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Há cinquenta anos atrás, um grande vulto da história da Formula 1,
Juan Manuel Fangio, fazia em Reims a sua última corrida da sua carreira, no mesmo circuito onde se tinha estreado na Europa, quase dez anos antes. E a reverência que os pilotos tinham por ele era tal, que
Mike Hawthorn, o vencedor dessa corrida, decidiu não o ultrapassar, em sinal de respeito. E a corrida foi marcada pelo acidente mortal de
Luigi Musso.
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Mas vamos por partes. Quando a Formula 1 chega a Reims, para o Grande Prémio de França, os ingleses da Vanwall. liderados por
Stirling Moss,
Tony Brooks e
Stuart Lewis-Evans, são os claros favoritos, contra as máquinas da Scuderia Ferrari, pilotadas por... dois ingleses:
Peter Collins e
Mike Hawthorn. Outros dois carros foram inscritos pela equipa oficial, para o italiano Luigi Musso e para um jovem aristocrata alemão,
Volfgang Von Trips.
Para além das cinco equipas oficiais (Ferrari, BRM, Vanwall, Lotus e Cooper), havia uma míriade de Maseratis 250 privados, já que a equipa oficial tinha-se retirado no final de 1957, quando Fangio conquistara o seu quinto título mundial. Três desses Maserati era pilotados por americanos: Phil Hill, Troy Ruttman (vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1952) e Carrol Shelby.
Juan Manuel Fangio regressava à Europa nesse ano, como se fosse numa digressão de despedida das pistas. tinha sido um ano duro para ele: em Fevereiro, tinha sido raptado em Cuba durante dois dias por partidários de Fidel Castro, em luta contra o regime de Batista, no sentido de causar apoio à causa (e conseguiu). Agora, em França, mostrava que aos 47 anos, era hora de agradecer ao público pelo carinho dispensado nestes anos todos.
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Nos treinos, o Ferrari Dino 246 de Mike Hawthorn, que estreava uma nova suspensão, foi o melhor, seguido por Luigi Musso, e a completar a primeira fila, ficara o BRM do americano
Harry Schell. Fangio era o oitavo na grelha, e dos três americanos, Hill era o melhor, no 13º lugar da grelha. Von Trips, que não conseguiu marcar tempo, partia do 21º e último lugar da grelha. O melhor dos Vanwall era o de Tony Brooks, em quinto.
Na partida, Schell toma a liderança, mas rapidamente é ultrapassado por Hawthorn, seguido de Musso, Brooks e Collins. Na quinta volta, Collins atrasa-se devido a um despiste, que fez com que o acelerador ficasse preso. Na décima volta, Musso, que se tinha livrado de Schell e partia à busca de Hawthorn, despistou-se na Curva Muizon (uma rápida curva à direita), e capotou várias vezes, com o piloto a ser projectado fora do carro. Gravemente ferido, foi transportado para o hospital, mas morreu no final do dia.
Entretanto, alheios ao drama, Hawthorn seguia na frente, enquanto que Tony Brooks, agora segundo, teve que desistir na volta 16, quando a caixa de velocidades falhou. Em seguida, a equipa chamou Stuart Lewis-Evans para dar lugar a Brooks no seu carro. Assim fez, mas não foi muito mais longe: o motor explodiu à 35ª volta.
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Sem Brooks, a luta pelo segundo lugar continuou entre Jean Behra (BRM), Stirling Moss (Vanwall) e... Juan Manuel Fangio (Maserati). Fangio atrasou-se com uma paragem nas boxes, e Behra desistiu uma avaria no injector de combustível, na volta 41. Assim, Moss fica com o segundo lugar, e Volfgang von Trips acaba em terceiro. Juan Manuel Fangio foi quarto, na sua última corrida da sua carreira. A reverência por ele era tal que quando Mike Hawthorn o reconheceu, recusou dobrá-lo, em sinal de respeito.
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