô materno, Paul Kumpen, correu na Endurance, enquanto que o seu tio, Anthony Kumpen, também corre nessa categoria. Correndo no karting desde os sete anos de idade, venceu a WSK Karting Series em 2010 e a World KZ Championship em 2013, passando este ano para os monolugares, ao serviço da equipa Van Amersfoort, da Formula 3. E a sua adaptação não só foi fácil, como foi impressionante: oito vitórias até agora, duas delas nas jornadas triplas de Spa-Francochamps e Norisring, e o segundo lugar do campeonato, com 325 pontos, quando faltam ainda duas rondas para o final do campeonato.