![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn59YSdYWC898-hEYbMRxs6nrinKi5ZsRo0pXm85os4u-HexzIWAeofFwjZf1sHGTdn3wh3QyGxJLrLDbXUPA-n_dasQTbWWPIFJ__47rL0Dg9aFpCSkBENcSJMP5yW1KEB2e61rod98s/s400/Behra%252C+Jean.jpg)
Já fiz uma biografia dele, em 2008. Teve de esperar pelo final da II Guerra Mundial para começar a correr e andou pelas motos antes de experimentar os automóveis. Na Formula 1 correu pela Gordini, Maserati, BRM e Ferrari. Teve até um bom começo, subindo ao pódio no GP da Suiça de 1952, mas oficialmente só teve mais oito pódios, nunca ganhando qualquer corrida.
Na altura em que a fiz, desconhecia a existência de uma fotografia que me impressionou bastante. Vi pela primeira vez no sitio do Daniel Médici, o sempre exclente Cadernos do Automobilismo. Deveria ser de fins de 1957, inicios de 1958, e mostra uma foto dele com todas as suas cicatrizes. E eram imensas. A lista ia em 22 cicatrizes, todas em ocasiões diferentes entre 1952 e 57. Carrera Panamericana, Tourist Trophy, Mille Miglia, GP de Caracas... corridas de Sport e de longa distância do qual escapou uma e outra vez da morte, mas penou para recuperar a sua forma e entrar de novo dentro de um carro.
Uma ironia que Behra detêm é que sendo um piloto regular, nunca ganhou. Sendo um dos poucos franceses competitivos, fica-se espantado por saber que tenha sido Maurice Trintignant, mais velho do que ele, sido o primeiro vencedor francês. E no Mónaco, ainda por cima. Não sei se foi essa frustração, entre outros, que levou a que se zangasse fortemente com Romolo Tavoni, o diretor desportivo da Ferrari, após a sua desistência do GP de França. Sabendo-se que Ferrari pressionava toda a gente até ao limite, quer a pilotos, quer a engenheiros e demais pessoal, de uma certa maneira, perdeu a paciência e socou-o. Como socar Tavoni foi o mesmo que socar Enzo Ferrari, foi sumariamente despedido.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-1w5_TEXiyu6IPr5QS3N8D2BZACr259RSmFOFZ3hEYPbG3Qx8PYGJWorRKxGz6zT9QNIdZiuv4wns78n9KXh3ayjLakJVsITLhyI7wwsMugyE1ZBleQOzmqthOynBFEKdGwJgpLeHReg/s400/1959%252C+Jean+Behra%252C+Porsche%252C+Avus%252C+Morte.jpg)
No seu funeral, em Marselha, Maurice Trintignant fez um apelo aos jovens franceses para que "defendessem as cores francesas no automobilismo internacional". Vinte anos depois, esses jovens franceses tinham ouvido o apelo e estavam em peso nas grelhas de partida um pouco por todas as categorias de automobilismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário