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(continuação do capitulo anterior)
Em 1995, a Williams preparava-se para reagir à temporada anterior. Garantiu David Coulthard nas suas fileiras como segundo piloto e preparavam-se para contestar o dominio de Michael Schumacher. Contudo, nesse ano, a Benetton tinha motores Renault e a luta iria ser ainda mais dificil. A temporada começou mal para Hill, ao desistir no Brasil, mas depois venceu em Buenos Aires e Imola, ficando na frente do campeonato. Contudo, Michael Schumacher reagiu e nas corridas seguintes era melhor do que Hill. E mesmo quando o alemão não conseguia ser o primeiro, Hill não aproveitava, como provaram as duas colisões que teve com ele em Silverstone e Monza. Curiosamente, nessas duas ocasiões, o vencedor foi o mesmo: Johnny Herbert.
A temporada acabou com Schumacher a conseguir o bicampeonato e a rumar à Ferrari na temporada seguinte, e Damon Hill estava a lamber as feridas de mais um campeonato perdido. Frank Williams, apesar de mostrar sinais de confiança, tinha contratado o canadiano Jacques Villeneuve, filho de Gilles, para pressionar Damon Hill a mostrar o que valia. Já tinha os olhos postos no alemão Heinz-Harald Frentzen, piloto da Sauber, para a sua equipa...
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A temporada de 1996 começa com a Williams a fazer dobradinha no novo circuito de Melbourne, com Hill como vencedor, mas apenas depois da equipa ter dito a Jacques Villeneuve para abrandar... Hill ganhou depois as duas corridas seguintes, em Interlagos e Buenos Aires, e mais uma em Imola, ficando como o primcipal candidato ao título. Contudo, duas desistências fazem com que essa candidatura fique tremida, mas mais três vitórias em quatro corridas (Canadá, França e Alemanha) faz com que solidifique a liderança, contra Villeneuve e Schumacher.
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Na parte final do campeonato, Villeneuve começa a destacar-se mais e ameaça de uma certa forma o título de Hill, mas no último GP do ano, no circuito japonês de Suzuka, Villeneuve despista-se e Hill leva calmamente o seu carro até à vitória. Nesse dia 13 de Outubro de 1996, Damon Hill entreva nos livros de história não só por ser campeão do mundo, mas por ser o primeiro filho de campeão a fazê-lo.
Contudo, isso não foi impeditivo de continuar mais uma temporada na Williams. O seu director, Frank Williams, já tinha há muito decidido não renovar o contrato com Hill, agora com 35 anos, e contratou o alemão Heinz-Harald Frentzen para o seu lugar. Enquanto que recebia prémios de presigio como a de Personalidade desportiva do ano pela BBC, ou o Seagrave Trophy, Hill andava à procura de um lugar para correr na temporada de 1997. E a sua escolha iria espantar muita gente, quando decidiu correr pela Arrows, pois sabia-se que tinha tido ofertas da McLaren e da Ferrari.
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A oferta da Arrows, então pertencente a Tom Walkinshaw, era financeiramente tentadora para Damon Hill, mas os resultados desportivos iriam ser, em teoria, decepcionantes. A equipa, que já ia no seu 20º ano de existência, nunca tinha vencido na carreira, e o carro estava equipado... com motores Yamaha. Toda a gente dizia que as coisas não iriam ser fáceis naquele ano, e foi assim que aconteceu.
Nas primeiras seis corridas, Damon Hill não chegou ao fim em nenhuma delas, e chegou até a nem partir da primeira, na Austrália. somente conseguiu o seu primeiro resultado no Canadá, quando chegou ao fim na nona posição. À medida que a temporada avançava, os resultados iam melhorando e em Silverstone, chegaria ao fim no sexto posto, o primeiro ponto da época.
Duas corridas depois, no Hungaroring, teve uma das melhores performances da sua carreira. Graças aos pneus Bridgestone que calçava no seu Arrows-Yamaha, conseguiu uma qualificação surpreendente, ao ser terceiro na grelha. E na partida, em vez de ficar para trás, como se esperaria, aconteceu o contrário: primeiro desafiou Villeneuve e depois o Ferrari de Schumacher, para alcançar a liderança na corrida.
