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Duas semanas depois do GP da Holanda, a formula 1 chegava ao Autodromo de Monza, palco do GP de Itália, com uma luta pelo título entre o Ferrari de Michele Alboreto e o McLaren de Alain Prost, ambos separados por meros três pontos (56 contra 53). Mas quando os carros e pilotos chegaram à prova italiana, muito tinha mudado no "paddock" nessas duas semanas.
A primeira das quais era triste: o alemão Stefan Bellof estava morto, vitima de um acidente uma semana antes, nos 1000 km de Spa-Francochamps, quando colidiu o seu Porsche 956 da Brun Motorsport com o Porsche 962 oficial de Jacky Ickx na rápida curva de Eau Rouge. A Tyrrell decidiu, em sinal de respeito, somente correr com um carro para Martin Brundle. Havia outras ausências, também. A Zakspeed não aparecia na prova italiana devido ao acidente que o seu piloto, Jonathan Palmer, tivera nessa mesma prova, e que tinha resultado na fratura numa das suas pernas. Na Ligier, o italiano Andrea de Cesaris tinha sido substituido pelo francês Philippe Streiff.
No meio das ausências, havia um regresso: o australiano Alan Jones, campeão do mundo em 1980, regressava à competição aos 39 anos após a sua primeira retirada, no final de 1981 (com uma passagem fugaz pela Arrows em Long Beach 1983), correndo pela novata Beatrice-Lola, dirigida por Carl Haas, e com a ajuda de Teddy Mayer, o ex-patrão da McLaren. A Beatrice iria correr com somente um carro e com motores Hart Turbo, mas em 1986 iriam correr com dois carros e motores Ford Turbo.
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Na qualificação, o melhor foi Ayrton Senna, na sua Lotus-Renault Turbo, superando os Williams-Honda de Keke Rosberg, o segundo, e de Nigel Mansell, o terceiro. Nelson Piquet era o quarto, no seu Brabham-BMW. Alain Prost largava do quinto posto, á frente do segundo Lotus-Renault de Elio de Angelis. No sétimo posto estava o Ferrari de Michele Alboreto, seguido pelo Renault de Patrick Tambay, o segundo Brabham-BMW de Marc Surer e o segundo Ferrari de Stefan Johansson.
Na partida, Senna foi superado pelos Williams, que nos primeiros metros ficaram com os dois primeiros lugares. Pouco depois, Prost colou-se a Senna e o passou para a terceira posição, seguido na quarta volta pelo seu companheiro De Angelis, na mesma altura em que o motor Honda de Mansell começa a funcionar mal e atrasa-se. duas voltas dpeois, o Beatrice-Lola de Jones parava na pista com o motor rebentado, culminando um fim de semana cheio de problemas.
Nas voltas seguintes, a grande novidade é a corrida de Lauda, que chega até ao quarto posto, passando Alboreto e Senna, e aproveitando a ida de Piquet às boxes. A sua performance o faz chegar até De Angelis e fica com o terceiro posto no final da 17ª volta. Mas pouco depois, o seu bico fica danificado e tem de ir às boxes para o substituir, caindo na classificação geral.
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Na frente, Prost tenta aproximar-se de Rosberg para o primeiro posto, enquanto que Senna passa De Angelis no inicio da volta 31. Mais atrás, Piquet fazia uma corrida de recuperação com o seu Brabham, após uma paragem para troca de pneus. Pouco depois, Rosberg vai às boxes para mudar de pneus, dando a liderança para Prost, ao mesmo tempo que Lauda desiste com problemas de transmissão, na volta 33.
De volta à pista, Rosberg tenta apanhar Prost e consegue na volta numero 40, mas tal liderança seria de pouca dura, pois quatro voltas mais tarde, o motor Honda cede e o francês assume a liderança, para não mais a largar. Mais atrás, Piquet e Senna lutam pelo segundo posto, com vantagem para o piloto da Brabham, que tinha pneus mais frescos que o piloto da Lotus, e Alboreto desistia sem gasolina, para desilusão dos "tiffosi", pois assim, ele ficava mais atrasado na luta pelo título.
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Assim, Prost ficava com os nove pontos, seguido de Piquet e Senna, que assegurava o seu lugar no pódio "in extremis" com o Brabam de Marc Surer. Johansson e De Angelis fechavam os lugares pontuáveis. Com a liderança alargada para doze pontos, Alain Prost tinha cada vez mais a certeza de que, ao contrário dos anos anteriores, este campeonato iria ser seu.
Fontes:
1 comentário:
Pela primeira vez no pódio, os dois pilotos brasileiros: Nelson Piquet (2º) e Ayrton Senna (3º).
Mesmo não tendo vencido (merecia) e liderado por 32 voltas numa pista de alta velocidade, Keke Rosberg comprovou o grande rendimento do motor Honda na Williams.
Notas:
- 40ª pole do motor Renault;
- 120º pódio de um piloto da McLaren;
- 20º pódio do motor BMW;
- 20ª volta mais rápida de um piloto da Williams;
- último pódio de Nelson Piquet na Brabham;
- 100ª prova de Elio de Angelis na Fórmula 1;
- última vez que Marc Surer pontuou na categoria e
- com a vitória, a McLaren toma a liderança (para não perdê-la) da Ferrari no campeonato de construtores.
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