(...) "os dias que antecederam a corrida foram marcados pela politica, com a história do Acordo de Concórdia a fazer com que existissem pressões para que duas equipas, a ATS e a Theodore, não corressem na prova belga, com o pretexto que exisitiam demasiados carros para um paddock tão pequeno. Assim sendo, a equipa alemã dispensou Jan Lammers, mas manteve um carro para o sueco Slim Borgudd. Na Osella, com o argentino Miguel Angel Guerra lesionado, o lugar foi ocupado por um jovem novato chamado Piercarlo Ghinzani".
"Mesmo com estas alterações, continuava a haver polémica no "paddock", agora com a tal regra dos seis centímetros de espaço entre o chassis e o solo, que com a proibição das saias, tinha-se de encontrar uma solução alternativa, mesmo daquelas que roçava a fora da lei, como acontecia com a suspensão hidro-pneumática da Brabham. Mas tudo isso ficava num plano secundário quando nos treinos de quinta-feira à tarde, o mecânico da Osella Giovanni Amadeo escorregou e ficou no caminho do Williams de Carlos Reutemann, que não conseguiu evitar o atropelamento. Gravemente ferido na cabeça, o mecânico viria a morrer três dias depois". (...)
"Mesmo com estas alterações, continuava a haver polémica no "paddock", agora com a tal regra dos seis centímetros de espaço entre o chassis e o solo, que com a proibição das saias, tinha-se de encontrar uma solução alternativa, mesmo daquelas que roçava a fora da lei, como acontecia com a suspensão hidro-pneumática da Brabham. Mas tudo isso ficava num plano secundário quando nos treinos de quinta-feira à tarde, o mecânico da Osella Giovanni Amadeo escorregou e ficou no caminho do Williams de Carlos Reutemann, que não conseguiu evitar o atropelamento. Gravemente ferido na cabeça, o mecânico viria a morrer três dias depois". (...)
(...) "No dia da corrida, os pilotos reuniram-se e considerou-se a ideia de fazer uma greve, num protesto relacionado com o fato de não serem ouvidos nem pela FISA ou pela FOCA. Contudo, os pilotos foram dissuadidos para fazer tal coisa e a corrida começou como seria de esperar. Mas no momento da partida, o carro de Riccardo Patrese ficou parado na grelha. Logo de imediato, um dos mecânicos da equipa, David Luckett saltou para a pista para tentar ligar o Arrows, mas outro carro foi direitinho para a traseira de Riccardo Patrese, partindo as pernas do infeliz mecânico. Quem o pilotava era nada mais, nada menos, que... o seu companheiro de equipa, o italiano Siegefried Stohr! O pobre piloto entrou em pânico, julgando que o tinha matado, mas afinal teve sorte: só tinha partido as pernas." (...)
Estes são extratos de um fim de semana atribulado, faz hoje trinta anos: o GP da Belgica de 1981. No circuito de Zolder, a quinta prova do campeonato daquele ano tinha visto de tudo, as polémicas com os regulamentos, com os carros, que dpeois se passaram para as polémicas com a exiguidade do "paddock" belga, que tinha visto acontecer um acidente com um mecânico, que resultou numa fatalidade.
E depois disso, mais politica, desde uma tentativa de greve mal sucedida até a outro incidente de corrida, onde um carro parado na grelha fora fortemente abalroado por um outro, tendo o supremo azar desse outro carro ser... o do seu companheiro de equipa. E ainda por cima com um mecânico no meio, que teve a sorte de apenas se ter safado com as pernas quebradas. No final, a corrida foi interrompida mais cedo por causa da chuva, e os organizadores, escaldados, decidiram mostrar a bandeira de xadrez quinze voltas antes do previsto.
O resto desta história atribulada pode ser lido a partir de agora no sitio Pódium GP.
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