Hill ficou no primeiro lugar, numa demonstração de superioridade nunca vista, e tudo indicava que iria ser a primeira vitória da equipa e do motor, quando a duas voltas do fim, uma peça do cabo do acelerador (que custa à volta de 50 pence) partiu-se e Hill viu-se aflito para aguentar a liderança, que viria a perder meio da última volta para Jacques Villeneuve. Mesmo assim, acabou em segundo, dando à equipa o seu último pódio da carreira e a melhor performence do ano.
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Contudo, esse foi apenas um mero episódio isolado. Apesar de ter conseguido mais algumas boas performances nas qualificações seguintes, não mais pontuou a terminou a temporada na 12ª posição, com apenas sete pontos. No final do ano, Hill partiu para a Jordan, depois de ter conversado com Alain Prost e de ter ficado perto de assinar para a sua equipa.
Apesar da Jordan ser uma equipa melhor do que a Arrows, pois tinha, para começar, motores Mugen-Honda, tal como tinha acontecido no ano anterior com a Arrows, a sua temporada tinha começado pessimamente, não conseguindo pontos nas primeiras dez corridas. Mas a partir do GP do Canadá, ele e Ralf Schumcher, o seu companheiro de equipa, começaram a ter bons resultados em pista e a pontuar frequentemente.
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No fim de semana de 30 de Agosto de 1998, máquinas e pilotos estavam presentes no GP da Belgica, para assistirem a aquele que já foi considerado com um dos fins de semana mais delirantes da história da Formula 1. Uma carambola no final da primeira curva, na descida para o Eau Rouge, colcou treze carros fora de prova. Na segunda partida, Damon Hill ficou com o comando, mas depois foi ultrapassado pelo Ferrari de Michael Schumacher, que na volta 25 envolveu-se numa colisão com o McLaren de David Coulthard, colocando-o fora de prova. Hill recuperou a liderança, para não o largar até ao fim, e dar a Eddie Jordan a sua primeira vitória... e dobradinha. Para Damon Hill, perto de completar 38 anos, era a sua vitória mais épica da carreira. E a sua última.
No final do ano, Hill acabaria a época na sexta posição do campeonato, com vinte pontos.
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No inicio da temporada de 1999, com a Jordan e a Williams a trocarem de pilotos entre si, com Ralf Schumacher a ser substituido por Heinz-Harald Frentzen, precisamente o piloto que substituiu Hill na equipa de Frank Williams. O carro era bom e as perspectivas eram altas, mais a caminho dos seus 39 anos, a idade pesava na Formula 1, tal como tinha acontecido anteriormente ao seu pai. Frentzen, mais jovem do que ele, bateu-o sistemáticamente nas corridas, à medida que se adaptava ao carro. A unica vez que foi melhor tinha sido em San Marino, quando acabou a corrida na quarta posição. Mas nas restantes pistas, Frentzen era melhor, e Hill achou que iria ser a hora de parar de vez.
A meio do ano, após o GP de França, Hill estava assustadoramente desanimado que pretendia abandonar de imediato, no fim de semana do GP da Grã-Bretanha. Eddie Jordan, seu patrão, convenceu-o a desistir da sua ideia e ficou até ao final da temporada, conseguindo sete pontos e o 12º lugar do campeonato. A sua última corrida, no circuito japonês de Suzuka, terminou na 12ª volta, quando se despistou.
A sua carreira na Formula 1: 122 corridas, em oito temporadas (1992-99), 22 vitórias, 20 pole-positions, 42 pódios e 19 voltas mais rápidas, num total de 360 pontos. Campeão do mundo de Pilotos em 1996, ao serviço da Williams.
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Após a Formula 1, Damon Hill continuou a estar ligado ao desporto motorizado. Escreveu colunas em várias publicações da especialidade, aparece frequentemente em eventos como o Goodwood Festival of Speed, e desde 2006 que é o presidente do British Racing Drivers Club, substituindo o escocês Sir Jackie Stewart. Um cargo que o seu pai... nunca ocupou. Por estes dias, Damon Hill, para além de de vez em quando pegar na guitarra e praticar o seu amor pela musica, começa a olhar pela carreira de Joshua Hill, seu filho, e tal como o seu pai e avô, usa o mesmo desenho do capacete.
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