![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHhe8FHMtSm34KGFTMcp1wo69Z9ZWQHcqCov-RBHaBiAQoc3ngi023fm5YOlt0bQQDsumfIzHfRjXPUb5YNBzktMZbi5GOpDdLlddxrz19cLVGd_2c_XeftXGKIjf99F1IUh-yfqeA41g/s400/Casco+Speeder76+1.jpg)
Os últimos dias deste verão na Formula 1 foram concentrados no anuncio da saída de Nick Heidfeld da Renault, para que fosse substituído pelo brasileiro Bruno Senna a partir deste Grande Prémio da Belgica. Antes dos brasileiros de certa rede global começassem a bombardear os seus compatriotas com uma espécie de "regresso do rei", já Vitaly Petrov cometia um "lapsus linguae" afirmando que dava as boas vindas a Bruno, que seria o seu companheiro "para as próximas duas corridas", significando claramente que a partir de Singapura, outro cavaleiro estará no seu lugar, provavelmente Romain Grosjean.
Só esse incidente de Petrov me confirmou o que que é aquela equipa hoje em dia. É uma amálgama que tem um nome de conveniência, para receber os dinheiros das transmissões televisivas, apoiada pelos motores da Renault, mas para o resto, depende dos milhões trazidos por outros para sobreviver. Desde que cada um dos pilotos traga, vá lá, vinte milhões de euros cada um, a equipa sobrevive sem grandes luxos, mas sem cortes que impliquem perda de competitividade. Renault é o nome oficial, mas na realidade é mais uma Genii/Proton/Lotus do Bahar. Uma confusão do qual todo o dinheiro é bem vindo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiIqKLVgwk9OsV45HzIi43EC0Bn_vGzAIL5yKtNJR3tvNfcQiXW5rpxomnoMWpLhwn7m3KAvjDUo9deKJos3IlRcllyJNYzUURHH08Ky46YPOnal3m97NWdGJWzJra9kgna2zzVDWq91o/s400/f3d910ae.jpeg)
E foi isso o que vai acontecer no caso de Bruno Senna. As recentes noticias que ouvi no Brasil sobre um misterioso grupo WWI - um fundo de investimento que vai apostar no setor imobiliário de um mercado emergente - só me foram esclarecidas quando soube que Bruno iria ser apoiado pelo grupo Sabó, que tem entre outros uma das maiores empresas de auto-peças no pais. Fiquei esclarecido nesse campo, mas fiquei também com uma ideia do que vai ser aquele lugar nas últimas oito corridas do ano: um leilão.
Eis o que acho que vai acontecer: Bruno correrá em Spa e Monza, com o lugar a ser cedido para Romain Grosjean a partir de Singapura até ao final do ano, com a excepção do Brasil, onde Bruno voltará ao lugar para satisfazer os patrocinadores. A unica possivel falha desse plano será Robert Kubica, pois caso a recuperação ainda seja melhor do que se espera, ainda poderá correr em Interlagos, palco da ultima corrida do ano, como sabem.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiIuVy5dKdt2_sNricGZ_Akz6UiQgWLLeFZVcze78FwVsjEd0C23Y5Pmyd7oaImjxQeNmPL8_0CnXVgz-dFqW9A4dyKpb8xtsD5rqnfsy5oX92uX5lvG09KqTuzYIm3tYKhBrXq-_ZRnY/s400/romain-grosjean.jpg)
Porquê Grosjean? Suspeito que seja um acordo entre Gerard Lopez e Eric Boullier. O franco-suiço estará no carro da Formula 1 como recompensa pela vitória na GP2, e também para mostrar que ele não é o fracasso que foi em 2009, quando substituiu à pressa Nelson Piquet Jr. e desencadeou a vingança dentro da Renault ao colocarem a boca no trombone naquilo que ficou conhecido como "Crashgate", que acontecera no GP de Singapura do ano anterior. Espera-se que aproveite essa oportunidade, mas isso vai ser a curto prazo porque o futuro desta equipa é uma enorme incógnita, por razões económicas e politicas, que passam desde a posição da casa-mãe neste aspecto, até à capacidade financeira da Genii, de Gerard Lopez, passando pelas tensões dentro da equipa e da capacidade de Robert Kubica em guiar um Formula 1 como dantes.
Em suma: uma verdadeira salganhada. E foram eles que Dany Bahar escolheu para colocar o logotipo da equipa Lotus. Vê-se mesmo o tipo de pessoas que a Formula 1 tem de lidar...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIQt4z0lk1migitB3szWSTDVZfFzzv-7UjYWjiz8b4c1Ck7w_ZT4fnpBRQC5dilvbwd25cagXaT9zA1-8cBFli59n-pBHXb5KDWIVikvdNbvI3w6yDGh8bVe4MyvhcbeQgpD0OZdrplN0/s400/c7354f9e.jpeg)
P.S: soube agora que Nick Heidfeld anda por Spa-Francochamps com as cores da entidade que o despediu, como se nada tivesse passado. E que a hipótese de processar Eric Boullier e a Renault é grande. Algo me diz que para fazer tal coisa, significa que uma das partes quebrou o contrato que tinham escrito no inicio do ano. Mas também pode significar outras coisas, como salários por pagar. Parece que essa gente gosta de fazer as coisas à sua maneira, rasgando contratos uns atrás dos outros. Isto vai acabar péssimamente...
Sem comentários:
Enviar um comentário