Duas semanas dpeois de Imola, a Formula 1 deslocava-se para o Mónaco, palco da quarta prova da temporada de 1991. Não existiam mudanças no pelotão, logo, máquinas e pilotos encaravam a passagem pelas ruas monegascas com determinação. Mas na pré-qualificação, somente os Jordan de Andrea de Cesaris e Bertrand Gachot, bem como os Dallara de Emmanuele Pirro e J.J. Letho é que passaram pelo complicado crivo da pré-qualificação, deixando de fora os Lambo de Nicola Larini e Eric Van de Poele, bem como o Coloni de Pedro Chaves e o Fondmetal de Olivier Grouillard.
Passada a pré-qualificação, era a altura dos treinos, onde no Mónaco acontecem em dois dias diferentes, as quintas e os sábados, dado que a sexta-feira costuma ser dia de descanso. E aí, Ayrton Senna, como estava a acontecer durante esse inicio de temporada, conseguiu ser o melhor colocado nessa qualificação, batendo o surpreendente Tyrrell-Honda de Stefano Modena, que conseguia ali a sua melhor posição do ano - e de sempre. O Williams de Riccardo Patrese foi o terceiro na grelha, acompanhado pelo Benetton de Nelson Piquet. Na terceira fila estava o segundo Williams de Nigel Mansell e o segundo McLaren de Gerhard Berger, seguido pelo Ferrari de Alain Prost e pelo segundo Benetton de Roberto Moreno. Para fechar o "top ten" ficaram o segundo Ferrari de Jean Alesi e o Jordan de Andrea de Cesaris.
Em trinta carros, somente 26 é que podiam alinhar, e os quatro piores, com direito a ver a corrida das bancadas, foram o Lotus de Julian Bailey, o AGS de Fabrizio Barbazza, o Brabham de Martin Brundle e o Arrows de Alex Caffi, que durante os treinos sofreu um forte acidente na zona da Piscina que corou o seu carro em dois. Felizmente, safou-se sem ferimentos de monta.
A corrida começou sem alterações de monta nos lugares da frente. Senna, Modena e Patrese mantiveram os lugares na grelha nas primeiras trinta voltas. O unico sobressalto foi quando Piquet e Berger bateram nos primeiros metros, com o piloto da Benetton a ficar pelo caminho, enquanto que a Berger foi às boxes para fazer reparos no seu carro e tentou recuperar o tempo perdido, mas na nona volta, ao tentar limpar o seu retrovisor, bateu na zona da Piscina.
Na frente, Senna distanciava-se de Modena, que tinha muito mais dificuldade em livrar-se dos pilotos atrasados do que o piloto brasileiro. Para piorar as coisas, ficou atrás do Minardi de Pierluigi Martini, e o bloqueio foi tal que os comissários não hesitaram em mandar para a boxe e cumprir dez segundos de penalização. Era inédito, mas a regra pegou.
Por essa altura, Prost já tinha passado Mansell, que sofria com um motor a funcionar intermitentemente, mas na volta 43, começou a haver drama quando o motor de Modena explode à saída do túnel, largando óleo na sua trajetória. Patrese, que seguia atrás, escorregou nesse óleo, despistou-se e bateu forte, dando ao piloto francês o segundo lugar, mas a uma distância considerável de Senna, que esta imperturbável no comando da corrida. Agora Prost tinha atrás de si o Williams do "brutânico", cujos problemas com o motor resolveram-se por si mesmo, o pressionava na luta pela segunda posição.
Na volta 63, Mansell tentou passá-lo na saída do túnel, mas Prost manobrou o suficiente para ficar com o lugar, mas isso foi de pouca dura. Uma das rodas começou a trancar-se e Prost teve de ir às boxes para substituir, caindo para o quinto posto, atrás de Mansell, Alesi e o Benetton de Roberto Moreno, mas à frente dos Dallara de J.J. Letho e de Emmanuele Pirro.
E foi assim que a prova terminou, com Senna a conseguir a sua quarta vitória consecutiva do ano, e a quarta vitória no traçado monegasco, com Mansell e Alesi no pódio. Moreno ficou no quarto posto, à frente de Prost enquanto que, com a meta à vista, o Dallara de Letho falhou, tendo o último lugar pontuável sido herdado pelo seu companheiro Pirro.
E após a corrida monegasca, o dominio de Senna era incrivel. Conseguindo o máximo de pontos possivel, quarenta, tinha 31 pontos de avanço sobre Alain Prost, enquanto que Nigel Mansell conseguia aqui o seus primeiros pontos da época. Tudo indicava que isto seria um passeio para a McLaren, e todos viam o brasileiro como o invevitável campeão do mundo em 1991...
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr504.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1991_Monaco_Grand_Prix
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